http://dx.doi.org/10.5902/1984686X65571

A relação família e escola na visão de professores após curso de formação continuada

The relationship between family and school in the view of teachers after a continuing education course

La relación entre la familia y la escuela en la visión de los docentes después de un curso de educación continua

Luciana Marolla Garcia

Doutoranda na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, SP, Brasil

E-mail: lumarolla@yahoo.com ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7625-4021

Fabiana Cia

Professora doutora da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil

E-mail: fabianacia@hotmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0155-3331

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini

Professora pós-doutora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, SP, Brasil

E-mail: vera.capellini@unesp.br ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6238-8624

Recebido em 01 de maio de 2021

Aprovado em 20 de outubro de 2022

Publicado em 22 de novembro de 2022

RESUMO

O contato entre família e escola é de suma importância para a inclusão escolar dos alunos. A participação da família no processo de escolarização de alunos com deficiência intelectual é fundamental para o desenvolvimento do aluno. Sendo assim, para atender a temática da relação família e escola, foi realizado um estudo com objetivo de avaliar a opinião de professores sobre a relação entre família e escola após a realização de um curso de formação continuada. Para o método, foi desenvolvido e enviado um questionário (online) em forma de convite para 147 professores, concluintes de um curso de formação continuada de práticas pedagógicas inclusivas para a área da deficiência intelectual. O questionário foi estruturado contendo nove questões objetivas e uma questão aberta. Como resultado, infere-se que compreenderam a importância dessa relação e que tanto o relacionamento com os pais dos alunos, quanto as questões relativas as inclusões, são de responsabilidade de todos, além de ampliaram sua visão sobre a questão das parcerias.

Palavras-chave: Contexto Inclusivo; Formação Continuada; Família e escola.

ABSTRACT

The contact between family and school is of paramount importance for students' school inclusion. Family participation in the schooling process of students with intellectual disabilities, is essential for children development. Thus, in order to meet the theme of the family and school relationship, a study was carried out with the objective of evaluating the opinion of teachers about the relationship between family and school after conducting a continuing education course. For the method, an online questionnaire was developed and sent as an invitation to 147 teachers who completed a continuing education course in the area of inclusive pedagogical practices for the area of intellectual disability. The questionnaire was structured containing nine objective questions and one open question. As a result, through the answers to the questionnaire, it was possible to infer that they understood the importance of this relationship, and that both the relationship with the students' parents, as well as the issues related to inclusions are everyone's responsibility, in addition to expanding their view on the issue of partnerships.

Keywords: Inclusive context; Continuing Education; Family and school.

RESUMEN

El contacto entre la familia y la escuela es de suma importancia para la inclusión escolar de los estudiantes. La participación de la familia en el proceso de escolarización de los estudiantes con discapacidad intelectual, es fundamental para el desarrollo de los niños. Así, para atender el tema de la relación familia-escuela, se realizó un estudio con el objetivo de evaluar la opinión de los docentes sobre la relación familia-escuela luego de realizar un curso de educación continua. Para el método, se desarrolló un cuestionario en línea y se envió como invitación a 147 docentes que completaron un curso de educación continua en el área de prácticas pedagógicas inclusivas para el área de discapacidad intelectual. El cuestionario se estructuró con nueve preguntas objetivas y una pregunta abierta. Como resultado, a través de las respuestas al cuestionario, se pudo inferir que entendieron la importancia de esta relación, y que tanto la relación con los padres de los estudiantes, como los temas relacionados con las inclusiones son responsabilidad de todos, además a ampliar su opinión sobre la cuestión de la asociación.

Palabras clave: Contexto inclusivo; Educación Continua; Familia y escuela.

Introdução

A literatura sobre a história da Educação Especial (JANNUZZI, 2005) e sobre a escolarização de crianças com deficiência é enfática quando trata da expressiva participação das famílias nas conquistas de seus direitos, de suas dificuldades e dores. Historicamente, os avanços nas políticas públicas e a criação de instituições foram conquistas das famílias que, muitas vezes, não encontrando espaços na sociedade que pudessem abrigar, tratar e educar seus filhos, acabaram por criar alternativas isoladas (SERRA, 2010).

