Autoeficácia parental e Transtorno do Espectro Autista: uma revisão integrativa
Parental self-efficacy and Autism Spectrum Disorder: na integrative review
La autoeficacia parental y Autismo: una revisión integradora
Universidade Federal de Santa Catarina,SC, Brasil.
Universidade Federal de Santa Catarina,SC, Brasil.
Luiza Michel Coty
Tabajara Leite de Barros Cartaxo de Arruda
Universidade Federal de Santa Catarina,SC, Brasil.
Universidade Federal de Santa Catarina,SC, Brasil.
Universidade Federal de Santa Catarina,SC, Brasil.
Recebido em 19 de dezembro de 2023
Aprovado em 18 de dezembro de 2024
Publicado em 19 de dezembro de 2024
RESUMO
A interação entre pais e filhos desempenha papel fundamental no desenvolvimento infantil, e deve ocorrer em ambientes que estimulem o desenvolvimento tanto da criança, como da família. Considerando que essa interação é recíproca e bidirecional, torna-se essencial considerar as particularidades da criança e as características individuais dos pais. Crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentam desafios comportamentais e de interação social, que podem impactar significativamente a dinâmica entre elas e seus pais. Nesse contexto, a autoeficácia parental surge como um elemento crucial, e representa a crença e confiança que os pais têm em sua própria capacidade de criar, cuidar e educar seus filhos. O objetivo deste estudo é identificar, na literatura, as possíveis relações da autoeficácia parental no desenvolvimento de crianças com TEA. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas fontes de informação Pubmed/Medline, Embase, Cinahl, PsycInfo, Scopus, Web of Science, Eric e Lilacs. A partir do acrônimo PCC (Pessoa, Conceito e Contexto), estipulou-se a pergunta norteadora e os descritores em português, inglês e espanhol. As produções foram criteriosamente selecionadas, considerando critérios de elegibilidade pré-definidos, e por pares duplo-cegos, seguindo o Check List Prisma. Dados de 12 estudos foram analisados e sintetizados em categorias, de modo a promover uma visão abrangente da temática. Tornou-se evidente a relevância de se considerar a autoeficácia parental um elemento importante na interação entre pais e filhos com TEA. Destaca-se a importância de se considerar as peculiaridades do TEA e dos pais, fomentando um ambiente saudável e estimulante ao desenvolvimento da criança.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Autoeficácia Parental; Desenvolvimento Infantil.
ABSTRACT
The interaction between parents and children plays a fundamental role in child development and must occur in environments that stimulate children and family development. Considering that this interaction is reciprocal and bidirectional, it’s essential to consider children’s particularities and parents' individual characteristics. Children diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD) face behavioral and social interaction challenges which can significantly impact the dynamics between them and their parents. In this context, parental self-efficacy emerges as a crucial element and represents the belief and confidence that parents have in their own ability to raise, care for and educate their children. The objective of this study is to identify, in the literature, the possible relations of parental self-efficacy on the development of children with ASD. This integrative review was carried out in information sources Pubmed/Medline, Embase, Cinahl, PsycINFO, Scopus, Web of Science, Eric and Lilacs. Using the acronym PCC (Person, Concept and Context), the guiding question and descriptors in Portuguese, English and Spanish were stipulated. The productions were carefully selected, considering pre-defined eligibility criteria and by double-blind pairs following the Prisma CheckList. Data from 12 studies were analyzed and synthesized into categories in order to promote a comprehensive view of the topic. The relevance of considering parental self-efficacy as an important element in the interaction between parents and children with ASD has become evident. The significance of acknowledging the peculiarities of ASD and parents is highlighted, fostering a healthy and stimulating environment for child's development.
Keywords: Autism Spectrum Disorder; Parental Self-efficacy; Children Development.
RESUMEN
La interacción entre padres e hijos actúa con una función fundamental en el desarrollo infantil y necesita ocurrir en ambientes qué estimulen el desarrollo del niño así como de la familia. Teniendo en cuenta que esta interacción es recíproca y bidireccional, se vuelve esencial considerar las particularidades del niño y las características individuales de los padres. Niños con diagnostico de Trastorno del Espectro Autista (TEA) enfrentan desafíos de comportamiento y de interacción social, que pueden impactar a la dinámica entre ellas y sus padres. En este contexto, la autoeficacia parental surge como un elemento muy importante y representa la creencia y confianza que los padres tienen en su propia capacidad para de crear, cuidar y educar a sus hijos. El objetivo de este estudio es identificar en la literatura las relaciones de la autoeficacia parental en el desarrollo de niños con TEA. Se trata de una revisión integradora, realizada en las fuentes de información Pubmed/Medline, Embase, Cinahl, PsycINFO, Scopus, Web of Science, Eric y Lilacs. A partir del acrónimo PCC (Persona, Concepto y Contexto), se estipuló la pregunta orientadora y los descriptores en portugués, inglés y español. Las producciones fueron seleccionadas considerando criterios de elegibilidad y por parejas doble-ciegos siguiendo el CheckList Prisma. Datos de 12 estudios fueron analisados y sintetizados en categorías, de modo a promover uma visión abrangente de la temática. Se volvió evidente la relevancia de la autoeficacia parental en la interacción entre padres e hijos con TEA. Se destaca la importancia de reconocer las peculiaridades de los hijos con TEA y de los padres, promoviendo un ambiente saludable y estimulante para el desarrollo del niño.
Palabras clave: Trastorno del Espectro Autista; Auto eficacia parental; Desarrollo infantil.
Introdução
O desenvolvimento infantil é influenciado pela interação da criança com o ambiente físico e social (Bronfenbrenner, 2011). Necessita-se compreender como a criança interage com as dimensões do meio social, desde as culturais, até os contextos mais imediatos, como a família. A interação entre pais e filhos ocorre através de processos proximais, face a face, e é recíproca e bidirecional (Vargas et al., 2020) e, portanto, é crucial refletir acerca de elementos que a impactam. Para tanto, devem ser consideradas características de ambos os agentes da interação, quer seja pai-mãe-filho.
Uma característica parental é a capacidade de pais e mães de desempenharem suas responsabilidades parentais com êxito, que está diretamente relacionada ao desenvolvimento de habilidades em seus filhos (Glatz; Trifan, 2019; Hughes-Scholes; Gavidia-Payne, 2019). No caso de crianças com diagnóstico de transtorno do neurodesenvolvimento, as peculiaridades da condição podem influenciar os comportamentos parentais e as crenças (Chong; Kua, 2017; Minetto; Lohr, 2016) que os progenitores possuem em relação ao desenvolvimento dos filhos.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos transtornos do neurodesenvolvimento que engloba lacunas e alterações na comunicação e interação social, e a presença de padrões de comportamentos restritos e repetitivos (Sadock; Sadock, Ruiz, 2016; Vargas et al., 2020; Whitbourne; Halgin, 2015). Além disso, apresenta grande heterogeneidade fenotípica, que varia em termos de configuração e severidade diagnóstica, de acordo com a necessidade de suporte, que influencia na dinâmica familiar (Andersen et al., 2017; Associação Americana De Psiquiatria [APA], 2014; Kishimoto et al., 2023; Mansour et al., 2017).
