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Universidade Federal de Santa Maria
Rev. Geo.Ens. e Pesq., Santa Maria, v 29, e91145, 2025
DOI:10.5902/2236499491145
ISSN 2236-4994
Submissão: 13/03/2024 • Aprovação: 20/08/2025 • Publicação: 02/09/2025
Produção do Espaço e Dinâmica Regional
Rede urbana e polarização sobre cursos de licenciatura na Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense
Urban network and polarization over degree courses in the metropolitan Region of The Maranhense Southwest
Red urbana y polarización sobre cursos de licenciatura en la región Metropolitana del Sudoeste Maranhense
I Universidade Estadual da Região Tocantina do MaranhãoROR, Imperatriz, MA, Brasil
RESUMO
A presente pesquisa tem por objetivo compreender a polarização da cidade de Imperatriz, por meio da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) sobre municípios da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense (RMSM). Para tal, utiliza-se como recorte, estudantes de quatro cursos de licenciatura: Geografia, História, Pedagogia e Letras Português. Metodologicamente, trata-se de uma análise espacial empírica, ancorada na sistematização de dados secundários e não nominais, seguida de exame qualitativo. Além da revisão da literatura pertinente, que fundamentou teórica-metodologicamente a pesquisa, ela contou com a sistematização de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Regiões de Influência das Cidades (REGIC), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), além da base de dados da própria UEMASUL. Os dados produzidos foram sistematizados no formato de mapas, quadros e tabelas e após análise, sugerem que a polarização de Imperatriz por meio da UEMASUL, embora vá muito além dos municípios que compõem a RMSM, perpassando estados como Pará e Tocantins, não alcança a todos os centros da região metropolitana.
Palavras-chave: Rede urbana; Educação superior; Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense
ABSTRACT
This research aims to understand the polarization of the city of Imperatriz, through the Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL, State University of the Tocantina Region of Maranhão) on municipalities of the Metropolitan Region of the Maranhense Southwest (RMSM). For that, it is used as a scope, students of four undergraduate courses: Geography, History, Pedagogy and Portuguese Language and Literature. Methodologically, this is an empirical spatial analysis, anchored in the systematization of secondary and non-nominal data, followed by qualitative examination. In addition to the review of the relevant literature, which supported the research theoretically-methodologically, it included the systematization of data from the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Brazilian Institute of Geography and Statistics), Regiões de Influência das Cidades (REGIC, Regions of Influence of the Cities), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP, Anísio Teixeira National Institute of Studies and Research), and the database of UEMASUL itself. The data produced were systematized in the form of maps, charts and tables and after analysis, suggest that the polarization of Imperatriz through UEMASUL, although goes far beyond the municipalities that make up the RMSM, crossing states such as Pará and Tocantins, does not reach all centers of the metropolitan region.
Keywords: Urban network; Higher education; Maranhense Southwest Metropolitan Region
RESUMEN
La presente investigación tiene por objetivo comprender la polarización de la ciudad de Imperatriz, por medio de la Universidad Estadual de la Región Tocantina del Maranhão (UEMASUL), sobre municipios de la Región Metropolitana del Sudoeste Maranhense (RMSM). Para ello se utilizan, como recorte, estudiantes de cuatro cursos de licenciatura: Química, Física, Matemáticas y Biología. Metodológicamente, se trata de un análisis espacial empírico, anclado en la sistematización de datos secundarios y no nominales, seguido de un examen cualitativo. Además de la revisión de la literatura pertinente, que fundamentó teórica-metodológicamente la investigación, ella contó con la sistematización de datos del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE), el Regiones de Influencia de las Ciudades (REGIC) Instituto Nacional de Estudios e Investigaciones Educativas Anísio Teixeira (INEP), además de la base de datos de la propia UEMASUL. Los datos producidos fueron sistematizados en el formato de mapas, cuadros y tablas y tras análisis, sugieren que la polarización de Emperatriz por medio de la UEMASUL, aunque va mucho más allá de los municipios que componen la RMSM, atravesando estados como Pará y Tocantins, no alcanza a todos los centros de la región metropolitana.
Palabras-clave: Interiorización de la educación superior; Universidad estatal de la región tocantina del Maranhão; Región Metropolitana del Sudoeste Maranhense
O caso recente e particular da interiorização da Educação Superior no Estado do Maranhão converge para a criação da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão-UEMASUL em 2016, com efetiva autonomia no ano de 2017 na cidade de Imperatriz, segundo centro mais relevante do Estado do Maranhão.
Tal processo vem acompanhado, também no ano de 2017, da reformulação da lei de criação da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense-RMSM que, entre as suas diretrizes e base de atuação, está o compartilhamento de recursos com vistas à educação e à qualificação de recursos humanos.
