ReTER, Santa Maria, v.2, n.4. ISSN:2675-9950 | Dossiê Educação Profissional e Tecnologias em Rede. |
PROPOSTA DE ENSINO PARA DESENVOLVER O
PENSAMENTO COMPUTACIONAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO
Mestrando em Educação Profissional e
Tecnológica pelo Instituto Federal do Piauí –
professorjosenilton.seducpi@gmail.com
Márcio Aurélio Carvalho de Morais
Professor do Mestrado em Educação
Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Piauí –
Resumo: O Pensamento Computacional na educação
básica visa possibilitar a resolução de problemas com base nos conceitos
fundamentais da ciência da computação. Assim, considerando que a computação
está cada vez mais presente no contexto de vida das pessoas, o Pensamento
Computacional exige que se aprenda a resolver problemas de modo sistemático,
crítico e criativo utilizando os fundamentos da computação. Esse entendimento
vai além de usar somente as tecnologias digitais, sendo necessário compreender
como criar soluções computacionais, adaptá-las e as implicações disso, no mundo
digital, para a vida das pessoas. O objetivo foi planejar e executar uma
proposta de ensino para desenvolver o Pensamento Computacional no curso técnico
em administração. Nesse empreendimento, a adoção do modelo de design instrucional
ADDIE e da Sequência Didática Interativa favoreceu o
planejamento de aprendizagem significativa e coerente com o perfil de egresso
do técnico em administração, tendo a contextualização como princípio norteador.
Palavras-chave: Pensamento Computacional; Educação profissional;
Proposta de ensino.
TEACHING PROPOSAL TO DEVELOP COMPUTATIONAL THINKING IN HIGH SCHOOL TECHNICAL
PROFESSIONAL EDUCATION
Abstract: Computational Thinking in basic education aims to enable problem
solving based on the fundamental concepts of computer science. Thus,
considering that computing is increasingly present in the context of people's
lives, Computational Thinking requires learning to solve problems
systematically, critically and creatively using the fundamentals of computing. This
understanding goes beyond using only digital technologies, it is necessary to
understand how to create computational solutions, adapt them and the
implications of this, in the digital world, for people's lives. The objective
was to plan and execute a teaching proposal to develop Computational Thinking
in the technical course in administration. In this undertaking, the
adoption of the ADDIE instructional design model and the Interactive Didactic
Sequence favored meaningful and coherent learning planning with the graduate
profile of the administration technician, with contextualization as a guiding
principle.
Keywords: Computational
Thinking; Professional education; Teaching proposal.
Introdução
O Pensamento Computacional tem sido
indicado como uma habilidade necessária de ser desenvolvida na educação
escolar, pois o contexto de vida das pessoas está fortemente influenciado pela
Computação. Assim, além do conhecimento no uso das tecnologias digitais, as pessoas
precisam saber adequar as soluções computacionais às suas necessidades
cotidianas, isso exige uma forma sistematizada de pensamento crítico e criativo
baseado nos fundamentos da Computação.
Desse modo, buscou-se nesta pesquisa
planejar e executar uma proposta de ensino para o desenvolvimento do Pensamento
Computacional no curso técnico em administração, ofertado em uma instituição
escolar de Educação Profissional e Tecnológica. A
motivação deu-se pela verificação de que os estudantes desse curso, embora
tenha um componente curricular relacionado ao ensino de computação, não estão
tendo uma formação escolar direcionada a desenvolver as habilidades do
Pensamento Computacional. Consequentemente, manifestou-se o seguinte problema
de pesquisa: como organizar uma proposta de ensino para desenvolver o
Pensamento Computacional no curso técnico em administração?
Nesse sentido, a oportunidade viável foi
executar essa proposta de ensino como complemento curricular. O planejamento da
aprendizagem por meio do modelo de design instrucional ADDIE[1] e da
Sequência Didática Interativa mostrou-se efetivo para desenvolver de forma
sistemática e coerente as atividades de aprendizagem em conformidade com as
peculiaridades do perfil de egresso do técnico em administração.
Além desta Introdução, este artigo está
organizado da seguinte maneira: na próxima seção é apresentado o referencial
teórico sobre o Pensamento Computacional na educação básica, incluindo o
Pensamento Computacional na Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Em
seguida, a seção de Metodologia traz os métodos utilizados para atender o
propósito da pesquisa, utilizando como método de procedimento o Estudo de Caso.
Posteriormente, na seção Resultados e Discussões é apresentada uma análise dos
resultados e sua significância. Em Considerações finais ocorre uma retomada do tema
em uma perspectiva ampla, seguida das referências utilizadas no texto.
Pensamento Computacional na Educação Básica
O entusiasmo da academia pelo Pensamento Computacional (PC)
destinado à educação básica suscita quando Jeannette Wing publica um artigo no periódico Communications of the
ACM, em março de 2006, o qual indica o PC como uma habilidade do século XXI e, portanto,
necessária de ser implementada na formação escolar. A partir disso, pesquisas
científicas foram articuladas para compreender como deveria ser concebida essa
habilidade no currículo da educação básica.
