Gutenberg - Revista de Produção Editorial

Sobre autoria(s), transitividades e engessamentos: um relato reflexivo de produção do livro Terralegria

2024-05-16T15:37:06-03:00

O objetivo deste trabalho é refletir sobre a noção de autoria no campo editorial, com especial enfoque nas oscilações entre uma concepção mais dilatada e flexível do fenômeno, e outra mais enrijecida – esta última amparada, inclusive, pela Lei. No percurso argumentativo proposto, serão abordadas, em um primeiro momento, as etapas de evolução, no Ocidente, da noção de autoria. Estabelecido esse panorama, será realizado um breve estudo de produção editorial recente, ilustrativa do caráter transitivo da autoria: o livro-objeto terralegria, de Wagner Moreira e Mário Vinícius (2020). Em seguida, ainda a partir da experiência editorial materializada no referido livro, a problemática da autoria, conforme vem sendo tratada no Brasil pelas instâncias que a regulam, será discutida. Nas considerações finais, ao se buscar antever questões que possam se colocar para o encaminhamento futuro desse debate, será ensaiada uma possível síntese da dialética entre as recentes práticas autorais, consideradas a partir do prisma editorial, e o que dizem, hoje, as leis que dispõem sobre o assunto.

Revisar é enunciar: uma possibilidade de formação teórica enunciativa para profissionais do texto

2024-06-10T17:04:02-03:00

O objetivo deste artigo é refletir sobre a teoria da enunciação como um importante fundamento teórico para a formação de profissionais do texto, especialmente revisores e editores. Para isso, primeiramente, mobilizo conceitos sobre língua, escrita e revisão sob a ótica da Linguística da Enunciação de Émile Benveniste. Em seguida, por meio de uma pesquisa qualitativa interpretativa, analiso narrativas de revisoras e autoras sobre os processos de escrita e revisão. Com essa análise, associada aos conceitos teóricos apresentados anteriormente, pode-se atribuir um novo sentido à revisão de texto, como um ato enunciativo, intersubjetivo, calcado na parceria entre autor e revisor. Tais resultados corroboram a importância do conhecimento de uma teoria linguística que embase ao fazer do revisor.

O livro para criança: Bem cultural simbólico e/ou produto mercadológico

2023-11-15T16:53:47-03:00

Este artigo discute sobre o objeto livro para crianças, em uma perspectiva conceitual que percorre do universal para o particular – livro, livro para criança; além de trazer um breve olhar sobre criança e infância nesse universo. Tais discussões ocorrem no âmbito filosófico, poético, histórico e cultural por meio de estudo bibliográfico; provocando reflexões acerca da dialética entre livro como bem cultural simbólico e produto mercadológico. Sendo o livro para criança discutido na estrutura texto/imagem, um objeto, oriundo do trabalho de criação, edição, produção e publicação, que materializa-se por meio da leitura, do encontro entre autor e leitor, das artes que se apresentam.

Las lenguas entre el cartón: portunhol y edición en Yiyi Jambo

2023-11-15T17:03:34-03:00

O objetivo deste artigo é refletir sobre a editora paraguaia de papelão, YiYi Jambo Cartonera, a partir dos estudos do chamado portunhol selvagem. Para esta análise buscamos refletir sobre a edição de sua primeira publicação, El Astronauta Paraguayo. Paralelamente e em diálogo com a sua primeira publicação, o objetivo deste artigo é analisar, a partir dos estudos editoriais, o movimento artístico literário do portuñol selvagem nas edições cartoneras, bem como o lugar que a editora cartonera Yiyi Jambo ocupa no movimento cartonero. Para isso, contamos com estudos de Diegues (2012) Civallero (2015) y Bhabha (1994). Nossa conclusão é que os estudos de Yiyi Yambo dão início a um gesto fundacional para pensar o movimento cartonero desde uma perspectiva subversiva nos estudos linguísticos e da edição.

A festa mexicana do livro de 1954 através do boletím bibliográfico de la SHCP: um olhar sobre o visitante leitor que escreve

2023-11-28T07:31:51-03:00

De 1 a 13 de novembro de 1924, foi realizada no México a Primeira Feira Nacional do Livro e das Artes Gráficas. O evento teve uma organizaçỡes editoriais, compra e venda bibliográfica e exposiçỡes históricas, artísticas e culturais em torno do libro e da conquista da paz após o conflito revolucionário (1910-1917). A parti de entấo da cultura gráfica nacional. Um deles foi o VI Festival Mexicano do libro de 1954, do qual podemos atestar através do Boletín Bibliográfico de la Secretaría de Hacienda y Crédito Públicodo Governo do México. Este documento explora a referida Feira a partir da impressấo, observando a equipe editorial e as cincunstấncias particulares de produçấo e recepçấo. O objetivo principal é olhar para o leitor ativo que é también visitante, neste caso de um festival cultural; Sujeito consumidor de literatura, que abre as portas à escrita, permitindo-lhe refletir sobre o seu meio imediato.

El libro y sus circunstancias: horizontes reflexivos de la edición.

2024-07-29T11:41:28-03:00

Apresentação da edição

Edição, livros e leitura no cinema: um olhar editorial sobre a tela grande

2023-10-30T17:34:59-03:00

A obra Edição, livros e leitura no cinema: um olhar editorial sobre a tela grande, resgata a relação complexa e inextricável entre o livro e o cinema, e vai além ao apresentar e analisar filmes nascidos direta ou indiretamente de romances, nos quais a temática é o próprio livro, a edição, a escrita e a leitura. São quinze artigos escritos por pesquisadores e pesquisadoras brasileiros, uruguaios e argentinos, evidenciando que as questões estão presentes em diversas universidades.

EXPEDIENTE

2024-07-29T11:44:53-03:00

Traçando diálogos: Arnaldo Branco e a reinvenção de O Beijo no Asfalto em quadrinhos

2024-03-29T19:59:13-03:00

A entrevista em foco desvela o intricado processo de adaptação literária para o universo dos quadrinhos. Arnaldo Branco, com sua habilidade narrativa, discorre sobre a fidelidade à obra original e a inserção de elementos contemporâneos. A colaboração artística é um ponto alto, refletindo uma harmonia entre liberdade criativa e respeito a individualidade do projeto. A conversa também aborda a posição dos quadrinhos no mercado editorial, destacando a busca por reconhecimento e legitimação dessa forma de arte.