Desafios para a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista no ensino regular

Challenges for including children with Autistic Spectrum Disorder in regular education

Desafíos para la inclusión de niños con Trastorno Del Espectro Autista en la educación regular

 

Thaynara Maria Pontes Bulhões

Universidade Federal de Alagoas, UFAL, Maceió AL, Brasil.

enf.thaynarabulhoes@gmail.com

Ivanise Gomes de Souza Bittencourt

Universidade Federal de Alagoas, UFAL, Maceió AL, Brasil.

ivanise.gomes@eenf.ufal.br

Maria Eduarda Alves Porto

Universidade Federal de Alagoas, UFAL, Maceió AL, Brasil.

maria.porto@eenf.ufal.br

Maria Cicera dos Santos de Albuquerque

Universidade Federal de Alagoas, UFAL, Maceió AL, Brasil.

cicera.albuquerque@eenf.ufal.br

 

Recebido em 05 de março de 2024

Aprovado em 28 de março de 2025

         Publicado em 08 de abril de 2025

 

 

 

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo relatar os desafios de uma mãe para a inclusão no ensino regular dos seus três filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória do tipo narrativa de vida que ocorreu na Associação de Equoterapia, localizada em um município do nordeste do Brasil. As entrevistas com a mãe participante foram realizadas nos meses de junho e julho de 2022. Os relatos evidenciaram as dificuldades desde o início do processo de busca pela inclusão dos filhos no ensino regular, a falta de recursos no sistema de ensino, além da discriminação e do preconceito vivenciados no espaço escolar. Constatou-se a não efetivação dos direitos de escolarização previstos na legislação, com impactos na saúde física e mental da mãe participante devido ao processo desgastante e entristecedor desencadeados pelos enfrentamentos para a inclusão e desenvolvimento dos seus filhos. Dessa forma, esta pesquisa demonstrou, através das falas da mãe participante, o despreparo das instituições de ensino regular para acolher e incluir as crianças atípicas, não se efetivando a mínima medida correspondente aos seus direitos. 

Palavras-chave: Acesso à educação; Autismo; Desafios da Educação.

 

 

ABSTRACT

This research aimed to report the challenges of a mother to include her three children diagnosed with Autism Spectrum Disorder in regular education. This is a qualitative, exploratory life narrative research that took place at the Equoterapia Association, located in a city in the northeast of Brazil. The interviews with the participating mother were carried out in the months of June and July 2022. The reports highlighted the difficulties since the beginning of the process of seeking to include their children in regular education, the lack of resources in the education system, in addition to discrimination and prejudice experienced in the school space. It was found that the schooling rights provided for in the legislation were not implemented, with impacts on the physical and mental health of the participating mother due to the exhausting and saddening process triggered by the struggles for the inclusion and development of their children. Thus, this research demonstrated, through the statements of the participating mother, the lack of preparation of regular education institutions to welcome and include atypical children, not implementing the minimum measure corresponding to their rights.

Keywords: Access to education; Autism; Education Challenges.

 

 

RESUMEN

Esta investigación tuvo como objetivo relatar los desafíos de una madre para incluir a sus tres hijos diagnosticados con Trastorno del Espectro Autista en la educación regular. Se trata de una investigación cualitativa, exploratoria, de narrativa de vida, que tuvo lugar en la Asociación Equoterapia, ubicada en una ciudad del noreste de Brasil. Las entrevistas a las madres participantes se realizaron en los meses de junio y julio de 2022. Los informes resaltaron las dificultades desde el inicio del proceso de buscar incluir a sus hijos en la educación regular, la falta de recursos en el sistema educativo, además a la discriminación y prejuicio vividos en el espacio escolar. Se encontró que los derechos de escolarización previstos en la legislación no fueron implementados, con afectaciones en la salud física y mental de las madres participantes debido al proceso agotador y entristecedor desencadenado por las luchas por la inclusión y desarrollo de sus hijos. Así, esta investigación demostró, a través de las declaraciones de la madre participante, la falta de preparación de las instituciones de educación regular para acoger e incluir a niños atípicos, no implementando las medidas mínimas correspondientes a sus derechos.

Palabras clave:  Acceso a la educación; Autismo; Desafíos de la educación.


