Universidade Federal de Santa Maria
Rev. Monogr. Ambient., Santa Maria, v. 20, e2, 2021
DOI: https://doi.org/10.5902/2236130864001
ISSN: 2236-1308
Recebido: 27/01/2021 • Aceito: 11/03/2021 • Publicado: 16/04/2021
Problemas Ambientais
Construção sustentável: uma revisão bibliográfica
Sustainable construction: a bibliographic review
Kelvia Justa Sivirino I
Yuri Prado Fischer II
Paula Piva Linke III
I Acadêmica de engenharia civil do Centro Universitário Metropolitano de Maringá, Maringá, PR, Brasil
kelvia@certoclick.com.br - https://orcid.org/0000-0001-5790-8472
II Acadêmico de engenharia civil do Centro Universitário Metropolitano de Maringá, Maringá, PR, Brasil
yurifischer18@gmail.com - https://orcid.org/0000-0003-3801-6449
III Doutora em Ciência Ambiental pelo Procam, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Professora na área de gestão ambiental do Centro Universitário Metropolitano de Maringá, Maringá, PR, Brasil
paulapivalinke@gmail.com - https://orcid.org/0000-0002-3634-7765
Resumo
O processo de urbanização causa grandes transformações na natureza, assim como outras atividades. Em se tratando da urbanização, precisamos pensar muito além do processo de gestão da cidade que envolve a questão da qualidade da água, ar e solo. É necessário promover a sustentabilidade de forma mais ampla, podemos então promovê-la também por meio das habitações. O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão acerca da necessidade de habitações sustentáveis como uma forma de promover o cuidado com o meio ambiente. A metodologia empregada para o desenvolvimento desta pesquisa foi a abordagem qualitativa realizada por meio de uma pesquisa bibliográfica. Em se tratando dos resultados devemos considerar que as habitações sustentáveis, apesar de apresentar maior custo no processo de construção, trazem benefícios como possibilidade de geração de energia por placas solares, aproveitamento de água, compostagem de resíduos, etc. Ou seja, os ganhos com esse tipo de habitação se estendem ao meio ambiente, pois representam uma economia de recursos naturais, assim como o desenvolvimento de uma cidade mais sustentável. No atual momento em que nos encontramos em uma crise ambiental, apenas as mudanças nos processos produtivos não são suficientes para promover a sustentabilidade.
Palavras-chave: Habitação; Sustentabilidade; Urbanização
Abstract
The urbanization process causes major changes in nature, as well as other activities. When it comes to urbanization, we need to think far beyond the city management process that involves the issue of water, air and soil quality. It is necessary to promote sustainability more broadly, so we can also promote it through housing. The aim of this paper is to present a reflection on the need for sustainable housing as a way to promote care for the environment. The methodology used for the development of this research was the qualitative approach carried out through a bibliographic research. In terms of results, we must consider that sustainable housing, despite having a higher cost in the construction process, brings benefits such as the possibility of generating energy by solar panels, using water, composting waste, etc. In other words, the gains from this type of housing extend to the environment, as they represent an economy of natural resources, as well as the development of a more sustainable city. At the present moment in which we find ourselves in an environmental crisis, only changes in production processes are not enough to promote sustainability.
Keywords: Housing; Sustainability; Urbanization
1 introdução
Muito se fala em crise ambiental e seus impactos sobre a qualidade de vida, mas há ainda dificuldades em entender como os problemas ambientais interferem diretamente em nosso dia a dia. Um exemplo disso se dá no ambiente urbano, que em muitos casos torna-se altamente impactante ao ambiente. Portanto, pensar a sustentabilidade no meio urbano engloba diversos aspectos do processo de gestão ambiental.
Dentre esses aspectos da gestão ambiental voltada a urbanização, podemos nos voltar as edificações e de que forma as mesmas podem se tornar menos impactante. O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão acerca da necessidade de edificações sustentáveis como uma forma de promover o cuidado com o meio ambiente. Para o desenvolvimento desta pesquisa optou-se pela utilização da metodologia qualitativa por meio de uma revisão bibliográfica.
Devemos nos ater ao fato de que pensar as edificações do ponto de vista da sustentabilidade significa ater-se a aspectos que tragam benefícios ambientais ao meio urbano, considerando curto e longo prazo.
2 Urbanização e sustentabilidade
Na atualidade se fala muito em crise ambiental, mudanças climáticas, ambiente e sustentabilidade, assim como a necessidade de se promover o desenvolvimento de uma sociedade mais sustentável como um todo, como afirma Leff (2012).
