Acúmulo e decomposição da serapilheira em quatro formações florestais

Autores

  • Felipe Vieira Cunha Neto Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Paulo Sérgio Santos Leles
  • Marcos Gervasio Pereira
  • Vinicius Geraldo Helmeer Bellumath
  • Jorge Makhlouta Alonso

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509810549

Palavras-chave:

ciclagem de nutrientes, espécies florestais, recuperação do solo

Resumo

 

http://dx.doi.org/10.5902/1980509810549

O objetivo deste trabalho foi quantificar a serapilheira acumulada sobre o solo e sua taxa de decomposição, em quatro diferentes tipologias florestais: povoamentos de Acacia mangium wild, Mimosa artemisiana Heringer & Paula e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla; e uma floresta secundária na fazenda Cachoeirão, no município de Além Paraíba, MG. Em cada formação florestal foram feitas duas avaliações, a primeira em junho de 2008 e a segunda em junho de 2009, o material foi levado para laboratório, sendo separado, seco em estufa e pesado. Para avaliação da decomposição da serapilheira, foram utilizados litter bags, sendo as coletas realizadas aos 30, 60, 90, 150 e 210 dias após a instalação. O povoamento de eucalipto apresentou os maiores estoques nas duas coletas, enquanto mimosa (Mimosa artemisiana Heringer & Paula) apresentou menores valores. A serapilheira de mimosa (Mimosa artemisiana Heringer & Paula) apresentou a maior taxa de decomposição, com valores de K = 0,0034 e T1/2= 203 dias, enquanto para acácia (Acacia mangium wild) foram verificados menores valores (K= 0,0013 e T1/2= 533 dias). Dentre os povoamentos florestais, mimosa (Mimosa artemisiana Heringer & Paula) e eucalipto (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla) produziram a serapilheira mais rapidamente decomposta, o que evidencia a melhor eficiência dessas espécies no processo de ciclagem de nutrientes e incorporação de matéria orgânica ao solo.

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Referências

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Publicado

30-08-2013

Como Citar

Cunha Neto, F. V., Leles, P. S. S., Pereira, M. G., Bellumath, V. G. H., & Alonso, J. M. (2013). Acúmulo e decomposição da serapilheira em quatro formações florestais. Ciência Florestal, 23(3), 379–387. https://doi.org/10.5902/1980509810549

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