 

Introdução

            O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurobiológico que acomete o desenvolvimento nervoso do ser humano, impactando, sobretudo, nas áreas sociais, comportamentais e motoras, sendo caracterizado por fragilidades na interação social, comunicação verbal e não verbal, além de comportamentos restritivos e repetitivos, que podem variar conforme a gravidade e nível de suporte da criança (Camelo et al., 2021). 

            Diante dos novos casos de TEA no mundo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos em 2023 realizou novos estudos que demonstraram que 1 em cada 36 crianças de 8 anos foram diagnosticadas com TEA. A incidência de TEA vem aumentando com o passar dos anos, tornando-se um tema de importante notoriedade na literatura mundial por seu avanço, especificidade e estratégias na educação especial (CDC, 2023; Meneses; Sousa, 2022). 

A pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência e tem todos os direitos garantidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei Federal n. 13.146/2015 (Brasil, 2012a; Brasil, 2015). Esta lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que afirma como prioridade a participação desses indivíduos em estabelecimentos públicos e privados, bem como a estimulação no mercado de trabalho (Brasil, 2012a). Desse modo, a pessoa com TEA possui proteção jurídica e políticas públicas para a inclusão escolar, devendo estes sujeitos serem matriculados em escola de ensino regular, assegurando acompanhante especializado, se for necessário e comprovado, além de atendimento educacional especializado para identificar e eliminar as dificuldades do processo de ensino-aprendizagem. 

Com isso, as escolas devem estar preparadas para receber esses estudantes e garantir a sua inclusão (Andrighetto; Gomes, 2020). No entanto, o processo educacional da pessoa com TEA vem imerso de desafios com a discriminação, preconceitos, profissionais não capacitados, não conhecimento e negação da escola, que acaba impactando diretamente no crescimento e desenvolvimento dessas crianças, pois a escola é um ambiente de interação com a sociedade, prejudicando, ainda mais, a comunicação e socialização das pessoas com TEA (Silva, 2019; Andrighetto; Gomes, 2020).

Torna-se imprescindível refletir acerca das modificações que se fazem necessárias para a inclusão de crianças com TEA no contexto escolar (Barbosa, 2014). Inclusão essa que deve ser pautada no acesso, na permanência e na aprendizagem, não apenas na prescrição de dispositivos legais que não se materializam na prática cotidiana.

Diante disso, este estudo teve como objetivo relatar os desafios de uma mãe para a inclusão no ensino regular dos seus três filhos diagnosticados com TEA.

 

 

 

 

Método

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória do tipo narrativa de vida, baseado no referencial teórico de Silva e Trentini (2002). Este estudo ocorreu na Associação de Equoterapia, localizada em um município do nordeste do Brasil, com uma mãe de três filhos com TEA. A mãe participante foi convidada como em virtude das suas vivências como cuidadora de filhos com TEA, por considerar que suas falas evidenciaram registros ou sentimentos relacionados aos desafios da inclusão da criança com TEA nas escolas. Utilizou-se, nesta pesquisa, o método da narrativa de vida, visto que captura as dimensões pessoais e humanas com suas histórias vividas e contadas (Muylaert et. al., 2014).

            Essa pesquisa foi realizada a partir da aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas e foram respeitados os procedimentos éticos, estabelecidos nas Resoluções 466/12 e 510/16. Este estudo foi aprovado sob o parecer número 4.482.466 e CAAE número 40033720.4.0000.5013 e fez parte de um Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Federal de Alagoas. 

       Para preservar a identidade da mãe participante do estudo, foram escolhidos, pela pesquisadora, nomes fictícios para ela e seus filhos: Joana para mãe, Isac e Isaías para seus filhos gêmeos e Igor para o seu filho mais novo.

As entrevistas com a mãe se realizaram nos meses de junho e julho de 2022, em momento presencial, a sós com as pesquisadoras, reservando-se sempre um tempo entre uma a duas horas, para que pudesse narrar de forma calma, tranquila e sem pressa. As entrevistas foram realizadas na Associação de Equoterapia onde os filhos faziam acompanhamento com os cavalos, sempre às quartas pela manhã, no período em que os filhos estavam fazendo a terapia. Durante a narração, utilizou-se o recurso de gravação em áudio (no aparelho celular das pesquisadoras). A entrevista narrativa teve como questão disparadora: “Me relate todo o seu percurso de sua vida enquanto mãe de filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista até os dias atuais”.

