http://dx.doi.org/10.5902/1984686X24891
Inclusão em foco: um estudo de caso sobre um deficiente
que possui surdocegueira no ensino regular
Inclusion in focus: a case a study about a deficient that have deafblindness
in the regular education
Inclusión en foco: un
estudio de caso sobre un discapacitado que tiene sordocegueira en la enseñanza
regular
* Luiza
Liene Bressan
Professora
da Fundação Educacional Barriga Verde, Orleans, Santa Catarina, Brasil.
luizalbc@yahoo.com.br
** Beatriz
Schueroff Buss
Mestranda
pela Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, Santa Catarina, Brasil.
beatriz_buss@hotmail.com
** Alexandra
Aline Lewcowicz
Mestre
em Fonoaudiologia pela Universidade de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do
Sull, Brasil
abfono@yahoo.com.br
Recebido em 19 de abril de 2017
Aprovado em 18 de setembro de 2018
Publicado em 06 de maio de 2019
RESUMO
O presente trabalho aborda o seguinte tema: Inclusão em
foco: um estudo de caso sobre uma pessoa com deficiência que possui
surdocegueira no ensino regular. Quando se enfatiza esta temática, tem-se
interesse no estudo sobre a inclusão das pessoas com deficiencia, assim, a
questão primordial, é buscar conhecer como ocorre o processo de inclusão de uma
criança surdocega no ensino regular. Para isso estabelecemos como objetivos
deste estudo: compreender o processo de inclusão de uma criança com
surdocegueira no ensino regular; fazer um breve estudo da trajetória histórica
da deficiência, verificando de que forma se dá o processo de inclusão no ensino
regular. A pesquisa é do tipo descritivo com estudo de caso. Utilizou-se como
instrumento de coleta de dados um questionário e as respostas foram analisadas,
confrontando os aspectos teóricos da inclusão e a realidade escolar. A pesquisa
apontou alguns resultados que merecem maiores reflexões, pois ainda há
resistência por parte dos docentes quando o tema é inclusão. A mudança precisa
acontecer no ambiente escolar para que ela se torne de fato uma realidade e não
apenas um ato legal.
Palavras-chave: Inclusão;
Surdocegueira; Ensino regular.
ABSTRACT
The present work approaches the
following theme: Inclusion in focus: a study of in case on a deficient one that
it possesses deafblindness in the regular teaching. When this theme is
emphasized has is interested in the study on the inclusion of the people with
deficiency. Like this, the research problem is to look for to know how it
happens the process of a child's inclusion deaf-blinds in the regular teaching.
For that we established as objectives of this study: to Understand the process
of a child's inclusion deaf-blinds in the regular teaching; to do an
abbreviation study of the historical path of the deficiency, verifying that it
forms if he/she gives the inclusion process in the regular teaching; to study
the concept of deaf-blindness, contemplating of the teaching process and a
child's learning with special needs; to Identify the historical path of the
deficiency, verifying that it forms if he/she gives the inclusion process in
the regular teaching; to study the concept of deaf-blindness, contemplating of
the teaching process and a child's learning with special needs; to appear
through the research that it forms if gives the process of a deaf-blind
student's teaching learning in school atmosphere; to show through worked
activities the evolution of the deaf-blind student's process teaching learning
without verbal communication until the moment in the school atmosphere where is
inserted and to write through the accomplished studies them forms that it
happens the inclusion process and the organization of the process of teaching
learning for a child with deaf-blindness in the research atmosphere. The used
method is the monographic and the research is of the applied type with case
study. It was used as data collection instrument a questionnaire and the answers
were analyzed, confronting the theoretical aspects of the inclusion and the
school reality.
Keywords: Inclusion; Multiple deficiency;
Deafblindness
RESUMEN
El presente trabajo aborda el siguiente tema:
Inclusión en foco: un estudio de caso sobre una persona con discapacidad que
tiene sordocegueira en la enseñanza regular. Cuando se enfatiza esta temática,
se tiene interés en el estudio sobre la inclusión de las personas con
discapacidad, así, la cuestión primordial, es buscar conocer cómo ocurre el
proceso de inclusión de un niño sordocega en la enseñanza regular. Para ello
establecemos como objetivos de este estudio: comprender el proceso de inclusión
de un niño con sordocegueira en la enseñanza regular; hacer un breve estudio de
la trayectoria histórica de la discapacidad, verificando de qué forma se da el
proceso de inclusión en la enseñanza regular. La investigación es del tipo
descriptivo con estudio de caso. Se utilizó como instrumento de recolección de
datos un cuestionario y las respuestas fueron analizadas, confrontando los
aspectos teóricos de la inclusión y la realidad escolar. La investigación
apuntó algunos resultados que merecen mayores reflexiones, pues aún hay
resistencia por parte de los docentes cuando el tema es inclusión. El cambio
debe ocurrir en el ambiente escolar para que se convierta de hecho en realidad
y no sólo un acto legal.