Essa temática voltada a crise ambiental e sustentabilidade se tornou mais comum a partir da segunda metade do século XX, mas é no século XXI que a mesma tem ganho força e se transforou de fato em ações que buscam conservar o ambiente (LEFF, 2012).
Assim sendo, o conceito de sustentabilidade tem sido empregado para representar mudanças nos processos tradicionais de se produzir e gerir a produção de bens e serviços para que os mesmos se tornem menos impactantes ao ambiente (AMARO NETO, 2011).
Sustentabilidade é um conceito que abrange diversas áreas e pode
ser incorporado em qualquer ambiente e trabalho. Não se trata apenas de
reciclagem ou de aparar água da chuva, trata-se de planejamento, de transformar
cidades e revolucionar o modo como vivemos, pensamos, produzimos e consumimos ( Por sustentabilidade entende-se ações e atividades humanas que
visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro
das próximas gerações. Utiliza-se aqui o conceito de sustentabilidade forte,
que vem da economia ecológica, que considera os recursos como finitos e, acima
de tudo, incorpora as questões ambientais à economia. Essa incorporação permite
olhar os sistemas produtivos levando em consideração as externalidades
negativas e o impacto do sistema produtivo sobre o meio ambiente (MAY et al,
2003). Considerando os impactos de nossa sociedade sobre o meio
ambiente, devemos compreender que o mesmo é finito e precisa ser conservado.
Por meio ambiente, entendo a junção entre o meio natural e o homem, que
considero parte integrante da natureza, assim como os impactos causados pelo
homem e uma reflexão cerca de como esse homem se vê e vive nesse ambiente
(REIGOTA, 1997). Analisando essa mudança de paradigmas, devemos pensar em como
alterar a urbanização, transformando a cidade em um sistema mais sustentável,
que cause menos impactos e danos ao ambiente (JACOBI, 2006). Para Farias (et
al, 2018, p. 167), devemos considerar que “a crise urbana contemporânea é
consequência de um modelo arcaico e irracional de ocupação do espaço urbano e
protagoniza uma ampla agenda de debates acerca das mudanças ambientais
globais”. Pensar uma cidade mais sustentável engloba todo um processo de
planejamento, que deve ser feito considerando diferentes aspectos do processo
de urbanização. Devemos então, entender a urbanização como um conjunto de
técnicas, práticas ou teorias, que fazem com que uma área urbana passe a
possuir uma infraestrutura eficaz, com planejamento e embelezamento.
(XIMENES, 2016). Hoje em dia, a maior parte da população em nosso país e no mundo
vive em cidades e isto é um reflexo das várias oportunidades e opções de vida
que ela oferece. Porém as cidades foram planejadas com o intuito de crescimento
econômico e este é o fator que alavanca altas taxas de pobreza e desigualdade
social que vemos todos os dias, sem falar nos impactos negativos causados ao
meio ambiente na forma que vivemos atualmente (FARIAS et al, 2018). Com o desenvolvimento constante das cidades pode-se perceber
modificações da paisagem natural e aumento da poluição do ar, poluição sonora,
contaminação do solo e água. Grandes cidade são as que mais apresentam as
mudanças da paisagem natural, poluição e desastres, pois apresentam áreas
construídas concentradas, impermeabilização do solo, curso d’água natural
desviado para consumo, desmatando de florestas para terras agrícolas, grande
fluxo de veículos emissão de dióxido de carbono (CO2), inundações, enchentes,
desmoronamento de morros que teve sua vegetação removida para a construção de
residências, entre outros, alterando dessa forma a diversidade biológica
nativa, causado desequilíbrio dos ciclos biogeoquímicos (GÜNTHER, W. R.;
GIULIO, G. M. 2018). Considerando os problemas mencionados pelo autor, é necessária
uma proposta para a resolução de problemas de caráter ecológico, social e
sustentável. O maior motivo é a escassez de recursos naturais e a importância
de trabalhar de forma sustentável na área de construção civil, pois este setor
pode trazer um grande impacto positivo com uma reestruturação buscando novos
conceitos e materiais que se adéquam ao conceito de sustentabilidade (GÜNTHER,
W. R.; GIULIO, G. M. 2018). “No que tange à sustentabilidade urbana, um aspecto relevante
constitui o meio da construção civil, atividade que utiliza recursos naturais e
que, na maioria dos casos, gera resíduos de grande impacto ambiental” (FARIAS
et al, 2018, p. 174). Apesar dos impactos causados pelo setor de construção civil, há
que se destacar que as novas técnicas de construção, materiais e técnicas, são
alternativas para minimizar impactos ambientais no meio urbano durante o
processo e construção da edificação, assim como na fase de uso. Partindo de um ponto de vista pragmático as cidades podem ser
planejadas pensando na máxima otimização de todos os recursos e espaços.
