A interface dança e autismo: o que nos revela a produção
científica
The interface dance and autism: what the scientific production reveals
to us
La interfaz danza y
autismo: lo que nos revela la producción científica
* Elaine
de Carvalho Silva
Doutoranda
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil.
elacarvalhos@gmail.com
– http://orcid.org/0000-0003-1016-9718
**
Rosimeire
Maria Orlando
Professora
doutora Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil.
meiremorlando@gmail.com
– http://orcid.org/0000-0002-0990-6146
Recebido em 15 de junho de 2018
Aprovado em 19 de julho de 2019
Publicado em 05 de junho de 2019
RESUMO
O objetivo deste estudo foi realizar uma análise
bibliométrica da produção científica nacional de teses, dissertações e artigos
sobre a interface – Dança e Autismo – focando os seguintes parâmetros
bibliométricos: áreas de conhecimento; distribuição geográfica e institucional;
distribuição temporal; objetivos; e tipologia dos estudos. Adicionalmente foi
realizada uma análise crítica para construção de indicadores da produção em
questão. O procedimento metodológico foi baseado na abordagem da bibliometria com
utilização do software Mendeley para organização dos dados coletados em
ambientes virtuais. Em suma, os resultados apresentaram quatro estudos em
âmbito nacional, com publicações recentes, entre 2013 e 2015, e distribuídos
nas regiões centro-oeste, sudeste e nordeste do país. De forma geral os estudos
encontrados objetivaram analisar a dança como forma de desenvolvimento da
comunicação, interação social e afetiva e de reabilitação motora. Foram
baseados na abordagem qualitativa e, ainda que em número pequeno, sugerem a
eficácia da dança como intervenção e estimulação no desenvolvimento global de
crianças com autismo.
Palavras-chave: Dança;
Autismo; Bibliometria.
ABSTRACT
The objective of this study was
to perform a bibliometric analysis of the national scientific production of
theses, dissertations and articles on the interface – Dance and Autism –
focusing on the following bibliometric parameters: areas of knowledge;
geographical and institutional distribution; temporal distribution; goals;
typology of the studies. In addition, a critical analysis was carried out to
construct indicators of the production in question. The methodological
procedure was based on the bibliometrics approach using Mendeley software to
organize the data collected in virtual environments. In summary, the results
presented four studies at the national level, with recent publications, between
2013 and 2015, and distributed in the central-west, southeast and northeast
regions of the country. In general, the studies found aimed to analyze dance as
a form of communication development, social and affective interaction and motor
rehabilitation. They were based on the qualitative approach and, although in
small number, they suggest the effectiveness of the dance as intervention and
stimulation in the global development of children with autism.
Keywords: Dance; Autism; Bibliometry.
RESUMEN
El objetivo de este estudio fue realizar un
análisis bibliométrico de la producción científica nacional de tesis,
disertaciones y artículos sobre la interfaz – Danza y Autismo – enfocando los
siguientes parámetros bibliométricos: áreas de conocimiento; distribución
geográfica e institucional; distribución temporal; objetivos; tipología de los
estudios. Adicionalmente se realizó un análisis crítico para la construcción de
indicadores de la producción en cuestión. El procedimiento metodológico se basó
en el enfoque de la bibliometría con el uso del software Mendeley para la
organización de los datos recogidos en entornos virtuales. En resumen, los
resultados presentaron cuatro estudios a nivel nacional, con publicaciones
recientes, entre 2013 y 2015, y distribuidas en las regiones centro-oeste,
sudeste y noreste del país. De forma general los estudios encontrados
objetivaron analizar la danza como forma de desarrollo de la comunicación,
interacción social y afectiva y de rehabilitación motora. Se basó en el enfoque
cualitativo y, aunque en número pequeño, sugieren la eficacia de la danza como
intervención y estimulación en el desarrollo global de niños con autismo.
Palabras clave:
Danza; Autismo; Bibliometría.
