DIAGNÓSTICO DAS FLORESTAS PLANTADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDO - RS

Autores

  • Jorge Antonio de Farias
  • Paulo Renato Schneider
  • Leonardo Job Biali

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509826472

Palavras-chave:

agricultura familiar, inventário florestal, método de Prodan, economia florestal.

Resumo

O presente estudo visa fazer um diagnóstico das florestas plantadas na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo - RS, contemplando a caracterização das propriedades, dos florestamentos, e a disponibilidade e o consumo de madeira na região.  A área de abrangência do estudo fica na região central do Rio Grande do Sul, cuja economia principal é a fumicultura, abrangendo 13 municípios que compõem a área de atuação do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo. A coleta dos dados foi conduzida no decorrer do ano de 2008. Para a determinação do tamanho da amostra, foi feita uma amostragem com probabilidade proporcional ao tamanho, sendo que o critério de distribuição das unidades amostrais levou em consideração o número de árvores por município e, dentro dos municípios, o número de árvores por classe de tamanho de propriedade. O método de amostragem utilizado no inventário florestal foi o de Prodan, além de ter sido feitas entrevistas com os produtores. A região é caracterizada por pequenos produtores rurais, e 61,4% da lenha utilizada na cura das folhas de tabaco é adquirida de terceiros, além disso, a maioria dos florestamentos possui espaçamentos reduzidos (2,26 m²/planta) e baixos índices de sobrevivência, na ordem 34,4% após 7 anos do plantio. O estoque atual de madeira é de 2.781.069 m³, o que garante um abastecimento para apenas 3,5 anos. Os dados levantados permitem constatar que os recursos necessários para investir na autossuficiência de lenha para a fumicultura, são de R$ 12.250.000,00, que poderiam ser alocados anualmente, durante sete anos, equivalente à rotação em talhadia simples, resultando em uma área de 80 ha/ano/município.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRAE, F. H. Ecologia florestal. Santa Maria, UFSM, 1978. 250p.

BARROS, M. V. Fator de cubicação para madeira empilhada de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maden, com toretes de dois comprimentos, e sua variação com o tempo de exposição no ambiente. 2006. 103 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2006.

BERGER, R. Crescimento e qualidade da madeira de um clone de Eucalyptus saligna Smith sob o efeito do espaçamento e da fertilização. 2000. 126 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2000.

ETGES, V. E. Sujeição e resistência: os camponeses gaúchos e a indústria do fumo. Porto Alegre: FEE, 1989.

ETGES, V. E. A região no contexto da golabização: o caso do Vale do Rio Pardo. In: VOGT, O. P.; SILVEIRA, R. L. (Org.). Vale do Rio pardo: (re)conhecendo a região. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2001, p. 351-366.

FARIAS, J. A.; BIANCO, S. Reflorestamento: bom para o meio ambiente e para sua propriedade. Rio de Janeiro: Souza Cruz, 1999.

FERREIRA. C. A.; GALVÃO, A. P. M. Importância da atividade florestal no Brasil. In: GALVÃO, A. P. M. (Org.). Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e ambientais: um guia para ações municipais e regionais. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia; Colombo: Embrapa Florestas, 2000. 351p.

FREY, M. R.; WITTMANN, M. L. Práticas de fomento florestal e incentivo à preservação das matas nativas na fumicultura. Redes, Santa Cruz do Sul, v. 12, n. 3, p. 99-117, 2007.

GOETZE, M.; THOMÉ, G. C. H. Efeito alelopático de extratos de Nicotiana tabacum e Eucalyptus grandis sobre a germinação de três espécies de hortaliças. R. Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 10, n. 1, p. 43-50, 2004.

GUIMARÃES, R. F. Ensaio de espaçamento em Eucalyptus saligna Sm. para produção de lenha. Serv. Flor. CIA Paulista Estrada Ferro Boi., 6. ed. 1961. 42 p.

IBDF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. Inventário florestal nacional – reflorestamento Rio Grande do Sul. Brasília: IBDF, 1983. 182 p.

MÜLLER, I. Avaliação da produtividade da Acacia mearnsii De Wild. (Acácia negra) em função de diferentes espaçamentos. 2006. 131 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2006.

PELLICO NETO, S.; BRENA, D. A. Inventário florestal. Curitiba: UFPR. 1997. 316 p.

PELLICO NETTO, S. Amostragem em dois estágios com unidades primárias de tamanhos diferentes. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 6, n. 1, p. 147-155, 1996.

SCHNEIDER, P. R. et al. Produção de madeira para energia de Eucalyptus grandis em diferentes espaçamentos na região de Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brasil. In: 3º SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 2004, Santa Maria. Anais... Santa Maria: UFSM/CCR/PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENG. FLORESTAL, 2004. p. 1-6.

SEMA – RS, 2003. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ifcrs/frame.htm.> Acesso em 02 de agosto de 2009.

SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RS. Inventário florestal contínuo. Porto Alegre: UFSM /

SILVA, H. D.; BELLOTE, A. F. J.; FERREIRA, C. A. Cultivo do eucalipto. Colombo: Embrapa Florestas, 2003.

SILVA, J. C. . Eucalipto: desfazendo Mitos e Preconceitos. Revista da Madeira, Curitiba, 63. ed., p. 52-56, 2003.

TONIETTO, L.; STEIN, P. P. Silvicultura da Acácia negra (Acacia mearnsii De Wild.) no Brasil. Florestar Estatístico, São Paulo, v. 4, n. 12, p. 11-16, 1997.

VOGT, O. P. Produtor integrado: um apêndice da exploração industrial. In: Centro de Estudos Marxistas. Os trabalhos e os dias: ensaios de interpretação marxista. Passo Fundo: UPF, 2000. p. 163-179

Downloads

Publicado

31-03-2017

Como Citar

Farias, J. A. de, Schneider, P. R., & Biali, L. J. (2017). DIAGNÓSTICO DAS FLORESTAS PLANTADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDO - RS. Ciência Florestal, 27(1), 339–354. https://doi.org/10.5902/1980509826472

Edição

Seção

Nota Técnica

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>