Deve-se pensar na distribuição de polos e regiões de trabalho para melhor
locomoção dos habitantes. Se cada polo dentro de uma metrópole obtiver sua
própria área residencial, empresarial, comercial e de lazer já seriam poupadas
grandes quantidades de emissão de Dióxido de Carbono expedido pelos automóveis,
motos e transportes coletivos. Isto é apenas um exemplo das várias maneiras de
transformar uma cidade comum em uma cidade inteligente e sustentável (FARIAS,
et al 2018). De fato, a importância da implementação de cidades sustentáveis
tem se tornado mais visível a cada dia. Os grandes centros urbanos já
concentram mais da metade da população mundial e tem gasto, a cada dia, mais
recursos do meio ambiente para suprir os avanços impostos por um modelo
econômico já defasado. (ARAÚJO, PESSOA. 2019) As cidades não foram organizadas com base em um planejamento
sustentável e o crescimento econômico é o principal objetivo delas. E desta
ideologia temos um grande aumento da utilização de recursos naturais e vemos a
cada dia o efeito colateral que a grande utilização desenfreada trás, como o
aumento da temperatura global, destruição das geleiras e florestas e a extinção
de várias espécies da fauna e da flora (MATOS, COSTA. 2018). Esta ideologia precisa ser alterada, segundo o Estatuto das
cidades, o direito à implementação de cidades sustentáveis está garantido por
lei. Estas cidades devem fornecer uma infraestrutura adequada, contribuir de
uma forma limpa com o desenvolvimento econômico, valorizar sua natureza local e
buscar meios de crescimento sem destruí-la e melhor utilizar seus espaços
públicos (ARAÚJO, PESSOA. 2019). Mesmo estando garantido por lei, sabemos que muitas cidades nem
se quer pensam em questões de sustentabilidade, portanto, o objetivo deste
trabalho é apresentar uma reflexão acerca da necessidade de habitações
sustentáveis como uma forma de promover o cuidado com o meio ambiente. Existem medidas sustentáveis que podem ser adotadas pelas
cidades para se reduzir o nível de emissão de gases tóxicos na atmosfera,
contaminação dos solos e água. As cidades podem adotar o método de construções
sustentáveis que consiste em edifícios, casas e comércios feitos com material
sustentável ou com o reaproveitamento de contêiner. Para Farias (et al, 2018) o planejamento começa desde a
habitação, a forma como é construída nossa moradia. Uma residência sustentável
deve ser construída com as técnicas mais atuais de construção civil, deve
utilizar os materiais adequados e trazer, primeiramente, uma excelente
qualidade de vida para seu morador. Nessas construções pode ser feita a implementação de telhados
verdes, reaproveitamento da água da chuva e a instalação de painéis solares
(JOUBERT, 2002). São muitos os benefícios de um conjunto de casas
ideais, que se encaixam na ideia de cidades sustentáveis. Casas que utilizarão
energia solar, água recolhida da chuva, tijolos ecológicos, calçadas
ecológicas, telhado jardim, hortas no quintal e áreas permeáveis. Estas casas
seriam o ideal para o padrão de habitações de interesse social. As cidades também podem implementar políticas de restrição de
uso de veículos privados em áreas com alto índice de poluição, investimento em
transporte público que utilize energia limpa, melhoria na qualidade do
transporte público podendo se ter a implementação de vias rápidas para ônibus e
redução das tarifas, conforto urbano para os cidadãos com a construção de
calçadas adequadas, ciclovias, arborização de vias, áreas verdes como bosques e
áreas preservadas da flora e fauna nativa do local, são alguns exemplos de
medidas sustentáveis que as cidades podem implementar. (CAMPOS, 2017). Em se tratando do desenvolvimento de
cidades sustentáveis, mais especificamente do uso de construções sustentáveis,
há muitas possibilidades. É preciso se pensar para além do uso do espaço, mas
de como as habitações podem trazer benefícios ao ambiente a longo prazo. Nesse
sentido podemos trabalhar com habitações sustentáveis ou com a aplicação de
florestas verticais como possibilidades de se trabalhar uma urbanização menos
impactante ao ambiente. 3 materiais e métodos Considerando o objetivo deste trabalho que é apresentar uma
reflexão acerca da necessidade de habitações sustentáveis como uma forma de
promover o cuidado com o meio ambiente, com metodologia para realizar da
pesquisa, optou-se pela adoção da abordagem qualitativa, empregando o método de
pesquisa bibliográfico. A pesquisa qualitativa é definida como o fundamento principal na
