Avaliação do perfil motor em crianças de Teresina - PI
com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Evaluation of the motor profile in children of Teresina - PI with
Autistic Spectrum Disorder (ASD)
Evaluación del perfil
motor en niños de Teresina - PI con Transtorno del Espectro Autista (TEA)
* Bruna
Marques Teixeira
Graduanda
pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina, Piauí, Brasil.
bruna_marques.mt@hotmail.com
– https://orcid.org/0000-0001-7410-2825
**
Fabiana
Teixeira de Carvalho
Professora
Doutora Adjunta da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina, Piauí,
Brasil.
fabianatcarvalho@hotmail.com
***
Jaqueline
Raíssa Lopes Vieira
Graduanda
pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina, Piauí, Brasil.jaque.castelamary@gmail.com
Recebido em 13 de julho de 2018
Aprovado em 20 de maio de 2019
Publicado em 03 de julho de 2019
RESUMO
Uma das principais comorbidades associadas ao autismo em
crianças relaciona-se diretamente ao déficit do desempenho motor como resposta
ao movimento. Crianças com transtorno do espectro autista (TEA) apresentam uma
série de alterações motoras, com atrasos na coordenação, resultando em déficits
na aprendizagem de habilidades motoras finas e complexas. O objetivo do estudo
foi avaliar o perfil motor de crianças com transtorno do espectro autista
(TEA). Trata-se de um estudo clínico, observacional, transversal, prospectivo,
quantitativo e descritivo. A pesquisa foi realizada com crianças com
diagnóstico de TEA, de ambos os sexos, com idades entre 05 e 11 anos, em uma
Associação de crianças autistas em Teresina-PI. Para a realização do estudo
utilizou-se a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM), que compreende provas
diversificadas e de diferentes dificuldades que permitem avaliar o nível de
desenvolvimento motor. Os resultados revelaram diferença significativa entre a
idade motora e a idade cronológica, com nível de desenvolvimento motor inferior
e muito inferior. Foi possível observar que crianças com TEA apresentam idade
motora geral inferior à idade cronológica.
Palavras-chave: Desenvolvimento
motor; Transtorno do espectro autista; Crianças.
ABSTRACT
One of the major comorbidities associated with autism in children is
directly related to motor performance deficit as a response to movement.
Children with Autism Spectrum Disorder (ASD) have a number of motor changes,
with delays in coordination, resulting in deficits in learning fine and complex
motor skills. The objective of the study was to evaluate the motor profile of
children with ASD. It is a clinical, observational, transversal, prospective,
quantitative and descriptive study. The study was carried out with 20 children
diagnosed with ASD, of both sexes, aged between 05 and 11 years, in an
Association of autistic children in Teresina-PI. The Motor Development Scale
(EDM) was used to carry out the study, which includes diverse tests and
different difficulties that allow to evaluate the level of motor development.
The results revealed a significant difference between motor age and
chronological age, with a lower and lower motor development level. It was possible to observe that children with
ASD present general motor age inferior to chronological age.
Keywords: Motor development; Autism
spectrum disorder; Children.
RESUMEN
Una de las principales comorbilidades asociadas al
autismo en niños se relaciona directamente al déficit del desempeño motor como
respuesta al movimiento. Los niños con trastorno del espectro del autismo (TEA)
presentan una serie de cambios motor, con retrasos en la coordinación,
resultando en déficit en el aprendizaje de habilidades motoras finas y
complejas El objetivo del estudio fue evaluar el perfil motor de niños con TEA.
Se trata de un estudio clínico, observacional, transversal, prospectivo,
cuantitativo y descriptivo. La investigación fue realizada con 20 niños con
diagnóstico de TEA, de ambos sexos, con edades entre 05 y 11 años, en una
Asociación de niños autistas en Teresina-PI. Los niños con trastorno del
espectro del autismo (TEA) presentan una serie de cambios motor, con retrasos
en la coordinación, resultando en déficit en el aprendizaje de habilidades
motoras finas y complejas. El objetivo del estudio fue evaluar el perfil motor
de niños con TEA.Para la realización del estudio se utilizó la Escala de
Desarrollo Motor (EDM), que comprende pruebas diversificadas y de diferentes
dificultades que permiten evaluar el nivel de desarrollo motor. Los resultados
revelaron una diferencia significativa entre la edad motora y la edad
cronológica, con un nivel de desarrollo motor inferior y muy inferior. Es
posible observar que los niños con TEA presentan una edad motora general
inferior a la edad cronológica.
Palabras
clave: Desarrollo motor;
Trastorno del espectro autista; Los niños.