Introdução
A dança vista como uma linguagem corporal na
perspectiva de desenvolvimento físico, afetivo e social, além de ser
instrumento de interação e comunicação de grupos sociais, é também uma
expressão individual no que se refere à diversidade de corpos e seus movimentos
característicos. A arte do movimento humano, constituída de elementos
fisiológicos e psicológicos, leva a pessoa a se expressar, seja na arte, no
trabalho ou na vida cotidiana (LABAN, 1978). No âmbito educacional nacional,
estudos de Marques (1997, p.1) tratam a dança em seus “[...] aspectos
epistemológicos, sociológicos, educacionais e artísticos [...]”, fazendo a
relação entre, “[...] corpo, escola, indivíduo, arte e sociedade
contemporânea”. Marques (2011) ressalta a importância da reflexão sobre a
responsabilidade de professores de dança a respeito da realidade corporal de
cada pessoa (aluno). Propõe questionar qual a concepção de corpo e o que se
pretende por meio desta atividade. Pois, segundo a autora, corpos “[...] são
pensamentos, percepções, sensações, atitudes, ideias, comportamentos e
posicionamentos em constante diálogo com a arte e com o mundo [...]” (MARQUES,
2011, p. 32). No contexto da Educação Especial, e em relação à dança na
diversidade corporal, Rossi e Munster (2013) realizaram um estudo na produção
científica de teses e dissertações brasileiras, sobre a interface dança e
pessoas com deficiência. A busca sobre o assunto foi conduzida com utilização
dos descritores “dança” e “deficiência” e seleção de estudos disponibilizados
na íntegra. Sobressaiu-se a dança contemporânea em cadeira de rodas com base na
teoria de Rudolf Laban, dentro de um contexto artístico e educacional. Visto
que a maioria dos estudos enfocou apenas a deficiência física, as autoras
sugeriram novos estudos que pudessem abranger outras populações com
deficiências sensoriais e intelectuais, em diferentes metodologias e contextos.
Ao
pensar em uma população que apresenta déficits sensoriais, um dos transtornos
do neurodesenvolvimento que pode afetar a qualidade de vida e interferir no
aprendizado formal da criança é o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pessoas
diagnosticadas dentro deste espectro apresentam déficits persistentes na
comunicação e interação social, junto a padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades. A dança pode ser uma estratégia
estimuladora no desenvolvimento desta população, considerando outras possíveis
associações como, comprometimento intelectual e da linguagem, déficits
psicomotores que culminam em “marcha atípica, falta de coordenação e outros
sinais motores anormais” (DIAGNOSTIC AND STATISTICAL MANUAL OF MENTAL DISORDERS
(DSM-V), AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA), 2013). Gonçalves (2013) afirma
que estas características denotam especial relevância para o trabalho
psicomotor. Algumas lacuna na estruturação do esquema corporal de uma criança,
como déficits sensório-motores, e problemas com a propriocepção, além de
ocasionar um atraso do desenvolvimento psicomotor, irão refletir prejuízos em
várias outras áreas. Autores (WHYATT e CRAIG, 2013; GARCIA, 2013) apontam em
seus estudos evidências de que a capacidade motora e a cognição se desenvolvem
paralelamente e são mutuamente dependentes. Neste sentido, a dança como
atividade estimuladora no desenvolvimento infantil, deve ser inserida em
ambientes educacionais, pois, seus resultados abrangem aspectos do
desenvolvimento global do indivíduo, além de unificar áreas de
conhecimento.
Karpati et al. (2015) realizaram uma revisão
na literatura neurocientífica sobre os correlatos neurais da dança, e
verificaram que esta (dança) é uma atividade que viabiliza a investigação da
plasticidade cerebral e sua interação com o comportamento. Salientam que,
pesquisadores utilizaram técnicas de neuroimagem para examinar redes cerebrais
envolvidas no desempenho da dança, ou seja, adaptaram eletrodos na cabeça de
bailarinos enquanto estavam dançando. As imagens do cérebro denotaram que o
treinamento de dança afeta a atividade cerebral nas redes de observação e
simulação de ação. Diante dos resultados benéficos observados nas imagens
cerebrais, os pesquisadores sugeriram que o treinamento da dança em longo prazo
altera a estrutura da matéria cinzenta e branca (cérebro). Com isto, indicaram
maior número de pesquisas com esta metodologia e intervenções terapêuticas
baseadas nesta atividade. Pois, sua utilização na pesquisa cerebral pode
oferecer apoio na compreensão do desenvolvimento motor, comportamental e
plasticidade cerebral. Os autores ressaltam que além de ser uma forma universal
de expressão da humanidade, a dança é uma rica fonte de estudos de
comportamentos correlacionados, e o estudo da neurociência da dança pode apoiar
um crescente campo multidisciplinar, além de fornecer informações sobre as
interações entre artes e cérebro.