As narrações da mãe foram transcritas na íntegra, sob o cuidado prévio de qualquer eventualidade que pudesse danificar os arquivos dos áudios, além destes serem salvos sob diversos formatos e em duas contas diferentes da plataforma Google Drive. No processo de análise e interpretação dos dados, as informações obtidas com a entrevista foram organizadas e agrupadas com base nos assuntos de interesse, conforme o estudo desenvolvido por Mayer e Colaboradores (2019), emergindo os seguintes agrupamentos temáticos: a luta por uma vaga na escola regular, a falta de recursos no sistema de ensino, a discriminação e o preconceito no espaço escolar.

 

Resultados e Discussão

Este estudo, ao buscar identificar os desafios de uma mãe para a inclusão no ensino regular dos seus três filhos diagnosticados com TEA, originou três categorias temáticas, as quais foram organizadas para auxiliar a análise e a compreensão. Essas categorias, apresentadas na sequência, foram definidas a partir das falas da mãe participante da pesquisa, que evidenciaram as dificuldades encontradas na inserção e inclusão dos filhos com TEA na escola e as estratégias adotadas para lidar com as mesmas.

            Para fins de caracterização da participante, Joana, a mãe, tinha 43 anos, era do sexo feminino, casada, evangélica, possuía ensino médio completo. Desempregada, centrada apenas no cuidado dos filhos e do lar. Teve duas gestações, 3 filhos (Isac, Isaías e Igor), todos com pré-natal completo e parto cesáreo. Os três filhos, diagnosticados com TEA, não verbalizam. 

        Os desafios por uma vaga na escola regular

            Joana relatou que se deparou com dificuldades desde o início do processo de busca pela inclusão dos filhos Isac e Isaías no ensino regular, precisando dormir na porta da escola para conseguir uma vaga. Apesar disso, a inclusão dos meninos na primeira escola foi ótima, a mãe afirmou que desde a creche municipal até a escola municipal os meninos foram bem acompanhados, como explicou a participante:

 

“A psicóloga me aconselhou que a primeira coisa que eu tinha que fazer era colocar os meninos na escola. Aí quando ela falou isso eu caí em campo. Fui dormir na porta da creche para conseguir uma vaguinha para eles, porque essa creche era muito boa, o pessoal falava muito bem, como se fosse uma escola particular". (Citação da fala)

“Eu caí na creche municipal, e eu fiquei me tremendo de medo delas rejeitarem os meninos, né? Mas para mim foi um alívio, porque a diretora da escola tinha um filho “especial” também, né? Ai para mim foi maravilhoso e as portas se abriram dali para frente, e assim… eles foram bem acolhidos. Da creche até o quinto ano, meus filhos foram bem acolhidos… Dessa creche até a escola do município. Se davam super bem, se identificavam muito bem na escola.  Amavam a escola!”. (Citação da fala)

No entanto, ao buscar um ambiente que melhor atendesse às necessidades dos filhos com TEA, Joana mencionou mais um entrave. Dentre os principais desafios citados pela mãe, tem-se a limitação das vagas e, até mesmo, a recusa das crianças com o espectro por parte da escola. Diante disso, ela fala:

“Percebi uma discriminação por parte da escola por não querer aceitar os meninos nessa escola. porque eu tentei desde que saiu do quinto ano que tento uma vaga nessa escola, que é a escola que eu queria, por conta de possuir auxiliar de sala e sala de recurso. É uma escola que eu vejo que vai dar suporte mais seguro para eles, entendeu? E eu fui rejeitada, percebi na hora que eles não queriam, mas quando eu coloquei na justiça tinha vaga… Então como que não tinha vaga antes? Voltei na escola e perguntei: “mas vocês não disseram que não tinha vaga?” E depois responderam que como eram irmãos, conseguiram a vaga para os dois. Agora me diga como você fica?”. (Citação da fala)