Por família, atualmente, pode-se entender uma série de arranjos nas relações entre pessoas ligadas por laços de aliança e afinidade (PEREZ, 2009). Mas há também o entendimento que a família possui funções biológicas (assegurar a sobrevivência dos membros e realizar cuidados), psicológicas (prover afeto para o desenvolvimento emocional) e social (que envolve a transmissão cultural e o preparo para cidadania). Este último papel também será realizado pela escola, posteriormente (CARTER; MCGOLDRICK, 2001).

É comum nos dias atuais considerar que a instituição família vem se extinguindo, mas, na verdade, o que está acontecendo são mudanças nos papéis sociais da família, que resultam em diferentes tipos de educação familiar (PEREZ, 2009).

Família e escola são instituições que conjuntamente têm a responsabilidade de ensinar. A escola favorece a transitoriedade entre as diferenças individuais e as necessidades grupais, oferecendo ao indivíduo oportunidades de comportamentos mais socializadoras. Quando se propõe, por exemplo, a inclusão de pessoas com deficiência, deve-se respeitar as características individuais e assim visar à aquisição de comportamentos sociais mais aceitáveis, e, sobretudo, trazendo os pais para uma visão mais realística, minimizando a fantasia da cura, sempre tão presente (SERRA, 2010).

Professores, gestores, pedagogos e especialistas em educação preocupam-se com a relação família e escola, uma vez que ela é completamente necessária para o desenvolvimento integral do aluno, ou seja, a participação da família na escola e a sensibilidade da escola para perceber, analisar e receber as demandas familiares favorece no desenvolvimento motor, afetivo, psicológico, social e intelectual do aluno (COSTA; SILVA; SOUZA, 2019).

É preciso que a relação com a família faça parte do planejamento do professor. Não pode ser algo que vai acontecer se houver necessidade. O planejamento do
ensino implica conhecer o aluno, sua família, identificar potencialidades e necessidades que podem surgir da sua observação ou dos relatos dos pais (MELCHIORI, RODRIGUES, PEREZ, 2012).

O envolvimento dos pais na escola pode gerar resultados positivos como o sucesso acadêmico, a assiduidade, o bom comportamento, a redução de reprovações e a baixa desistência escolar, sendo estes motivos suficientes para justificar o investimento nesta construção de cooperação entre os agentes de educação e as famílias. (LOUREIRO, 2017).

Um estudo que destacamos é o de Perez (2009), que objetivou compreender a dinâmica entre família e escola de camadas populares, tendo realizado visitas à escola pública, além de entrevistas e questionários. Perez concluiu que os alunos modificam seu desempenho escolar de forma positiva quanto mais intenso for o acompanhamento pela escola e pela família, ou seja, a atuação das duas instituições gera resultados positivos.

Sobre a relação família e escola, “ainda hoje se faz necessário avanços nas práticas políticas para que possamos ver essas pessoas se inter-relacionando dentro de comunidades livres de barreiras atitudinais como preconceito, descriminalização e segregação” (MUTO; CAMPOS; MELO, 2016, p. 51). Para os mesmos autores, a relação família e escola deve ser um caminho com duas vias em que ambas possam compartilhar suas vivências, a fim de proporcionar o desenvolvimento do aluno, de modo que nesta relação a responsabilidade sobre o aprendizado também seja de ambas.   

Já o estudo de Silva, Cabral e Martins (2016), sobre a relação entre a família dos alunos com deficiência e a escola, que consistiu em aplicação de questionários em professores, encontrou que há atividades de parceria entre a escola e os pais dos alunos com deficiência no que tange ao diálogo, respeito, participação e acompanhamento das atividades escolares.

Pesquisa feita no Equador, com pais de alunos com deficiência, relata que as principais necessidades dos pais são: receber informações, treinamento e apoio para entender e aceitar os limites da deficiência de seus filhos e a influência desta na aprendizagem e na vida futura, além de ter espaços para interação entre pais, formando rede de apoio e ter apoio para trabalhar o futuro de seus filhos, principalmente esclarecendo dúvidas sobre a inclusão no trabalho (GALLEGOS, 2017).

