Estrutura e diversidade da comunidade arbórea de uma floresta superomontana, no Planalto de Poços de Caldas (MG)

Autores

  • Malcon do Prado Costa UFSM
  • José Aldo Alves Pereira
  • Marco Aurélio Leite Fontes
  • Pablo Hendrigo Alves de Melo
  • Daniel Salgado Pífano
  • André Schatz Pellicciottii
  • Patrícia Vieira Pompeu
  • Rossi Allan Silva

DOI:

https://doi.org/10.5902/198050984515

Palavras-chave:

floresta de altitude, variáveis ambientais, fitossociologia, florística

Resumo

Foi realizado o levantamento da comunidade arbórea de uma floresta tropical superomontana, situada na Serra de São Domingos, no planalto de Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil (altitude de 1.200 m a 1.575 m; 21°46'25"S, 46'24"10"W), com o objetivo de avaliar as variações estruturais e variáveis ambientais relacionadas. Foram analisados aspectos da estrutura fisionômica (densidade, área basal e distribuição de tamanho das árvores) e comunitária (composição, distribuição e diversidade de espécies). Foram alocadas 22 parcelas de 5 x 100 m no fragmento para amostragem dos indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 5 cm, e coleta de dados topográficos e amostras de solo superficial (0-20 cm) para análises químicas e texturais. Foram registradas 53 famílias botânicas, 104 gêneros, 178 espécies e 1963 indivíduos, assim como três subgrupos de solos: Neossolos Litólicos, Cambissolos e Argissolos (distróficos e eutróficos), distribuídos ao longo da variação altitudinal do fragmento. Uma análise de correspondência canônica revelou um gradiente de distribuição das espécies arbóreas principalmente correlacionada com as variações altitudinais, o teor de Magnésio (Mg++) e saturação por alumínio (m).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANA (Agência Nacional das Águas) Hidroweb - Dados Hidrológicos, Séries Históricas; Sistema de Informações Hidrológicas. Disponível em: <http://www.hidroweb.ana.gov.br/. HidroWeb/>. Acesso em: 05 Out. 2009.

AZEVEDO, L. G. de. Tipos de Vegetação do Sul de Minas e Campos da Mantiqueira (Brasil). Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 34, n. 2, p. 225-234, 1962.

BEALS, E. W. Vegetational change along altitudinal gradients. Science, New York, v. 165, s/n, p. 981 – 985, 1969.

BROWER, J. E.; ZAR, J. H.; ENDE, C. N. von. Field & laboratory methods for general ecology. Boston: McGraw-Hill Science / Engineering / Math Brown Publishers. 1997. 288 p.

CARVALHO, D. A. et al. Variações florísticas e estruturais do componente arbóreo de uma floresta ombrófila alto-montana às margens do Rio Grande, Bocaina de Minas, MG, Brasil. Acta Botânica Brasilica, São Paulo, v. 19, n. 1 , p. 91-109, jan./mar. 2005.

CONNELL, J. H. Diversity in tropical rain forest and coral reefs. Science, New York, v. 199, n. 4335, p. 1302-1310, Mar. 1978.

DECOCQ, G. Determinism, Chaos and Stochasticity in Plant Community Successions: Consequences for Phytosociology and Conservation Ecology. In: GAFTA, D.; AKEROYD, J. (ed.) Nature Conservation: Concepts and Practice. Environmental Science and Engineering. Berlin: Springer Berlin Heidelberg, 2006, p. 254-266.

DUDLEY N.; STOLTON, S. (Ed.) Running Pure: The importance of forest protected areas to drinking water. London: A research report for the World Bank / WWF Alliance for Forest Conservation and Sustainable Use, 2003. 103 p.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Manual de métodos de análises de solo. 2. ed. Rio de Janeiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Solos, 1997, 211 p.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2006. 306 p.

FALKENBERG, D. B.. Matinhas nebulares e vegetação rupícola dos Aparados da Serra Geral (SC/RS), sul do Brasil. 2003. 558 f. Tese (Doutorado em Botânica)-Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.

FALKENBERG, D. B.; VOLTOLINI, J. C. The montane cloud forest in southern Brazil. In: HAMILTON, L. S.; JUVIK, J. O.; SCATENA, F. N. (eds).Tropical montane cloud forests. New York: Springer Verlag, 1995. p. 138-149.

FRANÇA, G. S.; STEHMANN, J. R. Composição florística e estrutura do componente arbóreo de uma floresta altimontana no município de Camanducaia, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 1, p. 19-30, jan./mar. 2004.

GENTRY, A. H. Changes in plant community diversity and floristic composition in environmental and geographical gradients. Annals of the Missouri Botânical Garden, Missouri, v. 75, n.1, p. 1-34, jan./mar. 1988.

HUBBELL, S. P. The Unified Neutral Theory of Biodiversity and Biogeography. New Jersey: Princeton University Press. 2001, 382 p. (Monographs on Population Biology, v. 32).

HUGGET, R.J. Geoecology: an evolutionary approach. Londres: Routledg, 1995. 320 p.

INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE – IUCN. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2009.1. Disponível em: . Acesso em: 23 jul. 2009.