Palabras clave:
Inclusión; sordoceguera; Enseñanza regular.
Introdução
A Educação é um processo em constante
transformação. Se a sociedade se transforma, a educação precisa acompanhar os
processos de mudança. Por seu caráter social, os processos educativos são
dinâmicos e visam atender as inovações inerentes ao desenvolvimento,
principalmente os da tecnologia da informação que aceleram todos os processos
sociais e econômicos. Assim, pela educação é possível formar pessoas melhores e
instruídas que poderão compreender a formação humana de maneira mais ampla,
procurando desenvolver todas as suas potencialidades. A partir deste cenário é
que, atualmente, discute-se muito sobre a inclusão das pessoas com deficiência,
intelectual, mental, auditiva, física, visual, deficiências múltiplas e
portadores de altas habilidades, mas o objetivo principal é para todo o foco da
inclusão.
A educação inclusiva é uma
ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito
de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum
tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional
fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e
diferença com valores indissociáveis. (POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, 2007, p.11).
“Uma ação educativa comprometida com
cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e não excludente deve,
necessariamente, promover o convívio com a diversidade, o que é uma marca
social brasileira”. (RCNEI, 1998.p.35). Porém a diversidade não se trata
somente de diversidade de culturas, mas também das particularidades e competências
especificas de cada indivíduo, sejam elas pessoas ditas como “normais” pela
sociedade ou as pessoas “deficientes” como são taxadas nos dias atuais.
Assim, o problema que norteou este estudo foi
o de responder ao seguinte questionamento: como ocorre o processo de inclusão
de uma criança com surdocegueira no ensino regular? E para responder a esta
questão-problema foram estabelecidos como objetivos: compreender o processo de
inclusão de uma criança surdocega no ensino regular; estudar a trajetória histórica
da deficiência, verificando de que forma se dá o processo de inclusão no ensino
regular; estudar o conceito de surdocegueira, refletindo do processo de ensino
e aprendizagem de uma criança com necessidades especiais; apontar por meio da
pesquisa de que forma se deu o processo de ensino aprendizagem de um aluno
surdocego no seu ambiente escolar; analisar sob o viés dos educadores de uma
escola como acontece a inclusão de um aluno surdocego no ensino regular.
Como base no Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil (1998. p.36), “a Educação Especial, termo cunhado para
educação dirigida às pessoas deficientes, de condutas típicas e altas
habilidades, é considerada pela Constituição Brasileira, como parte inseparável
do direito à educação”. O grande desafio da Escola Inclusiva é desenvolver uma
pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas, discriminação e
respeitando sempre as diferenças de cada um.
Entre os vários casos de inclusão que
encontramos em ambientes escolares um dos que podemos citar é a inclusão das
pessoas com surdocegueira.
Por meio de um processo e contato com um
aluno surdocego no ambiente escolar, sua evolução no processo de aquisição de
fala e também no processo de ensino aprendizagem levou à escolha do seguinte tema:
Inclusão em Foco: Um estudo de caso sobre um deficiente que possui
surdocegueira no ensino regular.
O termo surdocego designa às pessoas que
apresentam a perda total ou até mesmo parcial dos sentidos da audição e visão.
Conforme Lagati (1995, p. 306):
Surdocegueira é uma
condição que apresenta outras dificuldades além daquelas causadas pela cegueira
e pela surdez. O termo hifenizado indica uma condição que somaria as
dificuldades da surdez e da cegueira. A palavra sem hífen indicaria uma
diferença, uma condição única e o impacto da perda dupla é multiplicativo e não
aditivo.
Traz-se o grande interesse pelo estudo sobre
o tema citado acima, desta forma dar-se-á o desenvolvimento de um trabalho de
conclusão de curso com a intensão de demostrar por meio da pesquisa o trabalho,
as atividades e os estudos realizados sobre a inclusão do surdocego, para que
haja um melhor entendimento e compreensão de todos.
Breve Histórico das
Deficiências
Desde os primeiros tempos, as pessoas
consideradas deficientes vêm trazendo uma maior repercussão perante a sociedade
porque o nível de curiosidade em relação a elas aumentou, tendo assim um maior
interesse sobre o assunto. Chama atenção do meio social porque se acredita que
os sujeitos podem ter uma padronização, ser “normalizados”, então passamos a
chamar estes indivíduos que não se encaixam neste padrão de “deficientes”, pois
lhe faltam algumas características que tornam a maioria das pessoas normais.
De acordo com Vargas, (2003. p.29), em alguns
momentos da história, essa mesma sociedade procurou exterminar as pessoas
consideradas deficientes, já em outros momentos, quis institucionalizar a
deficiência e, mais recentemente, tem lançado mão de categorização para
confirmar sua própria normalidade.