            Dante da dificuldade de conseguir uma vaga escolar para Isac e Isaías, precisou recorrer à justiça. A mãe destaca:

“Tá com uns dois meses atrás que demos entrada na vara da infância para entrarem de forma imediata na escola, mas você acredita que elas não ligaram para mim? A vara da infância me ligou um mês depois e eu tive que aparecer lá na escola. Ou seja, a vara da infância entrou em contato com a escola e a escola não entrou em contato comigo e eu relatei isso na defensoria”. (Citação da fala)

            Joana revelou que, apesar dos próprios esforços e até mesmo do empenho da justiça, o quadro segue sem mudanças, uma vez que seus filhos gêmeos permanecem fora do contexto educacional há mais de dois anos. Por isso relata:

“O Igor passou um ano e meio sem estudar, os gêmeos já vão para dois anos e meio, já estamos indo para o sétimo mês do ano de dois mil e vinte e dois e os gêmeos estão sem estudar, sem acompanhamento, sem acompanhamento de nada”. (Citação da fala)

            Todo esse processo de luta para a inclusão dos filhos no ambiente escolar, principalmente em relação à busca de direitos, tem sido muito desgastante para a mãe. Joana então descreveu seu sentimento de exaustão diante da situação:

“Eu estou devastada; chorei tanto quando estava perto de vir embora. Você ver seus filhos fora da Escola é devastador. Estou tão exausta de tudo isso e de correr atrás. Não está sendo nada fácil pra mim, estou de olhos inchados de chorar quando me falam sobre o assunto” (Citação da fala)

            A entrada da criança com deficiência na escola é sempre um desafio, uma vez que além da preocupação dos pais acerca da incorporação dos seus filhos no ensino regular, há, também, a dificuldade de inclusão desses indivíduos nesse ambiente, que, muitas vezes, é regado por uma visão padronizada e exigente (Silva, 2020).

O processo de inclusão das pessoas com TEA no ensino regular se tornou ainda mais problemático e exacerbado em decorrência da pandemia da COVID-19, uma vez que o distanciamento social prejudicou a escolaridade, a linguagem e a comunicação, modificando seus comportamentos e sua interação. Esta realidade, caracterizada pela escassez de respaldo por parte das instituições educacionais, aliada à crise sanitária, trouxe prejuízos para a socialização, os conhecimentos e as terapias de suporte, o que gerou uma sobrecarga familiar, sobretudo para a mãe (Givigi et al., 2021).

Fadda e Cury (2019) afirmam que a escola atua como um suporte social e tem como papel oferecer auxílio contínuo à família. Entretanto, o que se percebe por meio dos discursos de Joana é que a dificuldade encontrada frente à inserção de seus filhos no contexto educacional tem gerado sentimentos de medo, tristeza, constrangimentos e aflições.

 

        A falta de recursos no sistema de ensino

            Quando a mãe foi indagada sobre a atual situação escolar dos filhos, ela  se emocionou e afirmou que eles estão matriculados, mas que vem há um tempo considerável lutando por um assistente de sala para possibilitar a inclusão efetiva dos meninos nesse ambiente, mas até então não obteve sucesso, por isso ela relata:

“Estão só matriculados, porque estão precisando de assistente de sala. Estou há dois anos e meio nessa luta para conseguir auxiliar de sala”. (Citação da fala)

“Quando foi ontem eu saí, no meio daquela enorme chuva para ir na escola, porque disseram que ia chegar auxiliar de sala, mas eles não estão incluídos ainda”. (Citação da fala)

Refletindo sobre essa questão, houve, em 2012, um grande avanço para a inclusão escolar de alunos com TEA, a partir da Lei Berenice Piana, nº 12.764/12, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Esta norma assegura, para alunos com o espectro que demonstrem dificuldades acentuadas de convívio social e manejo comportamental, o direito a um acompanhante especializado em sala de aula (Brasil, 2012b). 

Nesse sentido, a educação inclusiva representa uma abordagem educacional inovadora, fundamentada na promoção da heterogeneidade dentro das salas de aula, fomentando relações sociais e valorizando a diversidade. No entanto, este modelo coloca escolas e profissionais da educação diante de desafios significativos, visto que eles precisam repensar tanto na organização física quanto pedagógica dessas instituições, visando não compreender somente as dinâmicas de sala de aula, mas também implementar estratégias eficazes que promovam a participação e o sucesso acadêmico de todos os alunos dentro do sistema de ensino (Neta; Nascimento; Falcão, 2020).