Neste contexto, emerge a autoeficácia parental que abrange a percepção sobre suas próprias capacidades para desempenhar de forma satisfatória o seu papel parental (Albanese et al., 2019). A definição do construto tem se revelado consensual na literatura, com destaque para a capacidade para compreender e lidar com questões específicas do desenvolvimento dos filhos, e se sentir competente e bem-sucedido ao realizar esse papel (Albanese et al., 2019; Bandura, 1982; Hess et al., 2004).
Um estudo de revisão realizado por Vance e Brandon (2017) se dedicou em analisar a delineação conceitual da autoeficácia parental. Os autores apontaram que o construto tem sido muitas vezes definido erroneamente como confiança ou autoestima parental. No que concerne aos aspectos psicométricos associados ao construto, a revisão de Wittkowski e colaboradores (2017) discutiu a existência de 34 medidas existentes para avaliação do domínio. Tal amplitude se reflete nas produções revisadas neste artigo, uma vez que diversas ferramentas foram utilizadas para explorar o conceito.
A autoeficácia parental é um fator protetivo, preditora de variáveis infantis e parentais como problemas de comportamento, desenvolvimento da criança, saúde mental dos pais e qualidade de vida familiar (Albanese et al., 2019; Coleman; Karraker, 1998; Roskam; Meunier; Stievenart, 2016; Wittkowski et al., 2016). Ainda, esse construto possui uma predição moderada com a relação pai/mãe-filho, tendo implicações na saúde, desenvolvimento e motivação da criança e dos pais (Pereira; Barros, 2019; Schertz et al., 2020).
Levando em consideração o contexto de desenvolvimento atípico, apesar do crescente número de pesquisas sobre autoeficácia parental especificamente relacionadas ao TEA (Albanese et al., 2019), ainda há poucos estudos que abordam a relação entre este construto e o desenvolvimento da criança com TEA. Algumas limitações de estudos anteriores incluem o foco exclusivo nos resultados das variáveis parentais e a falta de consideração de como a autoeficácia se relaciona com as variáveis infantis (Gentile et al., 2022; Russell; Ingersoll, 2021).
Assim, torna-se necessário realizar um levantamento na literatura sobre autoeficácia parental de progenitores de crianças com TEA, para verificar possíveis relações com desfechos relacionados ao desenvolvimento infantil. A partir da questão norteadora “O que se sabe sobre a relação da autoeficácia parental com o desenvolvimento da criança com TEA?”, o objetivo desta revisão é investigar o que as pesquisas têm evidenciado sobre as relações entre autoeficácia parental e desenvolvimento de crianças com TEA.
Método
Desenho de pesquisa
Refere-se a uma revisão integrativa que visa proporcionar a síntese do conhecimento de determinado assunto ou fenômeno (Toronto; Remington, 2020). Optou-se pelo acrônimo PCC (População, Conceito e Contexto), onde “População” diz respeito a crianças com TEA; “Conceito” se refere à autoeficácia Parental; e, “Contexto” representa o desenvolvimento da criança com TEA.
Delimitou-se a pergunta norteadora: O que se sabe sobre a relação entre a autoeficácia parental e o desenvolvimento de crianças com diagnóstico de TEA? A fim de traçar o panorama das publicações, não se estabeleceu um recorte temporal. O levantamento dos dados foi realizado com filtro nas bases de dados nos idiomas português, inglês e espanhol, em agosto de 2023.
Estratégia de busca
Para o levantamento de dados na literatura científica, a lista de descritores na Terminologia em Psicologia da BVS-Psi foi consultada. Para pensar na estratégia de busca, primeiro optou-se por separar a questão de pesquisa em temas como: “autoeficácia parental”, “Transtorno do Espectro Autista”, e “Desenvolvimento Infantil”, e seus respectivos sinônimos, em português, inglês e espanhol.
Com o terceiro assunto, “Desenvolvimento Infantil”, percebeu-se que a busca poderia se tornar muito específica e não retornar com resultados e, decidiu-se pela identificação posterior, sendo este então omitido da busca. Os termos utilizados para atingir o objetivo dessa pesquisa foram organizados a partir de operadores booleanos, considerando: ("parent* self efficac*) AND ("Autis*" OR "ASD”), com seus correspondentes na língua portuguesa e espanhola.
Critérios de elegibilidade
Na coleta de dados, foram adotados os critérios de inclusão de artigos empíricos ou estudos primários de abrangência internacional: (a) disponíveis na íntegra; (b) realizadas na área da Psicologia; e (c) que apresentem no resumo a autoeficácia parental de pais de crianças com TEA. Como critérios de exclusão, foram desconsideradas publicações: em formato de livro, dissertação de mestrado e tese de doutorado, duplicadas e que tiveram como método uma revisão da literatura ou um estudo teórico.
Triagem e organização dos dados
Todas as etapas seguiram o CheckList Prisma (PAGE et al., 2021). As fontes de informação utilizadas foram: Pubmed/MedLine, Embase (Elsevier), Cinahl (EBSCO), PsycINFO, Scopus (Elsevier), Web of Science (Clarivate Analytics), ERIC, LILACS / BDENF / IndexPsi e SciELO. A triagem foi realizada entre junho e agosto de 2023, utilizou-se filtro nas bases de dados nos idiomas português, inglês e espanhol, e a extração de dados ocorreu entre agosto e outubro de 2023.
Foi utilizado o EndNoteWeb para organização das referências e exclusão das duplicatas. A seleção dos estudos foi realizada por meio do gerenciador de dados Rayyan através da leitura do título, resumo e palavras-chaves por dois revisores, na condição de cegamento. Os estudos foram lidos na íntegra por dois revisores e os dados foram organizados na planilha do aplicativo Excel. Em caso de discordância, esta extração foi também verificada por um terceiro juiz para resolução de impasses.
Foi realizada busca sobre as categorias pré-definidas: autores; ano de publicação; local de publicação; palavras-chave; objetivos; método; resultados e conclusões. Foram extraídas características da população amostral, tanto da criança, como dos progenitores. Buscou-se, ao final, verificar as possíveis associações entre autoeficácia parental e o desenvolvimento da criança com TEA.
