Interação mãe-bebê
com deficiência: um estudo de revisão
Interaction mother infant with disability: a review study
Interacción madre bebé
con discapacidad: un estudio de revisión
*
Mariana
de Freitas Pereira Pederro
Doutoranda
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru, São Paulo,
Brasil.
marianafreitasp@gmail.com
**
Olga
Maria Piazentin Rolim Rodrigues
Professora
doutora na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru, São
Paulo, Brasil.
olgarolim@fc.unesp.br
Recebido em 26 de setembro de 2018
Aprovado em 15 de outubro de 2018
Publicado em 12 de setembro de 2019
RESUMO
Ao nascer, o bebê e a mãe passam por um processo de
adaptação, que requer adequações na rotina. A interação mãe-bebê é importante
para a qualidade do desenvolvimento infantil. Entretanto, ela pode ser
prejudicada quando a mãe não consegue se adaptar às exigências da nova condição
que, em geral, exige outras organizações e rotinas mais elaboradas. O objetivo
do presente estudo foi analisar artigos que abordam a interação mãe-bebê com
deficiência. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados online Pubmed,
Scielo, Capes, Google Acadêmico, BVS e Parthernon. Foram selecionados 28
artigos, dos quais 71,44% eram internacionais, prevalecendo a publicação em
revistas de Fonoaudiologia. Como objetivo os artigos: compararam a interação
mãe-bebê com e sem deficiência auditiva; analisaram o comportamento interativo
materno; identificaram os fatores de risco para a interação; relacionaram a
interação mãe-bebê com o desenvolvimento infantil e testaram a confiabilidade
de protocolos que codificam a interação. Dos artigos, 35,71% avaliaram uma a 15
díades, 53,57% eram com crianças de 0 a 2 anos e, em 85,71% as mães eram as
participantes. Quanto ao delineamento, prevaleceram estudos comparativos
(46,38%), o procedimento mais utilizado foi a filmagem (85,71%), com duração de
16 a 30 minutos (60%), realizando de dois a cinco episódios (40%) e as
atividades mais frequentes foram alimentação, higiene, leitura de livros e
jogos. Sugere-se que novos estudos abordem a presente temática, a fim de
auxiliarem no desenvolvimento de intervenções na interação mãe-bebê com
deficiência.
Palavras-chave: Interação
mãe-bebê; Deficiência; Revisão de Literatura.
ABSTRACT
At birth, the baby and the mother go through an
adaptation process, which requires adjustments in the routine. Mother-infant
interaction is important for the quality of infant development. However, it can
be damaged when the mother can not adapt to the demands of the new condition
that usually requires other organizations and more elaborate routines. The
objective of the present study was to analyze articles that address the
mother-infant interaction with disability. The search for articles was
conducted in online databases PubMed, SciELO, Capes, Google Scholar, VHL and
Parthernon. We selected 28 articles, of which 71.44% were international,
whichever is published in Speech magazines. As objective the articles: compared
the interaction between mother and baby with and without hearing impairment;
analyzed the maternal interactive behavior; identified the risk factors for the
interaction; related mother-infant interaction with infant development and,
tested the reliability of protocols that encode interaction. Of the articles,
35.71% evaluated one to 15 dyads, 53.57% were with children from 0 to 2 years
old, and in 85.71% the mothers were the participants. As for the design,
comparative studies prevailed (46.38%), the most used procedure was filming
(85.71%), lasting from 16 to 30 minutes (60%), performing two to five episodes
(40%) and the most frequent activities were food, hygiene, reading books and
games. It is suggested that new studies approach the present theme, in order to
assist in the development of interventions in the mother-infant interaction
with deficiency.
Keywords: Mother-infant
interaction; Deficiency; Literature review.
RESUMEN
Al nacer, el bebé y la madre pasan por un proceso de
adaptación, que requiere adecuaciones en la rutina. La interacción madre-bebé
es importante para la calidad del desarrollo infantil. Sin embargo, puede ser
perjudicada cuando la madre no puede adaptarse a las exigencias de la nueva
condición que, en general, exige otras organizaciones y rutinas más elaboradas.
El objetivo del presente estudio fue analizar artículos que abordan la
interacción madre-bebé con discapacidad. La búsqueda de artículos fue realizada
en las bases de datos online Pubmed, Scielo, Capes, Google Académico, BVS y
Parthernon. Se seleccionaron 28 artículos, de los cuales 71,44% eran
internacionales, prevaleciendo la publicación en revistas de Fonoaudiología.
Como objetivo los artículos: compararon la interacción madre bebé con y sin
deficiencia auditiva; analizaron el comportamiento interactivo materno;
identificaron los factores de riesgo para la interacción; relacionaron la
interacción madre-bebé con el desarrollo infantil y probaron la confiabilidad
de protocolos que codifican la interacción. De los artículos, 35,71% evaluaron
una a 15 deudas, el 53,57% eran con niños de 0 a 2 años y, en el 85,71% las
madres eran las participantes. En cuanto al diseño prevaleció estudios
comparativos (46,38%), el proceso más usado fue la película (85,71%), con una
duración de 16 a 30 minutos (60%), que lleva de dos a cinco episodios (40%) y
las actividades más frecuentes fueron alimentación, higiene, lectura de libros
y juegos. Se sugiere que nuevos estudios aborden la presente temática, a fin de
ayudar en el desarrollo de intervenciones en la interacción madre-bebé con
discapacidad.
Palabras clave: Interacción madre-bebé; Discapacidad; Revisión de
literatura.
Introdução
O nascimento exige um processo de adaptação
tanto do recém-nascido como do ambiente que o recebe. O ambiente é, no início,
fortemente representado pela figura materna que, também, precisa aprender a
desempenhar um novo papel, de forma a proporcionar a continuidade do
desenvolvimento do bebê, que se iniciou no período intrauterino (SILVA; PORTO,
2016). Os autores destacam que um dos papéis da mãe é compreender a linguagem
não verbal do bebê, atendendo suas necessidades, o que tem resultado em vários
estudos que visam investigar a interação que ocorre entre mãe-bebê. Ainda de
acordo com eles, até a década de 60 predominava, nos estudos, o modelo
monádico, embasado na crença de que apenas o adulto influenciava a criança.
Este modelo foi substituído, posteriormente, pelo diádico defendendo que a
influência na interação mãe-bebê é mútua. Entretanto, reconhecem que essa
interação pode ser prejudicada quando a mãe não consegue se adaptar às novas
exigências de seu papel e são variados os motivos que levam a isso.
Gradvohl, Osis e Makuch (2014) diferem os
conceitos de maternidade e maternagem, sendo que o primeiro diz respeito à
relação consanguínea da mãe e do filho e o segundo se refere ao vínculo afetivo
de cuidado da mãe para com o filho. Andrade, Baccelli e Benincasa (2017)
afirmam que a maternidade envolve uma aprendizagem de competências e
habilidades e, dependendo do contexto, este pode ser desfavorável ou de risco.
