Interação mãe-bebê com deficiência: um estudo de revisão

Interaction mother infant with disability: a review study

Interacción madre bebé con discapacidad: un estudio de revisión

 

* Mariana de Freitas Pereira Pederro

Doutoranda pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru, São Paulo, Brasil.

marianafreitasp@gmail.com

 

** Olga Maria Piazentin Rolim Rodrigues

Professora doutora na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru, São Paulo, Brasil.

olgarolim@fc.unesp.br

 

Recebido em 26 de setembro de 2018

Aprovado em 15 de outubro de 2018

Publicado em 12 de setembro de 2019

 

RESUMO

Ao nascer, o bebê e a mãe passam por um processo de adaptação, que requer adequações na rotina. A interação mãe-bebê é importante para a qualidade do desenvolvimento infantil. Entretanto, ela pode ser prejudicada quando a mãe não consegue se adaptar às exigências da nova condição que, em geral, exige outras organizações e rotinas mais elaboradas. O objetivo do presente estudo foi analisar artigos que abordam a interação mãe-bebê com deficiência. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados online Pubmed, Scielo, Capes, Google Acadêmico, BVS e Parthernon. Foram selecionados 28 artigos, dos quais 71,44% eram internacionais, prevalecendo a publicação em revistas de Fonoaudiologia. Como objetivo os artigos: compararam a interação mãe-bebê com e sem deficiência auditiva; analisaram o comportamento interativo materno; identificaram os fatores de risco para a interação; relacionaram a interação mãe-bebê com o desenvolvimento infantil e testaram a confiabilidade de protocolos que codificam a interação. Dos artigos, 35,71% avaliaram uma a 15 díades, 53,57% eram com crianças de 0 a 2 anos e, em 85,71% as mães eram as participantes. Quanto ao delineamento, prevaleceram estudos comparativos (46,38%), o procedimento mais utilizado foi a filmagem (85,71%), com duração de 16 a 30 minutos (60%), realizando de dois a cinco episódios (40%) e as atividades mais frequentes foram alimentação, higiene, leitura de livros e jogos. Sugere-se que novos estudos abordem a presente temática, a fim de auxiliarem no desenvolvimento de intervenções na interação mãe-bebê com deficiência.

Palavras-chave: Interação mãe-bebê; Deficiência; Revisão de Literatura.

 

ABSTRACT

At birth, the baby and the mother go through an adaptation process, which requires adjustments in the routine. Mother-infant interaction is important for the quality of infant development. However, it can be damaged when the mother can not adapt to the demands of the new condition that usually requires other organizations and more elaborate routines. The objective of the present study was to analyze articles that address the mother-infant interaction with disability. The search for articles was conducted in online databases PubMed, SciELO, Capes, Google Scholar, VHL and Parthernon. We selected 28 articles, of which 71.44% were international, whichever is published in Speech magazines. As objective the articles: compared the interaction between mother and baby with and without hearing impairment; analyzed the maternal interactive behavior; identified the risk factors for the interaction; related mother-infant interaction with infant development and, tested the reliability of protocols that encode interaction. Of the articles, 35.71% evaluated one to 15 dyads, 53.57% were with children from 0 to 2 years old, and in 85.71% the mothers were the participants. As for the design, comparative studies prevailed (46.38%), the most used procedure was filming (85.71%), lasting from 16 to 30 minutes (60%), performing two to five episodes (40%) and the most frequent activities were food, hygiene, reading books and games. It is suggested that new studies approach the present theme, in order to assist in the development of interventions in the mother-infant interaction with deficiency.

Keywords: Mother-infant interaction; Deficiency; Literature review.

RESUMEN

Al nacer, el bebé y la madre pasan por un proceso de adaptación, que requiere adecuaciones en la rutina. La interacción madre-bebé es importante para la calidad del desarrollo infantil. Sin embargo, puede ser perjudicada cuando la madre no puede adaptarse a las exigencias de la nueva condición que, en general, exige otras organizaciones y rutinas más elaboradas. El objetivo del presente estudio fue analizar artículos que abordan la interacción madre-bebé con discapacidad. La búsqueda de artículos fue realizada en las bases de datos online Pubmed, Scielo, Capes, Google Académico, BVS y Parthernon. Se seleccionaron 28 artículos, de los cuales 71,44% eran internacionales, prevaleciendo la publicación en revistas de Fonoaudiología. Como objetivo los artículos: compararon la interacción madre bebé con y sin deficiencia auditiva; analizaron el comportamiento interactivo materno; identificaron los factores de riesgo para la interacción; relacionaron la interacción madre-bebé con el desarrollo infantil y probaron la confiabilidad de protocolos que codifican la interacción. De los artículos, 35,71% evaluaron una a 15 deudas, el 53,57% eran con niños de 0 a 2 años y, en el 85,71% las madres eran las participantes. En cuanto al diseño prevaleció estudios comparativos (46,38%), el proceso más usado fue la película (85,71%), con una duración de 16 a 30 minutos (60%), que lleva de dos a cinco episodios (40%) y las actividades más frecuentes fueron alimentación, higiene, lectura de libros y juegos. Se sugiere que nuevos estudios aborden la presente temática, a fin de ayudar en el desarrollo de intervenciones en la interacción madre-bebé con discapacidad.

Palabras clave: Interacción madre-bebé; Discapacidad; Revisión de literatura.

 

 

Introdução

O nascimento exige um processo de adaptação tanto do recém-nascido como do ambiente que o recebe. O ambiente é, no início, fortemente representado pela figura materna que, também, precisa aprender a desempenhar um novo papel, de forma a proporcionar a continuidade do desenvolvimento do bebê, que se iniciou no período intrauterino (SILVA; PORTO, 2016). Os autores destacam que um dos papéis da mãe é compreender a linguagem não verbal do bebê, atendendo suas necessidades, o que tem resultado em vários estudos que visam investigar a interação que ocorre entre mãe-bebê. Ainda de acordo com eles, até a década de 60 predominava, nos estudos, o modelo monádico, embasado na crença de que apenas o adulto influenciava a criança. Este modelo foi substituído, posteriormente, pelo diádico defendendo que a influência na interação mãe-bebê é mútua. Entretanto, reconhecem que essa interação pode ser prejudicada quando a mãe não consegue se adaptar às novas exigências de seu papel e são variados os motivos que levam a isso.