Resultados e Discussões
Identificação e caracterização dos estudos
A busca inicial identificou 373 produções, sendo 23 na Cinahl, 45 na Embase, 23 na Eric, 67 na PsycInfo, 34 na PubMed, 47 na Scopus, e 134 na Web of Science (Figura 1). Nenhuma produção foi encontrada na Lilacs. Dentre as 373, 167 estavam duplicadas. Após eliminação de duplicados, 206 foram triados a partir da leitura de título e resumo. Foram excluídos 161 estudos de acordo com os seguintes critérios: 26 devido ao desenho do estudo, 50 devido ao desfecho, 48 devido à população, e 37 devido ao tipo de publicação.
Dos 45 estudos pesquisados para se manterem, 7 foram excluídos por não estarem disponíveis na íntegra. Foram identificados 12 estudos que foram publicados em outra área do conhecimento: 1 na área da educação e na pediatria, 2 na enfermagem, na fonoaudiologia e no serviço social, e 4 na terapia ocupacional. Foram selecionados ao final, 26 estudos, dos quais 14 foram excluídos após leitura na íntegra, por não responderem a pergunta de pesquisa: 11 estudos focaram apenas nas variáveis parentais, 1 focou somente em desfechos infantis, 2 estudos abordaram a autoeficácia na intervenção, e não em termos de parentalidade. Sendo assim, 12 estudos foram incluídos na revisão.
Figura 1. Fluxograma do levantamento das publicações
Fonte: Os autores (2023)
Em relação ao período de publicação, 12 produções foram publicadas em um período de 13 anos, entre 2010 e 2023. Uma lacuna de 9 anos foi observada entre o ano de 2010 e o de 2019, tendo sido esses dados evidenciado no estudo de revisão sistemática de Albanese e colaboradores (2019). É possível verificar também que houve maior incidência de produções no ano de 2021, com a publicação de 6 estudos (Charman et al., 2021; Chen et al., 2021; Kubo et al., 2021; Kurzrok; McBride; Grossman, 2021; Russell; Ingersoll, 2021; Taylor et al., 2021), podendo indicar um aumento significativo no interesse ou na relevância da temática.
Em relação à distribuição dos estudos por países, a China foi a região que mais desenvolveu conhecimento científico sobre a temática com três estudos (Chen et al., 2021; Kishimoto et al., 2023; Li et al., 2022). Em segundo, a Inglaterra, com dois estudos (Charman et al., 2021; Taylor et al., 2021). Um único estudo foi publicado em cada um desses países: Japão (Kubo et al., 2021), Irã (Shiri et al., 2020), no Canadá (D’Entremont et al., 2022). Um único estudo foi realizado em dois locais, concomitantemente, nos Estados Unidos e Porto Rico (Kurzrok; McBride; Grossman, 2021), com possibilidade de comparação de dados entre dois países.
Três estudos (Enav et al., 2019; Keen et al., 2010; Russell; Ingersoll, 2021) não informam o local onde foram realizados. Destes, o estudo de Enav e colaboradores (2019) e de Russell e Ingersoll (2021) pontuam como critérios de inclusão que os participantes tivessem a língua inglesa como primeiro idioma. Esse levantamento sugere que o interesse e a pesquisa sobre o autismo são globais e não limitados a uma única região geográfica, mas estudos transculturais ainda são escassos.
Infere-se que a diversidade de regiões representadas na produção científica sobre autoeficácia parental e TEA podem levantar questões sobre a representatividade e a generalização dos resultados. É pertinente considerar a diversidade cultural, social e econômica ao interpretar os achados. Nenhuma das pesquisas foi realizada no Brasil, o que representa uma lacuna de estudo em território brasileiro.
Acerca dos procedimentos metodológicos adotados, cinco estudos tiveram como método de investigação descritivo correlacional (D’Entremont et al., 2022; Kishimoto et al., 2023; Kurzrok; McBride; Grossman, 2021; Russell; Ingersoll, 2021; Taylor et al., 2021, e outros cinco estudos adotaram o método experimental (Charman et al., 2021; Shiri et al., 2020); ou quase-experimental (Enav et al., 2019; Keen et al., 2010; Kubo et al., 2021). Um único estudo usou a metodologia descritiva, de levantamento (Chen et al., 2021) e um outro observacional (Li et al., 2022).
A maior parte dos objetivos nos estudos se referiam a avaliar a viabilidade, efeito e eficácia de intervenções direcionadas a pais de crianças com TEA. Estes estudos promoveram programas de intervenções individuais e grupais e avaliaram seus efeitos em variáveis parentais e infantis. Em conjunto, todos demonstraram abordagem multifacetada para oferecer suporte a cuidadores de crianças com TEA, pensando no desenvolvimento da criança e da família (Arellano et al., 2017).
O estudo de Keen e colaboradores (2010) promoveu dois tipos de intervenções direcionadas aos cuidadores de crianças com TEA, para verificar seus efeitos na percepção de estresse e no senso de competência e autoeficácia parental. O estudo de Kubo et al. (2021) também se propôs a implementar uma intervenção, no entanto, esta foi especificamente com mães de crianças com TEA, para verificar seus efeitos sobre a autoeficácia parental. Ambas as pesquisas demonstram preocupação em apoiar os cuidadores e melhorar sua percepção de capacidade, corroborando com a literatura (Glatz; Trifan, 2019).
Kurzrok, McBride & Grossman (2021) buscaram avaliar a relação entre experiências parentais com intervenções dos filhos com TEA, e a autoeficácia parental. Russell & Ingersoll (2021) buscaram compreender fatores que se relacionam com a autoeficácia parental quando os pais implementam intervenções em habilidades sociocomunicativas nos filhos com TEA. Estes dados oferecem insights sobre como as experiências de cuidado afetam a confiança que os pais têm em suas habilidades, e ressaltam a efetividade da mediação parental em intervenção (Brian et al., 2022; De Oliveira; Schmidt; Pincolini, 2020).
A investigação de Enav e colaboradores (2019), bem como a de Charman et al. (2021) envolveu um grupo de cuidadores de crianças com TEA. A primeira avaliou o impacto de um grupo baseado em mindfullness na autoeficácia parental, e a segunda pesquisa objetivou examinar a viabilidade e eficácia preliminar de uma intervenção comportamental em grupo de pais e mães que possuíam filhos com TEA com problemas emocionais e comportamentais. Como a autoeficácia parental possui natureza modificável (Coleman; Karraker, 1998), uma forma de proporcionar mudanças no comportamento dos pais é incentivá-los em grupo (Wittkowski et al., 2016).