Em outro contexto, alguns estudos
internacionais apresentaram uma visão terapêutica da dança para pessoas com
autismo referindo que a “terapia de dança/movimento” (DMT) (do inglês: Dance/Movement Therapist)[1] pode trazer efeitos benéficos às pessoas
inseridas neste espectro. Behrends, Müller e Dziobek (2012) articularam as
disciplinas de psicologia, neurociências, filosofia e terapia de dança
movimento para analisar a interação destas áreas no sentido de desenvolver
habilidades de empatia. Pontuaram na literatura que elementos da dança conjunta
(aos pares) como, imitação, movimento sincronizado e cooperação promovem
habilidades empáticas. Posteriormente, sugeriram uma intervenção para pessoas
com autismo, partindo da integração da DMT e processos empáticos emocionais e
cognitivos (estímulos à capacidade de compreensão de estados emocionais e
perspectiva psicológica de outra pessoa), destacando que, trabalhar a percepção
corporal e expressividade constituem planos de tratamentos relevantes para
pessoas com problemas no reconhecimento da imagem corporal e de interação
verbal. Nessa perspectiva, Samaritter e Payne (2013) denominaram “intersubjetividade
cinestésica” as situações de movimentos compartilhados (dança em dueto) vista
como uma relação “cinestésica diádica”, ou seja, a sintonização interpessoal
não verbal. Adicionalmente, Martin (2014) indicou a DMT como intervenção
precoce em crianças de zero a cinco anos com alto risco de diagnóstico de
autismo. Seu estudo focou a aplicação no desenvolvimento das conexões entre, a
maturação motora e os desafios sociais e da comunicação. Ressaltou que apesar
de ser uma boa opção de estímulo ao desenvolvimento motor e à consciência
corporal, cada criança pode responder diferentemente às intervenções recebidas.
Outros estudos, constituídos por uma revisão de literatura (SCHAROUN et al.,
2014), e um experimento (HILDEBRANDT; KOCH e FUCHS, 2016) apontaram a DMT como
uma abordagem alternativa para o desenvolvimento de habilidades sociais e uma
comunicação (não-verbal) significativa consigo e com o mundo a sua volta.
Apesar da relevância dos estudos acima, ao
pensar numa proposta corporal para o âmbito educacional inclusivo, a concepção
de tratamento e intervenção pode fortalecer a ideia de deficiência
incapacitante e reforçar a desigualdade em ambiente de convívio comum, ao invés
de desenvolver uma melhor convivência com as diferenças. Pessoas com
necessidades educacionais especiais têm um histórico de segregação em
instituições assistencialistas. A inclusão social efetiva desta população, e
mais especificamente nas escolas de ensino regular tem sido um desafio. Com
isto, profissionais envolvidos passaram a se basear em estudos e pesquisas que
pudessem nortear suas práticas (MENDES, 2006). Dentre as atividades educativas,
a dança no contexto da arte educação pode influenciar positivamente o
“desenvolvimento e aprendizagem da criança como um ser integral” (FREIRE, 2001).
Até o momento foram encontrados poucos
estudos nacionais como referencial teórico sobre a interface: dança e autismo
inseridos no campo educacional. Boato (2013) analisou um trabalho colaborativo
entre profissionais e família apontando a dança como parte deste processo.
Boato et al. (2014) salientaram a dança como instrumento para o desenvolvimento
socioafetivo e de interação social da criança com TEA; e Viana (2015) ressaltou
que esta atividade oferece recursos para trabalhar o respeito a características
individuais, eliminar estigmas e rótulos pejorativos, e possibilitar um diálogo
pedagógico entre arte e educação. Todos os estudos destacaram que a dança pode
trazer resultados positivos para o desenvolvimento de crianças que se encontram
dentro do espectro autista.
Neste sentido, estudos que se dedicam a
investigação do conhecimento em determinado campo para obtenção de um panorama
ou referencial sobre um assunto, podem nortear e auxiliar profissionais e
pesquisadores na realização de novos estudos relacionados à questão. A análise
bibliométrica, conforme Silva, Hayashi e Hayashi (2011), além de avaliar a
tipologia, a quantidade e a qualidade das fontes de informação nas pesquisas,
produz indicadores científicos da produção analisada. Portanto, uma análise
bibliométrica na produção cientifica nacional sobre o tema proposto torna
possível a obtenção do cenário dos estudos já realizados, o delineamento de um
perfil destes estudos, as tendências da área em questão, e indicadores atuais
no sentido de apontar novos rumos para futuros experimentos.
Neste contexto, coube questionar: o que a
produção científica brasileira nos revela sobre a interface dança e autismo?
O presente estudo teve como objetivo geral:
realizar uma análise bibliométrica da produção científica nacional de teses,
dissertações e artigos sobre a interface dança e autismo. E, como objetivos
específicos: i) identificar, sistematizar e delinear um perfil da respectiva
produção de acordo com os seguintes parâmetros bibliométricos: áreas de
conhecimento, distribuição geográfica e institucional, distribuição temporal,
objetivos e tipologia dos estudos; ii) analisar criticamente a produção em
questão para construção de indicadores.