Ainda de acordo com o estudo dos pesquisadores, as mães formulam uma ideia do
bebê, que pode não corresponder à realidade, tanto em termos de perfeição como
em uma imagem construída interiormente por elas, o que pode gerar uma
frustração, caso o bebê não corresponda à essas expectativas. A interação da
mãe com a criança pode não ser contingente, ou seja, a resposta materna pode
não corresponder aos comportamentos emitidos pela criança ou, então, não conter
afetividade. Por outro lado, também é importante levar em consideção o tipo de
comportamento que a criança emite quando a mãe se dirige à ela (SILVEIRA;
BICHARA, 2013).
A maternagem que implica no nível de
responsividade da mãe para com o bebê determina a qualidade da interação com o
bebê. Todavia, há que cuidar dessa interação, pois é importante para o
desenvolvimento global da criança. A qualidade com que esta se dá pode trazer
benefícios ou prejuízos para o processo de desenvolvimento.
Espírito Santo e Araújo (2016) também se
referiram à influência da qualidade da interação na forma de relacionamento mãe
e criança. O vínculo demanda compreensão, cuidado, desejo, paciência, entre
outros aspectos, não sendo um processo instintivo. Caso haja insuficiência ou
inexistência do cuidado materno, a saúde emocional da criança pode ser
prejudicada. Quando um ambiente se mostra hostil, controlador ou rejeitador,
gera uma situação de vulnerabilidade que afeta esse vínculo, assim como casos
de privação da figura materna. Por outro lado, quando há formação de vínculo afetivo
materno adequado, a criança desenvolve sentimentos de segurança e confiança,
fazendo com que ela não se sinta desamparada quando a mãe se afasta dela. As
autoras também mencionaram a figura paterna na interação. Atualmente, muitos
pais têm assumido funções antes consideradas como maternas. Elas afirmaram que
os estudos têm mostrado que a presença paterna favorece o desenvolvimento
infantil saudável e que pais acolhedores e amorosos tendem a aumentar a
probabilidade de seus filhos se tornarem mais confiantes e com menos riscos de
comprometimento da saúde emocional. Borsa e Nunes (2011) afirmam que ainda há a
convicção de que a relação mãe-filho é mais saudável para o desenvolvimento
infantil do que com qualquer outro membro familiar, como o pai, por exemplo, o
que pode ser constatado na quantidade de produções sobre o tema, principalmente
na área da Psicologia. Ainda que a proximidade com a mãe seja maior nos
primeiros meses de vida, é essencial que a interação seja concretizada entre a
tríade mãe, pai e bebê (PERUCHI; DONELLI; MARIN, 2016).
Os membros de uma família com crianças com
necessidades educacionais especiais (NEE)[1]
enfrentam mais adaptações e mudanças do que uma família com criança típica. A
qualidade de vida dessas famílias é essencial para o desenvolvimento de todos
e, suas emoções e sentimentos repercutem na interação entre os familiares e a
pessoa com NEE. O momento crítico para os pais é o diagnóstico do filho,
principalmente daqueles cujas crianças têm deficiência intelectual, envolvendo reações
e sentimentos de negação, surpresa, culpa, sofrimento e impotência
(PEREIRA-SILVA; ALMEIDA, 2014).
Oliveira e Poletto (2015) se referem às
demandas de cuidados que os pais têm que ter com seus filhos com deficiência. A
constatação da deficiência pode causar impactos emocionais nos pais, pois, além
do luto pela perda do filho perfeito, há ainda todo o processo de cuidado
necessário para dar conta das impossibilidades e limitações do filho.
Klein e Linhares (2006) realizaram um estudo
de revisão sobre a interação mãe e criança pré-termo e seu desenvolvimento e,
também, encontraram diversos estudos que investigaram as variáveis maternas
relacionadas com a interação, como o nível de estresse e ansiedade das mães.
Flores et al. (2012) afirmam que o estado emocional da mãe pode influenciar a
interação mãe-bebê, o que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento do
bebê. Para Campos e Rodrigues (2015), mães ou cuidadores com níveis clínicos de
depressão são pouco responsivas ao bebê, podendo causar prejuízos ao
desenvolvimento e ao vínculo estabelecido entre eles, uma vez que o
autocontrole e regulação emocional do bebê dependem do modo com que essa
relação é estabelecida.
O tipo de deficiência pode ter
características inerentes à ela, que podem influenciar a interação da díade.
Pintanel, Gomes e Xavier (2013) destacam que a família necessita de
modificações e readaptações para estimular a autonomia da criança com
deficiência, mais especificamente em relação à deficiência visual, foco do
estudo das pesquisadoras. Elas também mencionam que os membros da família
formam uma rede de apoio à criança, a fim de proporcionar todo o cuidado
necessário de que ela necessita. Medeiros e Salomão (2014) estudaram a
interação mãe-criança com deficiência visual. Elas destacaram que a deficiência
visual severa dificulta o reconhecimento das pessoas, objetos e ambiente,
portanto, a interação mãe-criança precisa ser cuidada para garantir o
desenvolvimento global e, mais especificamente, o linguístico, objeto de estudo
do referido trabalho.
A auditiva também é outro tipo de deficiência
mencionada em estudos sobre interação mãe-bebê. Yamada et al. (2014) estudaram
a interação mãe-bebê por ocasião da avaliação da acuidade auditiva do bebê. Os
resultados apontaram que a suspeita da deficiência no período neonatal já
parece comprometer essa interação, além de proporcionar uma relação angustiante
entre a díade. Tal relação é agravada por ocasião do diagnóstico da
deficiência, quando as mães expressam sentimentos de angústia e choque. Paradis
e Koester (2015) avaliaram o toque e a disponibilidade emocional de mães surdas
e ouvintes em bebês de ambas condições, durante a brincadeira livre. A filmagem
foi a técnica utilizada. Como resultado, houve significativamente baixas
pontuações quanto à sensibilidade parental e responsividade da criança, em mães
ouvintes e crianças surdas, o que demonstra necessidade de apoio e intervenções
para esses grupos de mães.
Da Silva et al. (2017) afirmam que a chegada
de um bebê com Síndrome de Down pode influenciar negativamente seu
comportamento, devido às condutas de sua mãe, que pode ser superprotetiva em
relação ao filho, interferindo nos repertórios de autonomia e independência da
criança. Ferreira (2017) comparou as interações mãe-bebê de dois grupos, um de
bebês com Síndrome de Down e outro sem a deficiência. Como resultado, a
pesquisadora não encontrou diferenças significativas nos comportamentos
interativos entre os grupos, embora a interação mãe-bebê sem deficiência tenha
apresentado mais comportamentos positivos, tanto dos bebês como de suas mães.
Uma possibilidade para a similaridade pode ser devido às adaptações que as mães
fazem às necessidades dos bebês com a deficiência e, respondendo às suas
demandas, oportunizando que os bebês também respondam de forma contingente.