No quesito de atuação da equipe escolar, há pesquisa sobre a atuação do psicólogo escolar direcionada para a relação família e escola, contudo, tal pesquisa encontra poucos dados sobre a intervenção destes profissionais nessa temática, concluindo que este é um campo de atuação que precisa ser melhor explorado pelos profissionais de psicologia escolar (ALBUQUERQUE; AQUINO, 2018).

Estudos de Arantes-Brero et al. (2019) concluem que a participação da família na escola, embora prevista por lei, ainda é algo considerado estranho. (Talvez por ser indefinida como se realiza esta participação). Dados desse estudo apontam que os pais têm uma visão positiva da escola, mas não se sentem participantes dela. Os pais consideram também que os alunos com deficiência são bem aceitos na escola, mas que não há uma gestão participativa na comunidade escolar, desafio este que a escola ainda precisa enfrentar. Para Marins e Cia (2019), muitos pais não sabem como acessar a escola, quais são os seus direitos e como podem auxiliar a escola e o processo de ensino e aprendizagem dos filhos. Cabe a escola criar mecanismos para que os pais se sintam mais acolhidos e participativos.

Em termos de legislação, há um estudo comparativo entre Brasil e Portugal que demonstra como a legislação proposta interfere na participação parental na escola. Conclui-se que em Portugal, após a aprovação da legislação sobre a participação da família na escola, houve um movimento associativo entre família e escola. No Brasil, mesmo com legislação, não houve este movimento de aproximação entre família e escola.  (OLIVEIRA; NOGUEIRA; ARAÚJO, 2019).

Um fato que pode ajudar a aproximar família e escola é o preparo dos professores para lidar e implantar essa forma de relação mais estreita entre ambos. Uma forma de preparar os professores é através da formação continuada, que se revela de grande importância como forma de atualização para profissionais da Educação, seja esta formação na modalidade online ou presencial.

Nas duas últimas décadas, a modalidade de Educação a Distância (EaD) está presente na educação brasileira, pelas suas potencialidades para a democratização do conhecimento e da formação do cidadão, além de sua estreita relação com as tecnologias e comunicações (MILL; DIAS-TRINDADE; VIEIRA, 2019). Portanto, devido à presença marcante da EAD nos últimos anos e a relação família e escola, que apresenta controvérsias quando comparada em diferentes estudos, justifica-se esta pesquisa como forma de buscar nova compreensão sobre o tema por meio da opinião de professores após formação continuada na modalidade EAD, em que puderam aprender e refletir sobre a temática da relação entre família e escola.

O Curso Práticas Educacionais Inclusivas na área da Deficiência Intelectual (PEIDI), que foi objeto de pesquisa deste estudo, foi desenvolvido inicialmente por meio da Rede Nacional de Formação Continuada de Professores do Ministério da Educação numa parceria da UNESP com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e teve como objetivo geral a formação continuada de professores, por meio de Ensino da Distância (EAD), na área da deficiência intelectual, com enfoque nas práticas educativas inclusivas. É um curso de aperfeiçoamento com duração de 180 horas e divido em 5 módulos. Nos anos de 2015 e 2016, bem como nas edições anteriores, o curso foi destinado somente para profissionais da rede pública de ensino. No ano de 2017, o curso foi ofertado pela UNESP, com parceria do Núcleo de Ensino a Distância (NEAD), e aberto a diversos profissionais das áreas correlatas a educação.

O PEIDI foi dividido nos seguintes módulos: 1) A Educação a Distância como Possibilidade de Formação Continuada; 2) Fundamentos da Educação Inclusiva (dividido em 5 subtemas: Relação Família e Escola, Marcos Históricos e Legais da Educação Inclusiva, Diversidade: Igualdade e Identidade na Escola, Aprendizagem e Desenvolvimento Humano e Ética Profissional.); 3) A Escola Inclusiva e seu Projeto Pedagógico; 4) Avaliação e Planejamento de Práticas Inclusivas; e 5) Estratégias Metodológicas e Recursos de Acessibilidade ao Currículo na Classe Comum.