As raízes históricas e culturais
do fenômeno deficiência sempre foram marcadas por forte rejeição, discriminação
e preconceito. A literatura da Roma Antiga relata que as crianças com
deficiências, nascidas até o princípio da era cristã, eram afogadas por serem
consideradas anormais e débeis. Na Grécia antiga, a crianças mal constituídas
ou deficientes eram sacrificadas ou escondidas pelo poder público (BRUNO,
2006.p.9).
Historicamente, percebe-se a rejeição das
pessoas deficientes, não somente no período da antiguidade, mas até mesmo na
Idade Média as pessoas com deficiências mentais, ou também conhecidas na época
como loucos, eram considerados possuídos pelo demônio e, por isso, eram
excluídos da sociedade. Já os cegos e surdos eram atribuídos os poderes e dons
sobrenaturais. Na trajetória podem-se encontrar as explicações dos filósofos
cristãos, que diziam que oscilava entre culpa e expiação de pecado.
Inclusão: uma narrativa em
construção
Em uma antiguidade pautada pela perfeição
ideal, as pessoas com deficiência eram eliminadas. Em seguida, foram
consideradas incapazes e, posteriormente, deficientes. Durante o nazismo, os
assassinatos recomeçaram não mais baseados na cultura, mas sim na vontade de
purificar a raça. Mesmo com tantos obstáculos alguns ainda conseguiram alcançar
o direito de serem cidadãos.
Então, para assegurar o direito de todos para
educação pública e gratuita, as Políticas Públicas foram alcançadas em 1948 em
que foi feita e Declaração dos Direitos Humanos. “A proposta de integração
segundo a qual o sujeito deveria adaptar-se a sociedade” (SANTA CATARINA-
UDESC, 2003, p.65).
Os movimentos mundiais de integração das
pessoas com deficiência defendiam as oportunidades educacionais e sociais
iguais para todos, o que contribuiu muito para a criação dos serviços de
educação especial e classes especiais em escolas públicas no Brasil. Dessa
forma, surge a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº
4.024/61), com a recomendação de integrar, no sistema geral de ensino, a
educação de excepcionais, como eram chamados na época às pessoas com
deficiência.
Surdez: aspectos clínicos e
aprendizagem
A audição é um dos sentidos sensoriais que o
ser humano possui, mas algumas pessoas nascem desprovidas deste sentido ou
perdem ao longo da vida. A falta dele é considerada como deficiência auditiva,
ou seja, uma perda na capacidade de perceber sons. Esta perda pode ser tanto
parcial, como total em alguns casos.
De acordo com a Resolução Nº 112:
Deficiência auditiva é a
perda parcial ou total, congênita ou adquirida da capacidade de compreender a
fala através do ouvido. A mensuração é feita através de avaliações que
comprovem perda bilateral de 25 decibéis (dB) ou mais, resultante da aritmética
do audiograma, aferida nas frequências de 500 Hertz (Hz), 1000 Hz, 3000 Hz,
4000 Hz; variando de acordo com o nível de acuidade auditiva da seguinte forma:
leve/moderada: perda auditiva de 25 a 70 dB; severa/ profunda: perda auditiva
acima de 71 dB. (FLORIANÓPOLIS, 2006, p.1)
A comunicação humana é imprescindível, pois é
dessa forma que nos expressamos, emocionamos, transmitimos e recebemos
informações, a linguagem é indissociável do ser humano e o acompanha em sua
trajetória de vida. É o instrumento ao qual o homem modela seu pensamento, sua
vontade e seus atos, influencia e é influenciado, fundamento essencial e mais
profundo da sociedade humana. Assim, em comunidades surdas a comunicação também
é de fundamental importância para que haja interação. Como exemplo, Lima (2006)
cita que existem pessoas surdas que se comunicam com a Língua Brasileira de
Sinais-Libras. Foi legalizada no Brasil através da Lei Nº 10.436, em abril de
2002, que dispõe e reconhece a Libras- Língua Brasileira de Sinais como meio
legal de comunicação e expressão objetiva e de utilização de corrente das comunidades
surdas do Brasil. E também temos as pessoas que se comunicam e oralizam ou
leitura labial.
Ainda, para Lima (2006, p.23), “A criança
deficiente auditiva seja qual for a sua perda, também devem ser inclusa nas
redes regulares de ensino”. Entretanto, há diferenciação entre a inclusão do
surdo leve e moderado para o surdo profundo. A inclusão de uma criança com
surdez leve e moderada pode ser feita de forma natural nas creches e
pré-escolas em que a língua portuguesa é a língua de comunicação. Já o surdo
profundo, deve ter acompanhamento em uma sala de recursos para aquisição e
apropriação de LIBRAS para desenvolvimento da língua portuguesa escrita.
Cegueira: Um Mundo cuja
Imagem é Sentida, não Percebida
A visão tem um reinado soberano ao
estabelecer um contato com o mundo exterior, facilitando o intercâmbio
comunicativo desde os primeiros meses de vida. A criança com cegueira não
efetua essa interação, dificultando o desenvolvimento das habilidades ligadas a
este órgão sensorial, pois “a cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou
mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a
capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos
abrangente” (SÁ et al, 2007, p.15).