A Computer
Science Teachers Association
(CSTA) criou uma equipe de trabalho encarregada de
indicar diretrizes para a aprendizagem do PC nas escolas. Os conceitos
fundamentais para o desenvolvimento do PC estabelecidos por essa equipe foram:
coleta de dados, análise de dados, representação de dados, decomposição de
problemas, algoritmos, abstração, simulação, automação e paralelização (CSTA, 2011).
A coleta de dados corresponde ao processo de reunir dados para se extrair
informações relevantes; a análise de dados envolve a compreensão dos dados
coletados, identificar padrões e chegar a conclusões; a representação de dados
consiste na maneira como os dados são organizados
adequadamente, seja por meio de tabelas, gráficos, palavras, imagens, etc.; a decomposição
de problemas abrange o processo de dividir problemas em partes menores e
gerenciáveis; algoritmos designa uma sequência de passos ordenados para
resolver problemas; a abstração compreende reduzir a complexidade de um
problema focando em sua essência para tentar compreendê-lo; a simulação destina-se
a reproduzir ou modelar um processo. Também pode estar relacionado à execução
de experimentos utilizando modelos; a automação reconhece o uso de computadores
para realizar atividades ou processos repetitivos, inviáveis ou difíceis; e a paralelização
inclui organizar diversos recursos simultaneamente para obter um resultado em
comum.
Quando Wing (2006) propôs o PC na educação
básica não o vinculou a alguma teoria de aprendizagem, dando a entender que
ficaria essa questão a critério do professor. Neste trabalho, a escolha foi em aproximar
o PC em uma perspectiva construcionista. Nessa
direção, Valente (1999, p.135) esclarece que o Construcionismo
“significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma
ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de
interesse pessoal de quem produz”. Desse modo, percebe-se o enfoque dessa
teoria no aprendizado por meio do fazer - “mão na massa” - associado ao aspecto
motivador do estudante em fazer algo de seu interesse.
O pensamento de Papert (1985) não se restringe em simplesmente advogar a favor do uso de
computadores na educação, mas o potencial desses artefatos para desenvolver as
aprendizagens dos estudantes. Nessa perspectiva, considera que pelo fato do computador ser
programável potencializa o desenvolvimento intelectual dos estudantes.
Portanto, o computador não deve ser utilizado como uma máquina de ensinar ou
instruir, mas como uma ferramenta - um objeto cultural - que estimula no
aprendiz a passagem do pensamento concreto para o pensamento abstrato.
Pensamento Computacional na Educação
Profissional Técnica de Nível Médio
Em relação às pesquisas
brasileiras sobre o desenvolvimento do Pensamento Computacional (PC) na educação
profissional técnica de nível médio, constata-se que são incipientes. Boldini et.al
(2016), em um levantamento de iniciativas brasileiras para
introdução do PC na educação escolar, tendo como uma das categorias de análise
o público-alvo, indicaram que apenas um trabalho, entre 2010 e 2015, teria sido
encontrado sobre a temática com estudantes da educação profissional técnica de
nível médio (ou ensino técnico).
Esse
referido estudo foi proposto por Zanetti
e Oliveira (2015) cujo objetivo foi intervir na
aprendizagem de programação de computadores para amenizar as principais
dificuldades dos estudantes iniciantes do ensino médio integrado ao curso
técnico em informática propondo uma metodologia de ensino pautada na linguagem
de programação visual para o desenvolvimento do PC juntamente com a robótica
pedagógica, pois foi por meio de oficina que observaram o engajamento
dos estudantes como elemento ativo na construção do conhecimento e no fomento
do raciocínio lógico.
Além do mais, Souza; Rodrigues e Andrade (2016) abordaram acerca do ensino promovido pelo componente curricular Oficina Tecnológica de
Robótica ofertado no Programa Educação Básica articulada à Educação Profissional (EBEP) do Serviço Social da Indústria e ao Departamento Regional da Paraíba
(SESI-PB), no intuito de avaliar os
efeitos da introdução de PC nesse componente curricular de robótica e nos
demais componentes da base comum do Ensino Médio. As evidências mostraram que a
introdução de PC melhorou significativamente o desempenho dos estudantes tanto
no componente curricular de robótica quanto nos
componentes curriculares do ensino médio.
É importante ressaltar que Geraldes (2017) realizou um estudo para
investigar como os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Goiás observavam em suas atividades pedagógicas o PC. Assim, as evidências foram
que os professores pesquisados apresentaram uma visão sobre o PC associada ao
uso do computador como ferramenta de apoio as suas atividades pedagógicas
restringindo-se a tarefas operacionais sem uma devida reflexão. Também, dentre
as habilidades do PC, a automação foi percebida como a mais desenvolvida, porém
as atividades são abordadas de forma instrumental com o uso de software processador de texto,
planilha, editor de imagem e multimídia. Dessa forma, não houve indícios de uso
do PC associado aos fundamentos da Computação na resolução de problemas.