Sendo assim, o objetivo do presente artigo foi o de avaliar a opinião de professores sobre a relação entre família e escola, após realização de um curso de formação continuada que trabalhou com a temática.

Metodologia

Buscou-se compreender qual a concepção da relação “Família e Escola” adotada pelos professores após a conclusão do curso de formação. Para tanto, foi elaborado um questionário estruturado (com questões objetivas e uma questão aberta) online, por meio da aplicativo Google Forms, que foi enviado por e-mail aos professores que concluíram o curso PEIDI pela plataforma AVA UNESP nos anos de 2015, 2016 e 2017. A pesquisa teve aprovação do comitê de ética em Pesquisa com Seres Humanos (Parecer n. 2.810.253, CAAE: 94080418.3.0000.5398).

Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado, contendo nove questões, que foi submetido a 50 juízes, em sua versão piloto, profissionais e estudantes da área de educação inclusiva, participantes do grupo de pesquisa: “A inclusão da pessoa com deficiência, TGD e ou superdotação e seus contextos de aprendizagem”. As questões versavam sobre o perfil dos participantes com informações e aspectos relativos aos temas da relação família e escola em contextos inclusivos com base no conteúdo do curso PEIDI. 

Os participantes foram convidados via e-mail a responder ao questionário (até três tentativas de envio para obter a resposta, sendo enviado um novo email a cada semana, durante três semanas seguidas). Os e-mails de contato dos participantes foram obtidos a partir dos dados informados à instituição UNESP durante o curso de aperfeiçoamento.

O questionário foi enviado para os 147 professores que realizaram o curso PEIDI em 2017 (duas turmas), em 2016 (uma turma) e em 2015 (uma turma). Cada turma possuía em média 50 cursistas. A faixa etária dos participantes variou entre 20 a 54 anos. O critério de inclusão adotado foi a anuência dos professores ao responderam o questionário, um total de 54 respostas

A análise dos dados foi realizada por meio das respostas ao questionário envolvendo situações pertinentes ao tema família e escola. Essa análise pôde ser realizada com base nos gráficos gerados pelo Google Forms e para a questão aberta foi utilizado o software IRAMUTEQ.

O software IRAMUTEQ realiza diferentes tipos de análises estatísticas de textos. É um software francês, gratuito e que se utiliza da lógica de código aberto. Mesmo tendo sido desenvolvido na língua francesa, possui atualizações e dicionários completos em outras línguas, inclusive o português, permitindo assim análise de textos no idioma português. No Brasil, por volta de 2013, pesquisadores da área da saúde e humanas começaram a se utilizar desta tecnologia, tornando-o cada vez mais popular como ferramenta de pesquisa (KAMI, et al. 2016).

Para realização da análise do texto pelo IRAMUTEQ, foi necessário conhecer seu funcionamento e a linguagem de programação compreendida pelo mesmo, sendo necessário preparar o texto ou os textos na linguagem de programação devida. Por exemplo, o software considera que cada resposta de cada participante para cada pergunta forma um Corpus (que é um conjunto de textos). Depois de realizada esta formatação, o texto foi então submetido e processado pelo software, quando se obteve sua análise estatística em forma de Nuvem de Palavras.

A Nuvem de Palavras é um tipo de análise que, em função da frequência de palavras, gera uma representação gráfica na qual as palavras que aparecem mais vezes aparecem em tamanho maior. As palavras são aglomeradas de modo a formar uma imagem circular (CAMARGO; JUSTO, 2013).

Discutindo os Resultados

Obteve-se 54 respostas do formulário enviado por e-mail, o que representa um total de 30% dos convidados a responder. Destes 54 participantes, um deles respondeu que não desejava continuar a participar da pesquisa após ler as orientações e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Dessa forma, pôde-se contar com 53 respostas válidas. Os 53 professores apresentavam idades entre 20 e 54 anos, sendo que aproximadamente um terço deles (32%) tinham entre 40 a 50 anos. 