Além da cegueira, há também aqueles que
possuem baixa visão que conforme (Sá et al, 2007, p.16):
A definição de baixa visão
(ambliopia, visão subnormal ou visão residual) é complexa devido à variedade e
à intensidade de comprometimentos das funções visuais. Essas funções englobam
desde a simples percepção de luz até a redução da acuidade e do campo visual
que interferem ou limitam a execução de tarefas e o desempenho geral. Em muitos
casos, observa-se o nistagmo, movimento rápido e involuntário dos olhos, que
causa uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura.
Essas limitações, no entanto, podem ser
minimizadas e a aprendizagem e desenvolvimento da criança podem ser estimulados
a partir da utilização do Sistema Braille para ler e escrever e, também, do
auxílio de informática. Os sentidos do tato, da audição, do olfato e do paladar
assimilam as informações procedentes dos estímulos externos, que ao serem
integradas, possibilitam a percepção, análise e compreensão do ambiente.
De acordo com o Decreto Nº 5.296 (Brasília,
2004, p.2):
Deficiência visual:
cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0.05no menor olho, com
a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre
0.3 e 0.05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que
60º, ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Segundo Bruno, (1997 p.7) “Os portadores de
cegueira são aqueles que possuem ausência total de visão até a perda da
projeção da luz”.
O processo de leitura e escrita dar-se-á pelo
sistema Braille. Entre essas crianças, há aquelas que não enxergam e outras que
têm uma percepção de luz, algumas podem perceber o claro, o escuro e delinear
algumas formas. A mínima percepção de luz ou de vulto pode ser muito útil para
orientação no espaço, movimentação e habilidades de independência (BRUNO, 2006.
p. 13).
O deficiente visual é aquele que apresenta
redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor
correção óptica.
De acordo com Sá, Campos e Silva (2007),
cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais funções elementares da
visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho,
distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente.
Deficiência Múltipla
O termo deficiência múltipla tem sido
utilizado com frequência para caracterizar o conjunto de duas ou mais
deficiências associadas, sejam elas de ordem física, sensorial, mental,
emocional ou de comportamento social. No entanto, não se caracteriza em um
somatório dessas alterações, mas sim o grau de desenvolvimento, as
possibilidades de funcionais, de comunicação, alteração social e de
aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessa pessoa.
De acordo com a Resolução nº 112
(Florianópolis, 2006, p.2) “Deficiência Múltipla é a associação de duas ou mais
deficiência primárias, sejam elas na área mental, visual, auditiva ou física”.
São consideradas pessoas com deficiência
múltipla aquelas que "têm mais de uma deficiência associada. É uma
condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando
associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o
funcionamento individual e o relacionamento social" (MEC/SEESP, 2002).
A inclusão do deficiente
surdocego no ensino regular
As pessoas com algum tipo deficiência possuem
suas limitações e dificuldades, sejam de ordem física, sensorial, mental,
emocional ou de comportamento social. No entanto, não é o somatório dessas
alterações que caracteriza a deficiência múltipla, mas sim o grau de
desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social
e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.
De acordo com Godói (2006, p. 13):
Os alunos com deficiências
múltiplas podem apresentar alterações significativas no processo de
desenvolvimento, aprendizagem e adaptação social. Possuem variadas
potencialidades, possibilidades funcionais e necessidades concretas que
necessitam ser compreendidas e consideradas. Apresentam, algumas vezes,
interesses inusitados, diferentes níveis de motivação, formas incomuns de agir,
comunicar e expressar suas necessidades, desejos e sentimentos.
A inclusão desses alunos no sistema regular
de ensino é desejada por famílias, escolas e professores solidários que se
propõem a assumir desafios. As escolas que tem obtido êxito no processo de
inclusão adotam como compromisso o respeito a diversidade e diferenças individuais,
a adaptação do currículo e a modificação dos recursos metodológicos e do meio.
Esses são fatores são essenciais e capazes de atender as necessidades
específicas de aprendizagem desses educandos.
Procedimentos Metodológicos
Quanto à natureza da abordagem da presente
pesquisa, pode-se dizer que foi de caráter aplicado, porque além de buscar na
literatura autores renomados que enfatizam o presente tema, a sua prática se
deu em uma Instituição Municipal que atende o aluno que foi pesquisado. Esta
instituição está situada no centro da cidade.
Sob o ponto de vista da abordagem do
problema, a referida pesquisa é nominada como quantitativa, porque os
resultados obtidos na pesquisa são apresentados em forma de quadros e
percentuais, e descritiva, pois estes dados são confrontados com os aspectos
teóricos estudados. De acordo com Marconi e Lakatos (2010) a pesquisa
quantitativa é aquela em pode ser mensurada em números, classificada e
analisada.