Ademais, Duarte (2018) propôs introduzir o
desenvolvimento das habilidades do PC através da alteração da ementa do componente curricular informática básica
dos cursos técnicos integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – campus Colatina, verificando junto aos professores e
estudantes desse componente curricular a possibilidade de implementar o ensino
das habilidades do PC nas séries iniciais dos cursos técnicos integrados da instituição.
Enquanto Silva e Cavalcanti (2018) investigaram o estado de fluxo e a aprendizagem em atividades
desplugadas sobre o desenvolvimento do PC com estudantes do curso técnico em
informática integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Pernambuco - campus Garanhuns. Diante dos resultados analisados, sugeriram
que as atividades possuíssem potencial para estimular o estado de fluxo nos estudantes, não
sendo possível perceber a correlação entre o engajamento e a aprendizagem dos estudantes no
processo avaliativo das atividades.
O trabalho de Souza (2019) teve como objetivo
desenvolver uma unidade instrucional, a fim de estimular o PC utilizando a
linguagem de programação visual como ferramenta de ensino. Esse estudo
mobilizou o avanço do PC por meio do desenvolvimento e concepção de uma oficina
baseada na teoria da aprendizagem, de Jean Lave, para estudantes do curso
técnico em cooperativismo do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Paraná – campus Pitanga. Diante da experiência, as
evidências apontaram que a proposta de ensino foi capaz de estimular o PC aos
estudantes, assim como a metodologia utilizada agradou ao público-alvo.
Sendo assim, Bulhões et. al (2019)
avaliaram o uso da computação desplugada em turmas do curso técnico em
informática de uma instituição federal. A premissa indicada pelos autores para
a adoção dessa prática pedagógica foi que o desenvolvimento do raciocínio
lógico constitui uma necessidade para os estudantes de um curso técnico do eixo
informação e comunicação. Por meio desse estudo, os autores perceberam um
aumento do rendimento escolar dos estudantes, como também a possibilidade de
desenvolver o PC em outros componentes curriculares do curso técnico em
informática, além da programação de computadores, e de integrar o PC na
formação básica do ensino médio de forma multidisciplinar, no caso do curso
técnico em informática integrado ao ensino médio.
Além de ampliar os estudos sobre o
desenvolvimento do PC na educação profissional técnica de nível médio, esta
pesquisa contribuiu, também, por abordar o ensino de PC em um contexto de
aplicação não convencional, no curso técnico em administração, uma vez que as
pesquisas desenvolvidas têm sido concentradas nos cursos do eixo informação e
comunicação, como o curso técnico em informática e demais correlatos.
Metodologia
A
investigação tem como propósito organizar e executar uma proposta de ensino
para desenvolver o Pensamento Computacional na formação dos estudantes do curso
técnico em administração através de uma pesquisa qualitativa e descritiva
segundo o método Estudo de Caso.
Segundo Yin (2015), a pesquisa de estudo de caso é indicada nas seguintes
situações: o pesquisador tem pouco ou nenhum controle sobre os eventos e
investiga um fenômeno contemporâneo que se desenvolve no contexto da vida real.
Assim, os procedimentos para esse tipo de pesquisa envolvem a formulação do
problema, a definição da unidade de análise (caso), a determinação do número de
casos, a elaboração do protocolo, a coleta de dados, a avaliação e análise de
dados e, por fim, a elaboração do relatório.
Diante da necessidade de organizar
uma proposta de ensino para desenvolver o pensamento computacional no contexto
da formação do técnico em administração direcionou-se pelo método de design
instrucional ISD (Instructional
System Design), popularmente conhecido como ADDIE (FILATRO, 2008).
De
modo específico, destaca-se, suscintamente, algumas informações sobre cada fase
do modelo ADDIE: na fase Análise a ênfase é dada em entender o problema educacional, definir os
objetivos instrucionais, isto é, compreender o
diagnóstico do problema para projetar uma situação de aprendizagem coerente e
eficaz; em Desenho são definidos os objetivos de aprendizagem, mapeamento e
sequenciamento dos conteúdos; na fase Desenvolvimento ocorre a preparação dos materiais
e recursos educacionais para alcançar os resultados desejados; na Implementação
acontece a aplicação da proposta de DI, isto é, o ensino propriamente dito
acontece; finalmente, em Avaliação, essa fase interessa saber se o DI foi
eficiente como solução para a necessidade instrucional localizada, não se trata
apenas de mensurar a aprendizagem dos estudantes.