Método
A bibliometria utiliza métodos quantitativos
para mapear informações e avaliar de forma objetiva as publicações científicas.
Com isto, uma análise bibliométrica prevê a construção de indicadores de
produção e desenvolvimento científico que favorecem a avaliação de registros
bibliográficos da produção científica de indivíduos, de áreas de conhecimento e
de localidades (países, estados, cidades). Adicionalmente, a elaboração de
índices, além de analisar estatisticamente, verifica as tendências de estudos e
da produção do conhecimento científico em determinado campo de atividades
(MARCELO e HAYASHI, 2013; SANTOS e KOBASHI, 2009; SILVA, HAYASHI e HAYASHI,
2011). As etapas a serem seguidas na aplicação deste método são:
[...] definição do
objetivo da análise bibliométrica; identificação, localização e acesso às
fontes de informação; estabelecer estratégias de busca de informação para
coleta de dados; estabelecer relacionamentos entre os dados obtidos; recorrer
ao referencial teórico para elaborar categorias de análise e construir
indicadores; e elaborar trabalhos científicos para divulgação e submissão dos
resultados obtidos com análise bibliométrica a crítica externa (SILVA, HAYASHI
e HAYASHI, 2011, p.126).
As buscas do presente estudo foram realizadas em
ambientes virtuais, nas bases de dados de acesso público, a saber: Banco de
Teses CAPES (busca simples), Biblioteca Digital brasileira de Teses e
Dissertações e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
(BDTD. Ibict) (busca simples/All Fields). Estas plataformas foram escolhidas
devido ao amplo acesso que oferecem à produção científica nacional de teses e
dissertações. Para acessar artigos relacionados ao tema proposto, devido à
magnitude de acesso a estudos científicos que entrelaçam a educação, educação
especial, saúde e arte, as seguintes bases foram selecionadas, Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) (busca simples/Título, resumo, assunto), Education Resources Information Center
(Eric) (busca simples), Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES) (busca avançada por assunto, qualquer ano,
tipo de material: artigos, qualquer idioma, revisados por pares), Scientific Electronic Library Online
(SciELO) (pesquisa integrada, regional), Web of Science (busca através do portal
de periódicos CAPES/busca por base: Web of Sciense - coleção principal-busca
simples), Google Acadêmico (recursos de: “Busca avançada - Campos pesquisados
por: assunto/revisados por pares”). A busca avançada se deu em algumas bases
devido ao retorno de muitos estudos fora dos critérios de inclusão na busca
simples. Não foi delimitado ano de publicação em nenhuma das bases.
Os termos específicos de cada área deste estudo foram
utilizados para formar uma string de
buscas onde estão contidos os descritores (Dance OR dancing OR dancetherapy OR
dança OR dançaterapia) AND (autismo OR "Transtorno do espectro
autista" OR autism OR “autism spectrum disorder”) e Dance AND autism
seguidos de operadores booleanos (OR/AND/parênteses/Aspas). Os descritores
empregados não foram extraídos de vocabulários controlados. A escolha dos
mesmos objetivou refinar os resultados das buscas com estudos que fossem
especificamente voltados ao assunto de interesse da presente pesquisa, ou seja,
dança e autismo.
Foram selecionados os seguintes critérios de inclusão: Publicações de teses, dissertações e artigos
que tratam especificamente sobre a interface: dança e autismo. Que contenham no
título e palavras-chave os termos relacionados à “dança e autismo” como,
dançaterapia, dança/movimento, dança/educação e autismo, transtorno do espectro
autista, autista (os termos poderiam estar em inglês). Nos critérios de
exclusão foram considerados a duplicidade das produções científicas, problemas
de exibição ou indisponíveis e os que não tratavam do tema aqui proposto, qual
seja, dança e autismo.
O acesso às bases para a coleta de dados foi realizado
durante os meses de agosto e setembro (20/08/2017 a 20/09/2017). A seleção do
material foi feita primeiramente pela leitura do título, palavras chave e
resumo e, posteriormente, pela leitura integral de cada estudo.
A análise das produções científicas nacionais sob a
abordagem bibliométrica foi realizada de acordo com cinco parâmetros
bibliométricos que constituíram o presente artigo. Assim, sistematicamente, se
indica: a) áreas de conhecimento; b) distribuição geográfica e institucional;
c) distribuição temporal; d) objetivos e e) tipologia dos estudos.
Os dados foram organizados com utilização do software
acadêmico Mendeley[2],
o qual funciona como gerenciador de referências. Para melhor visualização,
segue o fluxograma de constituição das etapas do presente estudo.