A formação acadêmica dos participantes variou entre aluno da graduação até doutorado completo, como se observa na Tabela 1, sendo que 5,7% informaram possuir graduação em Pedagogia, 5,7% informaram especialização em Psicopedagogia, 3,8 % graduação em Psicologia e os demais, além desses 15,2%, informaram cursos diversos de especialização, mestrado e doutorado. Muitos dos participantes não informaram o nome do curso que realizavam ou que já haviam realizado, apenas informaram o nível da escolaridade e se estava completa ou em curso. Por isso, infere-se que o número de participantes que respondeu possuir curso de Pedagogia completo pode não retratar essa categoria, considerando que o número de cursistas desta área pode ser maior.

Tabela 1 – Escolaridade

Aluno de graduação

1,9%

Graduação completa

20,8%

Especialização completa

39,6%

Especialização em andamento

5,7%

Mestrado/Doutorado completo

22,7%

Mestrado/Doutorado em andamento

9,3%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

Concernente ao vínculo empregatício dos participantes, no ano de 2017, o curso foi ofertado somente pela UNESP e poderiam participar profissionais de áreas afins da educação e não necessariamente profissionais da rede pública, como aconteceu nos anos de 2015 e 2016, quando houve a parceria com a SECADI. Mesmo assim, constatou-se que boa parte dos professores eram da rede pública, como apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 Vínculo empregatício dos professores cursistas

Professor regular da rede pública

30,2%

Professor em mais de uma escola

19,8%

Outros

19,5%

Especialista em D.I. na rede pública

9,4%

Professora Universitária

7,6%

Professor EBTT 40 hs

3,8%

Não estou trabalhando

3,8%

Professor AEE

5,9%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

As tabelas seguintes revelam a opinião dos professores sobre as questões descritas nas tabelas, lembrando que estas opiniões foram dadas após o curso de formação continuada. Ressalta-se que nas tabelas 3, 4, 5, 6 e 7 os participantes poderiam assinalar mais de uma opção de resposta no questionário.

Tabela 3 – Comunicação na relação família e escola

Ocorrer por meio de diversas reuniões ao longo do ano, todas previamente agendadas

92,5%

Realizar solicitação ou aviso pela agenda ou aplicativo

24,5%

Outros

20,9%

Procurar os pais somente quando houver uma situação imprevista

7,5%

Ocorrer somente quando os pais procuram a escola

3,8%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

Nessa questão sobre comunicação com os pais, destaca-se que a opção mais respondida foi sobre reuniões de pais, ao longo do ano, e previamente agendadas.

O processo de aprendizado não pode ser totalmente realizado, a menos que todos desempenhem seus papéis adequadamente. A reunião de pais e professores é um dos fatores que cria harmonização, coordenação e sincronização entre pais e professores (JAVED; et al. 2012). Ela é um componente importante para a comunicação contínua e o envolvimento da família na escola. Anos de pesquisa demonstram que o envolvimento dos pais na escola pode levar a benefícios positivos para crianças e jovens, como maior frequência escolar, desenvolvimento da personalidade e alta atitude acadêmica e aprimorada em relação à escola. Tais reuniões atingem seu potencial máximo e aumentam a qualidade da educação (JAVED; et al. 2012).

A reunião de pais e professores é uma oportunidade para os pais aprenderem sobre o progresso de seus filhos na escola e para que os professores tenham uma visão sobre a comunidade de seus estudos e vidas dos alunos. Perspectivas dos pais sobre a força e as necessidades dos alunos e estilos de aprendizagem fora da escola podem ajudar os professores a moldar seus métodos de ensino. A reunião de pais melhora a cooperação dos pais com a gestão escolar e pode melhorar a metodologia de ensino dos professores (JAVED; et al. 2012).