Na fase de desenho do modelo ADDIE será integrada a Sequência Didática Interativa para organizar o processo ensino – aprendizagem. Para Oliveira (2013), a Sequência Didática Interativa (SDI) é uma ferramenta didático-metodológica que orienta uma sequência de atividades utilizando como ponto de partida a aplicação do Círculo Hermenêutico-Dialético (CHD) para identificação de conceitos/definições relacionados a temáticas a serem estudadas e que são associados de forma interativa com teorias de aprendizagem e/ou propostas pedagógicas e metodologias, visando à construção de novos conhecimentos e saberes.
O
CHD empregado como ferramenta da SDI
organiza a ação educativa pelos seguintes passos básicos: Inicialmente, cada estudante recebe um papel em branco para
responder individualmente a um questionamento feito pelo professor; Depois que
cada estudante escrever no papel o que
entende sobre a questão, a turma deve se reunir em grupos de três a cinco
componentes para produzir uma síntese a partir das respostas que foram dadas
por cada um para formar uma só definição do grupo; Em seguida, cada grupo deve
escolher um representante que irá formar um novo grupo somente com os
representantes de cada grupo para elaborar uma outra síntese com base na
síntese de cada grupo; e, finalmente, a nova síntese é apresentada como a resposta
da turma. Assim, o professor discute com a turma a dinâmica para a construção
do conceito ou definição e faz a finalização da atividade relacionando a
resposta da turma com o conteúdo teórico sobre o tema em estudo, de forma
dialógica.
A partir dessa etapa do CHD, pode-se integrar outra sequência de atividades
conforme os objetivos educacionais estabelecidos. Também, segundo Oliveira
(2013) a aplicação da SDI não tem tempo delimitado,
pois cabe ao professor juntamente com os estudantes definir o tempo para cada
etapa ou atividade.
Resultados e Discussões
A
Sequência Didática (SD) é tida como unidade preferencial de análise da prática
educativa, uma vez que envolve uma visão processual de
ensino e aprendizagem, incluindo: o planejamento, a aplicação e a avaliação (ZABALA, 1998). Além de adotar a SD para
organizar o processo ensino-aprendizagem, a intervenção de ensino foi planejada
segundo o método de design instrucional ISD (Instructional System Design), popularmente conhecido como ADDIE, integrando a SD na etapa de desenho.
Análise contextual
Nessa
etapa foi elaborada o relatório de Análise Contextual para identificar as
necessidades ou os problemas de aprendizagem, caracterizar o público-alvo e
levantar as restrições técnicas, administrativas e culturais (FILATRO,
2008).
Identificação das necessidades de aprendizagem
A
Computação faz parte do contexto de vida das pessoas e, consequentemente, as profissões
vêm incorporando as tecnologias da computação ou tecnologias digitais na automatização
de suas atividades ou processos. A despeito de se tratar de um fenômeno que acontecia
de modo gradativo e inexorável, esse processo foi impulsionado por ocasião da
crise sanitária, provocada pelo vírus SARS-coV-2, que obrigou as pessoas
bruscamente recorrerem ao mundo digital para a continuidade de muitas de suas
atividades cotidianas.
Nesse
contexto, evidencia-se a importância do ensino de computação na educação básica
com destaque à educação profissional técnica de nível médio. Assim, em geral,
observa-se na formação profissional técnica de nível médio a existência de componente
curricular responsável por instruir os estudantes a utilizar as tecnologias
digitais para a aplicação no desenvolvimento de suas futuras atividades
profissionais. Porém, essa proposta curricular, embora seja importante, não é
suficiente para a formação em computação na educação básica, pois o enfoque dos
conteúdos de ensino é, exclusivamente, em utilizar os “softwares de
escritórios” e ferramentas web. Assim, o ensino de computação na
educação básica não está sendo abordado de modo amplo, com base nos fundamentos
da ciência da computação, fato que impulsionou uma formação complementar sobre o
Pensamento Computacional no componente curricular Tecnologia Aplicada à
Administração, do Curso Técnico em Administração de um instituto federal,
ementa da disciplina disponível a seguir.
Destaca-se,
também, a importância de contextualizar a proposta de aprendizagem para o desenvolvimento
do PC com a formação profissional técnica de nível médio em Administração, pois
segundo a resolução CNE/CP n°1, de 5 de janeiro de
2021 – que trata das diretrizes curriculares nacionais da Educação Profissional
Técnica de nível médio, a contextualização é um princípio norteador da Educação
Profissional e Tecnológica.
Quadro 1 - Ementa do componente curricular Tecnologia Aplicada à Administração
COMPONENTE
CURRICULAR: TECNOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO |
|
ANO/PERÍODO:
III MÓDULO |
CARGA
HORÁRIA: 60 h |
EMENTA |
|
Informática básica para operador de microcomputador: planilhas
eletrônicas, processadores de texto e apresentações; Unidades e medidas de
dados; Arquivos e diretórios; Internet: correio eletrônico, conceitos básicos
de rede, browsers, segurança, Icloud e intranet;
Utilização de sistemas operacionais e softwares de gestão empresarial. |
Fonte: Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Piauí, 2019.