Figura 1 – Fluxograma das Etapas da Pesquisa
Fonte: Elaboração das autoras.
Resultados e Discussão
A busca nas bases de dados com os descritores “dance AND autism” retornou o mesmo material (dentro dos critérios
de inclusão) encontrado com os descritores (Dance OR dancing OR dancetherapy OR
dança OR dançaterapia) AND (autismo OR "Transtorno do espectro
autista" OR autism OR “autism spectrum disorder”). Com exceção da base
SciELO, onde foi retornado apenas um estudo com os descritores “Dance AND
autism” e nenhum retorno com a string
formada com outros descritores.
Foram encontrados quatro estudos nacionais,
sendo duas teses e dois artigos. As teses encontram-se nas bases virtuais de
dados Banco de Teses CAPES, esta base retornou onze estudos no total, dos quais
apenas dois apresentaram os critérios para inclusão no presente estudo, e BDTD.
Ibicti, que retornou quarenta e um estudos com apenas uma tese incluída nos
critérios, a qual se duplica nas duas bases. Nenhuma dissertação brasileira foi
encontrada. Em relação aos artigos, um deles foi encontrado em três bases de
dados (BVS; SciELO: Google Acadêmico) e outro em apenas uma base (Google
Acadêmico), totalizando dois artigos brasileiros.
A tabela e o quadro que seguem apresentam os
dados da produção científica analisada conforme os parâmetros bibliométricos
indicados, com vistas a construir indicadores do conhecimento produzido no
campo.
Tabela 1 - Áreas de conhecimento – Distribuição Temporal –
Distribuição Geográfica e Institucional (Classificação de áreas de conhecimento
CAPES)
Área de conhecimento |
Distribuição temporal |
Distribuição
geográfica e institucional |
|
2013 |
|
Ciências
da Saúde: Educação
Física |
Tese – Autor: Boato, E.
M. Título: “Avaliação de uma
metodologia de abordagem corporal para alunos autistas” Base
de dados:
Banco de Teses CAPES |
Brasília/DF
(região Centro-Oeste) Universidade
Católica de Brasília – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação
Física |
|
2014 |
|
Ciências
da Saúde: Educação
Física |
Artigo – Autor: Boato et al. Título: “Expressão corporal/dança para autistas:
um estudo de caso” Base de dados: Google Acadêmico |
Brasília/DF
(região Centro-Oeste) Universidade
Católica de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. Revista: Pensar a
Prática, Goiânia, v. 17, n. 1, p. 01-294, jan./mar. 2014. |
|
2015 |
|
Ciências
Humanas: Educação
|
Tese – Autor: Viana, A.
F. Título: “Dança, autismo e
espaços de encontro” Base de dados: Banco de Teses CAPES BDTD. Ibict |
Campinas/SP
(região sudeste) Universidade
Estadual de Campinas – Programa de Pós-Graduação em Educação |
|
2015 |
|
Ciências
da Saúde: Fisioterapia |
Artigo – Autor: Teixeira-machado, L. Título: “Dançaterapia no autismo: um estudo de
caso” Base de dados: BVS/SciELO |
Aracaju/SE
(região nordeste) Universidade
Federal de Sergipe – Departamento de Educação em Saúde – São Cristóvão/SE –
Brasil. Revista: Fisioterapia e Pesquisa, 22 (2): 204- 211. 2015. |
Fonte:
Banco de teses da CAPES; BDTD. Ibict; BVS; SciELO; Google Acadêmico. Elaboração
das autoras.
Os estudos nacionais indicam um
entrelaçamento das áreas da educação, educação física, fisioterapia e artes
(dança) num processo de atendimento colaborativo e multidisciplinar. Este
contexto conversa com articulações interdisciplinares indicadas nos estudos de
Behrends, Müller e Dziobek (2012). Neste sentido, a interface dança e autismo
tem sido proposta dentro de uma perspectiva multidisciplinar das áreas de
conhecimento. Porém, há de ressaltar que os estudos nacionais propõem a dança
como estratégia educativa e estimuladora de inclusão social e escolar, enquanto
os estudos internacionais a utilizam como tratamento e terapia comportamental.