Outro aspecto pode ser porque as mães destes bebês possuem uma rede de apoio,
como a família e programas de intervenções precoces em instituições
especializadas para seus filhos. Sterling e Warren (2014) analisaram a
responsividade materna e comportamentos diretivos em mães de crianças com
Síndrome de Down e mães de crianças típicas. Para isso, eles utilizaram a
filmagem da interação em três atividades do cotidiano, sendo constatado que as
mães de crianças com a deficiência utilizavam um estilo mais facilitador e
comportamentos mais diretivos com os filhos quando comparadas às mães cujos
filhos não possuíam deficiência.
Estudos de revisão foram encontrados na
literatura a esse respeito. Grossi, Crisostomo e Souza (2016) analisaram pesquisas
sobre a vivência de mães de filhos com deficiência dos últimos 10 anos, no
Brasil. Elas encontraram 39 estudos e selecionaram 28. As categorias de maior
representatividade foram sobre os sentimentos e as dificuldades dessas mães.
Como conclusão, elas afirmaram que são as mães as maiores responsáveis pelos
cuidados do filho com deficiência, portanto, é essencial a investigação dessas
vivências, sendo consideradas as que mais influenciam os comportamentos e
desenvolvimento da criança. Outro estudo abordando este tema foi o de Oliveira
e Poletto (2015), que também realizaram uma revisão das vivências de mães e
pais de filhos com deficiência, na literatura nacional e na área de Psicologia.
Elas analisaram 19 estudos, publicados entre 2000 e 2013. Os resultados
indicaram inicialmente que os pais apresentam sentimentos de culpa e tristeza,
porém, acabam se adaptando à nova realidade.
Menegatti, Pianovski e Löhr (2016) realizaram
uma revisão sobre tendências de análise e aspectos metodológicos das interações
iniciais entre bebês e seus cuidadores, no Brasil. Elas selecionaram e
analisaram 110 artigos e, como resultados, houve equivalência entre métodos
qualitativos e quantitativos e o predomínio de estudos de observação envolvendo
a díade mãe-bebê. A maioria (55%) dos estudos encontrados envolvia interações
mãe-criança com desenvolvimento típico e o restante compreendia díades com
crianças com risco social e biológico.
O estudo de Branco e Ciantelli (2017)
analisou as interações familiares de crianças com deficiência intelectual, nos
últimos dezesseis anos, no Brasil. Foram selecionados 17 artigos e os
resultados revelaram que tanto a mãe como o pai contribuem para o
desenvolvimento da criança.
Considerando a importância da interação
mãe-bebê, o presente estudo pretende responder as questões: como tem sido
estudada a interação mãe-bebê com deficiência? Quais os objetivos? Quem são os
participantes? Qual a metodologia utilizada? Para responder as questões, este
estudo pretendeu analisar artigos que abordam a interação mãe-bebê com
deficiência em termos dos objetivos dos estudos, das características dos
participantes (tipo de deficiência da criança, se pai ou mãe, idade das
crianças e quantidade de díades), tipo de delineamento, procedimentos
utilizados e, se filmagem, qual a duração, tipo e número de episódios.
Método
É uma pesquisa de revisão bibliográfica,
tendo sido realizada com base em artigos científicos sobre a interação mãe-bebê
com deficiência. Os artigos foram buscados nas bases de dados online Pubmed, Scielo,
Capes, Google Acadêmico, BVS e Parthernon utilizando-se, a princípio, o
critério de publicações nacionais e internacionais, utilizando as
palavras-chave: interação mãe-bebê, interação mãe-bebê deficiência, interação
mãe-bebê síndromes, interação mãe-bebê malformação, interação mãe-bebê
encefalopatia, interação mãe-bebê deficiência auditiva, interação mãe-bebê
problemas auditivos, interação mãe-bebê surdos, interação mãe-bebê deficiência
sensorial, interação mãe-bebê deficiência intelectual e interação mãe-bebê
filmagem. As palavras-chave em inglês correspondentes também foram utilizadas.
Foram encontrados 685 artigos. O critério para definir a relevância dos artigos
para a pesquisa foi o de incluir os artigos em que o foco era a análise da
interação da mãe com o filho com deficiência e que estivessem de acordo com os
objetivos propostos para a pesquisa, analisados a partir dos resumos dos
artigos encontrados. Enquanto critérios de exclusão foram definidos: artigos
repetidos e artigos não acessados na íntegra. Foram selecionados 28 artigos,
considerados os que atendiam os critérios para a pesquisa em questão.
Quadro 1
– Descrição dos resultados em função dos autores, ano, tipo de metodologia,
amostra/participantes e principais resultados
Autores |
Ano |
Tipo de Metodologia |
Amostra/ Participantes |
Principais Resultados |
NAGAYOSHI, M. et al. Related visual impairment to
mother-infant interaction and development in infants with bilateral
retinoblastoma. Eur J Oncol Nurs., p. 28-34. |
2017 |
Descritivo correlacional |
18
díades de mães e bebês, sendo oito com retinoblastoma bilateral (RB) e
10 sem deficiência, entre 1 e 2 anos |
As
pontuações das mães foram
significativamente mais altas do que as pontuações normativas. As pontuações
dos bebês em todas as subescalas foram menores que as pontuações normativas,
mas não foram observadas diferenças entre os bebês com RB e os sem
deficiência visual. |
AMBROSE, S. E. Gesture Use in 14-Month-Old Toddlers With
Hearing Loss and Their Mothers' Responses. Am J Speech Lang Pathol.,
v. 25, n. 4, p. 519–531. |
2016 |
Descritivo comparativo |
48
díades mães e crianças, com 14 meses. Delas, em 25 díades a criança tinha
perda auditiva (HL) e em 23 a criança tinha audição normal (HL). |
Crianças
com HL mostraram atrasos na linguagem falada. Os níveis auditivos estavam relacionados
à linguagem falada, mas não ao gesto do grupo HL. Mães de crianças com HL
eram mais propensas do que suas contrapartes a não responder aos gestos das
crianças. |
2016 |
Descritivo comparativo |
Três
díades de mães e bebês de zero a três anos. |
As
mães estimularam o desenvolvimento da linguagem dos bebês criando
oportunidade para que repetissem ou respondessem aos comandos, além da
preocupação com a adequada estimulação cognitiva e da busca de autonomia e
independência dos mesmos. |
|
GUIJO,
L. M.; DELGADO-PINHEIRO, E. M. C. Caracterização da interação comunicativa
entre pais de crianças e adolescentes deficientes auditivos que utilizam
comunicação oral. Rev. CEFAC, São
Paulo , v. 18, n. 5, p. 1060-1068 |
2016 |
Descritivo comparativo com intervenção |
Grupo
1: nove pais de crianças com idade entre 1 a 10 anos. Grupo 2: nove pais de
adolescentes com idade entre 10 a 15 anos. |
As
estratégias que favorecem o desenvolvimento de habilidades linguísticas e
auditivas, ensinadas a pais de crianças e adolescentes, mostraram-se efetivas
para o desenvolvimento da função auditiva e comunicação oral, independente da
idade dos participantes |
KONDAUROVA,
M. V. et al. Affective Properties of
Mothers' Speech to Infants With Hearing Impairment and Cochlear Implants. J Speech Lang Hear
Res., v. 58, n. 3, p. 590-600 |
2015 |
Descritivo |
33
díades de mães e crianças de dois a 25 meses, sendo 12 com HI (deficiência auditiva),
12 com NH-AM (audição normal, pareadas por idade) e 9 com NH-EM (audição
normal, pareadas por experiência auditiva). |
A
fala para crianças com HI e com NH-AM foi classificada como mais diretiva do
que fala para o grupo NH-EM. As mães diminuíram as qualidades afetivas na
fala para todas as crianças, mas aumentaram as qualidades diretas na fala
para crianças com NH-EM ao longo do tempo. |
LUND, E.; SCHUELE, C. M. Synchrony of maternal
auditory and visual cues about unknown words to children with and without
cochlear implants. Ear Hear., v. 36, n. 2, p. 229-38 |
2015 |
Descritivo comparativo |
30 díades mães e crianças,
sendo 10 com implante coclear (IC) (idade média= 23m); 1 ouvinte (idade média=24,10m); 10 pareados por vocabulário
expressivo (idade média=13,5m). |
As
mães de crianças com IC forneceram pistas convergentes e divergentes
semelhantes as mães de crianças pareadas por idade. Mães de crianças
equiparadas ao tamanho do vocabulário forneceram mais sinais
auditivos-visuais convergentes e menor porcentagem de pistas divergentes do
que mães de crianças com IC. |
NARDI, C. G. A. et al. Bebês
com Sequência de Pierre Robin: saúde mental materna e interação mãe-bebê.