Caracterização do ambiente e do público-alvo / estudantes
As atividades de ensino-aprendizagem
foram desenvolvidas em um instituto federal, como complementação curricular da
disciplina Tecnologia Aplicada à Administração no Curso Técnico em
Administração – modalidade subsequente. Por conta da pandemia, a instituição
atuava de forma remota e, desse modo, aconteceram aulas síncronas por meio de
videochamadas pelo serviço contratado pela instituição.
Previamente, foi realizado um levantamento
com o público-alvo por meio de formulário eletrônico para identificar as
condições materiais e, posteriormente, ajustar o material didático e a
metodologia das aulas conforme as peculiaridades encontradas. O público-alvo foram
duas turmas (manhã e tarde) do referido curso técnico que cursavam o primeiro
módulo. Durante a aplicação do formulário eletrônico foi possível perceber que
a maioria dos estudantes utilizavam dispositivos móveis (smartphone ou tablet)
para acessar as aulas e possuíam conexão à Internet do tipo banda larga DSL (Digital Subscriber Line).
O
perfil profissional de conclusão do Técnico em Administração, conforme o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos
(2021), demanda:
Executar operações
administrativas de planejamento, pesquisas, análise e assessoria no que tange à
gestão de pessoal, de materiais e produção, de serviços, à gestão financeira,
orçamentária e mercadológica. Utilizar sistemas de informação e aplicar
conceitos e modelos de gestão em funções administrativas, seja operacionais, de coordenação, de chefia intermediária seja
de direção superior, sob orientação. Elaborar orçamentos, fluxos de caixa e
demais demonstrativos financeiros. Elaborar e expedir relatórios e documentos
diversos. Auxiliar na elaboração de pareceres e laudos para tomada de decisões (BRASIL, 2021, p.
180).
Logo,
as atividades propostas procuraram desenvolver as habilidades do Pensamento
Computacional (CSTA, 2011) contextualizadas com a
formação técnica em administração por meio do ensino remoto emergencial,
considerando as condições materiais dos estudantes.
Desenho da unidade de aprendizagem
A
unidade de aprendizagem sobre o Pensamento Computacional (PC) contextualizado
com a formação do técnico em Administração foi organizada por meio da Sequência
Didática Interativa, confira a sequência das atividades no quadro 2, a seguir.
Como
objetivo geral de aprendizagem esperou-se estimular o desenvolvimento das
habilidades do PC contextualizadas com as habilidades da formação técnica em
administração. Para atingir esse objetivo, elencou os objetivos específicos
apresentados no quadro 2, a seguir.
A
abordagem metodológica das aulas foi fundamentada na dialogicidade (Freire, 2005), na contextualização (BRASIL, 2021; Ricardo, 2005) e no construcionismo de (Papert, 1985). As aulas aconteceram de
forma remota síncrona entre 03/06 e 02/07/2021, totalizando uma carga horária
de 20 horas.
Os
critérios para avaliação da Aprendizagem e para certificação deu-se a partir da
participação dos estudantes durante as aulas e o desenvolvimento das
atividades. Nessa direção, buscou verificar os conhecimentos prévios dos
estudantes, a aprendizagem durante as aulas e a avaliação pelos estudantes da
proposta formativa.
Quadro 2. Atividades da Sequência
Didática Interativa
|
ATIVIDADES |
OBJETIVO |
RECURSOS DIDÁTICOS |
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
INTERATIVA |
MÓDULO DE CONTEXTUALIZAÇÃO |
||
1. Levantamento de Conhecimentos Prévios por meio da aplicação do
Círculo Hermenêuti-co-Dialético. |
Suscitar o diálogo sobre a contribuição da
Computação para a atuação técnica em Administração e estabelecer relações
entre a Administração e a Tecnologia. |
Google meet |
|
2. Leitura compartilhada, dialogada sobre o tema Tecnologia
Aplicada à Administração. |
Suscitar o diálogo sobre a contribuição da
Computação para a atuação técnica em Administração; estabelecer relações
entre a Administração e a Tecnologia e conhecer os diversos significados do
termo Tecnologia |
Google meet |
|
3. Exercícios de fixação sobre o tema Tecnologia Aplicada à
Administração. |
Estabelecer relações entre a Administração e a
Tecnologia e conhecer os diversos significados do termo Tecnologia. |
Formulário Google |
|
MÓDULO DE PENSAMENTO COMPUTACIONAL CONTEXTUALIZADO |
|||
4. Aula expositiva dialoga-da sobre o tema
Pensamento Computa-cional. |
Conhecer os conceitos fundamentais da Ciência
da Computação e entender o Pensamento Computacional; |
Google meet |
|
5. Atividade – desenvolvimento de caso de estudo. |
Aplicar as habilidades do Pensamento
Computacional contextualizadas com a formação técnica em Administração. |
Google Docs |
|
6. Atividade – desenvolvimento de narrativa digital no Scratch. |
Aplicar as habilidades do Pensamento
Computacional contextualizadas com a formação técnica em Administração e
utilizar a linguagem de programação visual Scratch
no desenvolvimento de narrativa digital. |
Scratch |
Fonte: Própria da pesquisa, 2021.