Introdução
O termo autismo passou por uma série de
modificações no decorrer dos anos até ser referido como Transtorno do Espectro
Autista (TEA) pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-5), que o definiu como distúrbio do desenvolvimento, marcado por atrasos
na comunicação e na interação social, com padrões de atividades repetidas e
restritas, associados à diminuição ou perda dessas habilidades, apresentando
pelo menos duas das seguintes manifestações: movimentos ou fala estereotipadas;
insistência em padrões de comportamento verbal ou não verbal; interesses
excessivos e anormais no desempenho de determinadas tarefas; aumento ou
diminuição da resposta a estímulos sensoriais (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION, 2014).
Em crianças com TEA pode-se observar variação
no tônus, bem como hipotonia moderada em mais de 50% dos casos (SACREY et al.,
2014). O mesmo estudo afirma que, além de prejuízos na comunicação, alguns
distúrbios podem estar presentes, como padrões motores anormais, incluindo
alterações nas habilidades motoras finas e grossas, dificuldades na execução de
movimentos precisos e atrasos na aprendizagem motora.
Ainda segundo o DSM-5 (APA, 2014), para que
se estabeleça um diagnóstico, deve-se confirmar o atraso na comunicação social
em comparação ao nível geral do desenvolvimento. Para Onzi e Gomes (2015), o
TEA apresenta uma alta complexidade, com uma definição distante de abranger com
exatidão toda a sua extensão, considerando que as pesquisas realizadas
atualmente apontam para uma limitação de meios para a sua identificação.
Entender as etapas, bem como identificar
atrasos ou desvios do desenvolvimento exige um conhecimento prévio das fases
que cursam com o seu processo natural, além da variabilidade existente em cada
indivíduo. O neurodesenvolvimento é um processo dinâmico, que se processa a
partir de uma rede integrativa que envolve motricidade, linguagem, autonomia,
adaptações. Contudo, identificar atrasos leves nos primeiros anos de vida não
tem mostrado ser fácil, demonstrando a dificuldade em estabelecer o diagnóstico
precoce (OLIVEIRA, 2009). O diagnóstico se baseia em atrasos na interação
social e na comunicação, com padrões restritos e estereotipados do
comportamento, sendo considerado um diagnóstico complexo, com dificuldades para
a confirmação do transtorno, uma vez que a grande maioria dos pacientes
apresenta os sintomas nos primeiros anos de vida (CANUT et al., 2014; OLIVEIRA,
2010; NIKOLOV; JONKER; SCAHILL, 2006).
O TEA não apresenta uma etiologia específica,
acreditando-se estar associada a fatores genéticos, ambientais, imunológicos e
neurológicos, desencadeando alterações que contribuem para o atraso no
desenvolvimento motor (CANUT et al., 2014). O desenvolvimento motor é definido
como um processo contínuo, associado à idade cronológica e de interações com o
meio, possibilitando à criança adquirir habilidades que variam desde movimentos
simples a complexos (ROSA NETO et al., 2010; WILLRICH; AZEVEDO; FERNANDES,
2009).
Considerando indivíduos com TEA, há
evidências da idade motora geral apresentando-se menor que a esperada para a
idade cronológica (OKUDA; MISQUIATTI; CAPELLINI, 2010). MacNeil e Mostofsky
(2012) avaliaram três grupos de crianças com TEA, desenvolvimento típico e
Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) quanto ao desenvolvimento. Foi possível
observar que o grupo com TEA obteve prejuízos em seu desempenho motor quando
comparado aos demais. Gonzaga et al., 2015 verificaram em seu estudo com a
participação de seis crianças com TEA, com a média de idade de 57,50 ± 17,12
meses, que 83,34% dessas apresentaram déficits no desenvolvimento da
psicomotricidade. O mesmo foi identificado no estudo de Okuda et al. (2010),
demonstrando que as 6 crianças avaliadas com TEA apresentaram idade motora
geral inferior à idade cronológica ao avaliar motricidade fina, motricidade
global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial, organização
temporal e lateralidade.
Para que determinada função seja desenvolvida
precisa-se de um amadurecimento neuronal anatômico, decorrente de uma sucessão
de fases que vai desde a proliferação e migração neuronal até a mielinização.
Acredita-se que a produção elevada de mielina associada à eliminação neuronal,
axonal e de sinapses, nas primeiras fases de vida seja de grande importância no
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), em geral, com evidências de que a
mielinização elevada pode justificar alterações neuropsicomotoras no último
trimestre de vida (NITRINI; BACHESCHI, 2008).