Para os mesmos autores, existe uma grande quantidade de tempo gasta em reuniões, como reuniões de equipe, de comitê da escola, etc. No entanto, colocam que além das conferências com os pais, os professores podem se comunicar efetivamente através de cartas, boletins e telefone, sendo o telefone a forma mais rápida de comunicação. (JAVED; et al. 2012).

Calvo, Verdugo e Amor (2016) colocam que para haver uma escola inclusiva é necessário aumentar a participação de todos os membros da comunidade educacional, cada um contribuindo com o melhor de si, colaboração, compromisso, respeito, informação e treinamento. É papel da administração escolar tomar as medidas necessárias para que os pais dos alunos recebem atenção educacional, sendo essencial a comunicação fluida, que deve ocorrer por meio de caixa de correio de sugestões, agenda escolar, uso de e-mail ou plataformas online, reuniões, oficinas, teatros e atividades extracurriculares abertas para que os pais conheçam o progresso de seus filhos.

Na tabela 4, é apresentada a opinião dos professores sobre como é a relação com os pais de crianças com deficiência. Foi questionado qual seria a responsabilidade dos professores e da gestão escolar nessa relação.

Tabela 4 – Relação com pais de crianças com deficiência

Estimular com perguntas os alunos e pais, para identificar redes de apoio e fontes de informação.

79,8%

Solicitar informações centradas no aluno enfatizando o que ele sabe fazer

75,5%

Obter consentimento e a participação da família no planejamento de ações/atividades

73,6%

Evitar o uso de linguagem que retrate o aluno como vítima ou sofredor.

73,6%

Focalizar no que o aluno precisa para ser bem-sucedido e o tipo de ajuda que a escola pode oferecer

71,7%

Reduzir a ênfase nos rótulos, que reforçam estereótipos e medos.

69,8%

Encorajar o aluno com deficiência a participar, dando informações sobre eles na presença deles aos pais.

66,6%

Outros

4,7%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

Sobre a relação do professor com os pais e sobre o papel da equipe escolar nesse quesito, várias respostas obtiveram destaque, o que sugere que a relação deve ocorrer de diversas formas, contudo, a resposta mais citada foi de que os professores devem fazer perguntas aos pais e alunos para identificar a rede de apoio do aluno.

Os dados encontrados corroboram com a opinião de Tveit (2018), que coloca que pais e professores devem trocar informações e ouvir um ao outro e tentar entender os diferentes pontos de vistas, mas também devem estar abertos a mudar seus pontos de vista se necessário e dizer a verdade sobre o desempenho escolar do aluno. Ou seja, o resultado da comunicação, perguntas e informação de pais e professores depende de como os procedimentos de comunicação são praticados.

Na próxima tabela, é apresentada a opinião dos professores sobre quais ações as famílias de crianças com deficiência deveriam tomar para fomentar a relação entre a família e a escola.

Tabela 5 – Ações sobre as famílias de crianças com deficiência

Conhecer o planejamento da escola, as políticas de inclusão e as possíveis adaptações curriculares.

98,1%

Passar as informações adequadas e relevantes sobre o aluno

92,5%

Acompanhar notas e tarefas do aluno

69,8%

Procurar a escola através de bilhetes

28,3%

Outros

5,7%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

Na Tabela 5, vê-se qual seria a responsabilidade da família na relação do professor com os pais e destacam-se as respostas de que a família deveria conhecer o planejamento da escola, as políticas de inclusão e as possíveis adaptações curriculares. Outra responsabilidade da família seria a de transmitir informações adequadas e relevantes sobre o aluno.

Pezzi, Boff e Bianchi (2020) realizaram uma pesquisa de revisão sistemática sobre currículo e inclusão escolar e concluíram que existem várias dificuldades presentes no sistema educacional no âmbito da inclusão escolar, especialmente na escolarização dos alunos com deficiências. As práticas pedagógicas ainda são destacadas como homogeneizantes, de modo que não consideram as diferenças individuais presentes na sala de aula. Sendo assim, dificulta-se o acesso a informação da família sobre políticas de planejamento, inclusão e adaptações curriculares.