análise qualitativa, na qual, se caracteriza pela não utilização de
estatísticas e análise de dados (VIERA; ZOUAIN, 2006; LIMA, MIOTO, 2007). Sendo
assim, a pesquisa qualitativa visa entender, descrever, explicar os fenômenos
sociais de diversos modos, por meio da análise de experiências individuais e em
grupos e também por meio da investigação de documentos (textos, imagens). Já a metodologia de pesquisa bibliográfica envolve o
levantamento de dados com base em descritores relacionados a temática
urbanização, habitações sustentáveis. Essa busca foi realizada em bases de
dados como: Scielo e Dimensions. A partir dos resultados, foram selecionados
artigos representativos para a temática, considerando o ano de publicação e
contribuição para o setor de construção civil. 4 resultados Com o intuito de tornar as cidades mais sustentáveis, podemos
pensar na contribuição da engenharia civil e da arquitetura no desenvolvimento
da urbanização e de edificações sustentáveis. Para Farias (et al, 2018, p. 186) é preciso “ir do cinza para o verde”, ou seja, antes de selecionar
as técnicas e os materiais que serão utilizados nos projetos e obras de
urbanização, é imprescindível procurar novas soluções que levem à construção de
“cidades inteligentes”, voltadas para o bem-estar das pessoas. Para tanto,
faz-se necessário uma gestão ambiental efetiva e a adoção de práticas que visem
manter ou recuperar as funções ecológicas dos ecossistemas locais. Segundo a
autora, as paisagens urbanas são essenciais para a qualidade de vida, onde
anteriormente a paisagem era cinza com concreto e asfalto, agora é necessário
trazer o verde e, consequentemente, garantir bem-estar às pessoas. Ao se pensar em uma cidade mais sustentável, devemos olhar para
vários aspectos, dentre eles as edificações. Podemos pensar então na adoção de
técnicas que tornem as edificações mais sustentáveis e uso de florestes
verticais e na construção de tais edificações. As habitações sustentáveis devem agregar a responsabilidade e a
conscientização da conservação do meio ambiente, desta maneira várias práticas
devem ser levadas em conta, entre elas, minimizar o consumo de recursos,
maximizar a reutilização dos recursos escolhidos para o projeto, reciclar
materiais e utilizar recursos recicláveis e renováveis, proteger o ambiente
natural, eliminar materiais tóxicos e os subprodutos em todas as fases do
projeto e priorizar a qualidade ao criar o ambiente construído. (DINIZ, 2008). As práticas citadas acima para elaboração de uma habitação
sustentável são divididas em três categorias: (DINIZ, 2008) ·
Sustentabilidade
Econômica: Categoriza-se a reutilização de água de chuva coletada e armazenada
e a utilização de painéis solares que abastecem a energia da casa. Também é
considerado a utilização de materiais específicos e mão de obra. ·
Sustentabilidade
Ambiental: Cuidar do meio onde o projeto será implementado evitando efeitos
prejudiciais ao meio ambiente através da redução de resíduos e o descarte
adequados a estes. ·
Sustentabilidade
Social: Inclui o respeito aos funcionários e comunidade local, melhorando a
qualidade de vida do proprietário do imóvel economizando recursos e promovendo
uma maior igualdade social. O que devemos considera é que ao projetar uma edificação,
devemos nos ater que ela tem um papel, uma moradia, um restaurante, que deve se
ater ao orçamento previsto, mas devemos incorporar os cuidados ambientais, para
que essa edificação seja menos impactante ao ambiente ao longo do tempo,
portanto, devemos considerar os diversos aspectos da sustentabilidade. Em uma construção é importante nos preocuparmos com a gestão
sustentável, execução e os resíduos que são produzidos neste processo, sendo
que muitos são descartados pelo entorno da obra e alguns são queimados nos
canteiros. Um exemplo da queima ilegal dos materiais residuais é a madeira
pintada, neste caso ela pode gerar contaminação por chumbo aos trabalhadores e
a comunidade próxima. Um outro exemplo pontual é a queima do PVC utilizado em
canos e forros, quando ele é queimado gera ácido clorídrico que inalado provoca
diversos problemas respiratórios e de ordem dermática. A principal forma de
evitar esse tipo de prática é a conscientização dos envolvidos sendo que cada
tipo de material tem uma forma correta de descarte sendo que alguns podem ser
reciclados e reutilizados no processo. (ARAÚJO, 2009). Cumprir todas as normas e desenvolver uma construção sustentável