Corroborando com a existência da relação entre autoeficácia parental e excessos comportamentais (Costa et al., 2016; Roskam et al., 2018), observa-se que a pesquisa de Shiri et al. (2020) buscou examinar a eficácia e viabilidade de um programa de gestão familiar sobre os problemas de comportamento da criança com TEA. Isto demonstra a relevância de estratégias de intervenção voltadas para toda a família, considerando as peculiaridades da autoeficácia parental (Feng et al., 2021). Pôde-se perceber a preocupação com a promoção do entendimento do construto quando relacionado com diversas variáveis parentais e infantis (Albanese et al., 2019; Gessulat et al., 2023).
Chen et al. (2021) examinou o papel do estresse parental como mediador na relação entre autoeficácia parental e problemas de comportamento da criança com TEA. Da mesma forma, o estudo de Li e colaboradores (2022) explorou os preditores de estresse parental em mães de crianças com TEA, na tentativa de elucidar as relações entre os comprometimentos sociais da criança e o estresse parental, bem como na autoeficácia parental. Isso destaca a importância de abordar o bem-estar emocional dos cuidadores, corroborando com a literatura existente (Benedetto; Ingrassia et al., 2018; Lindsey; Barr, 2018; May et al., 2015; Miranda et al., 2019).
Ainda, Taylor et al. (2021) investigou associações entre a saúde mental parental e a autoeficácia parental, com comportamento e funcionalidade da criança com TEA. Kishimoto e colaboradores (2023) integrou fatores de perspectivas da criança, da família e dos progenitores para propor um modelo mediacional, facilitando a compreensão dos mecanismos psicológicos subjacentes ao estresse parental, como a autoeficácia parental de cuidadores de crianças com TEA. Ambos os estudos evidenciam a interconexão entre o bem-estar dos cuidadores e o desenvolvimento das crianças, em consonância com estudos anteriores (Benedetto; Ingrassia et al., 2018).
Por fim, um estudo (D’Entremont et al., 2022) se preocupou em acessar recursos e custos de intervenções em pré-escolares com TEA e autoeficácia parental em duas províncias canadenses. Os autores também compararam o desenvolvimento infantil com os efeitos das intervenções e a autoeficácia dos progenitores. Isso destaca a importância de considerar a eficácia e custo-benefício dos programas direcionados ao público TEA e suas famílias (Tsiplova et al., 2019).
No que tange aos resultados da pesquisa, nota-se uma pluralidade de desfechos, tanto em variáveis parentais, como em termos de desenvolvimento infantil. Um único estudo informou não haver diferenças entre os resultados das medidas, antes e após a intervenção, em dificuldades emocionais e comportamentais da criança com TEA, e na autoeficácia dos cuidadores (Charman et al., 2021). No entanto, isso pode ter acontecido devido às limitações do estudo, por se tratar de um estudo piloto.
Dois estudos desenvolveram intervenções onde os pais mediaram atividades com os filhos. A pesquisa de Keen et al. (2020) realizou uma intervenção focada nos pais, e demonstrou que o desenvolvimento da comunicação social das crianças com TEA, após intervenção, resultou no aumento da autoeficácia parental. Por outro lado, a intervenção proposta por Kubo et al. (2021) em mães de crianças com TEA promoveu aumento da autoeficácia parental, bem como saúde mental das mães. Isso ressalta a importância de capacitar os cuidadores para serem ativos na intervenção (Brian et al., 2022; De Oliveira; Schmidt; Pincolini, 2020; Kuperstein; Biazus; Pires, 2018).
Complementando os resultados destes estudos, a pesquisa de Russell e Ingersoll (2021) apresenta que a autoeficácia parental se correlaciona com a autoeficácia parental terapêutica. Ou seja, quanto mais os pais se sentem capazes em mediarem intervenções com a criança, mais se sentem eficazes no seu papel parental. Estas percepções são também preditoras da motivação dos pais para se envolverem no processo terapêutico dos filhos (Pereira; Barros, 2019), afirmando o impacto significativo no desenvolvimento da criança.
Da mesma forma, Kurzrok, McBride e Grossman (2021) identificaram que quanto maior o envolvimento dos pais nas intervenções com os filhos com TEA, maior a satisfação com o treinamento voltado à intervenção. Isto implica diretamente na autoeficácia parental, e os autores descrevem que os mesmos pais possuem maiores níveis desse aspecto. Também, pontuam que quanto menor o suporte social e maior a sobrecarga, menor a autoeficácia parental, corroborando com a pesquisa de Çattik e Aksoy (2018), que examinou as relações entre suporte social, autoeficácia parental e satisfação. Tal dado também está em consonância com Coleman e Karraker (1998) que salientam a existência de três fatores para o desenvolvimento da autoeficácia parental, como o exercício do cuidado, a crença na resposta da criança, e a presença de uma rede de apoio e suporte.
Um estudo, ao se propor comparar o impacto de diferentes intervenções em pré-escolares com TEA em duas províncias canadenses, relatou que houve diminuição na crise familiar e aumento da autoeficácia parental em ambos os contextos (D’Entremon et al., 2022). A comparação se deu em relação aos custos e recursos dos serviços ofertados. Os pais relataram que estavam satisfeitos com os serviços ofertados para o tratamento dos filhos e para a família. Ressalta-se, em relação ao planejamento de intervenções, a relevância de serem consideradas interações complexas entre cuidadores, filhos com TEA, e fatores contextuais (Chong; Kua, 2017; Pinto et al., 2020).
Nota-se a importância de se considerar outros fatores, como comprometimento social, gravidade do TEA (nível de suporte), estresse parental, entre outros, que impactam a interação entre cuidador e criança, bem como na autoeficácia parental e no desenvolvimento infantil (Glatz; Trifan, 2019). O estudo de Li et al. (2022) demonstrou que os comprometimentos sociais da criança estão significativamente relacionados à autoeficácia parental. Apontam ainda que a autoeficácia parental atua como mediadora da relação entre o estresse parental e o comprometimento social infantil. Esse resultado corrobora com o estudo de May et al. (2015) que apontaram que pais e mães de crianças com TEA demonstraram menores níveis de autoeficácia e altos níveis de estresse, e com o de Wang et al. (2018) que observou que dificuldades sociais da criança com TEA afetaram a qualidade de vida dos pais.
Taylor e colaboradores (2021) observaram a alta relação entre saúde mental dos cuidadores e autoeficácia parental, e significativa relação negativa entre sintomas de TEA e autoeficácia parental. Corroborando, Kishimoto e colaboradores (2023) apontaram que há interações entre a severidade dos sintomas da criança com TEA e autoeficácia parental, sinalizando que diferentes níveis de sintomas são moderadores das relações entre adaptabilidade e coesão familiar e autoeficácia parental. Isso implica o impacto do filho com TEA na dinâmica familiar como um todo, fazendo-se imprescindível a inclusão dos pais no tratamento da criança (Kuperstein; Biazus; Pires, 2018; Lopes; Murari; Kienen, 2021; Schertz et al., 2020).