Disfunções motoras podem surgir durante o
desenvolvimento motor da criança, como o Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação (TDC), o que dificulta o diagnóstico e tratamento especializado
(PULZI; RODRIGUES, 2015). Os sinais estão geralmente associados a realização de
tarefas de forma inconsistente, com coordenação motora deficitária, ritmo
diminuido, aumento da tensão corporal e maior recrutação muscular nas
atividades, apresentando dificuldades na execução de tarefas simples, como se vestir,
em atividades de lazer e em atividades escolares, somadas aos problemas de interação
social (MAGALHÃES; NASCIMENTO; REZENDE, 2004).
Uma das principais comorbidades associadas ao
autismo em crianças relaciona-se diretamente ao déficit do desempenho motor
como resposta ao movimento (MOSTOFSKY et al., 2006). Crianças com TEA
apresentam uma série de alterações motoras, com atrasos na coordenação,
resultando em déficits na aprendizagem de habilidades motoras finas e
complexas, que incluem motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, e organização
espacial e temporal (LARSON et al., 2008). No estudo de Okuda et al. (2010),
cujas crianças com TEA foram avaliadas quanto a motricidade fina e global,
equilíbrio, esquema corporal e espacial e lateralidade, o desempenho motor
apresentado foi inferior ao desenvolvimento esperado para a idade, confirmando
os atrasos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). O mesmo foi observado por
Anjos et al. (2017) em sua pesquisa realizada com 30 crianças diagnosticadas
com transtorno do espectro autista, concluindo que as crianças avaliadas
estavam com atrasos motores significativos.
A descoberta de casos de autismo tem crescido
nos últimos anos no Brasil e em todo o mundo (ONZI; GOMES, 2015). No país, a
estimativa era de cerca de 500 mil pessoas com autismo, em 2010; a nível
mundial estima-se que o sexo masculino seja o mais acometido e que um a cada 88
nascidos vivos apresente TEA (GOMES et al., 2015). Embora a identificação e o
diagnóstico precoce do autismo no país tenham aumentado consideravelmente, a
ausência e a dificuldade em estabelecer o diagnóstico ainda configura-se como
uma realidade (SILVA; MULICK, 2009).
Evidências científicas mostram o importante
papel do fisioterapeuta no desenvolvimento de indivíduos com TEA, como
verificado por Okuda et al. (2010), relatando que após intervenção psicomotora
houve melhora de 100% das crianças avaliadas no desempenho motor. Entretanto, a
relação da fisioterapia e seus métodos de tratamento são pouco difundidos entre
os profissionais da área, o que dificulta na elaboração e na realização de
condutas necessárias para a evolução desses pacientes (SEGURA; NASCIMENTO;
KLEIN, 2011).
Entre as principais causas de prejuízos no
desenvolvimento estão os transtornos do espectro autista, apresentando como
consequência impactos socioeconômicos e sobrecarga emocional para a família
(NIKOLOV; JONKER; SCAHILL, 2006). Além disso, o crescente número de casos de
TEA, associado ao elevado custo de tratamento, apontam para a necessidade de
novos métodos de intervenção. Dados do
Ministério da saúde mostram que foi
instituída a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtornos do Espectro do Autismo, considerando a pessoa autista como
deficiente legal. Salientando a necessidade de assistência à criança e
considerando que a ocorrência dessa condição pode gerar limitações nas
capacidades motoras e sociais, demandando cuidados que reforcem a reabilitação,
a oferta de tratamento nas redes de cuidados a pessoa com deficiência
configura-se como estratégia de intervenção (BRASIL, 2014).
Dessa forma, a avaliação do perfil motor
permite identificar possíveis atrasos no desenvolvimento, contribuindo para o
diagnóstico e intervenções precoces (MIERES, et al., 2012; SANDRONI; CIASCA;
RODRIGUES, 2015). Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil
motor de crianças com TEA.
Metodologia
Participantes
Trata-se de um estudo clínico, observacional,
transversal, prospectivo, quantitativo e descritivo, realizado em uma
associação de crianças autistas. A amostra constituiu-se de 20 crianças com
diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), com idades de 5 a 11 anos,
de ambos os gêneros, em Teresina – PI. A média e desvio padrão da Idade
Cronológica apresentada foi, respectivamente, 106,75 e 20,55 meses. A média da
Idade Motora Geral, 57,4 meses, e Desvio Padrão, 11,93 meses. O grau de
escolaridade variou do segundo período do ensino infantil ao sétimo ano do
ensino fundamental.