As
atividades da Sequência Didática Interativa obedeceram aos seguintes
procedimentos didático-metodológicos:
1.
A aula
inicia com a apresentação do professor, da proposta de ensino e dos estudantes.
Após, desenvolve-se a atividade 1
por meio da aplicação do Círculo Hermenêutico-Dialético: cada estudante,
individualmente, responde ao questionamento - qual é a relação entre Administração e Tecnologia? Disponibiliza-se 15 minutos para que os estudantes desenvolvam as
suas respostas e seguida socializadas no chat do meet.
Após a socialização das respostas, a turma é dividida em grupos para dar
continuidade a atividade, formando, assim, os grupos com 04 ou 05 participantes
para dialogar sobre suas respostas e elaborar uma única resposta do grupo. Para
cada grupo formado, é criada uma sala virtual no meet
para a discussão, sendo que ao elaborar a resposta, os participantes dos grupos
retornam a sala virtual principal do meet para a socialização da resposta. Depois, cada grupo escolhe um representante
para formar um outro grupo – o grupo dos representantes. Para esse grupo, é
criada uma outra sala virtual no meet para o
diálogo e elaboração da resposta, precisando que os participantes desse grupo
retornem à sala virtual principal do meet para
socializar a resposta que será considerada como a resposta da turma.
Finalmente, o professor dialoga com a turma sobre a experiência de
aprendizagem.
Informações
complementares: para o professor acompanhar os
diálogos nas salas virtuais secundárias, basta restaurar o tamanho das janelas
do meet e disponibilizar uma ao lado da
outra na área de trabalho do seu computador. Destaca-se que o professor precisa
está fazendo uso de um computador com configuração acima da básica a fim de
evitar travamentos e possuir acesso à Internet com boa velocidade de conexão. Essa
atividade desenvolve-se em aproximadamente 04 horas/aula, assim, a depender da
disponibilidade de tempo, o professor precisará ajustar as terminalidades dessa
etapa para continuar na aula posterior.
2.
A
atividade 2 é complementar à compreensão da turma sobre a relação entre Administração
e Tecnologia. Por meio da leitura compartilhada, o professor e os estudantes
dialogam sobre o texto disponibilizado no link[2].
Informação
complementar: O professor disponibiliza o link
do texto no chat do meet para os
estudantes fazerem o download e,
também, espelha no meet para a realização da leitura
compartilhada dialogada. Essa atividade desenvolve-se em aproximadamente 40
minutos/aula.
3.
A fim
de consolidar o estudo sobre a relação Tecnologia e Administração, propõe-se a
atividade 3 formada por exercícios com questões abertas e fechadas sobre a
temática tratada.
Informação
complementar: os exercícios são disponibilizados aos estudantes por meio de
formulários eletrônicos Google,
confira o formulário pelo link[3].
Assim, o professor disponibiliza o link
do formulário no chat do meet. O tempo
necessário para resolução dos exercícios é de aproximadamente 10 minutos/aula.
4.
A
atividade 4 busca relacionar o tema Pensamento Computacional com a formação
técnica em Administração a fim de promover um entendimento pelos estudantes
sobre esse tema. Utiliza-se uma apresentação, disponibilizada pelo link[4],
para a exposição dialogada do tema Pensamento Computacional.
Informação
complementar: O professor espelha no meet a apresentação para a exposição dialogada. Essa apresentação
utiliza um tempo de aproximadamente 01 hora/aula. Para estudo extraclasse, o
professor disponibiliza aos estudantes o link
para download da apresentação da aula
por meio do chat do meet.
5.
Após a
exposição do tema Pensamento Computacional, os estudantes desenvolvem a
atividade 5 para trabalhar o Pensamento Computacional contextualizado com a
formação técnica em Administração. Nesse sentido, o professor disponibiliza uma
ficha desenvolvida em editor de texto para o preenchimento pelos estudantes,
confira a ficha pelo link[5].
Informação
complementar: O professor disponibiliza o link
para o download da ficha no chat do meet. O tempo aproximado para os
estudantes preencherem essa ficha é em média 2 horas/aula. Em seguida, os
estudantes enviam para o e-mail do professor a ficha preenchida para a
avaliação.
6.