Outras produções forneceram insights preciosos sobre a eficácia de intervenções direcionadas a grupos de pais no contexto do TEA. Enav e colaboradores (2019) propuseram uma intervenção em mentalização. O estudo dos autores demonstrou aumento no funcionamento reflexivo dos pais, bem como diminuição de problemas de comportamento dos filhos com TEA, e aumento da autoeficácia parental. Trata-se de um indicador positivo, pois a capacidade reflexiva parental impacta diretamente na qualidade das interações com os filhos, visto que permite a reflexão dos cuidadores sobre estados mentais subjacentes aos comportamentos dos filhos e de seus próprios estados mentais relativos à autoeficácia parental. Isto possibilita que respondam adequadamente às demandas da criança, aumentando a satisfação com seu papel parental (Luyten et al., 2017; Rostad; Whitker, 2016).
Shiri e colaboradores (2020) também teve grupos de pais como participantes da intervenção. Os autores realizaram treinamento parental para manejo de excessos comportamentais, os quais diminuíram significativamente, correlacionando-se com o aumento da autoeficácia parental. Depreende-se que intervenções voltadas para os pais têm impacto direto no comportamento das crianças. Crenças de autoeficácia impactam na qualidade do cuidado e no enfrentamento de desafios (Salas et al., 2017; Weiss, 2013), indicando a relevância de se incluir os pais como parte integrante do suporte, bem como fortalecer a sua autoeficácia parental, como parte do apoio às famílias e à criança com TEA (De Oliveira; Schmidt; Pincolini, 2020; Kabiyea; Manor-Binyamini, 2019).
Corroborando, Chen et al. (2021) investigou e descreveu que há correlação negativa entre autoeficácia parental e problemas comportamentais. Em consonância com a literatura, aponta-se que quanto maior a incidência de problemas de comportamento da criança, menor o sentimento de autoeficácia dos pais (Albanese et al., 2019; Roskam et al., 2016). Os autores também apontaram que a autoeficácia parental é mediada pelo estresse parental e produz efeitos significativos na relação pais-filhos. Ou seja, o nível de estresse que os progenitores experimentam influencia diretamente em sua confiança e eficácia em lidar com os desafios associados ao TEA (Argumedes; Lanovaz; Larivée, 2018).
Caracterização do público amostral e desfechos parentais e infantis
Para além dos desfechos relacionados à autoeficácia parental, ressalta-se a representação do público o qual se insere enquanto amostra de pesquisa para revelação de dados confiáveis. O Quadro 1 apresenta características da amostra parental quanto ao número total de participantes, aspectos de autoeficácia analisados e fatores associados, bem como o instrumento utilizado para medir a autoeficácia, e outros desfechos parentais abordados nos estudos.
Quadro 1. Características da amostra parental (continua)
ESTUDO |
PESQUISA |
RESULTADOS |
AMOSTRA |
ASPECTOS |
INSTRUMENTO |
OUTROS |
Keen et al., 2010 |
Quase- experimental |
O desenvolvimento da comunicação social foi maior em crianças de famílias que recebem suporte profissional. A intervenção reduziu estresse e aumentou autoeficácia. |
39 mães e 37 pais. |
Eficácia e satisfação |
PSOC |
Estresse |
Fonte: Autores (2023)
Quadro 1. Características da amostra parental (continua)
ESTUDO |
PESQUISA |
RESULTADOS |
AMOSTRA |
ASPECTOS |
INSTRUMENTO |
OUTROS |
Enav et al., 2019 |
Quase- experimental |
Aumento no funcionamento reflexivo e autoeficácia dos pais que participaram da intervenção, e diminuição de problemas de comportamento e sintomas emocionais. |
28 mães e 36 pais. |
Eficácia e satisfação |
PSOC |
Regula- ção Emocio-nal, Funcio-namento Reflexivo. |
Shiri et al., 2020 |
Experimen- tal |
Excessos comportamentais diminuíram. Os pais mostraram melhorias na autoeficácia e estresse parental. A intervenção foi altamente aceita. |
17 pais e mães. |
Sentimentos sobre habilidades parentais; confiança no sucesso da performance; avaliação do manejo comporta-mental. |
PSAM |
Estresse |
Charman et al., 2021 |
Experimen- tal |
Não houve diferença entre os grupos nos resultados primários. |
62 pais e mães. |
Eficácia parental e ajustamento da criança |
CAPES-DD |
Estresse, bem-estar, práticas parentais |
Chen et al., 2021 |
Descritiva (levantamen-to) |
Correlação negativa significativa entre autoeficácia parental e problemas comportamentais. O efeito da autoeficácia nos problemas comportamentais foi significativo e mediada pelo estresse parental. |
119 pais e 320 mães. |
Senso de autoeficácia sobre cuidados na vida diária, no estudo, manejo de problema de comportamento, intervenção e reabilitação. |
Parental self-efficacy questionnaire for parents of special children |
Estresse, percep-ção de suporte social, persona-lidade. |
Kubo et al., 2021 |
Quase-experimental |
Aumento na autoeficácia e saúde mental das mães após intervenção. |
46 mães, 14 pais. |
Emoção e afeto, brincar e gostar, empatia e controle, disciplina e limites. |
TOPSE |
Saúde mental |
Fonte: Autores (2023)
Quadro 1. Características da amostra parental (conclusão)
ESTUDO |
PESQUISA |
RESULTADOS |
AMOSTRA |
ASPECTOS |
INSTRUMENTO |
OUTROS |
Kurzrok, McBride & Gross-man, 2021. |
Descritiva, correlacional. |
Pais que relatam maior envolvimento nas intervenções dos filhos e maior satisfação com o treinamento, relatam maior autoeficácia. Pais que relatam maior carga financeira e social relatam menor autoeficácia. |
409 mães, 23 pais, 6 avós. |
Manejo de desafios relacionados à criação da criança com TEA |
PSEaS |
Esgota-mento parental |
Russell & Ingersoll, 2021 |
Descritiva, correlacional. |
A autoeficácia parental global se correlaciona com a autoeficácia terapêutica em intervenções mediadas pelos pais. |
51 pais e mães |
Eficácia e satisfação |
PSOC |
Autoefi-cácia como terapeuta |
Taylor et al., 2021 |
Descritiva, correlacional |
Alta relação entre saúde mental e autoeficácia, e significativa relação negativa entre sintomas de TEA e autoeficácia. |
226 pais, 222 mães |
Emoção e afeto, brincar e gostar, empatia e controle, disciplina e limites. |
TOPSE |
Bem-estar mental |
D’Entre-mont et al., 2022 |
Descritiva, correlacional |
Diminuição na crise familiar e aumento da autoeficácia.. |
478 pais e mães |
Manejo de comporta-mentos desafiadores, comunicação, habilidades sociais e da vida diária. |
Parental self-efficacy questionnaire |
Satisfa-ção parental e estresse |
Li et al., 2022 |
Observacio-nal |
Comprometimentos sociais da criança, estresse parental e autoeficácia significativamente relacionados. A autoeficácia foi mediadora da relação entre estresse e comprometimento social. |
185 mães |
Eficácia e satisfação |
PSOC |
Estresse e suporte social percebido |
Kishimoto et al., 2023 |
Descritiva, correlacional |
A autoeficácia parental pode aliviar a relação entre a disfunção familiar e o estresse parental. |
124 pais, 334 mães, 20 outros |
Eficácia e satisfação |
PSOC |
Estresse, coesão e adapta-bilidade familiar |
Fonte: Autores (2023)
Os participantes foram majoritariamente mães. Esta predominância é uma observação significativa e reflete a tendência comum na pesquisa com crianças com desenvolvimento atípico, na qual o envolvimento predominante de mães indica frequência como principais cuidadoras dos filhos com TEA. Isto pode ser devido a fatores culturais, sociais e às dinâmicas familiares (Aguiar; Pondé, 2019; Pinto; Constatinidis, 2020).