Estud. psicol. (Campinas), v. 32, n. 1, p. 129-140 |
2015 |
Descritivo
correlacional |
10 díades mães e bebês de
um a três meses e 12 dias de idade com Sequência de Pierre Robin. |
Há
influência da saúde mental materna e o tipo de relação estabelecido pela mãe
com seu bebê. Quanto mais elevados foram os níveis de ansiedade e estresse
experienciados pelas mães, mais incipiente se classificou a sintonia de sua
interação com o bebê. |
PARADIS, G.; KOESTER, L. S. Emotional Availability
and Touch in Deaf and Hearing Dyads. Am Ann Deaf., v. 160, n. 3, p.303-15. |
2015 |
Descritivo comparativo |
60 díades mães e bebês com
18 meses: (a) mães surdas e crianças surdas, (b) mães ouvintes e crianças
surdas, (c) mães surdas e crianças ouvintes e, (d) mães ouvintes e crianças
ouvintes. |
Houve
diferenças significativas em relação à sensibilidade parental e
responsividade da criança. Mães ouvintes com crianças surdas tiveram
pontuação mais baixa nas várias subcategorias de avaliação emocional. Mães
surdas de crianças surdas ou ouvintes usaram significativamente mais toque
atencional e toque total do que mães ouvintes de surdos ou ouvintes. |
VANORMELINGEN, L.; DE MAEYER, S.; GILLIS, S.
Interaction patterns of mothers of children with different degrees of
hearing: normally hearing children and congenitally hearing-impaired children
with a cochlear implant. Int J Pediatr
Otorhinolaryngol., v. 79, n. 4, p. 520-6. |
2015 |
Descritivo comparativo |
50 díades mães e bebês (40
crianças com audição normal e 10 crianças com implante coclear - IC),
acompanhadas mensalmente, de seis até 24 meses. |
Mães
de crianças com IC responderam significativamente com maior frequência aos
enunciados de seus filhos, tanto na fase prelexical quanto na fase lexical e
incorporaram as declarações de seus filhos com mais frequência, sendo
significativo apenas no estágio lexical. Todas responderam significativamente
mais frequentemente às expressões lexicais na fase lexical de seus filhos. |
FAGAN, M. K.; BERGESON, T. R.; MORRIS, K. J. Synchrony, complexity and
directiveness in mothers' interactions with infants pre- and post-cochlear
implantation. Infant Behav Dev., v. 37, n. 3, p. 249-57 |
2014 |
Descritivo comparativo com intervenção |
18 díades mães-crianças (9
díades com audição normal e 9 com mães ouvintes e crianças com perda auditiva
profunda), antes e (idade média=13,6m) e depois do implante coclear (idade
média= 23,3 m). |
Os
enunciados das mães se sobrepuseram às vocalizações de crianças com perda
auditiva mais frequentemente antes do implante coclear do que depois. Depois
do IC elas usaram enunciados menos complexos com suas crianças em comparação
com pares ouvintes e utilizaram frequentemente diretivas e proibições antes e
após o implante coclear. Juntas, mães e crianças se adaptaram com relativa
rapidez ao implante coclear. |
MEDEIROS, C. S.; SALOMAO,
N. M. R. Análise de dois contextos interativos em uma díade mãe-criança com
deficiência visual. Temas psicol., v. 22, n.
4, p. 701-713 |
2014 |
Estudo
de caso |
1 díade mãe e criança com deficiência
visual de 36 meses. |
Evidenciou-se
que na díade mãe-criança a atenção conjunta acontece por meio do toque.
Estratégias de questionar à criança sobre as propriedades dos objetos e de
aproximar os mesmos do campo tátil da criança facilitaram o reconhecimento e
a sua posterior identificação. |
STERLING, A. M.; WARREN, S. F. Maternal Responsivity in Mothers of Young
Children with Down Syndrome. Dev Neurorehabil., v. 17, n. 5, p. 306–317. |
2014 |
Descritivo longitudinal comparativo |
44 díades mães e bebês com
idade de 22 a 63 meses (22 mães e crianças com Síndrome de Down (SD) e 22
mães e crianças com desenvolvimento típico (TD). |
Mães
de crianças com SD usaram um estilo mais facilitador com as crianças mais
velhas do que as mães de crianças da mesma idade com TD. As mães de crianças
com TD utilizaram comportamentos diretivos com menor frequência do que as
mães de crianças com SD. |
|
2013 |
Descritivo
comparativo com intervenção |
10 díades mães surdas e
crianças surdas, de 3 a 5 anos. |
Todas
as mães encontraram maneiras de fazer conexões entre sua linguagem visual,
ASL (linguagem gestual americana) e o texto impresso, usando de encadeamento,
fornecendo uma definição em inglês, interpretando sons de palavras em inglês,
explicando a diferença na ortografia de duas palavras de aparência
semelhante, explicando rimas e tamanhos de fonte e usando ASL para explicar a
diferença entre os dois idiomas. |
FENIGER-SCHAAL, R.; OPPENHEIM, D. Resolution of the
diagnosis and maternal sensitivity among mothers of children with
Intellectual Disability. Res Dev Disabil., v. 34, n. 1, p. 306-13 |
2013 |
Descritivo comparativo |
40 díades mães e crianças
de 2anos e 5 meses a 5 anos e 5 meses de idade. |
Mães
que aceitaram melhor o diagnóstico de seus filhos mostraram mais
sensibilidade materna em dois dos três episódios de brincadeira. Então, a
aceitação e a sensibilidade materna estavam mais associadas com a
responsividade materna do que o tipo de comportamento apresentado pela
criança. |
JAMES, D. M.; WADNERKAR-KAMBLE, M. B.; LAM-CASSETTARI, C. Video feedback intervention: a case series in the
context of childhood hearing impairment. Int J Lang Commun Disord., v. 48, n. 6, p.