Ambos os movimentos são, inegavelmente, constituídos a partir de uma delimitação regional historicamente circunscrita, mas também são frutos de ações políticas de regionalização, que sobrepõem forças motrizes com vistas à otimização de potencialidades com base na expansão da educação superior. E desta forma, eles se centralizam na cidade de Imperatriz, centro polarizador de maior expressão urbano-regional, representando no bojo de transformações advindas, não apenas transformações no Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, mas também na constituição de fluxos espaciais e migrações de estudantes residentes em municípios não contemplados com instalações universitárias.
A RMSM surge como uma criação do Governo do Estado do Maranhão que, a partir de estratégias próprias, apresenta sua própria proposta de metropolização para 22 municípios. Ela é, desta forma, estruturada na centralidade urbano-regional de Imperatriz e estabelecida pela conexão de municípios que fazem parte de 4 regiões geográficas imediatas e tem na UEMASUL o seu principal instrumento de interiorização da educação.
Neste contexto, o espaço urbano-regional assume, em essência, seu papel de ser contínuo e fluido, estruturado sobre interações dos mais diversos tipos e escalas, as quais se estabelecem tendo como alicerce posições geográficas complexas, que garantem a inclusão dos centros urbanos por meio de diversas redes, como as de transportes ou de comunicação.
Assim, as redes urbanas são firmadas em torno dos centros que exercem influências regionais, sub-regionais, microrregionais e, até mesmo, dos centros locais, cuja incapacidade de oferecer bens e serviços é, geralmente, compensada pela posição geográfica junto a essas redes e pela proximidade espacial com os centros que possuem uma mais ampla oferta de funções urbanas Bessa; Luz (2020).
Desta forma, a rede urbana assume não apenas uma simples compreensão dos fenômenos estabelecidos através das diversas circulações, polarizações, hierarquias e subordinações estabelecidas entre os centros, ela representa um instrumento de análise teórico-metodológico de compreensão dos alcances e movimentos que atores centrais exercem sobre outros, como as instituições de ensino superior.
Para tal, a pesquisa estabelece a interiorização da educação superior por meio da UEMASUL em Imperatriz, Maranhão, enquanto objeto de estudo e a Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense enquanto recorte espacial. Utilizam-se como variáveis estudantes dos cursos de Licenciatura nas áreas de Geografia, História, Pedagogia e Letras. O recorte temporal para os fluxos analisados compreende os anos de 2018–2023I .
Desta forma, a presente pesquisa visou compreender a polarização da UEMASUL na rede urbana da RMSM a partir de estudantes de cursos de formação de professores. Essa abordagem permite compreender a universidade não apenas como um polo de atração de fluxos estudantis, mas também como um agente institucional potencialmente estruturante na dinâmica metropolitana regional.
Metodologicamente, trata-se de uma análise espacial empírica, ancorada na sistematização de dados secundários e não nominais, seguida de exame qualitativo. Além da revisão da literatura pertinente, que fundamentou teórica-metodologicamente as informações, a presente pesquisa contou com a sistematização de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as Regiões de Influência das Cidades (REGIC), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), além da base de dados da própria UEMASUL. Os dados produzidos foram sistematizados no formato de mapas, quadros e tabelas.
Além desta introdução e considerações finais, o trabalho está organizado em quatro seções: Questões sobre a rede urbana em que se discute o conceito chave norteador da pesquisa; A Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense em que se apresenta o recorte espacial da pesquisa e os municípios que dela fazem parte; A UEMASUL enquanto estratégia de interiorização do Ensino Superior na RMSM onde aborda a relação entre a criação da instituição, a partir de uma lógica de interiorização e seu papel como veículo de formação de recursos humanos na região metropolitana em questão; e, Polarização e centralidade dos fluxos de estudantes de licenciatura na RMSM a partir da UEMASUL onde se apresenta dados de polarização da instituição e o desdobramento destes na rede urbana
2 QUESTÕES SOBRE A REDE URBANA
Dada sua complexidade, pode-se estudar a rede urbana a partir de diferentes abordagens. São, porém, vias básicas de análise as dimensões básicas de variação, diferenciação da funcionalidade das cidades, relação entre desenvolvimento e tamanho demográfico, hierarquia urbana e a relação entre cidade e região. Diante das diferentes vias de abordagens acerca do que seja a rede urbana, esta, também, apresenta significativas diferenças estruturais — dimensional, funcional e espacialmente Corrêa (1989; 1997).
A classificação funcional das cidades são uma das mais tradicionais formas de estudo da rede urbana. Ela tem como escopo a divisão territorial do trabalho, a qual é importante elemento para a diferenciação das cidades, quanto a sua funcionalidade e influência na organização espacial. Por isso, cabe ressaltar que, por meio das atividades de comércio e serviço, é possível identificar os atores, formas e processos de produção do espaço urbano.