A
atividade 6 utiliza a ferramenta Scratch, pois possibilita trabalhar as habilidades do
Pensamento Computacional propostas pela CSTA (2011)
de forma contextualizada. Além disso, a escolha dessa ferramenta deu-se por
apresentar uma linguagem de programação intuitiva-própria para os novatos em
programação - e por promover uma abordagem construcionista
no desenvolvimento do Pensamento Computacional. Nesse sentido, essa atividade é
desenvolvida em vários estágios: ambientação, desenvolvimento de um projeto Scratch guiado e
a realização de um projeto Scratch conforme o interesse do estudante. Assim, no estágio
ambientação, o professor utiliza 01 hora/aula para apresentar e explorar o
ambiente Scratch,
fazendo uso de aula expositiva dialogada. A apresentação utilizada nesse
estágio está disponível pelo link[6].
Em seguida, executa-se o estágio desenvolvimento de um projeto Scratch guiado.
Nesse momento, o professor desenvolve um projeto com demonstração de uma
aplicação no Scratch,
disponibiliza-se a apresentação do projeto utilizado pelo link[7].
O tempo empregado nesse estágio é de 01 hora/aula. Agora, utilizando
aproximadamente 10 horas/aulas, executa-se o último estágio.
Informação
complementar: O professor disponibiliza as apresentações para os estudantes e
incentiva-os a desenvolverem os estudos e testar o Scratch no período extraclasse,
pois sabe-se que os estudantes que utilizam smartphone para acessar a aula
apresentam dificuldade para abrir várias janelas simultaneamente. No último
estágio, o primeiro momento é para informes e dúvidas sobre o desenvolvimento
do projeto Scratch.
O professor informa: esse momento é de “mão na massa”, marca as datas para
receber via e-mail o link dos
projetos no Scratch
e para a socialização dos projetos com a turma, recomenda que seja feito um
roteiro para o planejamento do projeto, recomenda que seja utilizado o estudo
de caso ou narrativa desenvolvido na atividade 5 para transformar em projeto Scratch, facultativo
permanecer na sala virtual no momento em que desenvolve o projeto – pelo fato
de utilizar smartphone, verifica com os estudantes se conseguiram acessar o Scratch e tira
dúvidas das experiências já realizadas no Scratch ou outras dúvidas de
interesse dos estudantes.
Desenvolvimento de materiais
Nesse momento, compromete-se a desenvolver os
materiais que serão utilizados como recursos didáticos conforme indicados na
fase de desenho da unidade instrucional. Assim, foram desenvolvidas
as apresentações das aulas contendo os conteúdos das atividades, texto base,
formulários eletrônicos, ficha e a narrativa digital no Scratch.
Outrossim, testar e verificar a disponibilidade dos softwares de autoria que seriam empregados no processo
ensino-aprendizagem.
Nessa etapa, teve-se a preocupação em escolher
os recursos didáticos que poderiam ser
utilizados por meio de smartphones, uma vez que a maioria dos estudantes
participantes acessavam a sala virtual com esse tipo de dispositivo.
Implementação
A
implementação é quando acontece a aplicação da proposta de design instrucional. Ademais, participaram regularmente da proposta de ensino 12 estudantes
do curso técnico em administração.
Figura 1 – Aplicação da proposta de ensino
Fonte: própria da pesquisa, 2021
Em
relação a atividade 1, o feedback recebido pelos estudantes foi de uma
atividade interessante, pois o diálogo seria uma habilidade necessária para a
atuação do técnico em administração. A síntese elaborada pelos estudantes na
aplicação do Círculo Hermenêutico-Dialético para o questionamento sobre a
relação entre Administração e Tecnologia foi a seguinte:
A tecnologia em tempo atual é
indispensável nas organizações empresariais, auxiliando no planejamento,
aumentando o desenvolvimento, buscando melhorias através dos recursos
tecnológicos, otimizando o tempo e, assim, gerando mais produtividade dentro
das organizações (PRÓPRIA DA PESQUISA, 2021).
É
possível perceber pela resposta dos estudantes a compreensão da necessidade da
tecnologia na melhoria dos processos empresariais. Assim, deduz-se que os
estudantes atribuem como papel principal da administração a gestão de empresas,
sendo a tecnologia como um recurso para aperfeiçoamento dos processos na
organização empresarial.
Durante
a aplicação dessa atividade, o professor precisou substituir o computador com
configuração mínima (processador Intel Celeron 2.42 GHz, RAM 4GB, sistema
operacional Windows 7 32 bits) por um computador com configuração
superior (processador Intel Core I5 2.11 GHz, RAM 8 GB, sistema
operacional Windows 10 64 bits) para evitar travamentos
apresentados durante a aula. A velocidade de conexão à Internet foi
satisfatória (28.7 Mbps para download e 63.2 Mbps para upload).
Essa informação é relevante para relacionar a infraestrutura adequada à
aplicação dessa proposta com a infraestrutura disponível.
No
momento da atividade 2, percebeu-se que havia estudante que utilizava
computador do tipo Desktop e não disponibilizava de microfone
para interação nas aulas, sendo acertado que a partir daquela aula a participação
seria solicitada por meio de chat do meet.