Gradvohl, Osis e Makuch (2014) diferem os conceitos de maternidade e maternagem, sendo que o primeiro diz respeito à relação consanguínea da mãe e do filho e o segundo se refere ao vínculo afetivo de cuidado da mãe para com o filho. Andrade, Baccelli e Benincasa (2017) afirmam que a maternidade envolve uma aprendizagem de competências e habilidades e, dependendo do contexto, este pode ser desfavorável ou de risco. Ainda de acordo com o estudo dos pesquisadores, as mães formulam uma ideia do bebê, que pode não corresponder à realidade, tanto em termos de perfeição como em uma imagem construída interiormente por elas, o que pode gerar uma frustração, caso o bebê não corresponda à essas expectativas. A interação da mãe com a criança pode não ser contingente, ou seja, a resposta materna pode não corresponder aos comportamentos emitidos pela criança ou, então, não conter afetividade. Por outro lado, também é importante levar em consideção o tipo de comportamento que a criança emite quando a mãe se dirige à ela (SILVEIRA; BICHARA, 2013).

A maternagem que implica no nível de responsividade da mãe para com o bebê determina a qualidade da interação com o bebê. Todavia, há que cuidar dessa interação, pois é importante para o desenvolvimento global da criança. A qualidade com que esta se dá pode trazer benefícios ou prejuízos para o processo de desenvolvimento.

Espírito Santo e Araújo (2016) também se referiram à influência da qualidade da interação na forma de relacionamento mãe e criança. O vínculo demanda compreensão, cuidado, desejo, paciência, entre outros aspectos, não sendo um processo instintivo. Caso haja insuficiência ou inexistência do cuidado materno, a saúde emocional da criança pode ser prejudicada. Quando um ambiente se mostra hostil, controlador ou rejeitador, gera uma situação de vulnerabilidade que afeta esse vínculo, assim como casos de privação da figura materna. Por outro lado, quando há formação de vínculo afetivo materno adequado, a criança desenvolve sentimentos de segurança e confiança, fazendo com que ela não se sinta desamparada quando a mãe se afasta dela. As autoras também mencionaram a figura paterna na interação. Atualmente, muitos pais têm assumido funções antes consideradas como maternas. Elas afirmaram que os estudos têm mostrado que a presença paterna favorece o desenvolvimento infantil saudável e que pais acolhedores e amorosos tendem a aumentar a probabilidade de seus filhos se tornarem mais confiantes e com menos riscos de comprometimento da saúde emocional. Borsa e Nunes (2011) afirmam que ainda há a convicção de que a relação mãe-filho é mais saudável para o desenvolvimento infantil do que com qualquer outro membro familiar, como o pai, por exemplo, o que pode ser constatado na quantidade de produções sobre o tema, principalmente na área da Psicologia. Ainda que a proximidade com a mãe seja maior nos primeiros meses de vida, é essencial que a interação seja concretizada entre a tríade mãe, pai e bebê (PERUCHI; DONELLI; MARIN, 2016).

Os membros de uma família com crianças com necessidades educacionais especiais (NEE)[1] enfrentam mais adaptações e mudanças do que uma família com criança típica. A qualidade de vida dessas famílias é essencial para o desenvolvimento de todos e, suas emoções e sentimentos repercutem na interação entre os familiares e a pessoa com NEE. O momento crítico para os pais é o diagnóstico do filho, principalmente daqueles cujas crianças têm deficiência intelectual, envolvendo reações e sentimentos de negação, surpresa, culpa, sofrimento e impotência (PEREIRA-SILVA; ALMEIDA, 2014).

Oliveira e Poletto (2015) se referem às demandas de cuidados que os pais têm que ter com seus filhos com deficiência. A constatação da deficiência pode causar impactos emocionais nos pais, pois, além do luto pela perda do filho perfeito, há ainda todo o processo de cuidado necessário para dar conta das impossibilidades e limitações do filho.

Klein e Linhares (2006) realizaram um estudo de revisão sobre a interação mãe e criança pré-termo e seu desenvolvimento e, também, encontraram diversos estudos que investigaram as variáveis maternas relacionadas com a interação, como o nível de estresse e ansiedade das mães. Flores et al. (2012) afirmam que o estado emocional da mãe pode influenciar a interação mãe-bebê, o que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento do bebê. Para Campos e Rodrigues (2015), mães ou cuidadores com níveis clínicos de depressão são pouco responsivas ao bebê, podendo causar prejuízos ao desenvolvimento e ao vínculo estabelecido entre eles, uma vez que o autocontrole e regulação emocional do bebê dependem do modo com que essa relação é estabelecida.

O tipo de deficiência pode ter características inerentes à ela, que podem influenciar a interação da díade. Pintanel, Gomes e Xavier (2013) destacam que a família necessita de modificações e readaptações para estimular a autonomia da criança com deficiência, mais especificamente em relação à deficiência visual, foco do estudo das pesquisadoras. Elas também mencionam que os membros da família formam uma rede de apoio à criança, a fim de proporcionar todo o cuidado necessário de que ela necessita. Medeiros e Salomão (2014) estudaram a interação mãe-criança com deficiência visual. Elas destacaram que a deficiência visual severa dificulta o reconhecimento das pessoas, objetos e ambiente, portanto, a interação mãe-criança precisa ser cuidada para garantir o desenvolvimento global e, mais especificamente, o linguístico, objeto de estudo do referido trabalho.

A auditiva também é outro tipo de deficiência mencionada em estudos sobre interação mãe-bebê. Yamada et al. (2014) estudaram a interação mãe-bebê por ocasião da avaliação da acuidade auditiva do bebê. Os resultados apontaram que a suspeita da deficiência no período neonatal já parece comprometer essa interação, além de proporcionar uma relação angustiante entre a díade. Tal relação é agravada por ocasião do diagnóstico da deficiência, quando as mães expressam sentimentos de angústia e choque. Paradis e Koester (2015) avaliaram o toque e a disponibilidade emocional de mães surdas e ouvintes em bebês de ambas condições, durante a brincadeira livre. A filmagem foi a técnica utilizada. Como resultado, houve significativamente baixas pontuações quanto à sensibilidade parental e responsividade da criança, em mães ouvintes e crianças surdas, o que demonstra necessidade de apoio e intervenções para esses grupos de mães.