A rede urbana é “um conjunto de centros urbanos funcionais articulados entre si” Corrêa (1997, p. 93), estabelecendo atividades de diferenciação entre os centros urbanos, a partir de quais funções realizam. Logo, a rede urbana é uma condição de representação da divisão territorial do trabalho, em reflexo das vantagens locacionais distintas.
Desta forma, ela é um conjunto de cidades interligadas entre si, por fluxos de pessoas, bens e serviços, sendo resultado do desenvolvimento econômico das políticas de gestão de território e das elites econômicas Corrêa (1989). Assim, “a rede é também social e política, pelas pessoas, mensagens, valores que frequentam” Santos (1999, p. 209).
No Brasil, os estudos de rede urbana, desenvolveram-se paralelamente aos processos de industrialização e urbanização do país, bem como à reorganização da divisão internacional do trabalho. O estudo da rede urbana baseado na Teoria do Local Central de Christaller e Michel Rochefort tem longa divulgação em pesquisas e estudos desenvolvidos pelo IBGE.
Em 1993 o REGIC se apoiou nas formulações metodológicas de Christaller e Rochefort, e nas contribuições teóricas de Corrêa (1989). O estudo, publicado em 2000, evidenciou a discussão sobre as interações espaciais, fluxos e redes geográficas, porém com modificações bem sutis. Teve papel de destaque na organização do espaço e da sociedade, a produção, a distribuição e o consumo.
No REGIC de 2007 IBGE (2008), observaram-se as modificações mais expressivas, com teor complexo e crítico em relação às variáveis de análise, bem como várias alterações na interpretação e compreensão da rede urbana brasileira, como as funções de alto nível podem ser agora encontradas em centros de nível hierárquico mais baixo.
Diante desse escopo, a rede urbana brasileira compreende um conjunto de centros urbanos que polarizam o território e são de extrema importância para a dinâmica espacial, sobretudo para o desenvolvimento nacional e regional. O processo de desenvolvimento desse composto de redes e conjuntos urbanos revela níveis de integração produtiva e econômica entre as regiões IBGE (2000, 2008, 2020). Essa rede é classificada e estruturada em cinco níveis hierárquicos: Metrópole, Capital Regional, Centro Sub-Regional, Centro de Zona e Centro Local.
A rede urbana é estruturada com base em duas dimensões: a hierarquia dos centros urbanos, disposta em cinco tipologias; e as regiões de influência, que apontam as ligações entre as cidades de menor a maior hierarquia, na dinâmica da rede urbana IBGE (2020). Grande parte das Metrópoles se encontra no Centro-Sul do país, assim como também os dois níveis hierárquicos imediatamente inferiores: Capitais Regionais (A, B e C) e Centros Sub-Regionais (A e B). Os Centros de Zona e os Centros Locais são mais predominantes na região Nordeste, como pode ser observado na figura 1.
A partir do início dos anos 2000, a rede urbana brasileira passou por uma intensa reestruturação, sobretudo na economia e na dinâmica demográfica das cidades médias. A relevância dessas cidades reside no fato de que possuem uma dinâmica demográfica e econômica própria. Com o avanço dos meios de transporte, comunicação e desenvolvimento técnico, intensificaram-se as inter-relações entre essas cidades, havendo maior integração entre elas, de intensa polarização com a metrópole nacional, a fim de atender as constantes.
Figura 1 – Níveis Hierárquicos na Rede Urbana Brasileira
Fonte: IBGE (2020). Org.: Os autores (2024)
A estruturação hierárquica da rede urbana (Figura 2) maranhense apresenta um expressivo número de pequenos centros urbanos, uma vez que, entre 217 municípios, 208 possuem tipologia de pequenas cidades (IBGE, 2020), ou seja, 93% das cidades IBGE (2020).
A rede urbana maranhense está engajada em diferentes níveis de centralidade urbana. No Norte, a polarização central de influência é exercida por São Luís, seguido de centralidades sub-regionais como Presidente Dutra, Chapadinha, Santa Inês, Caxias, Codó e Bacabal, além de diversos Centros de Zona locais. Já no sudoeste maranhense, a polarização central de Imperatriz se sobressai às demais centralidades sub-regionais como Açailândia, Porto Franco e Balsas. Estende-se ao extremo norte do estado do Tocantins, até os centros de Augustinópolis, Tocantinópolis e Araguatins.
Figura 2 – Rede Urbana do Maranhão
Fonte: IBGE (2020, p.35)
3 A REGIÃO METROPOLITANA DO SUDOESTE MARANHENSE
O espaço urbano-regional é, em essência, contínuo e fluido, estruturado sobre interações dos mais diversos tipos e escalas, as quais se estabelecem tendo como alicerce posições geográficas complexas, que garantem a inclusão dos centros urbanos por meio de redes de transportes ou de comunicação.