À vista disso, é de suma importância que exista a presença de um acompanhante escolar, tendo em vista que este tem a função de mediar as relações interpessoais no ambiente educacional ao qual o aluno com TEA se insere, além de intervir, ainda, em questões relacionadas à aprendizagem e à promoção de autonomia (Mayer et al., 2019). Segundo Weizenmann, Pezzi e Zanon (2020) o trabalho escolar quando desenvolvido em conjunto com educador especializado traz repercussões positivas tanto para o aluno com TEA quanto para a escola, de forma a contribuir no desempenho social e pedagógico desta, uma vez que o auxiliador integra as atividades educacionais, modificando, renovando e inovando-as.

Diante desse contexto, o Decreto nº 8.368/14 salienta a obrigatoriedade da instituição de ensino em providenciar esse profissional quando devidamente solicitado (Brasil, 2014), entretanto, o que se percebe por meio das falas acima é que a realidade não condiz com o esperado perante a lei.

Além disso, a partir do discurso da mãe participante, torna-se evidente a falta de preparo dos profissionais para atender as individualidades de crianças com TEA. Segundo a Joana, os filhos Isac, Isaías e Igor foram promovidos para as próximas séries mesmo não estando aptos para isso, o que, para ela, é prejudicial aos meninos, destacando:

“Os meninos [gêmeos] foram promovidos para o oitavo ano, não concluíram o sexto ano, nem concluíram o sétimo ano. Falaram lá que foram promovidos para o oitavo ano. O Igor foi promovido para o segundo ano, sem ter feito o primeiro e assim… é complicado demais”. (Citação da fala)

Martins e Chacon (2022) afirmam que a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente escolar requer não apenas a presença, mas também a participação e a efetiva aprendizagem destas nos contextos regulares. Como forma de superar as barreiras existentes, os autores trazem que a adaptação curricular representa uma importante estratégia para a superação de obstáculos, tendo em vista que, indiscutivelmente, as peculiaridades do estudante com o espectro autista desperta no ambiente educacional a necessidade de mudanças na organização escolar, no currículo, na rotina institucional, na prática pedagógica, na flexibilização da metodologia e, ainda, no processo de avaliação do conhecimento (Barbosa; Fumes, 2016).

Nesse sentido, a adaptação curricular diz respeito às possibilidades educacionais de atuação diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos (Silva; Santiago; Oliveira, 2020). De acordo com Capellini (2018), esse processo diz respeito à construção de um currículo dinâmico que tem como base as experiências individuais, o qual viabiliza, de acordo com as necessidades apresentadas, a construção do conhecimento pautado no desenvolvimento das potencialidades de cada um. 

Diante disso, é fundamental que o professor regular, em conjunto com o educador especializado, reconheça as características do aluno com TEA para planejar intervenções que vão contribuir com o seu desenvolvimento e aprendizagem (Barbosa; Fumes, 2016). Todavia, conforme relatado pela mãe, observa-se que, na realidade, há o desfavorecimento dos alunos atípicos no que diz respeito ao direito de conhecimento, uma vez que estes são colocados à deriva do processo educacional com currículos menos enriquecidos ou não adaptados, que acabou piorando com a pandemia da COVID-19 com a vivência de um novo ensino, que não preparam os profissionais e não mandaram recursos relativos a equipamentos eletrônicos e conectividade dos professores e estudantes (Neta; Nascimento; Falcão, 2020).