666-78. |
2013 |
Descritivo
com intervenção |
Três díades alternando
entre mães, pais e avós, foram expostos a intervenção com diferentes
durações: participante 1, de 1 até 3 anos, o 2 de 3 a 4 anos e, o 3,
de 9 meses até 1ano. |
Os
resultados para cada caso mostraram que melhorias em algumas medições de
resultados foram encontradas após a intervenção e foram mantidas no
follow-up. |
QUITTNER, A. L. et al. Effects of maternal
sensitivity and cognitive and linguistic stimulation on cochlear implant users'
language development over four years. J Pediatr., v. 162, n. 2, p. 343-8. |
2013 |
Descritivo comparativo |
188 díades de mães com
crianças surdas (idade entre 5 meses a 5 anos) com implante coclear e 97
crianças com audição normal. |
Os
dados mostraram que quanto mais cedo a
experiência auditiva e a sensibilidade materna para a estimulação
cognitiva mais significativos foram os ganhos em linguagem oral. O estímulo
linguístico estava relacionado ao aumento da linguagem apenas no contexto de
alta sensibilidade materna. |
JOHN, A.; MORRIS, A. S.; HALLIBURTON, A. L. Looking
beyond maternal sensitivity: mother-child correlates of attachment security
among children with intellectual disabilities in urban India. J Autism Dev
Disord., v. 42, n. 11, p. 2335-45. |
2012 |
Descritivo |
47 díades de mães e
crianças de 3 a 6 anos. |
A
disponibilidade emocional materna determinava o apego seguro observado entre
as crianças, apontando para a importância de intervenções junto a mães de
crianças com deficiência intelectual. |
KONDAUROVA, M. V.; BERGESON, T. R. Effects of deafness on acoustic
characteristics of American English tense/lax vowels in maternal speech to
infants. J Acoust Soc Am., v. 132, n. 2, p. 1039–1049. |
2012 |
Descritivo
comparativo |
28 díades mães e bebês de
cinco a 21 meses (14 mães ouvintes e seus bebês com perda auditiva de
profunda a grave, candidatos a
implante coclear e 14 mães e bebês ouvintes). |
Para
ambos os grupos infantis, as mães hiper articularam o espaço vocálico
acústico e aumentaram a duração da vogal na fala direcionada aos bebês em
relação à fala dirigida por adultos. No entanto, nenhuma dica acústica
diferiu na fala para crianças com deficiência auditiva ou com audição normal. |
2012 |
Descritivo |
3 díades mães e bebês de
seis a 13 meses |
As
interações entre as mães e os bebês deficientes visuais acontecem, principalmente,
por meio da coordenação da fala com a ação gestual, na qual o toque e os
movimentos corporais são utilizados com a função de facilitar a comunicação. |
|
2011 |
Descritivo |
3 díades de mães e bebês,
com idades entre 2 e 4 anos |
O
protocolo que analisou as categorias maternas e categorias infantis garantiu
resultados mais próximos aos encontrados na análise qualitativa da dialogia
mãe-filho. |
|
MOURA, W. F.; OLIVEIRA, J. R. M. Estudo descritivo e
comparativo de parâmetros de interação entre mãe e criança cega. Distúrb Comun, v. 23, n. 1, p. 7-14 |
2011 |
Descritivo
comparativo |
12 díades mães e crianças,
sendo 6 crianças com visão normal e 6 com cegueira, de 12 a 36 meses |
É
aparente a diferença entre os dois grupos apresentando uma variedade na
observação e qualidade das amostras, mas em relação à estatística, apenas
duas características foram diferentes: a criança cega tenta localizar objetos
indiretamente e sem nenhuma posição da cabeça. |
KOESTER, L. S.; LAHTI-HARPER, E. Mother-infant
hearing status and intuitive parenting behaviors during the first 18 months. Am Ann Deaf., v. 155, n. 1, p. 5-18. |
2010 |
Descritivo comparativo |
63 díades mães e bebês, de
6, 9, 12 e 18 meses: Grupo 1: 15 mães surdas e bebês surdos; Grupo 2: 16 mães
surdas e bebês ouvintes; Grupo 3: 16 mães ouvintes e bebês surdos; Grupo 4:
16 mães ouvintes e bebês ouvintes, |
Os
bebês mais novos já eram ativos nas interações sociais, demonstravam
interesse no mundo dos objetos, investigando-os ativamente. Aos 12 meses, a
maioria estava começando a entender e a dizer as primeiras palavras e se
tornando mais independente. Percebiam a presença ou ausência de seus pais,
desenvolvendo importantes relacionamentos de apego. Aos 18 meses, estavam
afirmando sua própria autonomia. Não foram observadas diferenças
significativas entre os grupos. |
LAING, S. et al. Mother-child interaction and child
developmental capacities in toddlers with major birth defects requiring
newborn surgery. Early Hum Dev.,
v. 86, n. 12, p. 793-800. |
2010 |
Descritivo |
93 díades mães e bebês,
com média de 24 meses. |
Em
comparação com crianças com desenvolvimento típico, aquelas com atraso no
desenvolvimento mostraram interatividade significativamente menos positiva e
tiveram mães que eram menos responsivas e mais intrusivas. |
LAM, C.; KITAMURA, C. Maternal interactions with a
hearing and hearing-impaired twin: similarities and differences in speech
input, interaction quality, and word production. J Speech Lang Hear Res., v. 53, n. 3, p. 543-55. |
2010 |
Descritivo
longitudinal comparativo |
Duas díades, composta pela
mãe e seus bebês gêmeos, sendo um com HI (deficiência auditiva bilateral) e
outro com audição normal (NH), filmados aos 12 e 22 meses de idade. |
Os
resultados mostraram um espaço vocálico diminuído na fala para o gêmeo HI
comparado ao gêmeo NH. Os resultados de disponibilidade emocional materno
foram menores para o HI do que para o gêmeo NH, mas o gêmeo HI teve um
vocabulário expressivo maior nas duas avaliações, ambos no percentil
inferior. |
MOELLER, M. P. et al. Longitudinal development of