Tais particularidades, visualizadas a partir das redes urbanas e, consequentemente, das influências que as cidades exercem em toda a região, possibilitam não somente compreender o funcionamento das estruturas regionais e debilidades nelas encontradas, mas propiciam também, o estabelecimento de estratégias de melhorias dos dinamismos regionais como os processos de metropolização.
Embora a criação de regiões metropolitanas seja frequentemente associada a expectativas de desenvolvimento regional integrado, é crucial notar que nem sempre resultam em melhorias efetivas para todo o território envolvido. Em muitos casos, esse processo pode reforçar a centralização de investimentos, serviços e infraestrutura nas cidades-polo. Consequentemente, os municípios periféricos tendem a permanecer em situação de vulnerabilidade, o que pode reproduzir ou agravar desigualdades socioespaciais preexistentes.
Embora existam divergências quanto ao conceito de região metropolitana, o IBGE (2022) informa que esta pode ser considerada como ampla área composta de um núcleo urbano densamente povoado, conectando-se a suas áreas vizinhas menos povoadas. Tal aglomerado urbano concentra não apenas expressivo contingente populacional, mas também a oferta de serviços e a atuação dos setores econômicos. Esse conceito é fundamental para podermos entender o papel urbano-regional da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense (RMSM) estabelecida a partir da centralidade da cidade de Imperatriz frente a 22 municípios.
Para Freitas (2010), alguns conceitos devem ser compreendidos para o entendimento do que seria uma região metropolitana: região, metrópole, urbanização, conurbação e metropolização. O primeiro deles refere-se à região, um conceito clássico da Geografia. Nesse caso, uma região se trata de uma área contínua com características de homogeneidade relacionadas ao domínio de um determinado aspecto, seja ele natural ou construído, econômico ou político. Esse aspecto personaliza e diferencia uma região das demais Freitas (2010).
A metrópole refere-se a uma cidade mãe (com uma área urbana de um ou mais municípios) que exerce forte influência sobre o seu entorno. Ela polariza em si complexidade funcional e dimensões físicas que a destacam numa rede de cidades e no cenário urbano-regional Freitas (2010).
O processo de conurbação como a formação de uma cidade (ou um núcleo com um conjunto de cidades), no sentido geográfico, sobretudo físico, a partir da fusão das áreas urbanas de vários municípios limítrofes. Constitui uma mancha urbana única e contínua, com grandes dimensões, ultrapassando os limites político-administrativos de cada uma das localidades integrantes Freitas (2010).
A metropolização, ou o seu processo, ocorre a partir da polarização de uma região em torno de uma grande cidade, em dimensões físicas, sobretudo populacional, caracterizando-se pela alta densidade demográfica e alta taxa de urbanização. Essa grande cidade, também chamada de metrópole, constitui um núcleo ao redor do qual há várias outras cidades sob sua direta influência, mantendo forte relação de interdependência econômica e notório movimento pendularII de sua população Freitas (2010)
Em seu artigo 2º, inciso VII, a Lei n.º 13.089, de 12 de janeiro de 2015, que institui o Estatuto da Metrópole, estabelece a região metropolitana como uma “aglomeração urbana que configure uma metrópole” Brasil (2015, p. 2). A mesma lei define metrópole, no inciso V do mesmo artigo, como um “espaço urbano com continuidade territorial que […] tem influência […] sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional” Brasil (2015, p. 2). A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 25, passou aos estados a competência de poder criar regiões metropolitanas:
[...] Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Brasil (2016); [1988], p. 30).
Conforme o texto oficial, há, de forma inevitável, a transposição para os Estados do poder de organizar unidades regionais, na forma de regiões metropolitanas ou mesmo aglomerações urbanas, desde que sejam constituídas pelo agrupamento de municípios limítrofes. Contudo, o texto legal gera imprecisões quanto ao gerenciamento de tais recortes e mesmo a sobreposição do que se pode considerar como regiões de desenvolvimento com regiões metropolitanas.
Desta forma, no ano de 2005, o Estado do Maranhão estabeleceu as discussões para a criação de sua primeira região metropolitana fora da área limítrofe da capital, São Luís. A Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense (RMSM) foi criada por meio da Lei Complementar Estadual do Maranhão n.º 89, de 17 de novembro de 2005, sendo definida como uma “[…] unidade organizacional geoeconômica, social e cultural, constituída […]” Maranhão (2005, p. 1), inicialmente, pelo agrupamento de oito municípios, quais sejam: Imperatriz, João Lisboa, Senador La Rocque, Buritirana, Davinópolis, Governador Edison Lobão, Montes Altos e Ribamar Fiquene.