A faixa etária do cuidador variou de 18 a 65 anos. Apenas 4 estudos não apresentaram nenhuma informação sobre a idade (Charman et al., 2021; D’Entremont et al., 2022; Keen et al., 2020; Russell; Ingersoll, 2021). Um único estudo (Kurzrok; McBride; Grossma, 2021) contou com avós como participantes. Outro estudo relata a participação de “outros” (Kishimoto et al., 2023). A inclusão de avós e do termo “outros” indica diversidade e experiências diferentes no cuidado com crianças com TEA e presença de rede de apoio. Em uma revisão integrativa, Trindade e colaboradores (2021) comentam sobre o papel das avós no suporte às mães de filhos com deficiência, afirmando consequências positivas para a qualidade da dinâmica familiar.
Os estudos demonstram a diversidade de abordagens e instrumentos disponíveis para medir diferentes aspectos de autoeficácia parental. No entanto, ressalta-se a relevância e necessidade de adaptação da avaliação e uso de instrumentos específicos de acordo com a população-alvo. Isso pode fornecer uma compreensão mais aprofundada e precisa das habilidades e sentimentos parentais (Wittkowsk, 2017). Uma abordagem personalizada e adaptada aos diferentes contextos familiares, e que considera as especificidades da população estudada, contribui para o planejamento de intervenções mais eficazes e direcionadas.
A Parenting Sense of Competence Scale (PSOC) se refere a um instrumento amplamente utilizado na literatura científica, por oferecer uma medida geral do senso de competência parental, abrangendo eficácia e satisfação parental (Moura et al., 2020). Foram 5 estudos que a utilizaram como instrumento de medida (Kee et al., 2010; Enav et al., 2019; Russel; Ingersoll, 2021; Li et al., 2022; Kishimoto et al., 2023), demonstrando sua abrangência em diferentes contextos. Outra escala que tem sido aplicada em diferentes populações é a Parental Self-Agency Measure (PSAM). Diferente da PSOC, tende a ser mais específico na avaliação da autoeficácia em aspectos comportamentais e de gestão (Seetharaman et al., 2022). Ao utilizá-la, Shiri e colaboradores (2020) focaram nos sentimentos dos pais sobre suas habilidades parentais e confiança no sucesso de sua performance e habilidade para manejar comportamentos desafiadoresdos filhos.
Kubo et al. (2021) e Taylor et al. (2021) utilizaram Tool to Measure Parenting Self-Efficacy (TOPSE) para mensuração de aspectos da autoeficácia parental. Os autores focaram em uma abordagem ampla, para avaliar os sentimentos dos pais sobre suas habilidades afetivas, de brincar, e disciplina. Este instrumento de autorrelato, baseado no framework teórico de autoeficácia, tem sido utilizado culturalmente, em condições de desenvolvimento típico e atípico (Xue et al., 2021; Roncaglia, 2023). Outras propostas decidiram pela utilização de escalas mais específicas. Charman et al. (2021) utilizou a Child Adjustment and Parent Efficacy Scale (CAPES-DD), dirigida para avaliar autoeficácia parental em relação ao ajustamento da criança, em termos de problemas emocionais e comportamentais (Emser et al., 2016). Tal estudo focou em contextos em que há crianças com desafios no desenvolvimento.
D’Entremont et al. (2022) optaram pelo uso de um questionário de elaboração própria. Os autores criaram o Parental Self-Efficacy Questionnaire, com foco na autoeficácia parental voltada para habilidades comportamentais, de comunicação, sociais e de vida diária. Esse instrumento foi inspirado no de Hastings e Symes (2002) de forma adaptada, contendo 12 itens. Uma diversidade de escalas e instrumentos que buscam mensurar a autoeficácia parental, fator relevante para o desdobramento de intervenções, tem sido presente na literatura. Entretanto, muitos apresentam qualidades psicométricas e administrativas variadas (Wittkowski, 2017).
Chen e colaboradores (2021) focaram no contexto familiar onde há crianças com necessidades especiais, utilizaram a Parental Self-Efficacy Questionnaire for Parents of Special Childen (PSQPC) e focaram em aspectos de cuidados da vida diária, estudo, gestão de comportamento e intervenção. Este instrumento, em contexto chinês tem consistência e validade, com Alpha de Cronbach’s 0.96 (Jiang, 2014). De modo mais específico, apenas um estudo utilizou uma escala voltada para o TEA. Kurzrok, McBride e Grossman (2021) desenvolveram a Autism Self-Efficacy Scale (PSEaS) e mediram a autoeficácia para o manejo de desafios relacionados à criação de uma criança com TEA.
O Quadro 2 apresenta a caracterização da população infantil com dados referentes ao total da amostra, sexo, idade, condição de desenvolvimento da criança, os desfechos de desenvolvimento analisados e os instrumentos utilizados para sua mensuração. Os doze estudos possuíram um total de 2.487 crianças participantes com idade entre 0 e 18 anos.