KITAYAMA, K. An altitudinal transect study of the vegetation on Mount Kinabalu, Borneo. Plant Ecology, Dordrecht, v. 102, n. 2, p. 149-171, out. 1992.

KITAYAMA, K. Biophysical conditions of the montane cloud forests of Mount Kinabalu, Sabah, Malaysa. In: HAMILTON, L. S.; JUVIK, J. O.; SCATENA, F. N. (eds). Tropical montane cloud forests. Berlin: Springer-Verlag. 1995. p.183-197. (Ecological Stduies, 110).

KITAYAMA, K.; AIBA, S. I. Ecosystem structure and productivity of tropical rain forest along altitudinal gradients with contrasting soil phosphorus pools on Mount Kinabalu, Borneo. Journal of Ecology, London, v. 90, n. 1 p. 37-51, Feb. 2002.

LONGHI, S. J. A estrutura de uma floresta natural de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze, no sul do Brasil. 1980.198 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal)–Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1980.

McCUNE, B.; MEFFORD, M. J. PC-ORD. Multivariate Analysis of Ecological Data Version 5.0. Oregon, USA: 2006. 40 p.

MEIRELES, L. D.; SHEPHERD, G. J.; KINOSHITA, L. S. Variações na composição florística e na estrutura fitossociológica de uma floresta ombrófila densa alto-montana na Serra da Mantiqueira, Monte Verde, MG. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 31, n. 4, p.559-574, out./dez. 2008.

MISSOURI BOTÂNICAL GARDEN (MOBOT). W3 Trópicos: Vascular Trópicos Nomenclatural Database. Disponível em: < http://www.Trópicos.org >. Acesso em: 21/03/2010.

MORAES, F. T.; JIMÉNEZ-RUEDA, F. R. Fisiografia da região do planalto de Poços de Caldas, MG/SP. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 38, n.1, p. 196-208, mar. 2008.

MUELLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Wiley e Sons, 1974. 574 p.

OLIVEIRA, J. B. Pedologia aplicada. 2 ed. Piracicaba: FEALQ, 2005. 574 p.

OLIVEIRA-FILHO A. T.; FONTES, M. A. L. Patterns of floristic differentiation among Atlantic Forests in Southeastern Brazil and the influence of climate. Biotropica, Marburg, v. 32, n. 4b, p. 793-810, mar. 2000.

OLIVEIRA-FILHO, A. T. Classificação das fitofisionomias da América do Sul cisandina tropical e subtropical: proposta de um novo sistema – prático e flexível – ou uma injeção a mais de caos? Rodriguésia, Rio de Janeiro, v.60, n.2, p. 237-258, ago./dez. 2009.

PENDRY, C. A.; PROCTOR, J. The Causes of Altitudinal Zonation of Rain Forests on Bukit Belalong, Brunei. Journal of Ecology, London, v. 84, n. 3, p. 407-418, Jun. 1996.

RESENDE, M. et al. Pedologia: base para a distinção de ambiente. 5.ºed. Lavras: Ed. da UFLA, 2007, 322 p.

ROBERTS, M. R.; GILLIAM, F. S. Patterns and mechanisms of plant diversity in forested ecosystems: implications for forest management. Ecological Applications, v. 5, n. 4, p.969-977, nov. 1995.

SANCHEZ, M. Composição e estrutura da comunidade arbórea num gradiente altitudinal da Mata Atlântica. 2001. 136 f. Tese (Doutorado)-Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2001.

SCUDELLER, V. V.; MARTINS, F. R.; SHEPHERD, G. J. Distribution and abundance of arboreal species in the atlantic ombrophilous dense forest in Southeastern Brazil. Plant Ecology, Dordrecht, v. 152, n. 2, Feb. 2001.

STEVENS, M. H. H.; CARSON, W. P. Resource quantity, not resource heterogeneity, maintains plant diversity. Ecology Letters, Marseille, v. 5, n. 3, p. 420-426, May 2002.

TER BRAAK, C. J. F. The analysis of vegetation environment relationships by canonical correspondence analysis. Vegetatio, Dordrecht. v. 69, v. 1, p. 69-77, jan./jun. 1987.

TER BRAAK, C. J. F. Ordination. In: JONGMAN, R. H. G.; TER BRAAK , C. J. F.; VAN TONGEREN, O. F. R. Data analysis in community and landscape ecology. Cambrigde: Cambridge University Press, 1995. p. 91-173.

THE ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botannical Journal of Linnean Society, v. 161, p. 105-121, 2009. Acesso em : 15 de Novembro de 2009. Disponível em: < http://www.mobot.org/mobot/research/apweb/welcome.html>

TILMAN, D. Resource competition and community structure. New Jersey: Princeton University Press, 1982, 296 p.

ZAR, J. H. Biostatistical analysis. Prentice-Hall, New Jersey, 1996.

Downloads

Publicado

30-12-2011

Como Citar

Costa, M. do P., Pereira, J. A. A., Fontes, M. A. L., Melo, P. H. A. de, Pífano, D. S., Pellicciottii, A. S., Pompeu, P. V., & Silva, R. A. (2011). Estrutura e diversidade da comunidade arbórea de uma floresta superomontana, no Planalto de Poços de Caldas (MG). Ciência Florestal, 21(4), 711–725. https://doi.org/10.5902/198050984515

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.