é um desafio, para que tal edificação seja considerada de fato sustentável,
existem alguns princípios que precisam ser seguidos. De acordo com a ASBEA
(2020) (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), os princípios
básicos de uma construção sustentável são: · Aproveitamento
de condições naturais locais; · Utilizar
mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; · Implantação
e análise do entorno; · Não
provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas e concentração
de calor, sensação de bem-estar; · Qualidade
ambiental interna e externa; · Gestão
sustentável da implantação da obra; · Adaptar-se
às necessidades atuais e futuras dos usuários; · Uso
de matérias-primas que contribuam com a eco-eficiência do processo; · Redução
do consumo energético; · Redução
do consumo de água; · Reduzir,
reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; · Introduzir
inovações tecnológicas sempre que possível e viável; · Educação
ambiental: conscientização dos envolvidos no processo. Observa-se, portanto, que a lista é bem extensa, mas que
contempla diferentes aspectos de construção e uso da edificação. Além desses
princípios, podemos ainda pensar na utilização de florestas verticais para
aumentar as áreas verdes nos centros urbanos. “A Floresta Vertical [...] construção para um novo formato de
biodiversidade arquitetônica que se concentra não só nos seres humanos, mas
também na relação entre humanos e outras espécies vivas” (BOERI, S.; BARRECA,
G.; VARRA, G. V.; 2020, pag. 01), ou seja, ser
uma edificação onde se tem equilibrio entre a natureza e o ambiente urbano. As florestas verticais são colocadas em edificações cuja lateral
é repleta de vegetação, geralmente são paredes vivas onde as plantas ficam
presas a lateral dos predios por suportes ou com a propria raiz dependendo da
especie da plantas.Outra possibilidade se refere a varandas com capacidade de
suportar árvores de pequeno a grande porte. (BOERI, S.; BARRECA, G.; VARRA, G.
V. 2020). Essas edificações são caracterizadas por varandas grandes,
escalonadas e pendentes (cada uma com cerca de três metros), feitas para
acomodar a vegetação permitindo o crescimento de árvores de grande porte sem
problemas. Também pode ser feito as paredes vivas onde pode ser necessario
suportes para acomodar as plantas, e ainda tem os terraços verdes onde são
feitos jardins nos terraços dos edificios, que além de ajudar o meio ambiente
ainda se torna um ótimo local de lazer para os moradores. (BOERI, S.; BARRECA,
G.; VARRA, G. V. 2020) Nesse estilo de edificios sustentaveis é necessario se ter uma
manutenção constante e sistema de irrigação para as plantas, nesses casos
geralmente é utilizado um sistema de reaproveitamento da água da chuva para
reduzir os gastos. Contudo o maior benefício que os prédios apresentam é a
vegetação diversificada que ajuda a criar um microclima nos apartamentos, uma
barreira natural que protege os moradores da radiação solar e poluição sonora,
além de filtrarem a poeira e o gás carbônico da atmosfera gerando oxigênio a
partir da fotossíntese (CAMPOS, 2011). 5 considerações finais Com o constante desenvolvimento dos grandes centros urbanos, a
necessidade de se pensar em uma construção mais sustentável se torna muito
importante, para poder amenizar os danos ambientais causados pelas estruturas,
sendo ela a que mais altera a paisagem da região das grandes cidades. Para isso
existem vários métodos sendo adotados para ajudar, entre esses está a nova
forma de se construir um edifício sustentável. Considerando a necessidade de desenvolver um ambiente urbano
mais sustentável, o setor de construção civil pode auxiliar por meio da
construção de edificações, seja no modelo de habitação sustentável ou mesmo na
incorporação e desenvolvimento das florestas verticais. Observa-se que ambas as modalidades trazem benefícios ambientais
referentes a minimização de consumo de recursos naturais como água e energia,
assim como melhorar a qualidade do ar e a biodiversidade no caso das florestas
verticais, que podem se transformar em refúgios para espécies de aves e
insetos. Referências AMARO NETO, João. Sustentabilidade e produção: teoria e
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Conceituação, Metodologia, Investigação, Escrita – Primeira Redação 2 – Nome completo autor/a: Contribuição:
Conceituação, Metodologia, Investigação, Escrita – Primeira Redação 3 – Exemplo de nome Contribuição:
Conceituação, Metodologia, Análise formal, Escrita – Revisão e Edição,
Supervisão