A primeira constituição da RMSM (Figura 3) tinha como principal elemento a conturbação existente entre os municípios de Imperatriz, João Lisboa, Senador La Rocque, Buritirana, Davinópolis, Governador Edison Lobão e Ribamar Fiquene, mais o município de Montes Altos. Neste recorte inicial, há o agrupamento de municípios conturbados com Imperatriz, que não só fazem parte da então Microrregião de Imperatriz, mas também da atual Região Geográfica Imediata de Imperatriz.
Figura 3 – Mapa Dos Municípios da RMSM (2005)
Fonte: IBGE (2020). Org. Os autores (2021)
O objetivo principal da criação da RMSM é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, visando ao desenvolvimento econômico e social da região. Tais funções relacionam-se a quatorze campos de atuação, todos voltados para superar debilidades históricas, que vão desde melhorias no sistema viário e no transporte de bens e pessoas até estímulos à educação e capacitação de recursos humanos Maranhão (2005).
No ano de 2017, com a Lei Complementar n.º 204, de 11 de dezembro, ampliou-se o número de municípios da RMSM de oito para 22 (Figura 4). Além disso, essa legislação também cria o Colegiado Metropolitano da RMSM Maranhão (2017).
Figura 4 – Mapa Dos Municípios Da RMSM (2017)
Fonte: IBGE (2020). Org. Os autores (2022)
Dessa forma, a região passou a ser composta pelos seguintes municípios: Imperatriz, João Lisboa, Senador La Rocque, Buritirana, Davinópolis, Governador Edison Lobão, Montes Altos, Ribamar Fiquene, Vila Nova dos Martírios, São Pedro da Água Branca, Cidelândia, São Francisco do Brejão, Açailândia, Itinga do Maranhão, Carolina, Sítio Novo, Amarante do Maranhão, Campestre do Maranhão, Porto Franco, Estreito, São João do Paraíso e Lajeado Novo Maranhão (2017).
4 A UEMASUL ENQUANTO ESTRATÉGIA DE INTERIORIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NA RMSM
Conforme o art. 4º da Lei Complementar n.º 89/2005, cabe ao Colegiado Metropolitano, com base no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMSM, especificar as funções públicas de interesse comum aos municípios que integram a região. Para tanto, dentre os campos fundamentais para o desenvolvimento da região, o parágrafo 1º, inciso XII, estabelece a “educação e capacitação dos recursos humanos” Maranhão (2005, p. 2).
Nesse caso, a educação é entendida sob múltiplas formas, em especial quanto à formação de professores. Amplia-se o quadro de possibilidades de desenvolvimento regional, à medida que parte significativa desses profissionais passa a se qualificar e atuar no estado. A UEMASUL é criada neste contexto, tendo a maior parte dos seus cursos de licenciatura (78%), preocupada desta forma, com o papel da formação de professores como mecanismo de melhoria dos indicadores da região de sua atuação.
Importante aspecto, no contexto dessa metropolização definida por lei estadual, está no fato de que ela tem como estratégia a intensificação da interiorização da Educação Superior. Trata-se da formação de recursos humanos como um dos objetivos prioritários para tal região metropolitana. Nesse sentido, destaca-se a criaçãoIII , no final de 2016, da segunda universidade pública estadual do Maranhão, a UEMASUL, que tem como abrangência os mesmos municípios da RMSM Maranhão (2016).
A criação da UEMASUL estabelece-se, no quadro urbano-regional, como principal instrumento para viabilizar a propositura de difusão da formação de recursos humanos, preconizada pela lei estadual. Nesse contexto, a nova instituição expressa-se como importante componente de regionalização, por meio da Educação Superior com sede em Imperatriz e campi nas cidades de Açailândia e Estreito (Figura 5).
Imperatriz se apresenta como muito mais do que o centro de fluxos e agentes que circundam a sua região de influência. Ela pode ser compreendida a partir do entendimento coletivo de um centro urbano que reflete, na história do sul do estado do Maranhão, importante ponto de conexões, interações entre diversos sujeitos que nela residiriam. Seu desenvolvimento se confunde com o sudoeste maranhense.
Figura 5 – Campi Da Uemasul de Imperatriz, Açailândia e Estreito
Fonte: UEMASUL (2023). Org.: os autores (2024)
A lógica de construção de campi da UEMASUL segue a centralidade urbano-regional exercida pelas cidades, principalmente a partir da construção de uma região metropolitana e a dinâmica de sua rede urbana. A interiorização no estado do Maranhão ampliou a perspectiva de formação de professores, na medida em que desconcentra a gestão da universidade da capital e permite a ampliação da atração de estudantes de diversos centros.
Tal aspecto representa, no cenário regional, componente expressivo na manutenção e ampliação de mecanismos para a formação de professores, aumentando o número de vagas e, consecutivamente, a atração do número maior de estudantes em face da maior aproximação institucional de municípios que, anteriormente, encontravam-se distantes das universidades.
