Estudo dos constituintes macromoleculares, extrativos voláteis e compostos fenólicos da madeira de candeia – <i>Moquinia polymorpha</i> (Less.) DC.

Autores

  • Silvia Regina de Lima UFSM
  • Guedmiller Souza de Oliveira
  • Sérgio Antônio Lemos de Morais
  • Evandro Afonso do Nascimento
  • Roberto Chang

DOI:

https://doi.org/10.5902/198050981946

Palavras-chave:

<i>Moquinia polymorpha</i>, extrativos, constituintes macromoleculares

Resumo

Neste estudo, foram analisados os principais componentes químicos da madeira da Moquinia polymorpha (LESS.) DC., conhecida como candeia ou cambará, nativa da região Sul de Minas Gerais. A composição química dessa madeira foi: 47,5% de α-celulose, 25,4% de hemiceluloses A e B, 24,0% de lignina, 73,2% de holocelulose, 3,82% de extrativos em etanol:cicloexano (1:1, v v-1), 3,21% em etanol e 4,04% em água quente. Nos compostos voláteis identificados, destacaram-se: α-curcumeno, α-diidroturmerona, β-diidroturmerona, cedranol, 1-ciclopentil-3-[2,4-dimetil-fenil]propano. A análise dos fenóis totais foi conduzida com base nos extratos metanol-água (MA) e acetona-água (AA), em que esse último apresentou maior rendimento. O teor de fenóis totais foi determinado pelos métodos Folin-Ciocalteau e Azul da Prússia modificado. No método Folin-Ciocalteau, foram encontrados 0,93 mg g-1 de madeira para o extrato MA e 1,56 para o extrato AA e no método azul da Prússia modificado, foram determinados 2,74 mg g-1 de madeira para o extrato MA e 4,42 para o extrato AA. O teor de proantocianidinas foi determinado pelos métodos da vanilina e n-butanol:ácido. No método n-butanol:ácido, foram encontrados 0,012 mg g-1 de madeira para o extrato MA e 0,017 para o extrato AA e, no método da vanilina, foram determinados 0,29 mg g-1 de madeira para o extrato MA e 0,58 para o extrato AA. Não foram detectados 3-deoxi-proantocianidinas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADAMS, R. P. Identification of essential oil components by gas chromatography-mass spectroscopy. Illinois: Allured, 1995. 469p.

BENJAMIN, C. A. Comparação entre três critérios de amostragem para a avaliação da densidade básica da madeira de florestas implantadas de eucaliptos. Botucatu, 2002. 131f. Dissertação (Mestrado em Agronomia / Energia na Agricultura) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2002.

BRAGA, R. Plantas do Nordeste: especialmente do Ceará. 4.ed. Mossoró: Escola Superior de Agricultura de Mossoró, 1960. 315p.

BROWNING, B. L. Methods of wood chemistry. New York: Interscience, 1967. 496p. v.2.

CONDE, E.; CADAHÍA, E.; GARCÍA-VALLEJO, M. C. High-pressure liquid chromatographic analysis of polyphenols in leaves of Eucalyptus camaldulensis, globulus and rudis: proanthocyanidins, ellagitannins and flavanol glycosides. Phytochemical Analysis, v. 8, n. 2, p. 78-83, 1997.

CORK, S. J.; KROCKENBERGER, K. Methods and pitfalls of extracting condensed tannins and other phenolics from plants - insights from investigations on eucalyptus leaves. Journal of Chemical Ecology, v. 17, n. 1, p. 123-134, 1991.

FARMER, R. H. Chemistry in the utilization of wood. Oxford: Pergamon, 1967. 132p. v. 9.

FENGEL, D., WEGENER, G. Wood - chemistry, ultrastructure, reactions. Berlin: Walter de Gruyter, 1989. 613p.

GRAHAM, H. D. Stabilization of the Prussian blue color in the determination of polyphenols. J. Agric. Food Chem., v. 40, n. 5, p. 801-805, 1992.

HAGERMAN, A. E.; ZHAO, Y.; JOHNSON, S. In: SHAHADI, F. Methods for determination of condensed and Hydrolysable tannins. In: Antinutrients and phytochemicals in foods. Washington, DC: F. Shahadi : American Chemical Society, 1997, p. 209-222.

HAGERMAN, A. E. Extraction of tannin from fresh and preserved leaves. Journal of Chemical Ecology, v. 14, n. 2, p. 453-461, 1988.