Da Silva et al. (2017) afirmam que a chegada de um bebê com Síndrome de Down pode influenciar negativamente seu comportamento, devido às condutas de sua mãe, que pode ser superprotetiva em relação ao filho, interferindo nos repertórios de autonomia e independência da criança. Ferreira (2017) comparou as interações mãe-bebê de dois grupos, um de bebês com Síndrome de Down e outro sem a deficiência. Como resultado, a pesquisadora não encontrou diferenças significativas nos comportamentos interativos entre os grupos, embora a interação mãe-bebê sem deficiência tenha apresentado mais comportamentos positivos, tanto dos bebês como de suas mães. Uma possibilidade para a similaridade pode ser devido às adaptações que as mães fazem às necessidades dos bebês com a deficiência e, respondendo às suas demandas, oportunizando que os bebês também respondam de forma contingente. Outro aspecto pode ser porque as mães destes bebês possuem uma rede de apoio, como a família e programas de intervenções precoces em instituições especializadas para seus filhos. Sterling e Warren (2014) analisaram a responsividade materna e comportamentos diretivos em mães de crianças com Síndrome de Down e mães de crianças típicas. Para isso, eles utilizaram a filmagem da interação em três atividades do cotidiano, sendo constatado que as mães de crianças com a deficiência utilizavam um estilo mais facilitador e comportamentos mais diretivos com os filhos quando comparadas às mães cujos filhos não possuíam deficiência.

Estudos de revisão foram encontrados na literatura a esse respeito. Grossi, Crisostomo e Souza (2016) analisaram pesquisas sobre a vivência de mães de filhos com deficiência dos últimos 10 anos, no Brasil. Elas encontraram 39 estudos e selecionaram 28. As categorias de maior representatividade foram sobre os sentimentos e as dificuldades dessas mães. Como conclusão, elas afirmaram que são as mães as maiores responsáveis pelos cuidados do filho com deficiência, portanto, é essencial a investigação dessas vivências, sendo consideradas as que mais influenciam os comportamentos e desenvolvimento da criança. Outro estudo abordando este tema foi o de Oliveira e Poletto (2015), que também realizaram uma revisão das vivências de mães e pais de filhos com deficiência, na literatura nacional e na área de Psicologia. Elas analisaram 19 estudos, publicados entre 2000 e 2013. Os resultados indicaram inicialmente que os pais apresentam sentimentos de culpa e tristeza, porém, acabam se adaptando à nova realidade.

Menegatti, Pianovski e Löhr (2016) realizaram uma revisão sobre tendências de análise e aspectos metodológicos das interações iniciais entre bebês e seus cuidadores, no Brasil. Elas selecionaram e analisaram 110 artigos e, como resultados, houve equivalência entre métodos qualitativos e quantitativos e o predomínio de estudos de observação envolvendo a díade mãe-bebê. A maioria (55%) dos estudos encontrados envolvia interações mãe-criança com desenvolvimento típico e o restante compreendia díades com crianças com risco social e biológico.

O estudo de Branco e Ciantelli (2017) analisou as interações familiares de crianças com deficiência intelectual, nos últimos dezesseis anos, no Brasil. Foram selecionados 17 artigos e os resultados revelaram que tanto a mãe como o pai contribuem para o desenvolvimento da criança.

Considerando a importância da interação mãe-bebê, o presente estudo pretende responder as questões: como tem sido estudada a interação mãe-bebê com deficiência? Quais os objetivos? Quem são os participantes? Qual a metodologia utilizada? Para responder as questões, este estudo pretendeu analisar artigos que abordam a interação mãe-bebê com deficiência em termos dos objetivos dos estudos, das características dos participantes (tipo de deficiência da criança, se pai ou mãe, idade das crianças e quantidade de díades), tipo de delineamento, procedimentos utilizados e, se filmagem, qual a duração, tipo e número de episódios.

Método

É uma pesquisa de revisão bibliográfica, tendo sido realizada com base em artigos científicos sobre a interação mãe-bebê com deficiência. Os artigos foram buscados nas bases de dados online Pubmed, Scielo, Capes, Google Acadêmico, BVS e Parthernon utilizando-se, a princípio, o critério de publicações nacionais e internacionais, utilizando as palavras-chave: interação mãe-bebê, interação mãe-bebê deficiência, interação mãe-bebê síndromes, interação mãe-bebê malformação, interação mãe-bebê encefalopatia, interação mãe-bebê deficiência auditiva, interação mãe-bebê problemas auditivos, interação mãe-bebê surdos, interação mãe-bebê deficiência sensorial, interação mãe-bebê deficiência intelectual e interação mãe-bebê filmagem. As palavras-chave em inglês correspondentes também foram utilizadas. Foram encontrados 685 artigos. O critério para definir a relevância dos artigos para a pesquisa foi o de incluir os artigos em que o foco era a análise da interação da mãe com o filho com deficiência e que estivessem de acordo com os objetivos propostos para a pesquisa, analisados a partir dos resumos dos artigos encontrados. Enquanto critérios de exclusão foram definidos: artigos repetidos e artigos não acessados na íntegra. Foram selecionados 28 artigos, considerados os que atendiam os critérios para a pesquisa em questão.

Quadro 1 – Descrição dos resultados em função dos autores, ano, tipo de metodologia, amostra/participantes e principais resultados

Autores

Ano

Tipo de Metodologia

Amostra/

Participantes

Principais Resultados

NAGAYOSHI, M. et al. Related visual impairment to mother-infant interaction and development in infants with bilateral retinoblastoma. Eur J Oncol Nurs., p. 28-34.

 

2017

Descritivo correlacional

18 díades de mães e bebês, sendo oito com retinoblastoma bilateral (RB) e 10  sem deficiência, entre 1 e 2 anos

As pontuações das  mães foram significativamente mais altas do que as pontuações normativas. As pontuações dos bebês em todas as subescalas foram menores que as pontuações normativas, mas não foram observadas diferenças entre os bebês com RB e os sem deficiência visual.

AMBROSE, S. E. Gesture Use in 14-Month-Old Toddlers With Hearing Loss and Their Mothers' Responses. Am J Speech Lang Pathol., v. 25, n. 4, p. 519–531.

2016

Descritivo comparativo

48 díades mães e crianças, com 14 meses. Delas, em 25 díades a criança tinha perda auditiva (HL) e em 23 a criança tinha audição normal (HL).

Crianças com HL mostraram atrasos na linguagem falada. Os níveis auditivos estavam relacionados à linguagem falada, mas não ao gesto do grupo HL. Mães de crianças com HL eram mais propensas do que suas contrapartes a não responder aos gestos das crianças.

CANOSA, A. C.; POSTALLI, L. M. M. Análise da interação mãe e criança cega. Estud. psicol. (Campinas),  v. 33, n. 1, p. 37-49

2016

Descritivo comparativo

Três díades de mães e bebês de zero a três anos.

As mães estimularam o desenvolvimento da linguagem dos bebês criando oportunidade para que repetissem ou respondessem aos comandos, além da preocupação com a adequada estimulação cognitiva e da busca de autonomia e independência dos mesmos.