phonology and morphology in children with late-identified mild-moderate
sensorineural hearing loss. Ear Hear., v. 31, n. 5, p. 625-35. |
2010 |
Descritivo
longitudinal comparativo |
14 (mães e pais) e bebês,
sendo 10 bebês com audição normal (NH), acompanhados dos 4 aos 60 meses e 4
bebês com perda auditiva neurossensorial bilateral (LH), acompanhados dos 28
aos 41 meses. |
No
início, os quatro bebês com LH demonstraram atrasos na linguagem. Três deles
demonstraram rápido progresso, depois da intervenção, quando comparados com bebês pareados por idade aos
60 meses. Diferenças persistentes de bebês com NH foram observadas nas áreas
de morfossintaxe, inteligibilidade de fala na conversação e produção de
fricativas. |
VOHR B. et al. Association of maternal communicative
behavior with child vocabulary at 18-24 months for children with congenital
hearing loss. Early Hum Dev., v. 86, n. 4, p. 255-60 |
2010 |
Descritivo correlacional comparativo |
71 díades de mães e bebês,
sendo 40 bebês com audição típica e 31 com perda auditiva (HL), de 18 a 24
meses |
Palavras
produzidas e palavras que obtiveram pontuações percentuais no Inventário de
Desenvolvimento Comunicativo foram significativamente maiores para bebês com
audição em comparação com crianças com HL. Maior estresse materno foi
associado com menor envolvimento verbal, consideração positiva,
disponibilidade e prazer. Mais envolvimento materno, qualidade de controle e diretividade foram
associadas a mais palavras produzidas. |
FARRAN, L. K.; LEDERBERG, A. R.; JACKSON, L. A. Maternal input and lexical
development: the case of deaf pre-schoolers. Int J Lang Commun
Disord., v. 44, n. 2, p. 145-63 |
2009 |
Descritivo comparativo com intervenção |
25 díades mães e crianças
de 34 a 71 meses |
As
mães cujos filhos não inferiram o significado das palavras por meio de novos
mapeamentos tornaram o significado mais explícito do que as mães de crianças
que puderam aprender por meio de novos mapeamentos. Especificamente, essas
mães eram mais propensas a designar referências fisicamente e usar uma
sintaxe simples. Para todas as crianças, as mães eram mais propensas a tornar
o significado de palavras novas mais transparentes do que palavras
familiares. |
BELINI, A. E. G.;
FERNANDES, F. D. M. Olhar e contato ocular: desenvolvimento típico e
comparação na Síndrome de Down. Rev. soc. bras. fonoaudiol., v. 13, n. 1, p. 52-59 |
2008 |
Descritivo
comparativo |
18 díades mães e bebês,
sendo 1 bebê com Síndrome de Down e 17 com desenvolvimento típico, todos
acompanhados do primeiro ao quinto mês de vida |
O
desenvolvimento do olhar e do contato ocular ocorreu de forma muito
semelhante no bebê com Síndrome de Down, em comparação com o grupo de bebês
sem alterações no desenvolvimento. |
BELINI, A. E. G.;
FERNANDES, F. D. M. Olhar e contato ocular: desenvolvimento típico e
comparação na Síndrome de Down. Rev. soc. bras. fonoaudiol., v. 13, n. 1, p. 52-59 |
2008 |
Descritivo
comparativo |
18 díades mães e bebês,
sendo 1 bebê com Síndrome de Down e 17 com desenvolvimento típico, todos
acompanhados do primeiro ao quinto mês de vida |
O
desenvolvimento do olhar e do contato ocular ocorreu de forma muito
semelhante no bebê com Síndrome de Down, em comparação com o grupo de bebês
sem alterações no desenvolvimento. |
Fonte: Elaborado
pelas autoras.
Resultados
Os resultados se referem ao período de 2008 a
2017, perfazendo 10 anos de busca. A Tabela 1 mostra que 28,56% dos artigos
encontrados eram nacionais e o restante internacionais. Entre os artigos nacionais observa-se a
publicação de um ou dois a cada dois anos enquanto que entre os internacionais
observou-se uma concentração maior no período de 2010 a 2015, entre cinco a
seis artigos a cada biênio.
Tabela 1 - Distribuição dos artigos em nacionais e internacionais,
organizados a cada dois anos
Anos |
Nacionais |
Internacionais |
|
||||
|
N |
% |
N |
% |
|
||
2008/2009 |
1 |
3,57 |
1 |
3,57 |
|
||
2010/2011 |
2 |
7,14 |
5 |
17,87 |
|||
2012/2013 |
1 |
3,57 |
6 |
21,43 |
|||
2014/2015 |
2 |
7,14 |
6 |
21,43 |
|||
2016/2017 |
2 |
7,14 |
2 |
7,14 |
|||
Total |
8 |
28,56 |
20 |
71,44 |
|||
Fonte: Elaborada
pelas autoras.
Com relação ao tipo de revista, a Tabela 2
mostra que, no Brasil, as publicações variaram igualmente em revistas de
Fonoaudiologia e em Psicologia, mas, no exterior prevalereceram as revistas da
área de Fonoaudiologia e, especificamente, em deficiência auditiva.
Tabela 2 - Distribuição dos artigos de acordo com a revista
publicada
Revistas Nacionais |
N |
% |
Estudos de Psicologia (Campinas) |
3 |
10,71 |
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia |
1 |
3,57 |
Revista CEFAC |
2 |
7,14 |
Distúrbios
da Comunicação |
1 |
3,57 |
Temas
em Psicologia |
1 |
3,57 |
Total |
8 |
28,56 |
Revistas
Internacionais |
|
|
J
Speech Lang Hear Res |
2 |
7,14 |
International
Journal of Pediatric Otorhinolaryngology |
1 |
3,57 |
Am
Ann Deaf |
2 |
7,14 |
Ear
Hear |
2 |
7,14 |
Infant
Behav Dev |
1 |
3,57 |
Int
J Lang Commun Disord |
2 |
7,14 |
J
Pediatr |
1 |
3,57 |
J
Acoust Soc Am |
1 |
3,57 |
Am
J Speech Lang Pathol |
1 |
3,57 |
Early
Hum Dev |
2 |
7,14 |
J
Deaf Stud Deaf Educ |
1 |
3,57 |
Dev
Neurorehabil |
1 |
3,57 |
J
Autism Dev Disord |
1 |
3,57 |
Res
Dev Disabil |
1 |
3,57 |
Eur
J Oncol Nurs |
1 |
3,57 |
Total |
20 |
71,44 |
Fonte: Elaborada pelas autoras.
A Tabela 3 mostra os tipos de deficiências
presentes nos artigos. Observa-se que a
deficiência mais presente foi a deficiência auditiva presente em 57,15% dos
estudos.