Figura 2 – Atividade
desenvolvida por estudante
Fonte: própria da pesquisa, 2021
Os
estudantes, na última atividade, precisaram desenvolver um projeto no ambiente Scratch segundo o seu interesse, porém que tivesse relação
com a atuação do técnico em administração. Na figura 2, mostra uma atividade
desenvolvida por estudante, cuja problemática elaborada por ele foi a gestão na
produção de bovinos. Para solucionar esse problema, aplicou-se as habilidades
do Pensamento Computacional propostas pela CSTA (2011) de forma contextualizada.
A experiência de aprendizagem foi
proveitosa para desenvolver o pensamento computacional contextualizado com a
formação técnica em administração. Em geral, os estudantes demonstraram
aceitação com as atividades propostas, sendo participativos, assíduos e
empenhados no desenvolvimento das atividades.
Avaliação
A
proposta de ensino atendeu aos objetivos de aprendizagem e foi executada
conforme o planejamento. A avaliação feita pelos estudantes mostrou que a
experiência de aprendizagem foi satisfatória. Essa avaliação foi realizada por
meio do formulário eletrônico após a execução da última atividade proposta na
Sequência Didática Interativa.
A
avaliação feita pelos estudantes considerou aspectos relacionados à aplicação
da sequência didática, como: clareza no desenvolvimento das atividades,
conhecimento do objetivo de aprendizagem, recursos didáticos utilizados de
forma adequada e engajamento dos estudantes no desenvolvimento das atividades
da sequência didática.
Figura 3 – Gráfico de avaliação dos estudantes sobre a aplicação da sequência
didática
Fonte: própria da pesquisa, 2021
O
gráfico acima mostrou a avaliação dos estudantes sobre a aplicação da sequência
didática, sendo que a maioria dos estudantes concordaram com os aspectos
apresentados sobre a aplicação da sequência didática, assim, 10 estudantes
concordaram plenamente e 02 estudantes concordaram parcialmente.
Também
foi avaliado aspectos relacionados à aprendizagem do Pensamento Computacional,
como: compreensão do termo e da aplicação do Pensamento Computacional,
abordagem contextualizada do Pensamento Computacional, relevância das aulas
para a formação profissional técnica e reconhecimento da utilização da
computação na atuação do técnico em administração.
Figura 4 – Gráfico de avaliação dos estudantes sobre a
aprendizagem do pensamento computacional
Fonte: própria da pesquisa, 2021
As
informações do gráfico anterior apresentam a avaliação dos estudantes sobre a
aprendizagem do Pensamento Computacional. Assim, dos 12 estudantes
participantes, 11 concordaram plenamente e 01 concordou parcialmente sobre os aspectos
relacionados à aprendizagem do Pensamento Computacional.
Considerações finais
O planejamento e o
desenvolvimento da proposta de ensino como complementação curricular para
promover o Pensamento Computacional no curso técnico em administração foram
necessários para uma formação plena em computação, pois foi verificado que a
ementa do componente curricular destinado a essa formação abordava
exclusivamente o uso de tecnologias digitais, como os “softwares de
escritório” e aplicações web.
O emprego do design instrucional no planejamento da
proposta de ensino garantiu uma aprendizagem organizada, significativa e
pautada na adoção de recurso de planejamento instrucional. Também, a escolha
pelo modelo de design instrucional ADDIE foi
acertada pela vasta divulgação e aceitação da comunidade de design instrucional.
Assim, ficou facilitada a aquisição de material de estudo e a comunicação com
especialistas para consultas.
A
integração da Sequência Didática Interativa na fase de desenho do modelo ADDIE possibilitou planejar atividades que sejam potenciais
para desenvolver habilidades relacionadas ao Pensamento Computacional e à
formação escolar do futuro profissional técnico em administração. Essa
ferramenta didático-metodológica oferece uma abertura para a participação e a
colaboração dos estudantes em sala de aula na construção de conceitos e de
novos conhecimentos. Também, a prática educativa baseada em
sequência didática constitui uma unidade preferencial para analisar o processo
ensino – aprendizagem.
Também, desenvolver o Pensamento Computacional contextualizado
com o perfil de egresso do técnico em administração foi um recurso didático
importante que se mostrou eficiente durante o processo ensino e aprendizagem.
Para
trabalhos futuros, espera-se melhorar e avaliar os materiais didáticos necessários
para a aplicação da Sequência Didática Interativa. Além disso, avançar em
pesquisas relacionadas ao desenvolvimento do Pensamento Computacional na
educação básica, especificamente na educação profissional e tecnológica.
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[1] ADDIE: acrônimo relacionado às cinco fases desse modelo, as quais são: Análise (Analysis), Desenho (Design), Desenvolvimento (Development), Implementação (Implementation) e Avaliação (Evaluation).