GUIJO, L. M.; DELGADO-PINHEIRO, E. M. C. Caracterização da interação comunicativa entre pais de crianças e adolescentes deficientes auditivos que utilizam comunicação oral. Rev. CEFAC,  São Paulo ,  v. 18, n. 5, p. 1060-1068

2016

Descritivo comparativo com intervenção

Grupo 1: nove pais de crianças com idade entre 1 a 10 anos. Grupo 2: nove pais de adolescentes com idade entre 10 a 15 anos.

As estratégias que favorecem o desenvolvimento de habilidades linguísticas e auditivas, ensinadas a pais de crianças e adolescentes, mostraram-se efetivas para o desenvolvimento da função auditiva e comunicação oral, independente da idade dos participantes

KONDAUROVA, M. V. et al. Affective Properties of Mothers' Speech to Infants With Hearing Impairment and Cochlear Implants. J Speech Lang Hear Res., v. 58, n. 3, p. 590-600

2015

Descritivo

33 díades de mães e crianças de dois a 25 meses, sendo 12 com HI (deficiência auditiva), 12 com NH-AM (audição normal, pareadas por idade) e 9 com NH-EM (audição normal, pareadas por experiência auditiva).

A fala para crianças com HI e com NH-AM foi classificada como mais diretiva do que fala para o grupo NH-EM. As mães diminuíram as qualidades afetivas na fala para todas as crianças, mas aumentaram as qualidades diretas na fala para crianças com NH-EM ao longo do tempo.

LUND, E.; SCHUELE, C. M. Synchrony of maternal auditory and visual cues about unknown words to children with and without cochlear implants. Ear Hear., v. 36, n. 2, p. 229-38

 

2015

Descritivo comparativo

30 díades mães e crianças, sendo 10 com implante coclear (IC) (idade média= 23m); 1 ouvinte (idade  média=24,10m); 10 pareados por vocabulário expressivo (idade média=13,5m).

As mães de crianças com IC forneceram pistas convergentes e divergentes semelhantes as mães de crianças pareadas por idade. Mães de crianças equiparadas ao tamanho do vocabulário forneceram mais sinais auditivos-visuais convergentes e menor porcentagem de pistas divergentes do que mães de crianças com IC.

NARDI, C. G. A. et al. Bebês com Sequência de Pierre Robin: saúde mental materna e interação mãe-bebê. Estud. psicol. (Campinas),  v. 32, n. 1, p. 129-140

2015

Descritivo correlacional

10 díades mães e bebês de um a três meses e 12 dias de idade com Sequência de Pierre Robin.

Há influência da saúde mental materna e o tipo de relação estabelecido pela mãe com seu bebê. Quanto mais elevados foram os níveis de ansiedade e estresse experienciados pelas mães, mais incipiente se classificou a sintonia de sua interação com o bebê.

PARADIS, G.; KOESTER, L. S. Emotional Availability and Touch in Deaf and Hearing Dyads. Am Ann Deaf., v. 160, n. 3, p.303-15.

 

2015

Descritivo comparativo

60 díades mães e bebês com 18 meses: (a) mães surdas e crianças surdas, (b) mães ouvintes e crianças surdas, (c) mães surdas e crianças ouvintes e, (d) mães ouvintes e crianças ouvintes.

Houve diferenças significativas em relação à sensibilidade parental e responsividade da criança. Mães ouvintes com crianças surdas tiveram pontuação mais baixa nas várias subcategorias de avaliação emocional. Mães surdas de crianças surdas ou ouvintes usaram significativamente mais toque atencional e toque total do que mães ouvintes de surdos ou ouvintes.

VANORMELINGEN, L.; DE MAEYER, S.; GILLIS, S. Interaction patterns of mothers of children with different degrees of hearing: normally hearing children and congenitally hearing-impaired children with a cochlear implant. Int J Pediatr Otorhinolaryngol., v. 79, n. 4, p. 520-6.

2015

Descritivo comparativo

50 díades mães e bebês (40 crianças com audição normal e 10 crianças com implante coclear - IC), acompanhadas mensalmente, de seis até 24 meses.

Mães de crianças com IC responderam significativamente com maior frequência aos enunciados de seus filhos, tanto na fase prelexical quanto na fase lexical e incorporaram as declarações de seus filhos com mais frequência, sendo significativo apenas no estágio lexical. Todas responderam significativamente mais frequentemente às expressões lexicais na fase lexical de seus filhos.

FAGAN, M. K.; BERGESON, T. R.; MORRIS,  K. J. Synchrony, complexity and directiveness in mothers' interactions with infants pre- and post-cochlear implantation. Infant Behav Dev., v. 37, n. 3, p. 249-57

 

2014

Descritivo comparativo com intervenção

18 díades mães-crianças (9 díades com audição normal e 9 com mães ouvintes e crianças com perda auditiva profunda), antes e (idade média=13,6m) e depois do implante coclear (idade média= 23,3 m).

Os enunciados das mães se sobrepuseram às vocalizações de crianças com perda auditiva mais frequentemente antes do implante coclear do que depois. Depois do IC elas usaram enunciados menos complexos com suas crianças em comparação com pares ouvintes e utilizaram frequentemente diretivas e proibições antes e após o implante coclear. Juntas, mães e crianças se adaptaram com relativa rapidez ao implante coclear.

MEDEIROS, C. S.; SALOMAO, N. M. R. Análise de dois contextos interativos em uma díade mãe-criança com deficiência visual. Temas psicol.,  v. 22, n. 4, p. 701-713

2014

Estudo de caso

1 díade mãe e criança com deficiência visual de 36 meses.

Evidenciou-se que na díade mãe-criança a atenção conjunta acontece por meio do toque. Estratégias de questionar à criança sobre as propriedades dos objetos e de aproximar os mesmos do campo tátil da criança facilitaram o reconhecimento e a sua posterior identificação.

STERLING, A. M.; WARREN, S. F. Maternal Responsivity in Mothers of Young Children with Down Syndrome. Dev Neurorehabil., v. 17, n. 5, p. 306–317.

2014

Descritivo longitudinal comparativo

44 díades mães e bebês com idade de 22 a 63 meses (22 mães e crianças com Síndrome de Down (SD) e 22 mães e crianças com desenvolvimento típico (TD).

Mães de crianças com SD usaram um estilo mais facilitador com as crianças mais velhas do que as mães de crianças da mesma idade com TD. As mães de crianças com TD utilizaram comportamentos diretivos com menor frequência do que as mães de crianças com SD.

BERKE, M. Reading books with young deaf children: strategies for mediating between American Sign Language and English. J Deaf Stud Deaf Educ, v. 18, n. 3, p. 299-311.