Tabela 3
- Tipo de deficiência da criança
Tipo |
N |
% |
Deficiência auditiva com implante |
5 |
17,87 |
Deficiência auditiva sem implante |
11 |
39,28 |
Deficiência visual |
4 |
14,28 |
Síndrome de Down |
2 |
7,14 |
Outros (Sequência de Pierre Robin,
Autismo, Retinoblastoma, Defeitos Congênitos, Deficiência Intelectual) |
6 |
21,43 |
Fonte: Elaborada pelas autoras.
Quanto aos objetivos dos estudos optou-se por
dividi-los de acordo com a deficiência. Nos estudos com crianças com
deficiência auditiva implantadas o objetivo foi comparar díades com crianças
implantadas e ouvintes. A Tabela 4 mostra que, nos estudos com crianças com
deficiência auditiva sem implante, a maioria dos estudos encontrados (21,43%)
analisaram especificamente o tipo de comunicação oral e visual tanto de mães
como de pais com suas crianças. Foram realizados, também, estudos comparando
díades de crianças surdas e ouvintes (14,28%) e, um estudo avaliou o efeito de
uma intervenção sobre o comportamento de interação da mãe com sua criança com
deficiência auditiva.
Com crianças com deficiência visual os
estudos sobre interação envolveram diferentes contextos (cuidados e
brincadeiras), análise do comportamento interativo materno (verbal ou não
verbal) e os efeitos da interação sobre a aquisição de linguagem com crianças
cegas. Com crianças com Síndrome de Down e com deficiência intelectual, os
estudos focalizaram a responsividade materna para com seus bebês comparando, em
um dos estudos, com mães de crianças típicas. Com outras deficiências, dois dos
estudos analisaram o impacto de fatores de risco sobre a interação mãe-bebê
(como, por exemplo, a saúde emocional materna), um relacionando a interação com
características de desenvolvimento da criança e, um outro, testou a
confiabilidade de dois protocolos para analisar a interação entre mãe e
criança.
Tabela
4 -
Descrição dos objetivos dos estudos, separados por tipo de deficiência
Objetivos
dos estudos |
n |
% |
|
Deficiência
auditiva com implante |
1. Comparar
a interação materna com bebês com implante e ouvintes no primeiro ano de
vida. |
2 |
7,14 |
2. Comparar
os estímulos visuais, auditivos e gestuais maternos com crianças com implante
coclear e ouvintes. |
1 |
3,57 |
|
3. Investigar
os efeitos da perda auditiva profunda nas interações mãe-criança, antes e
após o implante. |
1 |
3,57 |
|
4. Analisar
comportamentos interativos maternos com crianças implantadas. |
1 |
3,57 |
|
|
Total
|
5 |
17,87 |
Deficiência
auditiva sem implante |
1. Analisar
comportamentos interativos maternos e paternos utilizados com crianças com
deficiência auditiva por meio de diferentes modalidades de comunicação oral e
visual. |
6 |
21,43 |
2. Comparar
a interação mãe-bebê em quatro condições: mãe surda x bebê surdo; mãe surda x
bebê ouvinte; mãe ouvinte x bebê surdo; mãe ouvinte x bebê ouvinte. |
2 |
7,14 |
|
3. Testar
o efeito de uma intervenção sobre a interação, utilizando um estudo de caso
de três famílias, com crianças com deficiência auditiva. |
1 |
3,57 |
|
4. Comparar comportamentos interativos maternos
com crianças com e sem deficiência auditiva. |
2 |
7,14 |
|
|
Total |
11 |
39,28 |
Deficiência
visual |
1. Analisar
comportamentos verbais e não verbais da mãe em interação com o bebê. |
1 |
3,57 |
2. Analisar
comportamentos de interação em situação de cuidado (alimentação e higiene) e
de brincadeira livre e estruturada. |
2 |
7,14 |
|
3. Analisar
a interação mãe-bebê e as repercussões na aquisição da linguagem. |
1 |
3,57 |
|
Total |
4 |
14,28 |
Síndrome de Down |
1. Analisar
o contato visual materno com bebê com Síndrome de Down e compará-lo com bebês
típicos. |
1 |
3,57 |
2. Comparar
a responsividade materna e comportamentos diretivos de mães de bebês com
Síndrome de Down e mães de bebês típicos. |
1 |
3,57 |
|
|
Total |
2 |
7,14 |
Deficiência intelectual |
Analisar
a interação e sensibilidade materna de mães de crianças com deficiência
intelectual |
2 |
7,14 |
|
Total |
2 |
7,14 |
Outros |
Sequência de Pierre Robin: Avaliar a saúde
emocional materna e o impacto na interação mãe-bebê. |
1 |
3,57 |
Autismo: Analisar
a interação mãe-criança utilizando dois protolocos diferentes: um da
interação e outro dos atos comunicativos da criança. |
1 |
3,57 |
|
Retinoblastoma: Analisar
características da interação com o desenvolvimento da criança relacionando-o
com outros fatores de risco. |
1 |
3,57 |
|
Defeitos congênitos:
Analisar a interação mãe-criança em associação com o desenvolvimento de
crianças com grandes defeitos congênitos. |
1 |
3,57 |
|
|
Total |
4 |
14,28 |
Fonte: Elaborada pelas autoras.
Quanto às características dos participantes
das díades, analisou-se o número de díades, a idade da criança e se foi o pai
ou a mãe o participante. De acordo com a Tabela 5, a maioria dos artigos
tiveram de 1 a 15 díades (35,71%), crianças de 0 a 2 anos (53,57%) e as mães
como participantes (85,71%).
Tabela 5 - Características dos participantes
Aspectos analisados |
Itens |
n |
% |
Quanto ao número de díades |
1
a 15 16
a 30 31
a 45 46
ou mais |
10 7 3 8 |
35,71 25 10,71 28,56 |
Quanto à idade das crianças |
0
a 2 anos 0
a 4 anos 0
a 10 anos |
15 5 7 |
53,57 17,87 28,57 |
Adultos participantes |
Mãe Pai
e Mãe |
24 4 |
85,71 14,28 |
Fonte: Elaborada pelas autoras.
A Tabela 6 mostra os dados obtidos das
análises do delineamento utilizado nos diferentes estudos. Prevaleceu estudos
comparativos analisando a interação de crianças com e sem deficiência (46,38%)
e, em seguida, estudos descritivos da interação da mãe com sua criança com
deficiência.
Tabela
6 -
Tipo de delineamento utilizado nos artigos
Tipo |
n |
% |
Descritivo correlacional |
2 |
7,14 |
Descritivo comparativo utilizando
crianças com e sem deficiência |
13 |
46,42 |
Estudo experimental |
2 |
7,14 |
Descritivos da interação mãe-criança
com deficiência |
7 |
25 |
Descritivo comparando situações
diferentes |
2 |
7,14 |
Descritivo comparando grupos de mães com
e sem indicadores clínicos de saúde emocional |
1 |
3,6 |
Descritivos comparando diferentes
protocolos |
1 |
3,6 |
Total |
28 |
100 |
Fonte: Elaborada pelas autoras.