A reunião de pais e professores é importante para que os pais aprendam sobre o desenvolvimento de seus filhos na escola e para que os professores obtenham informações sobre a vida doméstica e comunitária dos alunos. Afinal, as perspectivas dos pais sobre as necessidades dos alunos, estilos de aprendizagem e oportunidades de aprendizado não escolar podem ajudar os professores a ajustar seus métodos de ensino (TVEIT, 2018).

Pesquisa realizada por Carvalho e Shaw (2021), com alunos com deficiência, revelou que há falta de conhecimento sobre a deficiência por parte das mães, além da observância de falta de planejamento de atividades individualizadas e inclusivas nas escolas. Os autores concluem que há necessidade de melhora na formação continuada de professores e também que é urgente e necessária a interação entre professores, família, especialistas e comunidade escolar.

As famílias geralmente não possuem um papel ativo na dinâmica educacional e, por isso, para aumentar a participação da família, devem ser explicitamente planejadas atividades para esse fim, especificando claramente os possíveis tipos de participação e definir de forma definitiva qual papel as famílias devem desempenhar (CALVO; VERDUGO; AMOR, 2016).

Calvo, Verdugo e Amor (2016) propõem que a participação dos pais na escola pode ser de forma individual, por meio de reuniões de pais, ou pode ser de forma coletiva, com a participação na Associação de Pais e Mães, na formação dos professores, na participação em associações de bairros ou em atividades extracurriculares.

Na temática de quem é a responsabilidade da inclusão escolar, veem-se as respostas dos professores na Tabela 6. Lembrando que nessa questão os professores também poderiam assinalar mais de uma opção.

Tabela 6 – Responsabilidade da inclusão escolar

Família

98,1%

Equipe escolar, poder público além de outras opções como toda sociedade

98,1%

Gestão escolar

92,5%

Professor

90%

Comunidade

83%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

As respostas dos professores para essa questão destacam, quase que totalmente, que a responsabilidade é da família, da equipe escolar, da sociedade, da gestão escolar e do professor, com respostas que norteiam mais de 90% das opiniões e demonstram que todos os participantes assinalaram mais de uma opção nessa questão, inferindo-se que a responsabilidade sobre a inclusão escolar é de vários segmentos da sociedade ou de todos.

Esses dados corroboram com Amaral (2016) “[...] que diz que ‘não existe educação de qualidade à pessoa com deficiência, ou sequer direito à educação, sem a participação da família e da sociedade’ [...]” (AMARAL, 2016, p. 1). Ele também ressalta o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146 de 2015) que pontua que é dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.

Tabela 7 – Decisões que devem ser compartilhadas com a família

Realizar contato com ambos os pais, compreendendo seu contexto e suas expectativas em relação a escola.

86,8%

Discutir com os pais parcerias e sua participação em diversas atividades.

84,9%

Esclarecer a todos os pais quais são os direitos dos alunos com deficiência.

83%

Informar como a escola funciona e como serão realizadas as avaliações do aluno.

83%

Realizar reuniões com todos os pais juntamente (pais de alunos com deficiência juntamente com pais de outros alunos).

77,4%

Apresentar o planejamento do ano letivo.

75,5%

Identificar qual a opinião dos pais sobre o aluno ou a situação do aluno.

73,6%

Informar sobre a importância das tarefas de casa como reforço das tarefas aprendidas na escola.

71,7%

Realizar reuniões a parte com os pais dos alunos com deficiência.

45,3

Selecionar um dos pais (pai, mãe ou responsável) para ser o mediador da relação com a escola.

22,6%

Esclarecer que as reuniões a parte são necessárias para tratar de situações específicas.

2,6%

Fonte: Elaborada pelas autoras (2020).

Na tabela 7, sobre quais ações/decisões a escola deveria compartilhar com as famílias, encontramos uma variedade de respostas altamente citadas pelos professores como: esclarecer aos pais quais são os direitos dos alunos com deficiência; realizar reuniões com todos os pais conjuntamente; discutir com os pais parcerias e sua participação; informar sobre a importância das tarefas de casa; apresentar o planejamento escolar; apresentar como a escola funciona apresenta como são realizadas as avaliações; conhecer a opinião dos pais sobre a situação do aluno; e identificar as expectativas dos pais em relação a escola.