Quadro 2. Características da amostra infantil (continua)
ESTUDO |
AMOSTRA |
IDADE* |
CONDIÇÃO |
DESFECHOS |
INSTRUMENTOS |
Keen et al., 2010 |
39 crianças; não informa sexo. |
2 a 4 anos* |
Minimamente verbal e verbal |
Comportamento adaptativo, comunicação e habilidades simbólicas, linguagem, habilidades motoras e perceptivas, problemas de comportamento externalizante e internalizante. |
SIB-R, CSCS-DP, MSEL |
Enav et al., 2019 |
75 crianças; não informa o sexo. |
9,93 anos*** |
Nível de funcionamen-to em relação ao TEA alto, moderado, baixo e ausente |
Sintomas do TEA, problemas de comportamento. |
CBCL e ABC. |
Shiri et al., 2020 |
17 crianças, sendo 15 meninos e 2 meninas. |
35.29** |
Não informa |
Funcionamento adaptativo, comunicação, socialização.; comportamento repetitivo, nível de desenvolvimento e inteligência. |
RBS-R; VABS-II |
* idade em anos; **média de idade em meses; ***média de idade em anos
Fonte: Autores (2023)
Quadro 2. Características da amostra infantil (conclusão)
ESTUDO |
AMOSTRA |
IDADE* |
CONDIÇÃO |
DESFECHOS |
INSTRUMENTOS |
Charman et al., 2021 |
62 meninos |
6,67*** |
Minimamente verbal e verbal |
Inflexibilidade social e habilidades adaptativas, problemas de comportamento |
ABAS-3; OSCA-ABP; ABC; HSQ |
Chen et al., 2021 |
439; sendo 376 meninos e 63 meninas. |
11,13*** |
Não informa. |
Problemas de comportamento. |
Conners Parent Symptom Questionnaire |
Kubo et al., 2021 |
60 crianças; não informa o sexo. |
7,3*** |
Não informa. |
Problemas de comportamento. |
CBCL |
Kurzrok, McBride & Grossman, 2021. |
438 crianças, sendo 354 meninos, 80 meninas e 4 não confirmados. |
2 a 17 anos* |
Minimamente verbal e verbal |
Sintomas do TEA, problemas de comportamento, nível de comunicação. |
Escalas desenvolvidas pela equipe |
Russell & Ingersoll, 2021 |
51 crianças, sendo 38 meninos e 13 meninas. |
45.38** |
Não informa. |
Funcionamento adaptativo, comunicação, socialização, nível de desenvolvimento. |
MSEL |
Taylor et al., 2021 |
248 crianças, sendo 196 meninos e 52 meninas. |
62.04** |
Minimamente verbal e verbal |
Habilidades cognitivas e adaptativas, de comunicação social e responsividade social, compreensão simbólica e atenção, comportamento repetitivo, capacidades e dificuldades comportamentais, severidade do TEA, sintomas, vocabulário expressivo. |
RBQ-2; SDQ, ADOS-2, SCQ-Lifetime. |
D’Entre-mont et al., 2022 |
395 crianças, sendo 317 meninos e 78 meninas. |
3,5*** Nova Escócia 4,5***New Brunswick |
Não informa. |
Habilidades adaptativas |
VABS e SIB-R |
Li et al., 2022 |
185 crianças, sendo 155 meninos e 30 meninas. |
4,04*** |
Não informa. |
Cognição social, comunicação e motivação social, comprometimento social; consciência social, problemas de comportamento, comportamento repetitivo. |
SRS |
Kishimoto et al., 2023 |
478 crianças, sendo 375 meninos e 103 meninas. |
0 a 18 anos* |
Não informa. |
Sintomas do TEA |
Coleta específica elaborada pela equipe |
* idade em anos; **média de idade em meses; ***média de idade em anos
Fonte: Autores (2023)
Todos os estudos apresentaram informações sobre o número dos participantes “crianças com TEA” submetidos à alguma investigação. Estudos com maior número de participantes (Chen et al., 2021; D’Entremont et al., 2022; Kishimoto et al., 2023; Kurzrok; McBride; Grossman, 2021) podem oferecer resultados mais generalizáveis, pois possuem poder estatístico mais robusto (Borges et al., 2020).
A maioria dos estudos contou com crianças na primeira e segunda infância, com comunicação verbal minimamente preservada. Há maiores efeitos para pessoas com TEA em intervenções precoces nas variáveis de aprendizado, favorecendo neuroplasticidade cerebral e benefícios no desenvolvimento (Hampton; Kaiser, 2016; Landa, 2018).
Quanto ao sexo da criança, a maioria englobou o sexo masculino ou os dois sexos (masculino e feminino), com predominância do masculino entre as publicações e quantidade amostral. Apenas 3 estudos (Keen et al., 2010; Enav et al., 2019; Kub et al., 2021) não forneceram informações sobre o sexo. Tal ausência de informações pode ser um ponto a ser considerado ao avaliar a representatividade e a generalização dos resultados. A predominância do sexo masculino reflete a tendência histórica de prevalência no TEA, com proporção variando entre 4:1 e 5:1 (Loomes et al., 2017; Lord et al., 2020).
Nota-se uma variedade de instrumentos utilizados para mensuração de aspectos importantes do desenvolvimento infantil. No que se refere aos problemas de comportamento, duas escalas se sobressaíram. O Child Behavior Checklist (CBCL) foi utilizado por 2 estudos (Kubo et al., 2021; Enav et. al., 2019). Trata-se de um instrumento amplamente utilizado na literatura para avaliar problemas comportamentais e emocionais em crianças e adolescentes (Achenbach; Rescorla, 2001). O Aberrant Behavior Checklist (ABC) foi utilizado por três estudos (Charman et al., 2021; Enav et al., 2019; Taylor et al., 2021). Trata-se de um checklist utilizado para mensurar problemas de comportamento em indivíduos com transtornos do desenvolvimento, incluindo o TEA (Volkmar; Wiesner, 2019).
Outros instrumentos aparecem nos estudos analisados, com foco em aspectos comportamentais da criança. O Strenghts and Difficulties Questionnaire (SDQ) foi um dos instrumentos utilizados no estudo de Taylor et al. (2021) para avaliação de dificuldades e capacidades da criança, em termos comportamentais (Goodman, 2001). O Home Situations Questionnaire-Autism Spectrum Disorders (HSQ-ASD) foi utilizado por Charman e colaboradores (2021) para avaliar, além de questões comportamentais, situações domésticas (Tarver et al., 2021). A Assessment of Concerning Behavior Scale (ACB) utilizada por Charman et al. (2021) para verificar comportamentos internalizantes e externalizantes (Achenbach; Rescorla, 2001). O Conners Parent Symptom Questionnaire (CPSQ) foi utilizado por Chen et al. (2021), com foco exclusivo em problemas comportamentais (Goyette; Conners; Ulrich, 1978). Por fim, a Repetitive Behavior Scale-Revised (RBS-R) foi utilizada por Shiri e colaboradores (2020), para mensuração de comportamentos repetitivos (Martinez-González; Piqueras, 2019).