 

 

 

 

2013

Descritivo comparativo com intervenção

10 díades mães surdas e crianças surdas, de 3 a 5 anos.

Todas as mães encontraram maneiras de fazer conexões entre sua linguagem visual, ASL (linguagem gestual americana) e o texto impresso, usando de encadeamento, fornecendo uma definição em inglês, interpretando sons de palavras em inglês, explicando a diferença na ortografia de duas palavras de aparência semelhante, explicando rimas e tamanhos de fonte e usando ASL para explicar a diferença entre os dois idiomas.

FENIGER-SCHAAL, R.; OPPENHEIM, D. Resolution of the diagnosis and maternal sensitivity among mothers of children with Intellectual Disability. Res Dev Disabil., v. 34, n. 1, p. 306-13

 

2013

Descritivo comparativo

40 díades mães e crianças de 2anos e 5 meses a 5 anos e 5 meses de idade.

Mães que aceitaram melhor o diagnóstico de seus filhos mostraram mais sensibilidade materna em dois dos três episódios de brincadeira. Então, a aceitação e a sensibilidade materna estavam mais associadas com a responsividade materna do que o tipo de comportamento apresentado pela criança.

JAMES, D. M.; WADNERKAR-KAMBLE, M. B.; LAM-CASSETTARI, C. Video feedback intervention: a case series in the context of childhood hearing impairment. Int J Lang Commun Disord., v. 48, n. 6, p. 666-78.

2013

Descritivo com intervenção

Três díades alternando entre mães, pais e avós, foram expostos a intervenção com diferentes durações:  participante 1,  de 1 até 3 anos, o 2 de 3 a 4 anos e, o 3, de 9 meses até 1ano.

Os resultados para cada caso mostraram que melhorias em algumas medições de resultados foram encontradas após a intervenção e foram mantidas no follow-up.

QUITTNER, A. L. et al. Effects of maternal sensitivity and cognitive and linguistic stimulation on cochlear implant users' language development over four years. J Pediatr., v. 162, n. 2, p. 343-8.

2013

Descritivo comparativo

188 díades de mães com crianças surdas (idade entre 5 meses a 5 anos) com implante coclear e 97 crianças com audição normal.

Os dados mostraram que quanto mais cedo a  experiência auditiva e a sensibilidade materna para a estimulação cognitiva mais significativos foram os ganhos em linguagem oral. O estímulo linguístico estava relacionado ao aumento da linguagem apenas no contexto de alta sensibilidade materna.

JOHN, A.; MORRIS, A. S.; HALLIBURTON, A. L. Looking beyond maternal sensitivity: mother-child correlates of attachment security among children with intellectual disabilities in urban India. J Autism Dev Disord., v. 42, n. 11, p. 2335-45.

2012

Descritivo

47 díades de mães e crianças de 3 a 6 anos.

A disponibilidade emocional materna determinava o apego seguro observado entre as crianças, apontando para a importância de intervenções junto a mães de crianças com deficiência intelectual.

KONDAUROVA, M. V.; BERGESON, T. R. Effects of deafness on acoustic characteristics of American English tense/lax vowels in maternal speech to infants. J Acoust Soc Am., v. 132, n. 2, p. 1039–1049.

2012

Descritivo comparativo

28 díades mães e bebês de cinco a 21 meses (14 mães ouvintes e seus bebês com perda auditiva de profunda a grave,  candidatos a implante coclear e 14 mães e bebês ouvintes).

Para ambos os grupos infantis, as mães hiper articularam o espaço vocálico acústico e aumentaram a duração da vogal na fala direcionada aos bebês em relação à fala dirigida por adultos. No entanto, nenhuma dica acústica diferiu na fala para crianças com deficiência auditiva ou com audição normal.

MEDEIROS, C. S.; SALOMAO, N. M. R. Interação mãe-bebê com deficiência visual: estilos comunicativos e episódios interativos. Estud. psicol. (Campinas),  v. 29, supl. 1, p. 751-760

2012

Descritivo

3 díades mães e bebês de seis a 13 meses

As interações entre as mães e os bebês deficientes visuais acontecem, principalmente, por meio da coordenação da fala com a ação gestual, na qual o toque e os movimentos corporais são utilizados com a função de facilitar a comunicação.

MORO, M. P.; SOUZA, A. P. R. Três análises de linguagem no autismo. Rev. CEFAC,  v. 13, n. 5, p. 944-955

2011

Descritivo

 

3 díades de mães e bebês, com idades entre  2 e 4 anos

O protocolo que analisou as categorias maternas e categorias infantis garantiu resultados mais próximos aos encontrados na análise qualitativa da dialogia mãe-filho.

MOURA, W.  F.; OLIVEIRA, J. R. M. Estudo descritivo e comparativo de parâmetros de interação entre mãe e criança cega. Distúrb Comun, v. 23, n. 1, p. 7-14

2011

Descritivo comparativo

12 díades mães e crianças, sendo 6 crianças com visão normal e 6 com cegueira, de 12 a 36 meses

É aparente a diferença entre os dois grupos apresentando uma variedade na observação e qualidade das amostras, mas em relação à estatística, apenas duas características foram diferentes: a criança cega tenta localizar objetos indiretamente e sem nenhuma posição da cabeça.

KOESTER, L. S.; LAHTI-HARPER, E. Mother-infant hearing status and intuitive parenting behaviors during the first 18 months. Am Ann Deaf., v. 155, n. 1, p. 5-18.

 

2010

Descritivo comparativo

63 díades mães e bebês, de 6, 9, 12 e 18 meses: Grupo 1: 15 mães surdas e bebês surdos; Grupo 2: 16 mães surdas e bebês ouvintes; Grupo 3: 16 mães ouvintes e bebês surdos; Grupo 4: 16 mães ouvintes e bebês ouvintes,

Os bebês mais novos já eram ativos nas interações sociais, demonstravam interesse no mundo dos objetos, investigando-os ativamente. Aos 12 meses, a maioria estava começando a entender e a dizer as primeiras palavras e se tornando mais independente. Percebiam a presença ou ausência de seus pais, desenvolvendo importantes relacionamentos de apego. Aos 18 meses, estavam afirmando sua própria autonomia. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos.

LAING, S. et al. Mother-child interaction and child developmental capacities in toddlers with major birth defects requiring newborn surgery. Early Hum Dev.,  v. 86, n. 12, p. 793-800.

2010

Descritivo

93 díades mães e bebês, com média de 24 meses.

Em comparação com crianças com desenvolvimento típico, aquelas com atraso no desenvolvimento mostraram interatividade significativamente menos positiva e tiveram mães que eram menos responsivas e mais intrusivas.