Quanto ao tipo de procedimento utilizado nos
estudos analisados, observa-se, conforme mostra a Tabela 7, que o procedimento
mais utilizado para avaliar a interação foi a filmagem (85,71%), seguido pela
obervação natural (7,14%), gravação em áudio e gravação em vídeo e áudio
(3,57%).
Tabela 7 - Tipo
de procedimento utilizado para avaliar a interação
Tipo |
N |
% |
Observação
natural |
2 |
7,14 |
Filmagem |
24 |
85,71 |
Gravação
em áudio |
1 |
3,57 |
Gravação
em vídeo e áudio |
1 |
3,57 |
Fonte: Elaborada pelas autoras.
Considerando que a filmagem foi o
procedimento mais frequente optamos por analisá-la com detalhe. A Tabela 8 mostra
que a duração das filmagens mais utilizada foi de 16 a 30 minutos (60%), realizadas
de dois a cinco episódios (40%) e os tipos de atividades mais frequentes foram
alimentação, higiene e leitura de livros e jogos (ambos 30%).
Tabela
8 -
Análise da duração das filmagens, número de episódios avaliados e tipo de
atividade filmada
Duração |
N |
% |
5
a 15 minutos |
3 |
30 |
16
a 30 minutos |
6 |
60 |
Mais
de 31 minutos |
1 |
10 |
Total |
10 |
100 |
Número de Episódios |
|
|
1
|
3 |
30 |
2
a 5 |
4 |
40 |
6
a 15 |
1 |
10 |
16
ou mais |
2 |
20 |
Total |
10 |
100 |
Tipo de atividade |
|
|
Alimentação
e higiene |
3 |
30 |
Still
face |
1 |
10 |
Várias
tarefas |
2 |
20 |
Leitura
de livros e jogos |
3 |
30 |
Treino
de vocalização |
1 |
10 |
Total |
10 |
100 |
Fonte:
Elaborada pelas autoras.
Discussão
Este estudo analisou 28 artigos que abordam a
interação mãe-criança com deficiência, publicados entre 2008 a 2017. Todavia,
estudos com pais também foram incluídos, por se tratarem de estudos sobre
interação. Observou-se que são poucas as publicações deste tipo de estudo no
Brasil e que elas se concentram em revistas das áreas de Fonoaudiologia e
Psicologia. Devido ao tipo de veículo, foram mais frequentes os estudos com
deficiência auditiva, objeto de estudo da área de Fonoaudiologia. A baixa
frequência em revistas de Psicologia sinaliza que o comportamento interativo
ainda não é foco de estudos da área. Independente do tipo de deficiência,
prevaleceram estudos comparativos entre díades com e sem deficiência, e com
foco no comportamento materno ou na relação da interação sobre características
de desenvolvimento das crianças, independente da deficiência. Também foram
analisados fatores de risco das mães, como a saúde emocional ou da criança
sobre o comportamento interativo da díade, resultados também encontrados por
outros pesquisadores como Klein e Linhares (2006), Flores et al. (2012) e
Campos e Rodrigues (2015).
Observou-se grande variação entre as
características dos participantes das díades, quanto ao número de participantes
(de 1 a 60) e a idade das crianças (0 a 10 anos). Quanto à idade das crianças,
na pesquisa de Klein e Linhares (2006) prevaleceu a idade das crianças de 2 a 4quatros
anos em 14 estudos e de 0 aos 2 anos de idade em 9 estudos, o que difere do
presente artigo de revisão, que teve de 0 a 2 anos de idade como o intervalo de
idade mais frequente nos artigos. Majoritariamente a mãe é a participantes dos
estudos, o que corrobora a afirmação de Borsa e Nunes (2011) de que a mãe, na
cultura brasileira, é considerada a responsável pela educação e desenvolvimento
de seu filho.
Estudos comparativos foram os mais frequentes
seguidos de estudos descritivos da interação da díade, independente do tipo de
deficiência. Esse dado também foi encontrado por Klein e Linhares (2006), que
encontraram mais da metade dos delineamentos dos estudos de forma comparativa.
O estudo de Ferreira (2017) é um exemplo de tipo de comparação envolvendo bebês
com e sem Síndrome de Down e a interação mãe-bebê. A filmagem foi o
procedimento mais frequente, o que sugeriu análises mais específicas de como a
mesma tem sido utilizada nos estudos. Tais dados foram diferentes dos achados
do estudo de revisão de Klein e Linhares (2006), em que a observação foi a
técnica mais utilizada para analisar a interação mãe-criança. Medeiros e
Salomão (2014) afirmam que a filmagem possibilita uma análise eficaz das trocas
interativas, assim como do contexto. Do mesmo modo, Cano e Sampaio (2007)
consideram a filmagem uma técnica refinada, uma vez que há a possibilidade de
rever os eventos observados, seja por meio do congelamento de imagens quanto do
uso de câmera lenta. Porém, Chiodelli (2016) também afirma que a filmagem pode
influenciar os comportamentos interativos da mãe, já que ela pode responder de
acordo com o que é desejado, ou seja, emitindo maior quantidade de
comportamentos positivos para com o bebê. Todavia, isso pode ser atribuído à
tecnologia disponível mais recentemente. Observou-se que a duração dos
episódios é variada, assim como a quantidade dos mesmos. São diferentes os
contextos de observação assim como os procedimentos utilizados, dependendo do
objetivo do estudo.
Considerações Finais
Sem ter a intenção de esgotar a literatura
sobre a área, o presente estudo pretendeu analisar artigos sobre a interação
mãe-bebê com deficiência quanto aos objetivos, características dos participantes,
tipo de delineamento e procedimentos utilizados nos estudos. Os resultados
obtidos propiciaram uma análise de como pesquisas sobre interação-mãe-bebê
envolvendo crianças tem sido feitas, possibilitando a reflexão sobre lacunas de
pesquisa na área como, por exemplo, a escassez de estudos brasileiros quando
comparados com os internacionais. A variabilidade das deficiências, cada uma
com suas especificidades, foi uma limitação observada, ao analisar os dados
obtidos. Considerando que a filmagem foi um dos procedimentos mais utilizados
nos estudos, pesquisas que analisem as características das filmagens, como
tempo de duração, número de episódios, tipo de atividade desenvolvida pela
díade durante as filmagens, o participante adulto da díade, se pai ou mãe, o
protocololo de codficação da interação utilizado, vão auxiliar em estudos
futuros mais eficientes da interação mãe-bebê. Também, apontam para a
possibilidade de estudos futuros específicos para as diferentes síndromes.
Referências
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Correspondência
Mariana de Freitas Pereira
Pederro –
Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Av. Eng. Luís Edmundo Carrijo Coube,
14-01 - Nucleo Res. Pres. Geisel. CEP: 17033-360. Bauru, São Paulo,
Brasil.
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