Algumas pesquisas utilizaram os mesmos instrumentos. É o caso dos estudos de Shiri e colaboradores (2020), Russell e Ingersoll (2021), D’Entremont et al. (2022) e Taylor et al. (2021), que optaram pelo uso da Vineland Adaptive Behavior Scales (VABS) para mensuração de habilidades adaptativas (Sparrow; Cicchetti; Balla, 2005). Três estudos optaram pelo uso de outros instrumentos para avaliação de tais habilidades. Keen et al. (2010) utilizou a Scales of Independent Behavior-Revised (SIB-R) que, além de avaliar o comportamento adaptativo, mensura aspectos referentes ao comportamento independente (Bruinikis, et al., 1996). E, Charman et al. (2021) optou pelo uso da Adaptive Behavior Assessment System (ABAS-3), desenvolvida por Harrison e Oakland (2015). Li e colaboradores (2022) decidiram utilizar a Social Responsiveness Scale (SRS) para mensuração de aspectos como comunicação social, motivação social, comprometimento social e consciência social (Otoni et al., 2023).
Para identificação de traços ou sintomas do TEA e aspectos de desenvolvimento da criança, escalas diferentes foram utilizadas. A Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS-2), ferramenta utilizada para auxiliar no diagnóstico de TEA (Lord et al., 2021) foi utilizada por Charman e colaboradores (2021), que também utilizou o Social Communication Questionnaire - Lifetime version (SCQ-Lifetime) para identificação de tais aspectos. Russell e Ingersoll também optaram pela ADOS-2, e complementam sua análise com a Mullen Scales of Early Learning (MSEL), para acessar aspectos motores, perceptivos e de comunicação (MULLEN, 1995), que foi também utilizada nos estudos de Keen et al. (2010) e Taylor et al. (2021). Diferentemente, Kishimoto et al. (2023) utilizou um questionário próprio, elaborado de acordo com os sintomas postulados no DSM-5, e Keen et al. (2010) utilizou a Communication and symbolic behavior scales developmental profile (CSBS-DP) para avaliação do perfil de desenvolvimento da criança (Wetherby; Prizant, 2002).
Com a análise dos estudos incluídos nesta revisão, ficou evidente a relação entre autoeficácia parental e o desenvolvimento da criança com TEA. Em termos comportamentais, os estudos de Enav et al. (2019), Shiri et al. (2020) e Kubo et al. (2021), sinalizam que há implicações no desenvolvimento da criança quando os pais participam em treinamento parental, além de aumentar a autoeficácia parental. Complementando, o estudo de D’Entremont et al. (2022) sugere relação entre autoeficácia parental e comportamento adaptativo da criança, apontando que pais que reportam menor presença de comportamentos desadaptativos, também reportam maior autoeficácia em lidar com comportamentos desafiadores. Do mesmo modo, Chen et al. (2021) encontraram relação significativa negativa entre problemas comportamentais e autoeficácia parental, corroborando com os estudos anteriormente citados, onde quanto maior a autoeficácia dos pais, maior a presença de problemas comportamentais.
Sobre habilidades sócio-comunicativas e adaptativas, os estudos demonstraram que a autoeficácia parental está significativamente e negativamente associada ao desenvolvimento dessas habilidades. No estudo de Taylor et al. (2021) houve associação positiva significativa entre habilidades sócio-comunicativas e autoeficácia, indicando que estas emergiram como preditoras da autoeficácia. O estudo de Li et al. (2022) corrobora ao comprovar que os comprometimentos em habilidades sociais e comunicativas puderam predizer a autoeficácia parental. Ainda, quando analisados pré e pós intervenção focada nos pais, comunicação e comportamento adaptativo interagem e se relacionam com autoeficácia parental (KEEN et al., 2010).
Em alguns estudos não foi possível encontrar associações entre autoeficácia parental e os desfechos de desenvolvimento da criança, o que pode ter acontecido devido a limitações dos estudos. Foi o caso de Charman e colaboradores (2021) que sinalizaram que os grupos não diferiram em problemas comportamentais e emocionais infantis relatados pelos pais, ou em medidas de parentalidade, estresse parental, autoeficácia parental e bem-estar. Desfechos em habilidades sócio-comunicativas no estudo de Russell e Ingersoll (2021) também não se relacionaram com desenvolvimento da criança e autoeficácia parental e não foi possível visualizar relações entre desenvolvimento da criança e autoeficácia parental no estudo de Kurzrok, McBride e Grossman (2021), que tinha desfechos em severidade dos sintomas e linguagem.
No entanto, sabe-se que a autoeficácia parental é um fator crucial na criação e educação dos filhos, e que pode impactar simultaneamente o comportamento dos pais e o desenvolvimento das crianças. Para Kishimoto (2023), se os pais conseguirem melhorar sua autoeficácia parental, terão mais confiança e serão mais ativos na comunicação e interação com seus filhos, ao adotarem melhores práticas educativas, o que afeta positivamente o desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental das crianças.
Considerações Finais
O presente estudo caracterizou a produção científica internacional sobre as possíveis relações entre autoeficácia parental e o desenvolvimento de crianças com TEA. Iniciou-se apresentando a caracterização internacional, avaliando-se 12 publicações, a partir das quais apresentou-se uma visão panorâmica da produção publicada.
Por meio da análise que foi realizada, constatou-se que a totalidade dos estudos apresentaram dados e contribuições que produziram avanços do conhecimento que se tem na área no sentido de aprimorar a compreensão acerca da autoeficácia parental e como esta pode estar relacionada ao desenvolvimento infantil.
Evidentemente, a presente análise não pretende esgotar o assunto abordado. Deste modo, este estudo poderá ser utilizado como referência para nortear futuros mapeamentos que visem a apresentação de um panorama das publicações que evidenciam as possíveis relações entre a autoeficácia parental e o desenvolvimento de crianças com TEA.
Nota-se que a maioria dos estudos se utilizou de dados transversais, deixando espaço para continuidade de pesquisas. Para compreensão de relações causais, será importante para trabalhos futuros ajudar a esclarecer a direcionalidade das relações entre autoeficácia parental e os principais resultados, bem como essas relações funcionam ao longo do tempo e em contextos variados.
Além disso, conforme observado na caracterização da amostra, os estudos representam diferentes grupos étnicos, com variação em faixa etária e sexo, tanto da amostra infantil, como da amostra parental, entre outras características importantes. Nesse sentido, tal variação nas amostras pode contribuir para apoiar algumas descobertas e compreender a complexidade do fenômeno estudo.
No entanto, considerando que fatores específicos do contexto parecem ter um efeito sobre a autoeficácia parental, é importante que estudos futuros investiguem relações em amostras ainda mais variadas. Uma amostra heterogênea maior pode ser capaz de permitir verificar relações importantes.
A expectativa é que a análise realizada pela presente revisão bibliográfica possa despertar o interesse pela busca de relações entre autoeficácia parental e desenvolvimento da criança com TEA. Espera-se que cada vez mais haja um compartilhar de conhecimentos, pesquisas e levantamento de dados acerca da temática.
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