LAM, C.; KITAMURA, C. Maternal interactions with a hearing and hearing-impaired twin: similarities and differences in speech input, interaction quality, and word production. J Speech Lang Hear Res., v. 53, n. 3, p. 543-55.

2010

Descritivo longitudinal comparativo

Duas díades, composta pela mãe e seus bebês gêmeos, sendo um com HI (deficiência auditiva bilateral) e outro com audição normal (NH), filmados aos 12 e 22 meses de idade.

Os resultados mostraram um espaço vocálico diminuído na fala para o gêmeo HI comparado ao gêmeo NH. Os resultados de disponibilidade emocional materno foram menores para o HI do que para o gêmeo NH, mas o gêmeo HI teve um vocabulário expressivo maior nas duas avaliações, ambos no percentil inferior.

MOELLER, M. P. et al. Longitudinal development of phonology and morphology in children with late-identified mild-moderate sensorineural hearing loss. Ear Hear., v. 31, n. 5, p. 625-35.

2010

Descritivo longitudinal comparativo

14 (mães e pais) e bebês, sendo 10 bebês com audição normal (NH), acompanhados dos 4 aos 60 meses e 4 bebês com perda auditiva neurossensorial bilateral (LH), acompanhados dos 28 aos 41 meses.

No início, os quatro bebês com LH demonstraram atrasos na linguagem. Três deles demonstraram rápido progresso, depois da intervenção, quando  comparados com bebês pareados por idade aos 60 meses. Diferenças persistentes de bebês com NH foram observadas nas áreas de morfossintaxe, inteligibilidade de fala na conversação e produção de fricativas.

VOHR B. et al. Association of maternal communicative behavior with child vocabulary at 18-24 months for children with congenital hearing loss. Early Hum Dev., v. 86, n. 4, p. 255-60

 

2010

Descritivo correlacional comparativo

71 díades de mães e bebês, sendo 40 bebês com audição típica e 31 com perda auditiva (HL), de 18 a 24 meses

Palavras produzidas e palavras que obtiveram pontuações percentuais no Inventário de Desenvolvimento Comunicativo foram significativamente maiores para bebês com audição em comparação com crianças com HL. Maior estresse materno foi associado com menor envolvimento verbal, consideração positiva, disponibilidade e prazer. Mais envolvimento materno,  qualidade de controle e diretividade foram associadas a mais palavras produzidas.

FARRAN, L. K.; LEDERBERG, A. R.; JACKSON,  L. A. Maternal input and lexical development: the case of deaf pre-schoolers. Int J Lang Commun Disord., v. 44, n. 2, p. 145-63

 

2009

Descritivo comparativo com intervenção

25 díades mães e crianças de 34 a 71 meses

As mães cujos filhos não inferiram o significado das palavras por meio de novos mapeamentos tornaram o significado mais explícito do que as mães de crianças que puderam aprender por meio de novos mapeamentos. Especificamente, essas mães eram mais propensas a designar referências fisicamente e usar uma sintaxe simples. Para todas as crianças, as mães eram mais propensas a tornar o significado de palavras novas mais transparentes do que palavras familiares.

BELINI, A. E. G.; FERNANDES, F. D. M. Olhar e contato ocular: desenvolvimento típico e comparação na Síndrome de Down. Rev. soc. bras. fonoaudiol.  v. 13, n. 1, p. 52-59

2008

Descritivo comparativo

18 díades mães e bebês, sendo 1 bebê com Síndrome de Down e 17 com desenvolvimento típico, todos acompanhados do primeiro ao quinto mês de vida

O desenvolvimento do olhar e do contato ocular ocorreu de forma muito semelhante no bebê com Síndrome de Down, em comparação com o grupo de bebês sem alterações no desenvolvimento.

BELINI, A. E. G.; FERNANDES, F. D. M. Olhar e contato ocular: desenvolvimento típico e comparação na Síndrome de Down. Rev. soc. bras. fonoaudiol.  v. 13, n. 1, p. 52-59

2008

Descritivo comparativo

18 díades mães e bebês, sendo 1 bebê com Síndrome de Down e 17 com desenvolvimento típico, todos acompanhados do primeiro ao quinto mês de vida

O desenvolvimento do olhar e do contato ocular ocorreu de forma muito semelhante no bebê com Síndrome de Down, em comparação com o grupo de bebês sem alterações no desenvolvimento.

 

Fonte: Elaborado pelas autoras.

 

Resultados

Os resultados se referem ao período de 2008 a 2017, perfazendo 10 anos de busca. A Tabela 1 mostra que 28,56% dos artigos encontrados eram nacionais e o restante internacionais.  Entre os artigos nacionais observa-se a publicação de um ou dois a cada dois anos enquanto que entre os internacionais observou-se uma concentração maior no período de 2010 a 2015, entre cinco a seis artigos a cada biênio.

Tabela 1 - Distribuição dos artigos em nacionais e internacionais, organizados a cada dois anos

Anos

Nacionais

Internacionais

 

 

N

   %

N

%

 

2008/2009

1

     3,57

1

3,57

 

2010/2011

2

7,14

5

17,87

2012/2013

1

3,57

6

21,43

2014/2015

2

7,14

6

21,43

2016/2017

2

7,14

2

7,14

Total

8

28,56

20

71,44

Fonte: Elaborada pelas autoras.

 

Com relação ao tipo de revista, a Tabela 2 mostra que, no Brasil, as publicações variaram igualmente em revistas de Fonoaudiologia e em Psicologia, mas, no exterior prevalereceram as revistas da área de Fonoaudiologia e, especificamente, em deficiência auditiva.

 

Tabela 2 - Distribuição dos artigos de acordo com a revista publicada

Revistas Nacionais

N

%

Estudos de Psicologia (Campinas)                                

3

10,71

Revista da Sociedade  Brasileira de Fonoaudiologia

1

3,57

Revista CEFAC

2

7,14

Distúrbios da Comunicação

1

3,57

Temas em Psicologia

1

3,57

Total

8

28,56

Revistas Internacionais

 

 

J Speech Lang Hear Res

2

7,14

International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology

1

3,57

Am Ann Deaf

2

7,14

Ear Hear

2

7,14

Infant Behav Dev

1

3,57

Int J Lang Commun Disord

2

7,14

J Pediatr

1

3,57

J Acoust Soc Am

1

3,57

Am J Speech Lang Pathol

1

3,57

Early Hum Dev

2

7,14

J Deaf Stud Deaf Educ

1

3,57

Dev Neurorehabil

1

3,57

J Autism Dev Disord

1

3,57

Res Dev Disabil

1

3,57

Eur J Oncol Nurs

1

3,57

Total

20

71,44

Fonte: Elaborada pelas autoras.