Cuidados éticos
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, sob protocolo de número 2.537.168.
Instrumentos
Para a realização do estudo, utilizou-se a
Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) de Rosa Neto (2015), que identifica
alterações do desenvolvimento infantil, bem como algumas perturbações na
coordenação motora. A escala avaliativa compreende provas diversificadas e de
diferentes dificuldades que permitem avaliar o nível de desenvolvimento motor,
ou seja, a idade motora da criança em cada uma das variáveis: motricidade fina
(IM1), motricidade global (IM2), equilíbrio (IM3), esquema corporal (IM4),
organização espacial (IM5), organização temporal (IM6) e lateralidade, sendo
realizados de acordo com os critérios estabelecidos no manual de avaliação
motora.
A Idade Motora (IM) é referida como a idade
que está associada ao sucesso da realização da prova pela criança, podendo-se
determinar um avanço ou um atraso motor em determinada habilidade pela
comparação com a idade cronológica (IC). O Quociente Motor (QM) é obtido com
base na divisão da idade motora de determinada habilidade pela idade
cronológica da criança, multiplicando o resultado por 100. A idade negativa ou
positiva (IN/IP) é obtida pela diferença entre a idade motora geral e a idade
cronológica, com base na obtenção de valores numéricos superiores da idade
motora geral em relação à idade cronológica, expressa geralmente em meses
(GONZAGA et al., 2015).
Procedimentos de coleta
Os critérios de inclusão foram: possuir
diagnóstico médico para o TEA, receber atendimento na Associação de crianças
autistas e possuir idade entre 02 e 11 anos. Foram excluídas da pesquisa as
crianças que por algum motivo não conseguiram finalizar a avaliação, que
apresentaram outros distúrbios associados, como TDAH, paralisia cerebral,
hiperatividade, e que, por motivos próprios, os responsáveis retiraram o seu
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
As avaliações foram realizadas após a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais e/ou
responsáveis e do Termo de Assentimento pelos participantes, em que foram
explicados os procedimentos da avaliação, bem como os seus objetivos.
Os dados foram coletados no período de abril
a maio de 2018, em duas etapas: a primeira, referente a coleta dos dados do
prontuário da criança, em que se verificou o diagnóstico clínico de TEA, idade
e sexo da criança; e a segunda, referente à aplicação de testes. A aplicação
das provas motoras teve duração de 30 a 45 minutos, realizadas uma única vez em
uma sala devidamente estruturada.
As áreas foram avaliadas por dez tarefas
motoras em cada bateria, que se distribuem de forma progressiva de dificuldade,
entre as idades de 2 e 11 anos. De acordo com o manual de avaliação motora de
Rosa Neto (2015), para crianças com limitações no funcionamento intelectual,
nas habilidades adaptativas práticas e sociais, os testes iniciam-se pelo nível
2, considerando que a tabela de classificação do desenvolvimento motor segue
outros parâmetros. Assim, iniciou-se pelo nível 2, sendo interrompida a
avaliação quando não houve êxito na tarefa proposta. O sucesso na realização de
cada tarefa determina um ponto na Idade Motora (IM) correspondente e por meio
do cálculo das idades motoras em cada área, realiza-se o cálculo de seu
Quociente Motor Geral (QMG) e quociente motor específico para cada um dos itens
avaliados (QM1, QM2, QM3, QM4, QM5, QM6).
Análise de dados
Os resultados foram obtidos por meio do
cálculo do quociente motor geral (QMG), que é realizado com base na divisão da
idade motora geral (IMG) pela idade cronológica (IC) e multiplicado por cem
(QMG = IMG/IC x 100), obtendo uma pontuação que equivale à função motora geral.
Com base nessa pontuação os quocientes motores são classificados em muito
superior (130 ou mais), superior (120-129), normal alto (110-119), normal médio
(90-109), normal baixo (80-89), inferior (70-79) e muito inferior (69 ou
menos).
A análise estatística foi realizada por meio
do programa Microsoft Office Excel, versão 2010. Para verificar a correlação
entre a variável Idade Cronológica e Idade Motora Geral utilizou-se a
Correlação Linear de Pearson, com nível de significância para as análises de p
< 0,05.
Resultados
Participaram do estudo 20 crianças, de ambos
os sexos, com diagnóstico de TEA, com idades entre 5 e 11 anos, sendo 14 (70%)
do gênero masculino e 6 (30%) do gênero feminino. A tabela 1 apresenta a
distribuição amostral segundo a faixa etária, gênero, nível de desenvolvimento
motor e escolaridade.