Estes estudos estão distribuídos entre as
regiões centro-oeste (educação física), sudeste (campo da educação) e nordeste
(fisioterapia entrelaçada à dançaterapia), vinculados a instituições de ensino
superior, sendo uma particular, uma estadual e uma federal. Estes dados
denunciam uma defasagem de pesquisas nacionais que explorem os recursos da
dança no desenvolvimento de pessoas com autismo. Uma questão a ser levantada é
que possivelmente haja outros estudos não vinculados às bases de dados
investigadas pelo presente estudo. Mas, há de se refletir sobre os resultados
do estudo de Rossi e Munster (2013) que ressaltou a tendência dos estudos sobre
dança com enfoque na deficiência física, ou seja, dança para cadeirantes,
indicando a necessidades de outros estudos que pudessem abranger outras
populações.
A interface dança e autismo no Brasil
apresenta investigações distribuídas nos últimos cinco anos. Observa-se que a
produção cientifica sobre esta questão é escassa, mas há de se considerar que
os estudos referentes ao espectro autista demandam ainda muitas descobertas.
Além do mais, os estudos encontrados trazem profundas reflexões sobre a
importância desta atividade para esta população.
Quadro 1 - Objetivo e tipologia dos estudos
Tese Boato
(2013) |
Objetivou
analisar um atendimento educacional colaborativo para alunos com autismo, ou
seja, pesquisador, profissionais e família interagindo num projeto
especializado da área de educação física (abordagem corporal). Utilizou
método qualitativo (Etnografia Colaborativa). |
Artigo Boato
et al (2014) |
Tiveram
o propósito de verificar contribuições da expressão corporal e dança no
desenvolvimento socioemocional de um menino com autismo. Realizaram um estudo
de caso |
Tese Viana
(2015) |
Objetivou
colaborar com a formação de profissionais das áreas de arte, educação e saúde
oferecendo como ferramentas o relato das experiências desenvolvidas em seu
estudo, o qual dialoga com pensadores das áreas (Arte e Educação). Não
menciona o tipo de método no estudo. |
Artigo Teixeira-Machado
(2015) |
Propôs
observar efeitos da dançaterapia no desempenho
motor e na qualidade de vida de um adolescente com autismo. Realizou um estudo
de caso |
Fonte: Banco de teses da CAPES; BDTD. Ibict; BVS; SciELO; Google
Acadêmico. Elaboração das autoras.
Para analisar um atendimento colaborativo
baseado na abordagem corporal, Boato (2013) valorizou a união de profissionais
e família com enfoque na interação escolar e social da criança com autismo. Seu
objetivo reflete uma proposta de trabalho preocupada em superar os déficits de
comunicação e interação social caracterizados nestas crianças. Neste mesmo
contexto, Boato et al. (2014) objetivaram aprofundar a verificação da
contribuição da dança no desenvolvimento socioemocional de um menino com TEA.
Com outro olhar, Viana (2015) teve o intuito
de estimular uma compreensão da interface dança e autismo relacionada a teorias
artísticas e pedagógicas. Já, no estudo de Teixeira-Machado (2015) houve uma
tendência terapêutica corporal na qual a dança funcionou como elemento de
reabilitação.
Considerando as afirmações de Whyatt e Craig
(2013) e Garcia (2013) sobre a inter-relação sensório motora, cognitiva,
afetiva e social no desenvolvimento infantil, os objetivos propostos dos quatro
estudos compõem estímulos que favorecem o desenvolvimento global de crianças
com TEA. A despeito de indicações de intervenção motora precoce para esta
população, estes estudos demonstram a importância da continuidade de trabalhos
corporais inter-relacionados e fundamentados em teorias multidisciplinares.
A proposta de Boato (2013), foi embasada na
teoria de Wallon que (considera as dimensões afetiva, cognitiva, motora e
sociocultural no desenvolvimento do indivíduo), e na “psicomotricidade
relacional” que privilegia a qualidade da relação afetiva e o corpo para
formular estratégias de intervenção pedagógica. Duas oficinas, durante três
anos, foram realizadas em seu estudo. Uma em meio líquido e outra utilizou a
dança “como mediadora das relações tônico-emocionais entre o professor e a criança
autista” (Boato, 2013, p. 78). Os participantes foram dois meninos com
diagnóstico de autismo. Seu método foi baseado na Etnografia Colaborativa com
interação entre pesquisador, profissionais e família durante o projeto. Diante
dos resultados positivos apresentados pelo autor em seu estudo, ou seja, maior
interação e participação dos participantes nas atividades, este estudo indica a
necessidade de replicação com um número maior de participantes.