 

A Tabela 3 mostra os tipos de deficiências presentes nos artigos.  Observa-se que a deficiência mais presente foi a deficiência auditiva presente em 57,15% dos estudos.

 

Tabela 3 - Tipo de deficiência da criança

Tipo

N

%

Deficiência auditiva com implante                                

5

17,87

Deficiência auditiva sem implante

11

39,28

Deficiência visual

4

14,28

Síndrome de Down

2

7,14

Outros (Sequência de Pierre Robin, Autismo, Retinoblastoma, Defeitos Congênitos, Deficiência Intelectual)

6

21,43

Fonte: Elaborada pelas autoras.

 

Quanto aos objetivos dos estudos optou-se por dividi-los de acordo com a deficiência. Nos estudos com crianças com deficiência auditiva implantadas o objetivo foi comparar díades com crianças implantadas e ouvintes. A Tabela 4 mostra que, nos estudos com crianças com deficiência auditiva sem implante, a maioria dos estudos encontrados (21,43%) analisaram especificamente o tipo de comunicação oral e visual tanto de mães como de pais com suas crianças. Foram realizados, também, estudos comparando díades de crianças surdas e ouvintes (14,28%) e, um estudo avaliou o efeito de uma intervenção sobre o comportamento de interação da mãe com sua criança com deficiência auditiva.

Com crianças com deficiência visual os estudos sobre interação envolveram diferentes contextos (cuidados e brincadeiras), análise do comportamento interativo materno (verbal ou não verbal) e os efeitos da interação sobre a aquisição de linguagem com crianças cegas. Com crianças com Síndrome de Down e com deficiência intelectual, os estudos focalizaram a responsividade materna para com seus bebês comparando, em um dos estudos, com mães de crianças típicas. Com outras deficiências, dois dos estudos analisaram o impacto de fatores de risco sobre a interação mãe-bebê (como, por exemplo, a saúde emocional materna), um relacionando a interação com características de desenvolvimento da criança e, um outro, testou a confiabilidade de dois protocolos para analisar a interação entre mãe e criança.

 

Tabela 4 - Descrição dos objetivos dos estudos, separados por tipo de deficiência

Tipo de deficiência

Objetivos dos estudos

n

%

 

 

 

Deficiência auditiva com implante

1.     Comparar a interação materna com bebês com implante e ouvintes no primeiro ano de vida.

2

7,14

2.     Comparar os estímulos visuais, auditivos e gestuais maternos com crianças com implante coclear e ouvintes.

1

3,57

3.     Investigar os efeitos da perda auditiva profunda nas interações mãe-criança, antes e após o implante.

1

3,57

4.     Analisar comportamentos interativos maternos com crianças implantadas.

1

3,57

 

Total

5

17,87

 

 

 

Deficiência auditiva sem implante

1.     Analisar comportamentos interativos maternos e paternos utilizados com crianças com deficiência auditiva por meio de diferentes modalidades de comunicação oral e visual.

6

21,43

2.     Comparar a interação mãe-bebê em quatro condições: mãe surda x bebê surdo; mãe surda x bebê ouvinte; mãe ouvinte x bebê surdo; mãe ouvinte x bebê ouvinte.

2

7,14

3.     Testar o efeito de uma intervenção sobre a interação, utilizando um estudo de caso de três famílias, com crianças com deficiência auditiva.

1

3,57

4.      Comparar comportamentos interativos maternos com crianças com e sem deficiência auditiva.

2

7,14

 

Total

11

39,28

Deficiência visual

1.     Analisar comportamentos verbais e não verbais da mãe em interação com o bebê.

1

3,57

2.     Analisar comportamentos de interação em situação de cuidado (alimentação e higiene) e de brincadeira livre e estruturada.

2

7,14

3.     Analisar a interação mãe-bebê e as repercussões na aquisição da linguagem.

1

3,57

 

 

Total

4

14,28

Síndrome de Down

1.     Analisar o contato visual materno com bebê com Síndrome de Down e compará-lo com bebês típicos.

1

3,57

2.     Comparar a responsividade materna e comportamentos diretivos de mães de bebês com Síndrome de Down e mães de bebês típicos.

1

3,57

 

Total

2

7,14

Deficiência intelectual

Analisar a interação e sensibilidade materna de mães de crianças com deficiência intelectual

2

7,14

 

Total

2

7,14

Outros

Sequência de Pierre Robin: Avaliar a saúde emocional materna e o impacto na interação mãe-bebê.

1

3,57

Autismo: Analisar a interação mãe-criança utilizando dois protolocos diferentes: um da interação e outro dos atos comunicativos da criança.

1

3,57

Retinoblastoma: Analisar características da interação com o desenvolvimento da criança relacionando-o com outros fatores de risco.

1

3,57

Defeitos congênitos: Analisar a interação mãe-criança em associação com o desenvolvimento de crianças com grandes defeitos congênitos.

1

3,57

 

Total

4

14,28

Fonte: Elaborada pelas autoras.

 

Quanto às características dos participantes das díades, analisou-se o número de díades, a idade da criança e se foi o pai ou a mãe o participante. De acordo com a Tabela 5, a maioria dos artigos tiveram de 1 a 15 díades (35,71%), crianças de 0 a 2 anos (53,57%) e as mães como participantes (85,71%).

 

Tabela 5 - Características dos participantes

Aspectos analisados

Itens

n

%

 

Quanto ao número de díades

1 a 15

16 a 30

31 a 45

46 ou mais

10

7

3

8

35,71

25

10,71

28,56

Quanto à idade das crianças

0 a 2 anos

0 a 4 anos

0 a 10 anos

15

5

7

53,57

17,87

28,57

Adultos participantes

Mãe

Pai e Mãe

24

4

85,71

14,28

Fonte: Elaborada pelas autoras.

A Tabela 6 mostra os dados obtidos das análises do delineamento utilizado nos diferentes estudos. Prevaleceu estudos comparativos analisando a interação de crianças com e sem deficiência (46,38%) e, em seguida, estudos descritivos da interação da mãe com sua criança com deficiência.

 

Tabela 6 - Tipo de delineamento utilizado nos artigos

Tipo

n

%

Descritivo correlacional                                 

2

7,14

Descritivo comparativo utilizando crianças com e sem deficiência

13

46,42

Estudo experimental

2

7,14

Descritivos da interação mãe-criança com deficiência

7

25

Descritivo comparando situações diferentes

2

7,14

Descritivo comparando grupos de mães com e sem indicadores clínicos de saúde emocional

1

3,6

Descritivos comparando diferentes protocolos

1

3,6

Total

28

100

Fonte: Elaborada pelas autoras.