Novamente, surge a questão das parcerias e neste tópico pensamos que a parceria pode ser da escola com a comunidade, da escola com a família, da escola com a sociedade (instituições sociais, culturais e recreativas) e que estas tornam possível transformar a educação em um espaço de diálogo, participação e consenso (MARTINS, 2009).

Na questão aberta, os participantes escreveram livremente sobre outros aspectos não trabalhados no curso ou nas questões fechadas do instrumento de coleta de dados sobre a relação Família e Escola. A Figura 1 representa as respostas:

Figura 1 – Nuvem de Palavras sobre os comentários gerais dos cursistas

Fonte: Iramuteq (2020).

Nesta questão aberta, em que foi realizada uma análise de dados textuais pelo IRAMUTEQ, por meio da Nuvem de Palavras, pode-se verificar que as palavras mais evocadas pelos professores foram: “família”, “aluno”, “escola”, “deficiência”, “relação”, “abordar”, “escolar”, “importante”, “curso”, “questionário”. Não foi citada a palavra “reunião”. Nota-se que os professores descreveram suas opiniões sobre: os alunos, a escola, as famílias, a deficiência; e, também, suas opiniões sobre o curso de formação continuada e o instrumento de coleta de dados apresentado.

Por meio da figura, infere-se interligações entre as palavras, ficando claro a importância da participação de todos na escola, o que corrobora com estudo de Calvo, Verdugo e Amor (2016), ao reforçarem que para formar cidadãos do século XXI, autônomos e que trabalham para alcançar uma sociedade mais justa e inclusiva, o papel das famílias deve ser de pessoas envolvidas em projetar uma escola para todos e que seja a escola que eles sonham e desejam para seus filhos. Uma escola na qual todos os profissionais, famílias e comunidade, juntamente com os alunos, colaboram em sua organização, gerenciamento e desenvolvimento. O envolvimento dos pais também depende das escolas, pois, para que se sintam parte do processo educacional, as escolas devem incentivar esta participação.

Considerações Finais

Ao final deste estudo, pode-se voltar ao objetivo inicial que era de: avaliar opinião dos professores sobre a relação família e escola após o curso de formação continuada. E também pode-se dizer que o objetivo proposto foi alcançado e estas opiniões foram identificadas e analisadas. O objetivo do estudo não foi de comparar as opiniões dos professores antes e pós curso. Sendo assim, na visão dos professores pós curso, surgiram muitos pontos importantes sobre a relação entre a família e escola no contexto inclusivo. Pode-se destacar que foi mencionado que a comunicação com a família deve ser feita de várias formas, incluindo a reuniões de pais, comunicados, cartas, parcerias e associações.

Sobre as ações de famílias em relação a escola, vê-se que ainda é deficiente o conhecimento das famílias sobre o contexto inclusivo, sobre planejamento individual e sobre adaptações curriculares. Destaca–se também que a responsabilidade da inclusão escolar é de todos, porém, muitas vezes, a família está fora desse processo.  E, por fim, infere-se que são muitas as informações que devem ser compartilhadas entre família e escola e que é necessário ainda mudanças por parte de todos nesse contexto.

Este estudo pode apresentar limitações metodológicas, pois limitou-se as argumentações das opiniões dos participantes. A utilização do software e da escolha da função do software, que foi a Nuvem de Palavras, pode também apresentar limitações, pois talvez na escolha de outro software, poderia-se obter diferentes resultados para a questão aberta.

A partir deste estudo, nota-se a necessidade de outras pesquisas na área abordando a relação entre família e escola, não somente na visão dos professores, mas também na visão dos pais, da comunidade, de toda equipe escolar e até mesmo dos alunos, além de propostas de intervenção, pois, com certeza, pode haver  experiências positivas nesta relação e que podem ser multiplicadas, trazendo  melhorias efetivas e de suma importância para o contexto escolar inclusivo.

Referências   

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