Tabela 1
– Distribuição amostral por idade, sexo, nível de comprometimento e
escolaridade, Teresina/PI, Brasil (n = 20).
Idade Total Sexo Classificação Escolaridade
cronológica
60
a 71 meses 1 Masculino Muito inferior 2 período
(5 anos)
72
a 83 meses 1 Masculino Muito inferior Não referido
(6
anos)
84 a 95 meses 3 F (1), M (2) Muito inferior/inferior 2º
ano
(7 anos)
96 a 107 meses 8 F (3), M (5) Muito inferior 2º, 3º e 7º ano
(8 anos)
120 a 131 meses 3 Masculino Muito inferior 2º ao 4º ano
(10 anos)
132 ou mais 4 F
(2), M (2) Muito inferior 4º ao 6º ano
(11 anos)
Legenda:
F = feminino, M = masculino. Fonte: Dados da pesquisa
Fonte:
Dados da pesquisa.
Com base na tabela, a faixa etária incluiu
crianças de 5, 6, 7, 8, 10 e 11 anos. O nível de desenvolvimento motor
apresentado foi inferior e muito inferior. O grau de escolaridade variou do
segundo período do ensino infantil ao sétimo ano do ensino fundamental. O
desempenho motor não diferiu em relação à escolaridade das crianças avaliadas,
podendo ser observado que o desenvolvimento motor classificado como muito
inferior, por exemplo, foi verificado em crianças do segundo ao sétimo ano. Assim, é possível identificar que as
crianças apresentaram déficits motores significativos, independente da idade ou
grau de escolaridade.
Para a análise dos resultados, os dados
motores foram tabulados em meses e analisados com base na EDM. Observou-se que
80% da amostra obteve classificação “muito inferior”, com quociente motor menor
que 70, demonstrando fator de risco grave para o desenvolvimento motor; 20% das
crianças foram classificadas na categoria “Inferior”, apresentando um fator de
risco moderado para o desenvolvimento, de acordo com a Tabela 2. Os fatores de
risco representam o valor do impacto para o desenvolvimento.
Tabela 2
– Classificação geral do desenvolvimento motor da amostra conforme a EDM, Teresina/PI,
Brasil (n = 20).
Classificação Valores Frequência % Fator De Risco |
Muito Superior >130 - - Nenhum Superior 129 – 120 - - Nenhum Normal Alto 119 – 110 - - Nenhum Normal Médio 109 – 110 - - Nenhum Normal Baixo 89 – 80 - - Risco Leve Inferior 79 – 70 2 20% Risco Moderado Muito Inferior < 70 18 80% Risco Grave |
Fonte: Dados da pesquisa
A tabela 3 apresenta o resultado da avaliação
motora em cada uma das variáveis. Verifica-se que a idade cronológica média foi
de 106,7 meses, idade motora geral de 53,4 meses e quociente motor geral de
59,0 meses. Observa-se um atraso motor médio de 49,3 meses, determinado pela
diferença entre a idade motora geral e a idade cronológica. Essa diferença não
variou em relação ao sexo da criança. Das variáveis avaliadas, observa-se um
atraso maior na área de linguagem/organização temporal, apresentando um
quociente motor médio de 44,3.
Tabela 3 – Avaliação do desenvolvimento motor em cada uma das
variáveis, Teresina/PI, Brasil.
Variáveis |
Média |
Mínimo |
Máximo |
Motricidade
fina – QM1 |
58,6±18,1 |
35 |
93 |
Motricidade
global – QM2 |
58,1±13,3 |
33 |
89 |
Equilíbrio
– QM3 |
53,3±22,9 |
19 |
123 |
Esquema
corporal – QM4 |
53,9±16,2 |
0 |
72 |
Organização
espacial – QM5 |
56,1±
20,0 |
22 |
93 |
Organização
temporal – QM6 |
44,3±23,5 |
0 |
89 |
Fonte: dados da pesquisa
Todas as crianças apresentaram perfil motor
inferior à idade cronológica no momento da avaliação, como demonstrado no
gráfico 1. Com relação à lateralidade, 13 sujeitos demonstraram homogeneidade
(destro completo); 4 apresentaram lateralizada cruzada, 1 sinistro completo e
os demais lateralidade indefinida.
Gráfico 1– Distribuição das médias das variáveis analisadas com
idade representa em meses.
Legenda: IC: idade cronológica, IMG: idade motora geral, IM1:
motricidade fina, IM2: motricidade global, IM3: equilíbrio, IM4: esquema
corporal, IM5: organização espacial, IM6: organização temporal.