Sobre os procedimentos técnicos, a pesquisa
realizada na instituição caracterizou-se como estudo de caso, pois foi estudado
apenas um sujeito.
Como instrumento de coleta de dados foi
utilizado um roteiro de pesquisa com dez questões elaboradas de forma
objetiva/subjetiva com intuito de responder ao processo de desenvolvimento e
aprendizagem do aluno com surdocegueira em estudo no momento.
Resultados e Discussão
Passamos, então, a analisar as respostas
obtidas na pesquisa realizada com os professores que atuam na Escola Municipal
Prof. José Boeing de Rio Fortuna- SC. São profissionais que atendem crianças de
4 anos (pré-escolar) até 10 anos (5º ano). Também participaram os gestores da
escola: diretor, coordenadora pedagógica e a secretária municipal de educação.
Quadro 1- Inclusão, um processo de aprendizagem?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
3
pessoas |
14% |
Concordo |
14
pessoas |
66% |
Concordo parcialmente |
4
pessoas |
19% |
Discordo totalmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Discordo |
Nenhuma
resposta |
0% |
Discordo Parcialmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
O primeiro quadro de respostas traz a
informação que a maioria dos entrevistados (66%) concorda que a inclusão é um
processo de aprendizagem, 14% concordam plenamente e 19% concordam
parcialmente. Tais resultados nos levam a refletir que o processo de inclusão
ainda não está totalmente compreendido no contexto da escola investigada.
A educação inclusiva deve
ter como ponto de partida o cotidiano: o coletivo, a escola e a classe comum,
onde todos os alunos com necessidades educativas, especiais ou não, precisam
aprender ter acesso ao conhecimento, à cultura e progredir no aspecto pessoal e
social. (BRUNO, 2006 p.14).
Quadro 2- Inclusão um processo de aceitação?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
4
pessoas |
19% |
Concordo |
9
pessoas |
43% |
Concordo parcialmente |
2
pessoas |
9,5% |
Discordo totalmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Discordo |
5
pessoas |
24% |
Discordo Parcialmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No segundo quadro encontramos uma grande
diversidade de respostas que 43% das pessoas responderam que concordam que a
inclusão é um processo de aceitação, 19% concordam totalmente e 9,5% concordam,
mas parcialmente. Outros 24% das pessoas responderam que discordam desse
processo. Novamente podemos perceber que a ideia de inclusão ainda não é aceita
para esses profissionais da educação.
Da mesma forma como o
professor não conhece nenhum de seus alunos, ele também não conhece aquele com
deficiência, então o primeiro passo é criar vínculo, se aproximar, conhecê-lo,
questionar e refletir sobre as características individuais (BAPTISTA s/d.
p.06).
Quadro 3 - Todos os profissionais da educação estão preparados
para incluir alunos com deficiência?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Concordo |
Nenhuma
resposta |
0% |
Concordo parcialmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Discordo totalmente |
6
pessoas |
28.5% |
Discordo |
8
pessoas |
38% |
Discordo Parcialmente |
7
pessoas |
33% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No terceiro quadro de respostas mostra que
28,5% das pessoas discordam totalmente, dizendo que os profissionais da
educação não estão preparados para incluir alunos com deficiência, já 38%
discordam e 33% discordam parcialmente. Assim está visível à falta de preparo
dos profissionais da educação para realizar o processo de inclusão.
Para atuar na educação especial, o professor
deve ter como base a formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para
o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. (Política Nacional
Educação Especial Perspectiva da Educação Inclusiva, 2007, p. 11).
Quadro 4 -
Entre as deficiências, há aquelas chamadas de Múltiplas. Dessa forma, o aluno
deficiente em seu processo de aprendizagem demora mais tempo para aprender do
que os demais considerados “normais”?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo
totalmente |
2
pessoas |
9,5% |
Concordo |
14
pessoas |
66% |
Concordo parcialmente |
3
pessoas |
14% |
Discordo totalmente |
Nenhuma
pessoa |
0% |
Discordo |
1
pessoa |
5% |
Discordo Parcialmente |
1
pessoa |
5% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
O quadro de número quatro questiona sobre o
tempo que os alunos com deficiência levam para realizar suas atividades, se
demoram mais que alunos “normais”. Aqui a grande maioria, 66% das pessoas,
respondeu que concorda que os alunos com algum tipo de deficiência demoram mais
para aprender, 9,5% concordam totalmente e 14% concordam parcialmente, mas 5%
das pessoas discordam e também 5% discordam parcialmente.
De acordo com pesquisa
apresentada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2002, a criança com
deficiência múltipla é o educando com necessidade mais acentuada, já que a
inclusão pode trazer benefícios incontestáveis para o desenvolvimento. (RAMOS,
s/d p.10).