Boato et al. (2014) realizaram um estudo de
caso onde planejaram contribuir no desenvolvimento socioemocional de um menino
de dez anos de idade com autismo. Os autores questionaram se os campos da
arte-educação e da educação física, representados pela dança, poderiam
beneficiá-lo. Com isto, ao longo da intervenção, a música foi utilizada como
elemento motivador, já que o aluno demonstrou interesse, e seus movimentos
espontâneos foram aceitos e estimulados como uma linguagem corporal que pudesse
ser compreendida num espaço de comunicação e expressão. Os autores ressaltaram
que a dança pode ser utilizada na perspectiva de inclusão educacional e social,
desde que haja respeito às possibilidades de cada aluno. Esta afirmação se
assemelha à proposta de Viana (2015) que, em outra perspectiva, relata em sua
tese, vivências e interações com crianças e jovens autistas de uma região da
Bretanha francesa, num processo de “dança improvisação”. Conforme a autora, sua
proposta partiu do princípio de respeito a cada corpo com suas peculiaridades,
num universo coletivo onde a dança abre espaço para mostrar um “eu potencial”.
Com isto, sugere que o fruto de suas vivências seja o início de novos caminhos
onde a dança é considerada uma “viagem surpreendente”.
Com objetivos mais específicos de intervenção
fisioterapêutica, Teixeira-Machado (2015) realizou um estudo de caso com um
adolescente de 15 anos de idade. Sua proposta uniu a dança e a fisioterapia
numa sequência de atendimentos para possibilitar a mudança de “padrões de
movimentos irregulares e desordenados”. Os resultados dos testes aplicados
(Medida da Função Motora (MFM), Teste de Tinetti e Escala de Avaliação do
Autismo Infantil (Childhood Autism Rating Scale – CARS) no início, durante e
após a intervenção demonstrou grandes melhorias em vários aspectos corporais,
como, desempenho motor, equilíbrio e marcha. A autora aponta a dança como uma
terapia que ativa as vias sensoriais de pessoas com autismo, além de trazer
efeitos benéficos na área motora e na qualidade de vida destas pessoas.
Análise Crítica
Os estudos de Boato (2013) e Boato et al.
(2014), indicaram que houve mudanças no comportamento socioemocional das
crianças com autismo, visto que os comportamentos agressivos e considerados
inadequados diminuíram, e foram substituídos pela participação nas atividades
aquáticas, nas oficinas de dança e no espetáculo de encerramento das
atividades. Apesar do restrito número da amostra (apenas dois meninos no
primeiro estudo e um menino no segundo estudo), estes estudos são propagadores
de resultados que comprovam a importância da utilização da dança como
instrumento multidisciplinar no desenvolvimento e aprendizagem destas crianças,
e motivadores de replicações das estratégias apresentadas.
Com um enfoque mais aprofundado em déficits
físicos, Teixeira-Machado (2015) apontou a dança como instrumento para o
desenvolvimento da expressão motora e gestual visando a reabilitação
psicomotora e a melhora da qualidade de vida de indivíduos com autismo. A
autora realizou um estudo de caso com um adolescente de quinze anos de idade, e
assim como nos estudos de Boato (2013, 2014), apresentou resultados motivadores
para replicação com um número maior de participantes, inclusive com outras
faixas etárias.
Já, Viana (2015), em outra perspectiva,
utilizou a dança de forma improvisada com o intuito de trazer à luz as
capacidades intrínsecas de cada criança respeitando suas peculiaridades no
sentido de apagar rótulos incapacitantes. A autora relata experiências vividas
com um grupo de pessoas com autismo de uma determinada região, e apresenta em sua
tese vivências que favoreceram uma visão de negação do autismo como uma
patologia ou deficiência incapacitante, ao contrário disso, trouxe à luz
pessoas com um “modo singular e inventivo de ser no mundo”. Adicionalmente, seu
estudo propõe uma associação entre sua prática de dança improviso e conceitos
de autores reconhecidos na área educacional e artística como, “Paulo Freire,
Michel Foucault, Laurence Louppe, Maurice Merleau-Ponty e Fernand Deligny”
(VIANA, 2015, p. 7). Este contexto conversa com a proposta epistemológica de
Marques (2011) que envolve aspectos educacionais e corporais da dança
relacionados à reflexão de educadores numa interface entre a arte e o mundo.