Fonte: Dados da pesquisa.
Na área da linguagem/organização temporal
(IM6) todas as crianças avaliadas apresentaram o pior desempenho motor. Um
desempenho inferior também foi observado em motricidade global (IM2) e esquema
corporal/rapidez (IM4). Observa-se ainda que em todas as variáveis analisadas
houve atrasos motores. O quadro 1 descreve as atividades propostas para a
análise motora.
Quadro 1 – Descrição das provas de avaliação motora de cada item
da EDM
Níveis |
Motricidade Fina |
Motricidade global |
Equilíbrio |
Esquema corporal/Rapidez |
Organização espacial |
Linguagem/Organização
temporal |
2 |
Construção de uma torre com
cubos |
Subir sobre um banco |
Equilíbrio estático sobre um banco |
Imitação de gestos simples de mãos e braços (7-12 acertos) |
Tabuleiro figuras geométricas |
Linguagem expressiva (frase de duas palavras) |
3 |
Construção de uma ponte com
cubos |
Saltar sobre uma corda |
Equilíbrio sobre um joelho |
Imitação de gestos simples de mãos e braços (7-12 acertos) |
Tabuleiro invertido |
Linguagem expressiva (frase de seis a sete sílabas) |
4 |
Enfiar a linha na agulha |
Saltar sobre o mesmo lugar |
Equilíbrio com o tronco flexionado |
Imitação de gestos simples de mãos e braços (13-16 acertos) |
Prova dos palitos |
Linguagem expressiva (repetir frases de 5 a 6
palavras) |
5 |
Fazer um nó |
Saltar uma altura de 20cm |
Equilíbrio na ponta dos pés |
Imitação de gestos simples de mãos e braços (17-20 acertos) |
Jogo de paciência (dois triângulos e um retângulo) |
Linguagem expressiva (repetir frases de 7 a 8 palavras) |
6 |
Labirinto |
Caminhar em linha reta |
Pé manco estático |
Prova de rapidez com papel quadriculado (57-73 traços) |
Conhecimento sobre si (direita e esquerda) |
Estruturas temporais (6-13
acertos) |
7 |
Bolinhas de papel |
Pé manco |
Fazer um quatro |
Prova de rapidez com papel quadriculado (74-90 traços) |
Execução de movimentos de direita e esquerda |
Estruturas temporais (14-18
acertos) |
8 |
Ponta do polegar/ dedos |
Saltar uma altura de 40cm |
Equilíbrio de cócoras |
Prova de rapidez com papel quadriculado (91-99 traços) |
Reconhecimento sobre o outro (direita e esquerda) |
Estruturas temporais (19-23
acertos) |
9 |
Lançamento com uma bola |
Saltar sobre o ar |
Equilíbrio com o tronco flexionado e ponta dos pés |
Prova de rapidez com papel quadriculado (100-106 traços) |
Reprodução humana (demonstração e execução) |
Estruturas temporais (24-26
acertos) |
10 |
Círculo com o polegar |
Pé manco com retângulo de madeira |
Equilíbrio na ponta dos pés com olhos fechados |
Prova de rapidez com papel quadriculado (107-114 traços) |
Boneco esquemático (cartões com figuras e execução) |
Estruturas temporais (27-31
acertos) |
11 |
Agarrar uma bola |
Saltar sobre uma cadeira |
Pé manco com olhos fechados |
Prova de rapidez com papel
quadriculado (115 ou mais) |
Posição de três objetos |
Estruturas temporais (32-40
acertos) |
Fonte:
Adaptado de ROSA NETO. p. 46-73 (2002).
A análise de correlação linear de Pearson
revelou significância entre IC e IM dos participantes para motricidade fina (r
= 0,501); motricidade global (r = 0,634); equilíbrio (r = 0,423); e esquema
corporal (r =0,475), todos com p<0,05. De acordo com o estudo, não houve
variação significativa entre as variáveis do estudo e os diferentes graus de
escolaridade das crianças, uma vez que os diferentes níveis de escolarização
apresentaram as mesmas classificações de desempenho motor.
Discussão
A aquisição de habilidades motoras geralmente
não varia nos primeiros anos de vida, principalmente dos dois aos seis anos,
embora o ritmo seja diferente em cada criança. Dessa forma, é possível entender
o desenvolvimento motor como um processo de maturação neurológica, somado ao
ambiente, às tarefas e ao indivíduo e desenvolvido a partir de uma estimulação
aleatória (FÉLIX; ROCHA, 2009).