Reconhecer o despreparo que permeia o processo educativo no tocante à inclusão e ao acesso de alunos com TEA no ensino comum, associado a ver os filhos autistas fora da esfera escolar, é motivo de profunda tristeza e insatisfação, conforme relatado abaixo pela mãe:

“A escola estadual é muito despreparada para receber essas crianças, sabe? É complicado. E eu estou passando por isso. Isso que está me desgastando, a escola que está mais me desgastando porque já estamos no meio do ano, as escolas já retornaram em agosto e meus filhos já estão no meio do ano sem estudar”. (Citação da fala)

A situação atual do Brasil, apesar dos avanços, ainda, não tem sido muito favorável para as crianças com deficiência, Joana relatou a tristeza da não inclusão de seus filhos no ensino regular. Pesquisas desenvolvidas por Bisol e Valentini (2021) demonstram que mais da metade das crianças e adolescentes com deficiência permanecem excluídas do ambiente escolar, estimando que 60% desses estudantes que têm acesso à educação regular, não possuem ingresso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), apesar da legislação que prevê sua implementação. Esta lacuna na provisão de serviços adequados resulta na não escolarização desses indivíduos, evidenciando a falta de preparo das instituições educacionais e gerando sobrecarga, tristeza e insatisfação para as famílias (Bisol; Valentini, 2021). 

        A discriminação e o preconceito no espaço escolar

A partir dos relatos de Joana, tornou-se evidente a falta de empatia existente no meio educacional, que decorre de algum tipo de preconceito e discriminação em relação à condição de seus filhos e suas características, como pode-se observar a seguir: 

“Quando procurava as escolas particulares, elas diziam que não iam pegar os meninos porque eles não falavam”. (Citação da fala)

Sabe-se que todo indivíduo possui o direito de acesso à educação, independente da maneira na qual detém capacidade de aprendizado. Assim, é papel da escola viabilizar espaço para o atendimento e o acolhimento das dificuldades que envolvem o processo ensino-aprendizagem de todo e qualquer estudante (Machado; Mantoan, 2020). Contudo, tendo como base as narrativas da mãe participante, é notável que os espaços de ensino apresentam dificuldades na inserção de alunos com TEA, excluindo-os desse contexto.

Assim, evidencia-se que as instituições educacionais são construídas a partir de características e valores segregacionistas (Alcântara et al., 2021), visto que não estão preparadas para lidar com as características típicas do espectro, atribuindo à pessoa com tal deficiência imagens estereotipadas e preconceituosas.

A presença de preconceitos e estigmas no meio escolar, sobretudo por parte de outros alunos, em razão do comprometimento cognitivo, social e comportamental característico do espectro, também mostrou ser uma realidade que influencia negativamente no processo de inclusão dos filhos com TEA no contexto educacional, conforme ela relata

“O Isaías foi brincar na quadra, né? E levou uma pazinha de pau para brincar, aí entraram quatro alunos dentro da quadra para lanchar lá, aí nisso ficaram observando o Isaías e começaram a zoar do Isaías. Mas é aquela coisa, cabe a direção da escola, né?Pelo menos de quinze em quinze dias, para sempre tocar no assunto. Sempre que chegar um coleguinha especial, elas vão em cada sala apresentar os meninos e dizer que têm autismo, certo? E orientavam os alunos para não acontecer. (Citação da fala)

            Considerando tal aspecto, ações de agressão intencional emitidas por uns escolares em relação a outros, as quais têm o intuito de gerar sofrimento, dor, angústia e/ou desconforto são definidas por bullying (Falcão; Stelko-Pereira; Alves, 2021). Esse fenômeno é muito presente no ambiente escolar e constitui uma grave manifestação de violência que traz inúmeros prejuízos ao desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. 

O estudo realizado por Oksendal et al. (2019) obteve como resultado que crianças com TEA possuem maior risco de serem vítimas de bullying em comparação com crianças em desenvolvimento típico, o que se relaciona, sobretudo, às dificuldades de interação que manifestam em âmbito social, além das características cognitivas típicas do espectro. O que revela uma problemática, tendo em vista que as experiências advindas das situações de bullying podem tornar as pessoas com TEA mais suscetíveis ao desenvolvimento de depressão, ansiedade e agressividade, gerando, como consequência, a sensação de desamparo e uma forte desmotivação perante a vida escolar (Oliveira; Schmidt, 2023).

Em face do exposto, torna-se necessário que medidas antibullying sejam implementadas nas escolas, especialmente quando há a presença de população vulnerável, como alunos com TEA, presentes nesses ambientes (Forrest; Kroeger; Stroope,2020). Nessa perspectiva, Tessaro, Trevisol e Pieczkowski (2022) esclarecem que toda a comunidade escolar tem importância crucial no que diz respeito à não negligência da temática do bullying.