HAGERMAN, A. E. Tannin chemistry. Oxford: Miami University, 1998, 2002. Disponível em: <http://www.users.muohio.edu/hagermae/tannin.pdf> Acesso em: maio 2006.

HASLAM, E. Plant polyphenols. Cambridge: Cambridge University Press, 1989. 230p.

MAINIERI, C.; CHIMELO, J. P. Fichas de características das madeiras brasileiras. 2.ed. São Paulo: IPT, 1989. 418p.

MORAIS, S. A. L.; EVANDRO A. N.; QUEIROZ, C. A. A.; PILÓ-VELOSO, D.; DRUMOND M. G. Studies on polyphenols and lignin of Astronium urundeuva wood. Journal Brazilian Chemical Society, v. 10, n. 6, p. 447-452, 1999.

MORAIS, S. A. L.; NASCIMENTO, E. A., QUEIROZ, C. R. A. A. Caracterização dos taninos da aroeira-preta (Astronium urundeuva). Revista Árvore, v. 26, n. 4, p. 485-492, 2002.

MORAIS, S. A. L.; NASCIMENTO, E. A.; OLIVEIRA, G. S. Análise química da madeira do cedro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA, 43.,2003, Ouro Preto. Anais... Rio de Janeiro : Associação Brasileira de Química, 2003. 542p.

MORAIS, S. A. L.; NASCIMENTO, E. A.; MELO, D. C. Análise da madeira do Pinus oocarpa. Parte I - Estudo dos constituintes macromoleculares e extrativos voláteis. Revista Árvore, v. 29, n. 3, p. 1-7, 2005.

NASCIMENTO, E. A.; MORAIS, S. A. L.; SIMÓN, M. B. F.; GARCIA, M. G. V.;CONDE, E. M. Polifenóis da madeira de Eucalyptus grandis. Parte I - Análise por espectroscopia e cromatografia líquida. Ciência & Engenharia, v. 5, n. 2, p. 13-18, 1996.

PORTER, H. J.; HRSTICH, L. N.; CHAN, B. C. the conversion of procyanidins and prodelphinidins to cyanidin and delphinidin. Phytochemistry, v. 25, p. 223-230, 1986.

PRICE, M. L.; VAN SCOYOC, S.; BUTLER, L. G. A critical of evaluation of the vanillin reaction as an assay for tannin in sorghum grain. J. Agric. Food Chem, v. 26, p. 1214-1218, 1978.

QUEIROZ, C. R. A. A. Análise da Lignina e dos Polifenóis da Aroeira Preta (Astronium urundeuva). Uberlândia, 2001. 144f. Dissertação (Mestrado em Química)- Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2001.

SCHOFIELD, P.; MBUGUA, D. M.; PELL, A. N. Analysis of condensed tannins: a review. Animal Feed Science and Technology, v. 91, p. 21-40, 2001.

STAFFORD, H. A.; LESTER, H. H. Procyanidins (condensed tannins) in green cell-suspension cultures of douglas-fir compared with those in strawberry and avocado leaves by means of C18-reversed-phase chromatography. Plant Physiol., v. 66, n. 6, p. 1085-1090, 1980.

STAFFORD, H.A. Flavonoid metabolism. Boca Raton: CRC, 1990. 286p.

SWAIN, T. &.HILLIS, W.E. The phenolic constitutents of Prunus. domestica I : the quantitative analysis of phenolic constituents. J. Sci. Food Agric., v.10, p. 63-68, 1959.

TAPPI TEST METHOD T 264 om-88, Preparation of wood for chemical analysis. In: Tappi Test Methods. Atlanta: Tappi Press, 1988.

TAPPI TEST METHOD T 222 om-88, Acid-insoluble lignin in wood and pulp. In: Tappi Test Methods. Atlanta: Tappi Press, 1999.

Downloads

Publicado

30-06-2007

Como Citar

Lima, S. R. de, Oliveira, G. S. de, Morais, S. A. L. de, Nascimento, E. A. do, & Chang, R. (2007). Estudo dos constituintes macromoleculares, extrativos voláteis e compostos fenólicos da madeira de candeia – <i>Moquinia polymorpha</i> (Less.) DC. Ciência Florestal, 17(2), 145–155. https://doi.org/10.5902/198050981946

Edição

Seção

Artigos