Gutenberg - Revista de Produção Editorial https://periodicos.ufsm.br/gutenberg <p style="text-align: justify;"><strong>Gutenberg - Revista de Produção Editorial</strong> é um periódico científico em formato digital da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem como missão contribuir para a reflexão crítica no campo de estudos que versem da edição à produção editorial, agindo como um espaço de circulação para pesquisa e pensamento científico, em seus aspectos afins que aproximam outros campos de conhecimento convergentes.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 2763-938X</strong></p> Universidade Federal de Santa Maria pt-BR Gutenberg - Revista de Produção Editorial 2763-938X Expediente https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/84557 Gutenberg Revista de Produção Editoria Gutenberg Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X84557 Os leitores reais e suas práticas de leitura contra o discurso sobre a leitura e o leitor na perspectiva do Estado colombiano na biblioteca pública https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70580 <p>Este artigo pretende dar conta das práticas reais de leitura de leitores das quatro bibliotecas públicas pertencentes ao nodo Manuel Zapata Olivella da Rede Distrital de Bibliotecas Públicas de Bogotá (BibloRed) longe das medições quantitativas propostas por entidades estatais e em consonância com estudos qualitativos sobre leitores. As primeiras dão conta do discurso sobre a leitura e o leitor que oferece o Estado colombiano; enquanto os últimos, obtidos por meio de biografias e trajetórias leitoras, pretendem questionar as maneiras como o Estado compreendeu as noções de leitura, leitor e prática de leitura e com base nas quais fez políticas públicas voltadas para o fortalecimento dos níveis de leitura nos colombianos.</p> Laura Rubiano Velasco Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70580 Adaptações literárias de clássicos: a importância da relação entre texto e imagem para a formação de leitores https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70532 <p>O presente artigo trata da adaptação de clássicos literários e de sua importância para a formação de leitores. No processo de adaptação literária são utilizados processos e feitas escolhas norteadas de acordo com o público ao qual a obra adaptada se destina – neste caso, o infantojuvenil –, implicando em abordagens específicas de texto e imagem. Dessa forma, este artigo tem como objetivo agregar reflexões significativas para a compreensão da importância das adaptações para a formação de leitores e entender de que maneira a indústria editorial as utiliza para perpetuar suas edições, produtos em geral massificados, garantindo a reprodução de clássicos literários por várias gerações. Para isso, busca-se entender as relações estabelecidas entre texto e imagem em diferentes edições de adaptações de clássicos infantojuvenis de obras canônicas da literatura ocidental para se compreender as principais características que compõem edições destinadas a crianças e jovens, também sob as perspectivas de formato, ilustrações, capa e projeto gráfico-editorial, elementos decisivos no processo de leitura por serem elementos facilitadores desta. Com os apontamentos teóricos de Ana Maria Machado, Eliana Yunes, Mário Feijó, Paulo Freire, Rui de Oliveira e Marcelo Ribeiro é estruturado um estudo da adequação de texto, linguagem e recursos, dos tipos de adaptação e da sua importante contribuição para a formação de leitores.</p> <p>&nbsp;</p> Gregory Oliveira Neres Maíra Gonçalves Lacerda Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70532 Investigando a leitura no Brasil: um mapeamento de pesquisas com leitores na Comunicação (2015-2020) e de estudos sobre clubes de leitura (1990-2020) https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70418 <p>Este artigo objetiva apresentar um estado da arte realizado em novembro de 2020, quando buscou-se estudos com leitores no campo da Comunicação nos últimos cinco anos e, posteriormente, pesquisas sobre clubes de leitura nos últimos trinta anos. Mediante critérios de consulta pré-estabelecidos e exame nos principais bancos de dados da produção científica brasileira, foram encontrados 20 trabalhos na primeira etapa e 25 na segunda fase. O mapeamento é analisado a partir de tabelas relativas às palavras-chave e de quadros com título, autoria, ano de publicação, tipo de pesquisa, instituição e métodos adotados. Os resultados indicam, sobretudo, a pluralidade temática e metodológica das investigações reunidas, enquanto pistas que contribuem às discussões contemporâneas a respeito da produção acadêmica sobre práticas de leitura no país.</p> Jean Silveira Rossi Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70418 Editoras Mulheres Progressistas no Brasil e na Argentina: reflexões sobre a Boitempo e a Marea Editorial https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70459 <p>Neste artigo, iremos apresentar um breve histórico editorial de mulheres editoras invisibilizadas na Argentina e no Brasil, e ressaltar o papel simbólico que Ivana Jinkings (Brasil) e Constanza Brunet (Argentina), criadoras e gestoras da Boitempo Editorial (Brasil) e Marea Editorial (Argentina) refletem no campo editorial progressista atualmente. Trazemos essa discussão, sobretudo, para se pensar as mulheres atuantes no mercado editorial, inúmeras vezes silenciadas, pois sabemos de um histórico editorial que retrata, majoritariamente, a trajetória de editores homens. No entanto, essas editoras aqui apresentadas, por exemplo, comandam as maiores casas editoriais ditas independentes e progressistas nesses países; elas editam e marcam diferentes posições no “campo editorial” (BOURDIEU, 2004). A partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com elas e analisando o discurso autobiográfico, nossa pergunta é: o que essas mulheres projetam de si no sentido privado/público por meio de suas narrativas e do catálogo de suas editoras? Acreditamos, a priori, que os produtos editoriais finais são uma das facetas, uma <em>edição de si</em> por meio de um <em>ethos</em> institucional (AMOSSY; MAINGUENEAU, 2008), da <em>extimidade </em>(PAVEAU, 2020), isto é, uma validação de si, daquilo que as editoras editam de si mesmas por meio de suas narrativas de vida.