Associado a isso, a mãe enfatizou que os professores, os alunos típicos e suas famílias, possuem papel de responsabilidade e destaque no combate ao preconceito vivenciado pelos filhos autistas. Joana sugeriu, como estratégia de enfrentamento, a necessidade de abordar questões relacionadas ao TEA em todos os âmbitos que envolvam o processo educacional, evidenciando que para o processo de inclusão torna-se necessário que haja mudanças na estrutura educacional. Por isso, a participante diz:

“As escolas deveriam orientar esses alunos. Chegou aluno especial, apresenta os coleguinhas, né? Já dizia logo: ‘não quero que zombem'. Quando for reunião de pais, os professores trabalharem com os pais que na escola tem criança especial e que é para orientar os filhos a respeitarem o coleguinha, que quando ver o coleguinha com estereotipias não ficar zombando, entendeu? Tudo isso deveria ser feito em uma sala de aula, em uma reunião com os colegas, com os alunos e os professores não ligam para essas coisas e isso é sério”. (Citação da fala)

Em consonância ao apontado pela mãe, Barros (2017), visando a minimização do bullying contra alunos com TEA, propõe como estratégia que haja uma apresentação prévia das características do espectro para a turma, de modo que os colegas desenvolvam habilidades para interagir com os estudantes atípicos, tendo em vista que os impasses relacionados à inclusão destes no contexto educacional estão intimamente relacionados ao desconhecimento e à falta de sensibilização dos alunos típicos acerca das individualidades que envolvem o transtorno. Ademais, o autor ressalta, ainda, a importância de conscientizar o próprio aluno com TEA sobre a ocorrência de situações que o levam a se sentir prejudicado e/ou excluído.

De acordo com Bisol e Valentini (2021), para uma efetiva inclusão no ensino, o estudante com deficiência deve interagir tanto com alunos de outras faixas etárias, quanto com os demais agentes educativos, tendo em vista que a vivência educacional não se reduz aos acontecimentos da sala de aula. Dessa forma, é imprescindível que haja o apoio de toda a comunidade escolar para que seja garantido o acesso, a permanência e o sucesso na trajetória de alunos com TEA nesse ambiente.

Considerações finais

Este estudo evidenciou os desafios da inclusão de três crianças com TEA no ensino regular, tal como descrito pelas narrativas maternas. Estas refletiram o cansaço e a tristeza da progenitora diante da constatação de que os direitos de seus filhos não estavam sendo efetivamente respeitados, revelando uma lacuna entre a teoria legislativa e sua aplicação prática. A desatenção a tais diretrizes legais, meramente formais, desencadeou um sistema seletivo e nada inclusivo.

Além disso, constatou-se uma correspondência entre os obstáculos relatados na literatura sobre a relação educacional das pessoas com TEA e as vivências compartilhadas pela participante da pesquisa, gerando sentimentos de vulnerabilidade e estresse para a saúde psicológica do familiar da criança com TEA, tornando um processo entristecedor e esgotante. Dessa forma, esta pesquisa demonstrou, através das falas da mãe participante, o despreparo das instituições de ensino regular para acolher e incluir as crianças atípicas, não se efetivando a mínima medida correspondente aos seus direitos.

A escola deve ser um local de inclusão, caracterizado pelo acolhimento e apoio, oferecendo uma educação de alta qualidade para pessoas com deficiência, necessitando de um preparo físico do ambiente e de formação de todos os profissionais que fazem parte da equipe escolar. A criança com autismo deve ser educada em sociedade, assim como qualquer criança típica e para isso é imprescindível que se quebre a barreira do preconceito e de todas outras que dificultam o caminho de uma educação sem desigualdade e heterogênea.  

Portanto, pressupõe-se que a abordagem teórico/metodológica selecionada para este trabalho, catalisa o potencial para pesquisas futuras que concedam voz às mães de filhos com TEA, além de dar visibilidade para a inclusão de crianças atípicas no ensino regular, visando a melhoria das políticas públicas e sua real prática no cotidiano dessas famílias.

 


 

Referências

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