Quadro 5 -
Considera um processo de ensinar e interagir com alunos com surdocegueira
possível para todos os educadores?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
Nenhuma
pessoa |
0% |
Concordo |
4
pessoas |
19% |
Concordo parcialmente |
12
pessoas |
57% |
Discordo totalmente |
2 pessoas |
9,5% |
Discordo |
2
pessoas |
9.5% |
Discordo Parcialmente |
1
pessoa |
5% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
O quinto quadro nos traz a informação que 57%
dos educadores consideram o processo de ensinar e interagir com o aluno
surdocego possível a todos os educadores, 19% concorda com a ideia, mas 9,5%
discordam totalmente e também 9,5% somente discordam e 5% discordam
parcialmente, acreditando que nem todos os profissionais têm a possibilidade de
atuar com os alunos surdocegos.
As principais necessidades
específicas para apoiar a inclusão de pessoas com surdocegueira são:
comunicação, orientação, mobilidade e um parceiro efetivo e significativo para
a comunicação, que são os guias-intérpretes e os instrutores mediadores (MAIA,
2010 p. 11).
Quadro 6 -
Em sua unidade escolar são atendidos alunos com diferentes deficiências. Estes
alunos são bem acolhidos, aceitos e interagem tanto com seus pares como com a
equipe escolar?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
5
pessoas |
24% |
Concordo |
8
pessoas |
38% |
Concordo parcialmente |
6
pessoas |
28.5% |
Discordo totalmente |
Nenhuma resposta |
0% |
Discordo |
1 pessoa |
5% |
Discordo Parcialmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No sexto quadro diante da interação entre
aluno surdocego e profissionais e também os seus pares pôde-se observar que 24%
das pessoas concordam totalmente que existe este entrosamento, 38% concordam e
28,5% das pessoas que responderam o questionário concordam parcialmente.
Somente 5% das pessoas discordaram em relação esta resposta.
A inclusão e o desenvolvimento das
habilidades das crianças […] dependem da possibilidade de interação,
acolhimento e socialização que são proporcionados pela escola, pais e comunidade
(MAIA, 2010, p.12).
Quadro 7-
Entre as deficiências que atendemos nesta unidade escolar, está a deficiência
surdocegueira. Todos os profissionais estão capacitados para lidar com a
deficiência na sala de aula?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Concordo |
1
pessoa |
5% |
Concordo parcialmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Discordo totalmente |
4 pessoas |
19% |
Discordo |
15
pessoas |
71% |
Discordo Parcialmente |
1
pessoa |
5% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No sétimo quadro observamos que os
profissionais da unidade escolar pesquisada não se sentem capacitados para
atuar com os alunos deficientes, sendo assim somente 5% dos profissionais
acreditam estar aptos para atuar na área das deficiências, os demais 71%
discordam, mostrando que não se encontram capacitados e 19% discordam
totalmente e 5% discordam parcialmente.
No atendimento
educacional, utilizamos o sistema de tutoramento, no qual existe um mediador em
quem a criança confia para guiar as ações com o objetivo de estabelecer um meio
de comunicação do aluno com o seu ambiente (CONCEIÇÃO, 2010, p.12).
Quadro 8
- Os profissionais da educação alteram seu planejamento quando recebem um aluno
com deficiência?
Código |
Número de respostas |
Porcentagem % |
Concordo totalmente |
Nenhuma
resposta |
0% |
Concordo |
5
pessoas |
24% |
Concordo parcialmente |
8
pessoas |
38% |
Discordo totalmente |
1 pessoa |
5% |
Discordo |
4
pessoas |
19% |
Discordo Parcialmente |
3
pessoas |
14% |
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No oitavo quadro pôde-se constatar que ainda
há resistência em atender alunos com deficiência, pois somente 38% dos
profissionais (ainda que parcialmente) alteram o seu planejamento, quando
recebem um aluno com deficiência, mas já há uma boa expectativa, pois 24% dos
profissionais concordam que alteram os seus planejamentos. 5% discordam
totalmente e 19% discordam, mostrando um número consideravelmente alto para os
profissionais que não modificam os planejamentos de aula e 14% discordam
parcialmente. Liberato (s/d, p.10) relata que “o trabalho com essa criança me
mostrou que a adaptação ao conteúdo escolar é realizada pelo próprio aluno.
Tive que recriar minhas praticas, mudar minhas concepções e rever o meu papel,
além de valorizar e reconhecer as diferenças”.
As questões de número 09 e 10 são abertas e
solicitaram aos pesquisados que contribuíssem com nossa pesquisa, respondendo
aos seguintes questionamentos:
Questão 9- Quais são as habilidades que devemos
desenvolver no caso de alunos surdocegos?