Com o avançar da idade, mudanças substanciais
no comportamento motor ocorrem. Logo, o sistema corporal vai se reorganizando à
medida que as proporções corporais mudam, dessa forma influenciando no
comportamento e habilidades motoras. Para Gonzaga et al. (2015), a experiência
é um importante fator que contribui para o crescimento e maturação. Assim,
afirma que em crianças com o espectro autista, para que ocorra a aprendizagem
de atos motores, a experiência motora deve ser concedida, como a realização de
atividades e jogos lúdicos que estimulem as áreas do desenvolvimento
psicomotor.
Silveira et al. (2005) afirma que as crianças
passam por diferentes fases em seu desenvolvimento, apresentando evoluções em
cada uma delas. No entanto, há uma heterogeneidade nos padrões do
desenvolvimento motor que pode estar associada as mais variadas experiências da
criança, bem como em seu interesse na realização de atividades. Connoly (2017)
afirma que variações nesse padrão podem ser um indicativo de anormalidade e em
função disso, testes foram elaborados para avaliar as fases do desenvolvimento.
Para Manoel (2000), algumas etapas podem não
ser alcançadas, mas continua a existir uma ordem para que se estabeleçam as
mudanças. Todavia, pode-se considerar a aprendizagem motora como um processo
constante, considerando as experiências a curto, médio e longo prazo.
Algumas aquisições motoras são
características da faixa etária. Assim, habilidades motoras perceptivas,
relacionadas à consciência corporal, temporal, de espaço e de direção, são
frequentemente confusas na faixa etária pré-escolar. Há também maior
dificuldade em realizar movimentos bilaterais e algumas habilidades motoras
manipulativas (finas), embora necessitem de ajuda, estão desenvolvidas. O
controle motor fino ainda não está estabelecido completamente e há
desenvolvimento maior do controle motor global, não havendo diferenças
significativas entre os gêneros (HAYWOOD, GETCHELL, 2004).
De acordo com Matson et al. (2010), a criança
com TEA está sujeita a atrasos nas habilidades motoras, sendo evidente nas
primeiras idades da criança, o que corrobora com nossos achados, uma vez que os
resultados encontrados demonstraram que as crianças avaliadas encontram-se no
nível de desenvolvimento motor inferior e muito inferior, com idades motoras
abaixo do nível esperado para a idade cronológica. O mesmo pode ser
identificado no estudo de Okuda, Misquiatti e Capellini (2010) realizado com
pré-escolares de 5 a 10 anos, evidenciando que atrasos motores são
característicos em crianças com o transtorno autístico.
No estudo realizado por Anjos et al. (2017)
com 30 crianças de 2 a 11 anos com TEA com o objetivo de traçar o perfil
psicomotor das crianças com Transtorno do Espectro Autista por meio da Escala
de Desenvolvimento Motor, verificou-se que apresentaram nível de
desenvolvimento motor superior, com todas as idades motoras superiores em
relação às obtidas nesta pesquisa. No entanto, em ambos os estudos observou-se
que a idade motora apresentada foi inferior à idade cronológica.
Sandroni, Ciasca e Rodrigues (2015)
realizaram um estudo com o objetivo de avaliar o perfil psicomotor de crianças
do ensino infantil com necessidades educativas especiais (NEE). Para avaliação
foram utilizados o Inventário Portage Operacionalizado, relativo a
socialização, cognição, linguagem e autocuidados e a Escala de Desenvolvimento
Motor, para avaliação do perfil psicomotor. Demonstram em seus achados que
pré-escolares com TEA apresentaram na avaliação, antes da intervenção
psicomotora breve, atrasos no desenvolvimento motor, com todas as idades
motoras inferiores às esperadas para a idade cronológica. Os dados obtidos se
assemelham aos apresentados nesta pesquisa, uma vez que todas as crianças
avaliadas obtiveram padrões motores inferiores ao esperado.
Os resultados normalmente se apresentam de
forma não linear em pré-escolares, especificamente em motricidade fina, global,
equilíbrio e organização espacial. Silveira et al. (2005), Papst e Marques
(2010) afirmam que a não linearidade pode ser explicada em função das
habilidades motoras para cada faixa etária serem de forma particular e alguns
padrões restritos de comportamento estão relacionados às restrições do organismo,
do ambiente e da tarefa.
Os achados demonstraram que todas as crianças
avaliadas apresentaram atrasos no desenvolvimento motor, considerando os dados
da idade motora geral em relação à idade cronológica. Todavia, sabe-se que o
desenvolvimento da motricidade fina e global está relacionado com a
estimulação, além de considerar os aspectos biológicos e ambientais. Sabe-se
ainda que o componente cognitivo apresenta grande influência na aprendizagem
motora. Dessa forma, a ausência, bem como a diminuição desses estímulos, pode
contribuir para que aspectos do desenvolvimento sejam limitados.