</p> Letícia Santana Gomes Giani David Silva Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70459 A biblioteca pessoal como extensão do arquivo: os casos de José Luis Martínez e Jaime García Terrés, diretores do Fondo de Cultura Económica https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/69751 <p>Este artigo traça a presença de algumas obras relacionadas com os campos das artes gráficas e editoriais nas bibliotecas pessoais de José Luis Martínez e Jaime García Terrés, diretores do Fondo de Cultura Económica em períodos consecutivos (entre 1977-1982 e 1983-1988) . A hipótese levantada é a de que a existência dessas obras em suas bibliotecas particulares, independentemente de seu volume, daria pistas e permitiria localizar algumas influências estéticas em matéria editorial e identificar certos aspectos do "pensamento editorial" daqueles FCE administradores que até agora não foram identificados ou reportados. Este trabalho se relaciona com os campos da história da biblioteca e das artes gráficas no México.</p> Marina Garone Gravier Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X69751 Cenário tecnológico das editoras universitárias brasileiras https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70545 <p>O livro, agora em grande parte no formato digital, ainda é um canal importante para a disseminação dos resultados de pesquisa, em grande parte publicado pelas editoras universitárias. Entretanto, nem todas as universidades, mesmo executando pesquisadas, possuem editora e nem todas as editoras universitárias utilizam sistemas de editoração eletrônica, como o <em>Open Monograph Press</em> (OMP), entre outros, revelando pouca adesão à tecnologia. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo verificar a adesão das editoras universitárias a tecnologias por meio de seus portais, principalmente o uso do OMP e outras formas de apresentação do seu catálogo, por meio de um estudo misto quali-quanti. Assim, verificou-se que apenas 17 das 191 editoras universitárias analisadas utilizam o OMP, mesmo que grande parte disponibilize livros gratuitamente, aderindo ao movimento do acesso aberto. O cenário das editoras universitárias é, em grande parte, de terem <em>sites</em> vinculados ao portal da universidades implementados com <em>Content Management System</em> (CMS), com grande presenças das instituições públicas.</p> Milton Shintaku Felipe da Rocha Ferreira Larissa Moreno Silva Fernanda Maciel Rufino Paula Carina de Araújo Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70545 O ecossistema de publicação científica: uma caracterização à luz da teoria do pensamento complexo de Edgar Morin https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/71287 <p>Visando caracterizar o sistema de publicação e suas interrelações, buscamos definir o que é ‘ecossistema de publicação científica’. Para isto, definimos e elencamos cinco dimensões que atuam em seus produtos, a saber: <em>Avaliação</em>, <em>Ciência</em>, <em>Comunidade científica</em>, <em>Sociedade</em> e <em>Tecnologia</em>. Neste processo de caracterização, lançamos mão da teoria da complexidade (ou do pensamento complexo) de Edgar Morin, em especial suas ideias de ‘relação’, ‘sistemas abertos’, ‘recursividade’ e ‘multidimensionalidade’. A explicitação dos elementos constituintes do ecossistema de publicação científica e o momento de emergência da Ciência Aberta auxiliam na percepção de uma confluência de grande potencialidade no fazer científico em nível nacional e global.</p> Marcos Eduardo Sousa Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X71287 Mano a mano com José Monegal https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70180 <p>As reflexões desta tradução comentada apontam considerações sobre as escolhas realizadas no exercício da tradução literária. Neste caso, é trabalhado um conto de José Monegal, escritor que, na representação do ambiente pampiano e fronteiriço, apresenta uma linguagem recheada de oralidades, regionalismos e coloquialidades que exigem investigações sobre uma cultura que, ao mesmo tempo em que se coloca como próxima do território brasileiro, também possui suas particularidades. Assim, para traduzir “Mano a mano”, foi preciso exercitar criações, oferecendo ao texto do autor uruguaio uma abertura a possibilidades interpretativas.</p> Carlos Garcia Rizzon Kéven Costa de Lima Larissa Gonçalves da Rosa Lucas da Silva Arias Lucas Martins Maria Ingrid de Macedo Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70180 O olho do censor: o historiador Juan Pivel Devoto como censor da Coleção de Clássicos Uruguaios (1959-1982) https://periodicos.ufsm.br/gutenberg/article/view/70156 <p>Em 1953 o Estado uruguaio começou a publicar uma série de livros, a Coleção de Clássicos Uruguaios (Biblioteca Artigas), que tentava lançar as bases para a cidadania cultural nacional. Desde o início do projeto, o historiador oficial do estado Juan Pivel Devoto foi contratado para cuidar dos aspectos dedicados à edição, seleção de autores, livros e prólogos.</p> <p>Assim, este artigo trabalha com um aspecto essencial dentro de qualquer projeto editorial com pretensões canônicas: a censura. Apresentaremos três casos que envolvem duas formas de censura: a dirigida aos autores que se pretendia editar, e a sustentada contra os diferentes prólogos encarregados de apresentar uma visão aceitável das obras escolhidas pelo seu editor Pivel.</p> Néstor J. Gutiérrez Copyright (c) 2023 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-07-26 2023-07-26 10.5902/2763938X70156