Em comparação com a realidade nacional,
estudos internacionais (BEHRENDS, MÜLLER e DZIOBEK, 2012; SAMARITTER e PAYNE,
2013; SCHAROUN ET AL., 2014; MARTIN, 2014; HILDEBRANDT, KOCH e FUCHS, 2016), em
sua maioria, foram desenvolvidos na área da saúde, mais especificamente nos
campos da psicologia, terapia ocupacional, psiquiatria e neurociência. A
proposta denominada “Terapia de dança/movimento”, objetivou atingir melhorias
comportamentais e psicomotoras como diminuir comportamento estereotipado;
trabalhar a relação com o outro; interação social; consciência corporal; entre
outros aspectos relacionados aos possíveis déficits apresentados por pessoas
que se encontram dentro do espectro autista. Apesar da relevância de suas
propostas, os estudos internacionais salientaram objetivos terapêuticos, o que
não cabe em ambientes educacionais devido ao risco de expor as diferenças como
patologias que precisam de tratamentos. Já, os estudos nacionais buscaram a
dança como uma estratégia educacional e colaborativa entre áreas no sentido de
estimular a superação de dificuldades citadas acima, com foco na valorização de
capacidades e habilidades individuais desta população.
E porque a dança?
Em qualquer hora, qualquer idade, em qualquer
momento da história humana, os movimentos ritmados improvisados ou não, puderam
e podem expressar sentimentos, emoções, crenças, ou simplesmente serem
executados como um exercício de linguagem corporal. (LABAN, 1978). Karpati et
al. (2015) apontaram os recursos desta atividade como instrumento para auxiliar
mecanismos de mapeamento no cérebro durante o movimento. Complementarmente,
indicaram sua utilização como um formato de pesquisa e visualização de eventos
nas áreas cerebrais, ressaltando que os estímulos da dança podem facilitar a
visão e compreensão de correlações neurais. Ao considerar a interligação
existente no desenvolvimento das áreas motoras e cognitivas juntamente a
estruturação do esquema corporal no desenvolvimento infantil (WHYATT e CRAIG,
2013; GARCIA, 2013), pode-se inferir a importância da intervenção psicomotora
em crianças que fazem parte do espectro autista (GONÇALVES, 2013). Neste
contexto, cabe indicar a dança como instrumento de pesquisa e também como
estratégia eficaz para superação de dificuldades relacionadas ao espectro
autista, dentro de um formato de trabalho que valorize expressões individuais e
promova a inclusão de pessoas, não como seres desviantes de padrões sociais,
mas como indivíduos “extraordinários”
(VIANA, 2015, p. 5), ou seja, seres apenas com um modo diferente de existir.
Pois, diferenças oportunizam novos olhares para o âmbito educacional e social,
novos aprendizados para todos, e possibilitam mudanças em estruturas
equivocadas no espaço de formação para a vida, que é a escola junto à família e
sua comunidade.
Considerações Finais
A análise das quatro produções científicas
encontradas quer seja em formato de teses ou artigos, possibilitou trabalhar
com diferentes elementos que compõem a temática da dança e autismo. Pode-se
inferir os seguintes indicadores de acordo com os parâmetros bibliométricos: A)
Os estudos encontrados aplicaram a dança em uma perspectiva multidisciplinar
entre as áreas da saúde e educação. B) Os estudos nacionais estão vinculados a
instituições superiores em três regiões do país. C) A interface dança e autismo
é um tema que emerge nos últimos cinco anos com escassez de estudos em termos
quantitativos, porém, aponta sua relevância em termos qualitativos. D)
Considerados os aspectos emocionais e afetivos, os estudos nacionais
encontrados objetivaram melhorias ao atendimento educacional e ao
desenvolvimento global de crianças e adolescentes inseridos no espectro
autista. E) Apesar de diferenças no procedimento metodológico de cada estudo,
seus resultados positivos comprovaram a relevância da dança para desenvolver
habilidades físicas, sociais e afetivas em crianças com autismo, e indicaram a
necessidade de novos estudos empíricos, baseados em seus princípios, no sentido
de robustecer bases cientificas.
Embora, estudos internacionais e um estudo
nacional tenham apresentado a relevância da “dançaterapia” como intervenção
facilitadora para estimular vias sensoriais, psicomotoras e gestuais de
crianças com autismo (MARTIN, 2014; TEIXEIRA-MACHADO, 2015), a dança como
linguagem corporal, (BOATO, 2013; BOATO et al., 2014; VIANA, 2015) deve marcar
presença no âmbito educacional e em sua produção científica para evidenciar
seus efeitos no desenvolvimento global de todas as crianças, inclusive
inseridas no espectro autista. Neste sentido, os estudos nacionais ofereceram
bases teóricas e metodológicas a profissionais envolvidos em trabalhos com a
população autista. Um dos principais indicadores do presente estudo é a
necessidade de novas pesquisas experimentais no âmbito educacional com enfoque
na compreensão do próprio corpo como instrumento de linguagem, expressão e
inclusão de pessoas inseridas no espectro autista.
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Elaine de Carvalho Silva – Universidade
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SP.CEP: 13565-905. São Carlos, São Paulo, Brasil.
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[1]
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