Para a execução de atividades que exigem
movimentos finos e precisos, habilidades como atenção e percepção precisam
estar desenvolvidas, atributos que estão comprometidos nas crianças com TEA
(ROSA NETO et al., 2013). Também se considera a estimulação e o encorajamento
em realizar determinada atividade como fatores de desenvolvimento para a
motricidade global e espacial (SILVEIRA et al., 2005). Não obstante, os
resultados encontrados para a motricidade fina, na atual pesquisa, foram muito
inferiores à idade cronológica, tendo em vista o desenvolvimento segundo a EDM.
A não linearidade no desenvolvimento motor
para o equilíbrio também pode ser explicada pelas experiências motoras com o
ambiente, bem como com a maturação biológica. Verificou-se grande variabilidade
do comportamento de acordo com a idade, indicando a particularidade de cada
criança. Quanto ao esquema corporal, os resultados foram muito inferiores em
relação ao estabelecido pela escala de desenvolvimento. Mastroianni (2006)
afirma que são as experiências acumuladas por meio de atividades, brincadeiras
que permitem a constituição do esquema corporal e rapidez.
Para Fernandez (2008), o desenvolvimento do
equilíbrio estático e lateralidade podem estar prejudicados em crianças com TEA
com distúrbios na estruturação do esquema corporal. Os resultados encontrados
confirmam esta hipótese, uma vez que se observaram semelhanças no desempenho de
tarefas de esquema corporal e equilíbrio.
Vernazza et al (2003) concluíram em seus
estudos que os déficits motores relacionados à locomoção e ao equilíbrio em
crianças com TEA são consequências da dificuldade em definir uma trajetória de
movimento em relação ao alvo. Assim, observou-se que as crianças avaliadas
apresentaram desvios significativos nesses elementos, confirmando essa
hipótese.
Desvios significativos nos quocientes motores
da motricidade fina e global foram encontrados em pré-escolares com TEA quando
comparados aos padrões normais de desenvolvimento nos estudos de Provost et al.
(2007), concluindo, assim, que os quocientes motores de crianças com TEA não
diferem apenas daquelas com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
As noções temporais e espaciais estão
intimamente ligadas à percepção corporal, sendo base para o desenvolvimento
motor, cognitivo e social. Dessa forma, para que estejam desenvolvidas é
necessária uma integração com a percepção corporal (FERNANDEZ, 2008). O
presente estudo confirma essa teoria, uma vez que os maiores atrasos foram
encontrados em esquema corporal e organização temporal e linguagem.
Para Crippa et al. (2003), é importante que a
criança consiga estabelecer uma similaridade entre a idade motora e a idade
cronológica, tendo em vista que atrasos nessa relação podem ser considerados
como fatores limitantes na realização de suas atividades, criando assim a
necessidade de correção destas possíveis restrições.
Conclusão
Após o estudo realizado, foi possível
observar que crianças com transtorno do espectro autista (TEA) apresentam idade
motora geral inferior à idade cronológica. Nas áreas de motricidade fina,
motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e
temporal e lateralidade obtiveram níveis insatisfatórios, com consequentes
padrões motores inferiores do desenvolvimento.
Dessa forma, ressalta-se a importância em
avaliar atrasos do desenvolvimento motor em crianças com TEA, identificando
precocemente possíveis distúrbios, a fim de prevenir limitações futuras e
iniciar intervenções o mais cedo possível.
Em razão da ausência de informações quanto ao
diagnóstico, houve dificuldade em definir os diferentes graus do autismo no
estudo, pois em grande parte da amostra não houve essa especificação. Assim,
trabalhos de natureza interdisciplinar podem ser relevantes para a disseminação
de evidências acerca do tema.
Além disso, faz-se necessário um maior
embasamento da prática fisioterapêutica na intervenção com o paciente autista.
Por isso, discussões dessa temática são importantes para a formação de
profissionais qualificados, podendo contribuir para o aumento de evidências e
para o desenvolvimento de novas linhas de pesquisa, cada vez mais auxiliando para
a melhor evolução dessas crianças e esclarecendo aspectos sobre o autismo.
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Correspondência
Bruna Marques Teixeira – Universidade
Estadual do Piauí (UESPI). Rua Olavo Bilac, 2335 - Centro (Sul), Teresina. CEP:
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Piauí, Brasil.
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