Quanto ao tipo de procedimento utilizado nos estudos analisados, observa-se, conforme mostra a Tabela 7, que o procedimento mais utilizado para avaliar a interação foi a filmagem (85,71%), seguido pela obervação natural (7,14%), gravação em áudio e gravação em vídeo e áudio (3,57%).

 

Tabela 7 - Tipo de procedimento utilizado para avaliar a interação

Tipo

N

%

Observação natural

2

7,14

Filmagem

24

85,71

Gravação em áudio

1

3,57

Gravação em vídeo e áudio

1

3,57

Fonte: Elaborada pelas autoras.

Considerando que a filmagem foi o procedimento mais frequente optamos por analisá-la com detalhe. A Tabela 8 mostra que a duração das filmagens mais utilizada foi de 16 a 30 minutos (60%), realizadas de dois a cinco episódios (40%) e os tipos de atividades mais frequentes foram alimentação, higiene e leitura de livros e jogos (ambos 30%).

 

Tabela 8 - Análise da duração das filmagens, número de episódios avaliados e tipo de atividade filmada

Duração

N

%

5 a 15 minutos

3

30

16 a 30 minutos

6

60

Mais de 31 minutos

1

10

Total

10

100

Número de Episódios

 

 

1

3

30

2 a 5

4

40

6 a 15

1

10

16 ou mais

2

20

Total

10

100

Tipo de atividade

 

 

Alimentação e higiene

3

30

Still face

1

10

Várias tarefas

2

20

Leitura de livros e jogos

3

30

Treino de vocalização

1

10

Total

10

100

Fonte: Elaborada pelas autoras.

Discussão

Este estudo analisou 28 artigos que abordam a interação mãe-criança com deficiência, publicados entre 2008 a 2017. Todavia, estudos com pais também foram incluídos, por se tratarem de estudos sobre interação. Observou-se que são poucas as publicações deste tipo de estudo no Brasil e que elas se concentram em revistas das áreas de Fonoaudiologia e Psicologia. Devido ao tipo de veículo, foram mais frequentes os estudos com deficiência auditiva, objeto de estudo da área de Fonoaudiologia. A baixa frequência em revistas de Psicologia sinaliza que o comportamento interativo ainda não é foco de estudos da área. Independente do tipo de deficiência, prevaleceram estudos comparativos entre díades com e sem deficiência, e com foco no comportamento materno ou na relação da interação sobre características de desenvolvimento das crianças, independente da deficiência. Também foram analisados fatores de risco das mães, como a saúde emocional ou da criança sobre o comportamento interativo da díade, resultados também encontrados por outros pesquisadores como Klein e Linhares (2006), Flores et al. (2012) e Campos e Rodrigues (2015).

Observou-se grande variação entre as características dos participantes das díades, quanto ao número de participantes (de 1 a 60) e a idade das crianças (0 a 10 anos). Quanto à idade das crianças, na pesquisa de Klein e Linhares (2006) prevaleceu a idade das crianças de 2 a 4quatros anos em 14 estudos e de 0 aos 2 anos de idade em 9 estudos, o que difere do presente artigo de revisão, que teve de 0 a 2 anos de idade como o intervalo de idade mais frequente nos artigos. Majoritariamente a mãe é a participantes dos estudos, o que corrobora a afirmação de Borsa e Nunes (2011) de que a mãe, na cultura brasileira, é considerada a responsável pela educação e desenvolvimento de seu filho.

Estudos comparativos foram os mais frequentes seguidos de estudos descritivos da interação da díade, independente do tipo de deficiência. Esse dado também foi encontrado por Klein e Linhares (2006), que encontraram mais da metade dos delineamentos dos estudos de forma comparativa. O estudo de Ferreira (2017) é um exemplo de tipo de comparação envolvendo bebês com e sem Síndrome de Down e a interação mãe-bebê. A filmagem foi o procedimento mais frequente, o que sugeriu análises mais específicas de como a mesma tem sido utilizada nos estudos. Tais dados foram diferentes dos achados do estudo de revisão de Klein e Linhares (2006), em que a observação foi a técnica mais utilizada para analisar a interação mãe-criança. Medeiros e Salomão (2014) afirmam que a filmagem possibilita uma análise eficaz das trocas interativas, assim como do contexto. Do mesmo modo, Cano e Sampaio (2007) consideram a filmagem uma técnica refinada, uma vez que há a possibilidade de rever os eventos observados, seja por meio do congelamento de imagens quanto do uso de câmera lenta. Porém, Chiodelli (2016) também afirma que a filmagem pode influenciar os comportamentos interativos da mãe, já que ela pode responder de acordo com o que é desejado, ou seja, emitindo maior quantidade de comportamentos positivos para com o bebê. Todavia, isso pode ser atribuído à tecnologia disponível mais recentemente. Observou-se que a duração dos episódios é variada, assim como a quantidade dos mesmos. São diferentes os contextos de observação assim como os procedimentos utilizados, dependendo do objetivo do estudo.

Considerações Finais

Sem ter a intenção de esgotar a literatura sobre a área, o presente estudo pretendeu analisar artigos sobre a interação mãe-bebê com deficiência quanto aos objetivos, características dos participantes, tipo de delineamento e procedimentos utilizados nos estudos. Os resultados obtidos propiciaram uma análise de como pesquisas sobre interação-mãe-bebê envolvendo crianças tem sido feitas, possibilitando a reflexão sobre lacunas de pesquisa na área como, por exemplo, a escassez de estudos brasileiros quando comparados com os internacionais. A variabilidade das deficiências, cada uma com suas especificidades, foi uma limitação observada, ao analisar os dados obtidos. Considerando que a filmagem foi um dos procedimentos mais utilizados nos estudos, pesquisas que analisem as características das filmagens, como tempo de duração, número de episódios, tipo de atividade desenvolvida pela díade durante as filmagens, o participante adulto da díade, se pai ou mãe, o protocololo de codficação da interação utilizado, vão auxiliar em estudos futuros mais eficientes da interação mãe-bebê. Também, apontam para a possibilidade de estudos futuros específicos para as diferentes síndromes.

 

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Correspondência

Mariana de Freitas Pereira Pederro – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Av. Eng. Luís Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Nucleo Res. Pres. Geisel. CEP: 17033-360. Bauru, São Paulo, Brasil.

 

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[1] Terminologia utilizada pelos autores