Diante do questionamento oito profissionais
responderam que para se trabalhar com um aluno surdocego é necessário
desenvolver habilidades de aceitação, conversação, socialização, interação com
colegas, professores e toda a equipe escolar, independência, segurança,
locomoção comunicação, estimulação, exploração de ambientes por fontes sonoras,
tátil e contato físico, curiosidade e interesse por parte do aluno e o
profissional deve acreditar nele. Falam também que os alunos com surdocegueira
tem o mesmo direito à aprendizagem que os demais, só que o desenvolvimento de
aprendizagem será de uma maneira diferente. Mas alertam que para que isso possa
ser realizado, o profissional deve ter uma ampla formação e ser comprometido em
ensinar, porque o conhecimento é indispensável para haver qualidade no
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com deficiência. Porém ainda
encontramos profissionais que se assustam e criam certa resistência ao saber
que vão receber um aluno com deficiência em sua turma por não estarem
preparados para atendê-los. Por esse motivo os profissionais devem participar de cursos de aperfeiçoamento para
se prepararem e elaborarem planejamentos que venham a ajudar o aluno e a turma
no processo de inclusão.
Questão
10- Em sua opinião,
como é atendido o aluno com surdocegueira na Escola Municipal Professor José
Boeing? Quais são as dificuldades e conquistas?
Diante da análise das respostas, pudemos
perceber a satisfação dos profissionais da instituição perante ao atendimento
do aluno surdocego realizado, em que quinze (15) expressam satisfação diante
das conquistas. Observa-se o grande interesse, acompanhamento e busca de
formação, conhecimento e técnicas dos profissionais atuantes com o aluno, o que
comprova o comprometimento deste com a “Educação para todos”, a dedicação da
família, bem como o contato com os profissionais habilitados da Fundação Catarinense
de Educação Especial que estão em constante contato com os professores do aluno
e gestão da escola. Também podemos citar as grandes conquistas como fala,
socialização com escola e desenvolvimento de amizades (interação), interesse em
aprender, amadurecimento neste período e autonomia. O aluno expressa alegria no
ambiente escolar, e também foi citada a evolução em seu processo de locomoção.
Já as dificuldades são muitas por ser um caso
específico e raro. Há falta de preparo de todo o corpo docente para trabalhar
com alunos com necessidades educacionais especiais. Logo, o professor da turma,
muitas vezes, não sabe como adequar o seu trabalho para incluir o aluno em
todas as atividades. Outra dificuldade citada foi em relação à troca de
professores a cada ano o que não dá continuidade ao trabalho realizado com
aluno. Dificuldades como a falta de estrutura física em alguns locais na
escola, a falta de recursos/materiais adequados e adaptados disponíveis para
auxiliar o aluno, sendo necessário que a professora use materiais existentes
ou, na maioria das vezes, confecciona-os. Os transportes escolares não estão
adequados às suas necessidades. Um dos maiores e mais relevantes
posicionamentos dos profissionais foi quanto à falta de formação específica na
área das deficiências para todos os profissionais da instituição, alegando que
há dificuldade de relacionamento, dificultando até mesmo o processo de
inclusão, quando o profissional não sabe como reagir perante um aluno
deficiente.
Considerações Finais
O processo de
inclusão não acontece somente para as pessoas com deficiência. Deve ser um
processo natural de inserir todas as camadas sociais que, historicamente,
ficaram excluídas, por isso o termo surgiu com força de lei. A inclusão é um
processo que tem como objetivo a “Educação para todos” sejam estes deficientes
ou não. É direito, não apenas obrigação de aceitar.
Ao construir o
referencial teórico que sustenta a pesquisa, traduzimos neste estudo parte dos
objetivos elencados para a pesquisa, pois percorremos a trajetória histórica do
processo de inclusão bem como conceituamos as deficiências, enfatizando a
surdocegueira, objeto deste trabalho.
Com o relato da
historicidade do sujeito pesquisado, caracterizamos como podem ocorrer
deficiências múltiplas e de que forma é possível inseri-los de direito na
escola regular.
Com a análise
dos resultados da pesquisa aplicada aos docentes da Escola Municipal Professor
José Boeing, constatou-se os avanços e as limitações destes profissionais em
relação à inclusão de um aluno surdocego. A inclusão é um direito inalienável
de todo ser humano, portanto, é necessário que as políticas públicas sejam
incluídas e que os docentes aceitem a prática da inclusão como prerrogativa
legal, mas, acima de tudo, entendam que o deficiente é um ser humano e que
precisa ser desenvolvido a partir de suas humanidades. Isto é o que podemos
chamar de princípio da dignidade humana.
Outro aspecto
pontuado nos objetivos está relacionado à questão do planejamento elaborado
pelo docente e que precisa ser construído no sentido de incluir todos,
indistintamente. Neste aspecto ainda constata-se certa resistência, o olhar e a
formação docente ainda estão focados para uma docência para os “inteligentes”
“os normais”.
Diante de todo o
processo de estudo e pesquisa, pode-se perceber que o processo de inclusão
ainda não acontece de forma integral, mas podemos perceber uma maior
preocupação do corpo docente em sanar as dúvidas.
A pesquisa
apontou também para a necessidade de formação continuada dos docentes no que se
refere à inclusão e ao atendimento de alunos com deficiências múltiplas na rede
municipal de ensino de Rio
Fortuna- SC. Esta sugestão já foi dada pela pesquisadora e já está programada
para o início do próximo ano letivo.