Quando observados a evolução da oferta de cursos superiores presenciais no Brasil, o bacharelado é a modalidade de maior quantitativo no país, seguido das licenciaturas e, por fim, dos cursos tecnólogos. Porém, embora os cursos de licenciatura tenham tido crescimento de 5%, saindo de 31%, em 2011, para 36% em 2021, apenas uma licenciatura, pedagogia, configurou-se entre os 10 cursos com maior número de matrículas e maior número de concluintes, no país, apontando parar a busca, cada vez menor, por cursos de formação de professores, no Brasil INEP (2023).
No Maranhão, em 2022, dos 44.093 professores ativos na sala de aula, no Ensino Fundamental, 1.208 não possuíam licenciatura. Para o Ensino Médio, dos 15.647 professores ativos na sala de aula, 557 ainda não possuíam licenciatura. Quando observados especificamente a RMSM, dos 4.520 professores da Educação Básica, 91 deles não apresentam licenciatura. Desse número, 90% se encontram em escolas de zona rural. Para o Ensino Médio, dos 1.662 professores, 48 ainda não possuem licenciatura INEP (2023).
É a partir do contexto de difusão do Ensino Superior, como um dos fatores determinantes no processo de desenvolvimento regional — uma vez que possibilita a formação de cidadãos capazes de transformar e agir nas regiões em que estão inseridos —, que o processo de formação de docentes ganha destaque Gumbowsky et al. (2020).
Nesse contexto, considerando o debate até aqui expresso, é fundamental que se possa explorar o quadro analítico de professores no Maranhão, para, então, entendermos a dinâmica urbano-regional dos fluxos de estudantes da UEMASUL em cursos de formação de professores na RMSM. Tais fluxos são fundamentais para entender os diversos movimentos de indivíduos e a capacidade gravitacional exercita pela UEMASUL na rede urbana frente à atração de estudantes dos diversos indivíduos.
5 APOLARIZAÇÃO E CENTRALIDADE DOS FLUXOS DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA NA RMSM A PARTIR DA UEMASUL
O papel dos fluxos estabelecidos a partir dos movimentos diários, temporários ou definitivos das pessoas em busca de formação em nível superior reflete a estruturação de fixos que são estabelecidos em pontos estratégicos dados por movimentos distintos, ao longo do tempo. Tais fluxos expressam, inegavelmente, as inúmeras variáveis e até mesmo padrões de atração e polarização sobre determinados centros, a partir de cursos de formação de professores. Nesse caso, há de se considerar, enquanto hipótese, que existam cursos que apresentam maior capacidade de atração que outros, no que diz respeito aos aspectos de quantitativo de municípios, distância destes ou mesmo intensidade.
Não há como pensar nos fluxos sem considerar os fixos, estabelecidos e até mesmo móveis no território, a partir de lógicas preexistentes. Dessa forma, entende-se a universidade como lócus central de fluxos e elemento de atração de fluxos de pessoas e componente na composição dos elementos que constroem as hierarquias, as subordinações da rede urbana, das regiões geográficas imediatas e intermediárias e, em especial, da cidade de Imperatriz, dentro do quadro urbano-regional que tem se apresentado.
Nesse caso, as forças centrífugas que atraem estudantes promovem verdadeiros movimentos que superam, em muito, as delimitações do Sudoeste do Maranhão. Por outro lado, considera-se que nem todos os municípios sejam contemplados nesses movimentos de expulsão e atração, mesmo com políticas institucionais e a própria proximidade geográfica.
Desta forma, é salutar compreender o papel polarizador (Figura 6) da UEMASUL de estudantes de cursos de formação de professores sobre os demais municípios, considerando a metropolização dos mesmos na rede urbana da RMSM.
Figura 6 – Polarização da UEMASUL para quatro cursos de licenciatura na RMSM (2018-2023)
Fonte: Os autores (2024)
Quanto ao curso de Geografia Licenciatura, foram encontrados 48 municípios distintos na polarização da UEMASUL a partir do curso, com a aparição de centros dos estados do Pará e Tocantins. Imperatriz apresenta-se como grande concentradora da origem dos estudantes, seguida por Açailândia, João Lisboa, Governador Edison Lobão, Senador La Rocque e Porto Franco. Dos municípios que compõem a RMSM, 8 deles não apresentam estudantes de origem no período em apresso.
Quanto ao curso de História Licenciatura, foram encontrados 44 municípios destacados como origem dos estudantes que ingressaram no curso de História, no período destacado. Novamente, a atração atinge centros dos estados do Pará e Tocantins. Imperatriz (27%), Açailândia (10%), João Lisboa (10%), Montes Altos (10%), Governador Edison Lobão (5%), Porto Franco (4%), Senador La Rocque (3%) e Davinópolis (2%) apresentam a maior concentração de estudantes originários. Dos municípios que compõem a RMSM, 10 deles não apresentam estudantes de origem no período em apresso.
O curso de Letras Português Licenciatura, por sua vez, apresenta, de todas as licenciaturas da UEMASUL, a maior capacidade de polarização. Um dos principais elementos que podem sugerir tamanha capacidade de atração trata do fato de que ele é ofertado em dois centros: Açailândia e Imperatriz.
Dos 94 municípios que aparecem, 13 estão sob polarização direta de do campus de Açailândia e 81 do campus de Imperatriz. Dos estudantes do curso de Letras Português do campus de Açailândia, 78% são originários do próprio município, já para o caso de Imperatriz, que apresenta alcance bem maior, a concentração é de 32% de todo o alunado que ingressou no curso no período. Cabe ressaltar a importância do alcance da instituição uma vez que municípios do estado do Pará apresentam fluxos expressivos de seus estudantes como Influência como Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Jacundá, Marabá, Parauapebas, Rondon do Pará, Buriticupu, Tucumã, Tucuruí, Ulianópolis e Uruçuí.
De modo semelhante, o curso de Pedagogia é ofertado em dois campi, Imperatriz e Açailândia. A partir do curso, a instituição apresenta capacidade de atração sobre 56 centros dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins. Levando em conta o curso e o tempo em recorte, o campus de Açailândia exerce polarização sobre 18 municípios, com concentração de 80% de todos os estudantes na própria cidade; e o campus de Imperatriz, sobre 38 municípios, com concentração de 70% do alunado originário da cidade.
Tabela1 – Síntese da Polarização da UEMASUL na RMSM (2018-2023)
|
Município |
Nível hierárquico |
Geografia |
História |
Letras Português |
Pedagogia |
|
Imperatriz |
Capital Regional C |
29% |
39% |
35% |
4,5% |
|
Açailândia |
Centro Sub-Regional B |
10,2% |
10% |
30% |
29% |
|
Porto Franco |
Centro Sub-Regional B |
5% |
12% |
2,5% |
0,7% |
|
Estreito |
Centro de Zona A |
2% |
0,6% |
0,5% |
0,4% |
|
Itinga do Maranhão |
Centro de Zona B |
1% |
0,6% |
2% |
0,7% |
|
Davinópolis |
Centro Local |
1% |
1,2% |
2,5% |
0,7% |
|
Governador Edison Lobão |
Centro Local |
0,7% |
4,$% |
1% |
0,7% |
|
João Lisboa |
Centro Local |
7,1% |
9% |
5% |
3,3% |
|
Montes Altos |
Centro Local |
4% |
4,4% |
1% |
1% |
|
Ribamar Fiquene |
Centro Local |
1% |
0,6% |
0,5% |
1% |
|
Senador La Rocque |
Centro Local |
1,5% |
1,25 |
1% |
1,4% |
|
Buritirana |
Centro Local |
1% |
0,6% |
0,5% |
0,7% |
|
Amarante do Maranhão |
Centro Local |
2,55 |
- |
0,5% |
- |
|
Campestre do Maranhão |
Centro Local |
- |
- |
- |
- |
|
Carolina |
Centro Local |
1% |
0,5% |
- |
|
|
Cidelândia |
Centro Local |
1,2% |
- |
- |
|
|
Lajeado Novo |
Centro Local |
1% |
- |
- |
- |
|
São Francisco do Brejão |
Centro Local |
- |
- |
- |
- |
|
São João do Paraíso |
Centro Local |
- |
- |
- |
- |
|
São Pedro da Água Branca |
Centro Local |
- |
- |
- |
- |
|
Sítio Novo |
Centro Local |
- |
- |
- |
- |
|
Vila Nova dos Martírios |
Centro Local |
- |
1,8% |
4,15 |
- |
|
Outros centros |
Centro Local |
25,7% |
13,4% |
11,4% |
14.9% |
Fonte: Os autores (2024)
O segundo grupo, dos centros intermediários, que, embora sejam apenas centros locais, apresentam conurbação com a cidade de Imperatriz, e fazem parte da primeira criação da RMSM onde, embora não apresenta tanto dinamismo socioeconômico, a pendularidade diária de pessoas em busca de serviços e trabalho permite que todos eles em alguma medida se subordinem a Imperatriz por meio da UEMASUL na oferta dos cursos.
O terceiro grupo, formado por daqueles de maior distância geográfica de Imperatriz, menor dinamismo econômico e menores taxas de urbanização: Amarante do Maranhão (35,96%), Campestre do Maranhão (73,49%), Carolina (67,19%), Cidelândia (40,85%), Lajeado Novo (42,02%), São Francisco do Brejão (40,5%), São João do Paraíso (20,3%), São Pedro da Água Branca (84,11%), Sítio Novo (28,3%), Vila Nova dos Martírios (45,51) que apresentam menor fluxo de estudantes na região metropolitana. Por fim, o quarto grupo é formado por municípios fora da RMSM que representam significativamente as diversas pendularidade diárias ou semanais de estudantes dos estados do Pará e Tocantins.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados coletados sugerem que, a partir do recorte aqui estudado, existe expressiva mobilidade de estudantes em busca de educação superior nos cursos ofertados pela UEMASUL. Eles representam parte dos movimentos diversos que os diversos atores realizam na rede urbana. Neste caso, há de se destacar a conectividade e polarização de Imperatriz sobre os demais municípios da RMSM.
Todavia, nem todos os centros urbanos participam do movimento gravitacional expresso por Imperatriz via UEMASUL para os cursos estudados. Grupos de maior nível hierárquico na rede urbana apresentam maior conectividade nos percentuais de polarização.
Centros com menor nível hierárquico, mas com conurbação com Imperatriz, apresentam, em sua totalidade, participação ativa de estudantes se movendo na rede urbana. Certamente os reflexos da construção de um “mesmo espaço urbano” resultante da proximidade geográfica e conexões advindas têm fator relevante para os percentuais encontrados. Estes municípios fizeram parte da primeira concepção da região metropolitana, em 2005.
A conurbação urbana nos parece ser elemento expressivo, conjuntamente com maiores níveis hierárquico na rede urbana, na promoção de mobilidade entre os indivíduos para o caso aqui estudado. Centros mais distantes, não conturbados e com menores índices de urbanização apresentam os menores indicativos, em muito caso até mesmo a inexistência destes, na promoção de mobilidades na rede urbana.
Este aspecto carece de contínua análise, uma vez que alguns municípios maranhenses não pertencentes à RMSM apresentaram subordinação à Imperatriz via UEMASUL. Esta questão pode ser explicada a partir do fato de que, embora os municípios não estejam na região metropolitana, eles façam parte da área de influência direta de Imperatriz a partir da sua região geográfica intermediária. Tal capacidade de polarização também foi observada em municípios dos estados do Pará e Tocantins.
REFERÊNCIAS
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GUMBOWSKY, A.; JURASZEK, L.; NOERNBERG, E. I.; MAIA, E. D. W. Educação e desenvolvimento regional: a Unesco e as interseções com o desenvolvimento regional. Interação: Revista de Ensino, Pesquisa e Extensão, Varginha, v. 22, n. 2, p. 79-93, 2020. Disponível em: https://periodicos.unis.edu.br/index.php/interacao/article/view/371. Acesso em: 08 ago. 2023.
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SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
Contribuições de autoria
1 – Allison Bezerra Oliveira
Mestre e Doutor em Geografia - UFPE. Líder do Grupo de Pesquisas Socioeconômicas do MA - GPS. Professor Adjunto da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL
https://orcid.org/0000-0003-0320-5661 – allisonbzr@gmail.com
Contribuição: Escrita, conceituação, curadoria de dados, análise formal.
2 – Maria do Rosário Sá Araújo
Doutora em Desenvolvimento Regional. Professora Adjunta da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL
https://orcid.org/0000-0002-5966-4536 – fmrsaaraujo@hotmail.com
Contribuição: Escrita, conceituação, curadoria de dados, análise formal.
Como citar este artigo
OLIVEIRA, A. B.; ARAÚJO, M. DO R. S. Rede urbana e polarização sobre cursos de licenciatura na Região Metropolitana Do Sudoeste Maranhense. Geografia Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v. 29, e91145, 2025. Disponível em: 10.5902/2236499491145. Acesso em: dia mes abreviado e ano
I O recorte temporal considera o ano posterior à criação da UEMASUL, 2018, e o ano de 2023, já consolidado na instituição de ensino superior
II Deslocamento diário ou periódico de populações entre diferentes localidades, motivado por razões como trabalho, estudo, lazer ou acesso a serviços. É um fluxo espacial característico de áreas urbanas e periurbanas, onde indivíduos residem em uma localidade (geralmente mais afastada e com custo de vida menor) e se deslocam para outra (tipicamente um centro urbano ou polo regional) para realizar suas atividades cotidianas.
III Criada pela Lei Estadual nº10.525, de 3 de novembro de 2016, e com estrutura de Organização Administrativa Multicampi, com sede e foro em Imperatriz-MA, definida na Lei Estadual nº 10.558, de 06 de março de 2017, alterada pela Lei Estadual nº 10.694, de 05 de outubro de 2017, e Lei Estadual nº 10.880, de 05 de julho de 2018.