Ensino de Português a Surdos em São Tomé e Príncipe: de um paradigma de exclusão até à inclusão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X38355

Palavras-chave:

Literacia, Surdez, Educação Inclusiva

Resumo

Em São Tomé e Príncipe e até 2013, os surdos não iam à escola em virtude de, segundo os professores, não “aprenderem nada”. Isolados, sem outros pares para comunicar, sentiam-se desprotegidos e párias numa sociedade que não os acolhia. Em 2013, em virtude das missões humanitárias de otorrinolaringologia foi detetada esta situação e proposto um projeto de inclusão educativa. A partir de um projeto de emergência linguística onde a Língua Gestual de São Tomé e Príncipe nasceu, foi criada uma turma piloto integrando os alunos do 1º ciclo numa turma de surdos na escola regular. Neste processo foi elaborado um manual de português para surdos onde, partindo da Língua Gestual de São Tomé e Príncipe se iniciou um processo de implementação da literacia. Neste artigo pretendemos entrelaçar os dois projetos, mostrando e discutindo as opções científicas e pedagógicas tomadas para que da exclusão se tenha conseguido a inclusão

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Biografia do Autor

Sebastião Palha, Universidade Católica Portuguesa Bolseiro de Investigação e Doutorando

Instituto Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa

Ana Mineiro, Universidade Católica Portuguesa

Professora Associada com Agregação

Instituto Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa 

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Publicado

2019-10-22

Como Citar

Palha, S., & Mineiro, A. (2019). Ensino de Português a Surdos em São Tomé e Príncipe: de um paradigma de exclusão até à inclusão. Revista Educação Especial, 32, e93/ 1–13. https://doi.org/10.5902/1984686X38355

Edição

Seção

Dossiê – Direitos Linguísticos dos Surdos: concepções e práticas inclusivas