Referências
BAPTISTA,
Caroline. Recebendo Alunos com Deficiência. Revista: Mundo da Inclusão.
Minuano Cultural. s/d.
BOSCO,
Ismênia Carolina Mota Gomes; MESQUITA, Sandra Regina Stanziani Higino e MAIA
Shirley Rodrigues. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Surdocegueira
e Deficiência Múltipla. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Especial ; [Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará, 2010.
BRASIL,
Lei de Diretrizes e Bases - LDB. LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE
1961. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4024.htm.
Acesso em 15/05/15.
BRASIL.
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial
curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.
3v.:il.
BRASIL.
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/821803.pdf.
Acesso em 12/06/15.
BRASIL.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,
Brasil, 2002. Disponível em:
http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf. Acesso
em 13/04/15.
BRASIL.
DECRETO Nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Presidência da república.
Casa civil- subchefia para assuntos Jurídicos. Brasília, 2004.
BRASIL.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva.
Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho Nomeado pela Portaria nº 555, de
junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007,
MEC/SEESP.
BRUNO,
Marilda Moraes Garcia. Deficiência Visual. Reflexão sobre a Prática
Pedagógica. São Paulo: Laramara,1997.
BRUNO,
Marilda Moraes Garcia. Educação Infantil: saberes e práticas da
inclusão: Introdução. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
45p.: il.
CONCEIÇÃO,
Carla Patrícia Ferreira da. Atendimento Educacional do Aluno com
Surdocegueira. In: Revista: Ciranda da Inclusão. Ciranda Cultural, 2010.
GODÓI,
Ana Maria de. Educação Infantil: Saberes e Práticas da Inclusão:
dificuldades acentuadas de aprendizagem: Deficiências Múltiplas. 4 ed.
Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
GODÓI,
Ana Maria de. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
LAGATI,
S. Deaf-Blind or Deafblind International Perspectives on Terminology.1995
Tradução: Laura L. M. Anccilotto. São Paulo: Projeto Ahimsa/Hilton Perkins,
2002.
LAKATOS,
Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LIBERATO, Dulcilene Almeida da Silva. Uma experiência que
deu certo. Revista: Mundo da
Inclusão. Minuano Cultural, s/d.
LIMA, Daisy Maria Collet
de Araújo. Educação Infantil: saberes e práticas da inclusão:
Dificuldades de comunicação e sinalização: surdez. 4ed. Secretaria do Estado da
Educação do Distrito Federal – Brasília: MEC, 2006.
LIMA, Priscila Augusta. Educação
Inclusiva e Igualdade Social. São Paulo: Avercamp, 2006. 176p.
MAIA, Shirlei Rodrigues.
Surdocegueira: Uma condição única. Revista: Ciranda da Inclusão. Ciranda Cultural. 2010
McINNES.
Deafblindness: a unique disability. In: McINNES, John M. (Org.) Aguide
to planning and support for individuaals who are deafblind. Canadá: University
of Toronto Press Incorporated, 1999. TREFFY, J. A. Deaf-blind infants and
children: a developmental guide. Trad.
Mary Inês R. M. Loschiavo. São Paulo: AHIMSA, 1991.
RAMOS, Rossana. Inclusão
na Prática: estratégias eficazes para educação inclusiva 2ed. São Paulo:
Summus, 2010.
RAMOS, Deise. Deficiência
Múltipla- Rotina Escolar. Ajuda no desenvolvimento. Revista: Mundo da
inclusão. s/d.
SÁ, Elizabet Dias de.
CAMPOS, Izilda Maria de. SILVA, Myriam Beatriz Campolina. Atendimento
Educacional Especializado- Deficiência Visual. SEESP/SEED/MEC. Brasília,
2007.
SANTA CATARINA. Educação
Especial e Aprendizagem - Educação Especial as Variadas Formas de Olhar a
Diferença. Caderno Pedagógico- Udesc. 2 ed. Florianópolis, 2003.
SANTA CATARINA.
RESOLUÇÃO Nº112, 12 de Janeiro de 2004. Estado de Santa Catarina, Conselho
do estado de Santa Catarina, 2004.
SANTA CATARINA. Resolução
Nº 112 do Conselho Estadual de Santa Catarina de 12 de dezembro de 2006.
Florianópolis, 2006.
VARGAS, Gárdia. BECHE,
Rose Clér Estivalete. SILVA, Solange Cristina da. Educação Especial e Aprendizagem. Pedagogia a distância-UDESC. Florianópolis, 2003.
Correspondência
Luiza Liene Bressan – Fundação
Educacional Barriga Verde, Centro Universitário Barriga Verde. Rua Pe. João
Leonir D'Alaba. Murialdo. CEP: 88870-000. Orleans, Santa Catarina, Brasil.
Revista Educação
Especial | v. 32 | 2019 – Santa Maria
Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial