Universidade Federal de Santa Maria

Ci. Fl., Santa Maria, v. 31, n. 4, out./dez., 2021

DOI: 10.5902/1980509842406

ISSN 1980-5098

Submissão: 06/02/2020 • Aprovação: 29/03/2021 • Publicação: 17/11/2021

Artigos

A ’teoria da renda da Floresta’ como complemento à ’teoria da renda do Solo’ para a análise econômica de ativos florestais

The ‘Forest rent theory’ as a complement to the ‘Land rent theory’ for the economic analyses of forest assets

Mário Dobner JúniorI

I Engenheiro Florestal, Dr., Professor, Universidade Federal de Santa Catarina, Curitibanos, SC, Brasil

https://orcid.org/0000-0001-7216-781X – mario.dobner@ufsc.br

RESUMO

Análises econômicas de projetos florestais são tradicionalmente baseadas em indicadores financeiros – obtidos a partir da construção de fluxos de caixa descontados. Nesse contexto, merece destaque a ‘teoria da renda do SolotrS’, também chamada de valor esperado da terra – VET. Em contraposição a esta, surgiu a ‘teoria da renda da FlorestatrF’. Foi objetivo do presente estudo apresentar a trF como complemento à trS no contexto de plantações de Pinus taeda no sul do Brasil. A abordagem apresentada pela trF permite avaliar a gestão do ativo florestal por uma outra perspectiva, dando maior ênfase à capacidade do ativo em gerar riqueza de forma sustentável. Conclui-se que a trF é uma abordagem interessante e complementar à trS. De acordo com a trF, plantios de Pinus taeda regulados ou próximos à regulação, com o objetivo de maximizar o retorno econômico de forma sustentada, devem considerar ciclos de produção >30 anos. O manejo multiprodutos apresenta resultado econômico duas vezes superior ao pulpwood, independentemente da duração do ciclo de produção (16-30 anos). O emprego da trF de forma complementar às análises tradicionais, com fluxos de caixa descontados, reforçam a viabilidade de estratégias de manejo multiprodutos com ciclos de produção mais longos que os comumente utilizados.

Palavras-chave: Manejo florestal; Teoria da máxima receita; Valor esperado da terra

ABSTRACT

Economic analyses of forest assets are traditionally based on financial indicators – obtained with help of discounted cash flows. Noteworthy in this context is the Land rent theory – Lrt, also known as land expectation value. In opposition to the Lrt the Forest rent theory - Frt was developed. With this study it was aimed to present the Frt approach, complementarily to the Lrt, in the context of Pinus taeda plantation grown in southern Brazil. The presented Frt approach allows the evaluation of the forest asset by a different perspective, with emphasis on the capacity of the asset to generate wealth on a sustainable basis. It was concluded that the Frt is an interesting and complementarily approach to the Lrt. According to the Frt, regulated or close-to-regulation Pinus taeda plantations, aiming at maximizing the economic performance on a sustainable basis, should consider production cycles >30 years. The multiproduct management strategy presents twice as much economic outputs than the pulpwood one, regardless of the length of the production cycle (16-30 years). The use of Frt complementarily to the traditional cash flow analyses, reinforce the economic viability of multiproduct management strategies with production cycles longer than the ones commonly regarded.

Keywords: Forest management; Theory of the highest revenue; Land expectation value

1 INTRODUÇÃO

A análise econômica de projetos florestais é tradicionalmente baseada em indicadores financeiros – obtidos com o auxílio da construção de fluxos de caixa descontados – por exemplo o Valor Presente Líquido – VPL, a Taxa Interna de Retorno – TIR, e o Valor Esperado da Terra – VET (ACERBI JR. et al., 1999; SCOLFORO et al., 2001; CUBBAGE et al., 2007; BETTINGER et al., 2009; CUBBAGE et al., 2010; VITALE; MIRANDA, 2010; DOBNER JR; QUADROS, 2019). Nesse contexto, merece destaque o VET, desenvolvido para o contexto florestal, também conhecido como a ‘teoria da renda do SolotrS’ ou ‘fórmula de Faustmann’, em referência a Martin Faustmann, o primeiro a encontrar a solução matemática correta para a valoração de terras destinadas para uso florestal (FAUSTMANN, 1849), relevante até os dias de hoje nas análises econômicas de empreendimentos florestais em todo o mundo (HELMEDAG, 2018).

O trabalho de Faustmann (1849) merece o crédito por apresentar a compensação econômica para um solo florestal sem floresta, utilizada posteriormente também como um guia para a determinação da melhor composição de espécies, da melhor estratégia de manejo e, especialmente, da rotação ótima; todos, obviamente, do ponto de vista financeiro.

Faustmann aplicou os princípios neoclássicos da teoria de investimentos às florestas e, desta forma, pode ser encarado como o precursor do manejo florestal orientado por decisões econômicas. A consequência da utilização deste critério econômico, associado a taxas de juros, indicava a redução das rotações e da densidade das florestas, ambos conflitantes com os princípios da produção sustentável, que já apresentavam posição de destaque no manejo das florestas alemãs no final do século XIX e início do século XX (MÖHRING, 2001).

Foi nesse contexto que surgiu a ‘teoria da renda da FlorestatrF’ (BORGGREVE, 1878), também conhecida como ‘teoria da máxima receita’, apresentada como a antítese da ‘trS’, e defendida como o ‘real objetivo do manejo florestal’. De acordo com essa abordagem, a floresta deve ser manejada para a obtenção do máximo lucro líquido anual, sem considerar taxas de juros aplicadas a todos os custos e receitas que compõem o fluxo de caixa. Esse raciocínio pode parecer absurdo em um primeiro momento, especialmente no contexto de florestas plantadas brasileiras e no atual cenário dominado por fluxos de caixa descontados. Mais absurdo ainda no momento da implantação do ativo. Entretanto, quando o ativo florestal está constituído, regulado ou próximo à regulação, uma produção sustentável em termos de quantidade e qualidade pode ser periodicamente colhida. Significa também que todas as atividades relacionadas ao manejo florestal – estabelecimento de novos plantios, tratos culturais, tratos silviculturais – ocorrem anualmente de forma relativamente constante. Em resumo, receitas e custos de um ano completo representam fielmente aquilo que será perpetuamente repetido, ano após ano, e, assim, de acordo com a trF, deve-se optar pela estratégia de manejo que maximiza a lucro líquido anual, analisando o resultado de um único ano, que será repetido perpetuamente.

Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo apresentar o uso da ‘teoria da renda da Floresta’, de forma complementar à ‘teoria da renda do Solo’ na análise econômica de florestas plantadas de Pinus taeda no Sul do Brasil. Ao final, uma análise crítica dos métodos é apresentada.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Origem dos dados

As presentes análises foram realizadas considerando dados de crescimento e produção mensurados em área experimental no município de Campo Belo do Sul - SC. O experimento em questão avaliou diferentes intensidades de desbastes seletivos ‘pelo alto’ (BURSCHEL; HUSS, 2003), em florestas plantadas de Pinus taeda ao longo de 30 anos. Os regimes de manejo são apresentados em detalhe na Tabela 1, caracterizados pela densidade de plantio e número de árvores remanescentes após cada intervenção, resultado da seleção de 400 árvores potenciais ha-1 e da remoção de sua (s) principal (is) concorrente (s).

Tabela 1 – Caracterização dos regimes de manejo de Pinus taeda em função da densidade de plantio e do número de árvores remanescentes após cada intervenção como resultado da seleção de árvores potenciais e da remoção de sua (s) respectiva (s) concorrente (s) – desbaste seletivo pelo alto. Campo Belo do Sul, SC

Table 1 – Management regime characterization for Pinus taeda due to the planting density and the number of remained trees after each intervention as a result of the selection of potential crop trees and the removal of their competitor (s) – crown thinning. Campo Belo do Sul, SC state

Regime de Manejo

pulpwood

multiprodutos

Idade

N (árv ha-1)

N (árv ha-1)

N (árv ha-1)

N (árv ha-1)

(ano)

remanescentes

concorrente (s)

remanescentes

concorrente (s)

0

2.500

2.500

5

-

-

1.610

2

7

-

-

1.320

1

10

-

-

870

1

13

-

-

360

1

30

690

-

360

-

Fonte: Autor (2020)

Em que: N = número de árvores

A redução da densidade observada aos 30 anos de idade (Tabela 1) no regime pulpwood é resultado exclusivo da mortalidade, enquanto no regime multiprodutos, é resultado dos quatro desbastes pelo alto realizados. Embora o experimento tenha sido finalizado quando a floresta atingiu 30 anos de idade, foram avaliadas idades de corte raso iniciando aos 16 anos, em intervalos de 2 em 2 anos, até os 30 anos de idade. Dessa forma, permitindo avaliar a duração ótima do ciclo de produção. Maiores detalhes sobre o experimento e uma completa caracterização dendrométrica das estratégias de manejo está disponível em Dobner Jr. (2013).

2.2 Tabela de produção

A produção por sortimento de tora, classificada em função do diâmetro na ponta fina, com 2,5 m de comprimento, nos diferentes regimes de manejo é apresentada na Tabela 2. São apresentados também os valores obtidos nos desbastes (somente no regime multiprodutos) e no corte raso (para ambos) em idades variando entre 16-30 anos. Maiores detalhes sobre o processamento desses dados está disponível em Dobner Jr. (2013).

Observa-se na Tabela 2 que no regime de manejo pulpwood não são produzidas toras podadas, caracterizando fielmente esse tipo de estratégia de manejo.

Na floresta submetida ao regime multiprodutos foi realizada poda em quatro intervenções entre as idades de 4-7 anos. Nesse regime foram realizados desbastes seletivos ‘pelo alto’. O primeiro deles, um pré-comercial, com a derrubada de duas árvores competidoras por árvore potencial previamente selecionada (Tabela 1). Nas demais intervenções, apenas uma árvore competidora foi removida por árvore potencial.

Tabela 2 – Produção de Pinus taeda por sortimento de tora em m3 ha-1, classificado em função do diâmetro na ponta fina, toras não podadas e podadas, nos diferentes regimes de manejo, considerando os desbastes (pré-comercial-PC, primeiro - 1D, e segundo - 2D, realizados aos 5, 10 e 13 anos, respectivamente) e corte raso - CR em idades variando entre 16-30 anos. Campo Belo do Sul - SC

Table 2 – Production of Pinus taeda per log assortment in m3 ha-1, classified according to the small-end diameter, unpruned and pruned logs, for the different management regimes, regarding the thinnings (pre-commercial-PC, first-1D and second-2D, carried out at 5, 10 and 13 years, respectively) and final cut-CR at ages varying between 16-30 years. Campo Belo do Sul, SC state

pulpwood

multiprodutos

Sortimentos

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

PC

1D

2D

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

(cm)

16

18

20

22

24

26

28

30

5

10

13

16

18

20

22

24

26

28

30

não podado

[10 - 20)

317

304

283

247

250

212

168

145

46

75

67

54

50

47

49

45

48

49

44

[20 - 30)

311

370

424

478

513

515

517

460

3

31

145

168

175

167

168

173

167

161

[30 - 40)

41

83

114

151

189

222

260

323

4

49

105

152

201

237

252

259

259

[40 - 50)

5

14

30

37

51

66

85

18

45

65

88

108

130

[50 - 60)

5

8

15

6

11

20

> 60

0

não podado

670

762

834

906

989

1.006

1.019

1.028

46

77

102

248

323

391

462

515

567

593

613

podado

[20 - 30)

34

63

58

30

18

8

7

7

7

4

[30 - 40)

14

104

126

136

140

118

106

110

74

[40 - 50)

9

46

73

97

117

124

130

150

[50 - 60)

15

29

53

62

67

> 60

15

podado

0

0

0

0

0

0

0

0

0

34

77

171

202

227

261

271

290

307

310

Total

670

762

834

906

989

1.006

1.019

1.028

46

111

179

419

525

617

723

786

857

900

924

Fonte: Autor (2020)

2.3 Premissas financeiras

A análise econômica dos regimes de manejo requer a obtenção de custos e receitas inerentes ao processo produtivo. Os elementos para a determinação dos custos e receitas de produção são apresentados na Tabela 3.

Embora apresentados de forma resumida e arredondados, os custos refletem valores atuais e representativos para áreas com manejo florestal com certificação FSC (Forest Stewardship Council) no planalto sul do Brasil (Tabela 3).

Conforme mencionado, o regime de manejo multiprodutos considerou a realização de um desbaste pré-comercial aos 5 anos de idade, no qual as árvores foram simplesmente derrubadas e mantidas no talhão a um custo de R$ 400 ha-1.

Tabela 3 – Elementos para a formação dos custos e receitas ao longo do ciclo de produção para o cultivo de Pinus taeda no sul do Brasil

Table 3 – Elements for the formation of costs and revenues along the production cycle of Pinus taeda in southern Brazil

Custos

Atividade

Unidade

Valor

Estabelecimento a

R$ ha-1

-5.000

Poda b

R$ ha-1

-2.500

Desbaste pré-comercial

R$ ha-1

-400

Administração pulpwood

R$ ha-1 ano-1

-300

Administração multiprodutos

R$ ha-1 ano-1

-400

Valores dos sortimentos de tora

Sortimentos

(cm)

Valor

(R$ m-3)

Sortimentos

(cm)

Valor

(R$ m-3)

não podado

[10 - 20)

0

podado

[20 - 30)

60

[20 - 30)

100

[30 - 40)

110

[30 - 40)

160

[40 - 50)

170

[40 - 50)

310

[50 - 60)

220

[50 - 60)

370

> 60

220

> 60

370

Fonte: Autor (2020)

Em que: a preparo do solo, controle de formigas cortadeiras, plantio e tratos culturais ao longo dos três primeiros anos. Considerou-se plantio no ano 0; b o custo da poda é o resultado de quatro intervenções realizadas entre as idades de 4-7 anos.

Os custos relacionados à administração compreendem tudo aquilo que não é trato cultural ou silvicultural, porém necessário à gestão do ativo. Considerando-se os diferentes níveis de complexidade na gestão de ativos florestais submetidos ao regime pulpwood e ao regime multiprodutos, diferentes valores foram considerados.

Com relação ao valor dos sortimentos de tora, estes são valores médios líquidos, praticados no planalto de Santa Catarina, já descontados o custo da colheita e da construção e a manutenção de estradas. Refletem ainda os valores praticados para carregamento das toras no estaleiro ao lado do talhão em que foram colhidas, ou seja, livres de frete.

Nenhum dos dois métodos, trF e trS, considera o valor da terra em seus cálculos. Este é um pressuposto conceitual de ambos. Na trF, parte-se do princípio de que a terra possui utilização florestal e a alteração do tipo do uso ou não é possível por restrições do sítio (relevo, pedregosidade, etc.) ou por restrições legais. As restrições legais remetem ao contexto europeu no qual a conversão de uso do solo é bastante restrita.

2.4 Teoria da renda do solo

A ‘teoria da renda do Solo - trS’, assim tratada em contraposição à ‘teoria da renda da floresta’, é mais comumente denominada de valor esperado da terra-VET. Trata-se de uma abordagem amplamente utilizada e conhecida por investidores florestais. O cálculo a partir da trS é realizado da seguinte forma (BETTINGER et al., 2009):

(1)

Em que: VFL é o valor futuro líquido de uma rotação, i é a taxa de juros anual considerada e R é duração da rotação em anos.

A trS requer a definição de uma taxa de juros, conceitualmente a ‘taxa mínima de atratividade’, ou a taxa de um investimento alternativo. A importância da definição correta dessa taxa de juros não deve ser subestimada, conforme amplamente discutido por Dobner Jr. e Quadros (2019). No presente estudo foram utilizadas taxas reais de 3 e 6% a.a., conforme Dobner Jr. e Quadros (2019).

2.5 Teoria da renda da floresta

A ‘teoria da renda da Floresta’ ou, como originalmente proposto, em alemão, Waldreinertrag, também conhecida como Forest rent theory em inglês, considera que o ativo florestal está constituído e é capaz de oferecer quantidades e qualidades de toras relativamente constantes ano após ano, desde que os níveis de produção sejam sustentáveis. Dessa forma, a receita obtida ao final de um ano é simplesmente a multiplicação do volume por sortimento colhido e o seu respectivo valor líquido de mercado. De forma semelhante, em função da regulação do ativo, os custos de produção ocorrem também de forma regulada ano após ano. Assim, todos os anos será necessário estabelecer e manejar uma fração semelhante do ativo.

De forma esquemática, o cálculo a partir da ‘teoria da renda da floresta - trF’ é simplesmente:

(2)

Em que: Rt é a receita do ano t; Ct são os custos totais do ano t.

Destaca-se que faz parte da contabilização dos custos o custo administrativo, cujo valor é considerado com a unidade de R$ ha-1. Ou seja, um ciclo de produção pulpwood, com custo de administração de 300 R$ ha-1 ano-1 e duração de 16 anos, possui um custo de administração total de 4.800 R$ ha-1 (300 R$ ha-1 ano-1 x 16 anos). Dessa forma, penalizando ciclos mais longos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Teoria da renda do solo

Apresentam-se a seguir os resultados obtidos a partir da ‘teoria da renda do Solo’ (Figura 1).

Observa-se na Figura 1 o forte impacto da utilização de taxas de juros na avaliação do desempenho econômico de florestas plantadas. A natureza composta dos juros, associada aos longos períodos de produção, resulta valores de renda do solo expressivamente menores e a antecipação da idade ótima de corte com o aumento da taxa de juros. Para uma taxa de 6% a.a., a rotação ótima foi de 22 anos para as duas estratégias de manejo. Utilizando-se uma taxa de juros de 3% a.a., o que implica em menor ‘peso’ do capital investido no início do ciclo de produção, observa-se maior diferença entre as estratégias de manejo e uma rotação ótima de 26 e 28 anos, para o regime multiprodutos e pulpwood, respectivamente. Comportamento esperado e já relatado em outros estudos (DOBNER JR.; QUADROS, 2019). Conforme apresentado por esses autores, não se trata de estimular o uso de taxas de juros baixas, mas de taxas realistas e apropriadas a cada investidor. O emprego de taxas elevadas não resultará melhor resultado econômico como um leigo poderia pensar, mas sim decisões equivocadas para o manejo do ativo, como o corte raso antes da real maturidade econômica.

Figura 1 – Renda do Solo obtido por meio da ‘teoria da renda do solo’ para as diferentes estratégias de manejo para Pinus taeda em ciclos de produção com duração variando entre 16-30 anos utilizando taxas de juros de 3% (linha tracejada) e 6% (linha cheia)

Figure 1 – Land rent obtained due to the ‘land rent theory’ for the different management strategies for Pinus taeda within production cycles of 16-30 years period regarding interest rates of 3% (dashed line) and 6% (full line)

Fonte: Autor (2020)

Em que: *Setas indicam a idade na qual valores máximos foram observados.

3.2 Teoria da renda da Floresta

De acordo com a ‘teoria da renda da FlorestatrF’, o resultado econômico é obtido simplesmente a partir da subtração dos custos das receitas ocorridos em um mesmo ano. Os resultados a partir dessa abordagem são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 – Receitas e custos para a obtenção da renda de um plantio de Pinus taeda no sul do Brasil nas diferentes idades de Corte Raso – CR, com ciclos de produção com duração de 16-30 anos

Table 4 – Revenues and costs for rent calculation of a Pinus taeda plantation in southern Brazil at the different clear-cut ages – CR, with production cycles between 16-30 years

Pulpwood

Multiprodutos

Intervenção

unidade

Corte raso

(R$ ha-1)

Corte raso

(R$ ha-1)

CR+D

(R$ ha-1)

Receitas

1D

3.600

(+)

2D

10.900

CR16

23.200

39.400

53.900

CR18

32.200

59.000

73.500

CR20

40.300

76.300

90.800

CR22

50.400

98.900

113.400

CR24

57.900

113.800

128.300

CR26

65.200

129.900

144.400

CR28

72.600

140.800

154.600

CR30

80.900

153.700

168.200

Custos

Estabelecimento

-5.000

-5.000

(-)

Poda

R$ ha-1

-2.500

Pré-comercial

-400

Administração

R$ ha-1 ano-1

-300

-400

Teoria da renda da Floresta

Pulpwood

Multiprodutos

Ciclo de produção

R$ ha-1

R$ ha-1 ano-1

R$ ha-1

R$ ha-1 ano-1

16

13.400

840

39.600

2.480

18

21.800

1.210

58.400

3.240

20

29.300

1.470

74.900

3.750

22

38.800

1.760

96.700

4.400

24

45.700

1.900

110.800

4.620

26

52.400

2.020

126.100

4.850

28

59.200

2.110

136.200

4.860

30

66.900

2.230

148.300

4.940

Fonte: Autor (2020)

Em que: *Valores arredondados para a centena mais próxima.

Source: Author (2020)

In where: *Values are rounded to the closest hundredth.

Considerando o regime multiprodutos com duração de 30 anos, por exemplo, constata-se uma renda da floresta de R$ 148.300 ha-1 [168.200 – 5.000 – 2.500 – 400 – (30 x –400)], equivalente a R$ 4.940 ha-1 ano-1. Foi nesse regime que se observou o maior valor dentre as estratégias de manejo avaliadas.

A simplicidade da análise apresenta de forma clara a superioridade dos regimes multiprodutos em relação ao pulpwood. Constata-se ainda que ciclos de produção de até 30 anos de duração não foram suficientes para a determinação da rotação ótima, pois a renda da floresta apresentou valores crescentes durante todo o período avaliado, apesar de parecerem estar próximos de um pico. Isso ocorre porque a valorização dos hectares como resultado do crescimento das árvores e do valor dos sortimentos estão ‘livres’ do ‘peso’ do capital investido capitalizado ano após ano nas análises econômicas tradicionais. Ressalta-se que uma floresta com 16 anos de idade é pouco valiosa e mesmo com menores custos administrativos por considerar menores períodos, a receita líquida é pequena.

Os resultados obtidos são semelhantes àqueles relatados por Huss e Dobner Jr. (2020) para P. taeda no sul do Brasil. Os autores concluíram que a maximização da trF se deu com uma densidade de plantio de 1.250 árv ha-1, acompanhada por desbastes pesados e uma idade de corte final de 33 anos. Essa estratégia de manejo resultou uma renda líquida de 22.400 € ha-1 (equivalente a 105.300 R$ ha-1 com um câmbio de 4,70 R$ €-1), valor três vezes superior ao observado na mesma estratégia de manejo com corte final aos 15 anos naquele trabalho. Da mesma forma, regimes pulpwood resultaram valores, no máximo, equivalentes à metade dos obtidos no regime multiprodutos. Por último, reportaram que as conclusões semelhantes em termos de estratégia ótima econômica foram obtidas a partir do indicador Valor Presente Líquido ao infinito, utilizando uma taxa mínima de atratividade de 3% a.a., obviamente com valores numericamente inferiores aos observados com a trF.

O corte de florestas mais velhas além de possibilitar a obtenção de estoques volumétricos mais valiosos, reduz a escala das atividades silviculturais por torná-las menos frequentes, ou numa fração menor do ativo a ser trabalhada todos os anos. Essa constatação merece ser destacada, uma vez que contradiz com dois fortes argumentos a percepção dominante de que quanto mais cedo se colhe uma floresta, melhor para o resultado econômico.

A trF é também conhecida como ‘teoria da máxima receita’, entretanto, utilizando conceitos de contabilidade atualmente em vigor, o termo ‘lucro’ seria mais apropriado que ‘receita’, pois o que se pretende é determinar a estratégia de manejo com ‘lucro líquido fiscal’ ótimo, e não simplesmente maximizar a ‘receita’. Essa consideração fez-se necessária para evitar mal-entendidos em relação à abordagem aqui proposta. Poder-se-iam utilizar ainda outros critérios de análise, como o EBITDA (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) ou o equivalente em português, LAJIDA (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização). Isso, porém, deve ser uma decisão de cada investidor.

3.3 Análise crítica dos métodos e resultados

As maiores críticas à ‘teoria da renda da Floresta’ são baseadas no pressuposto de juro zero ao considerar somente o movimento econômico do ano, não capitalizando o custo do investimento. A não utilização de taxas de juros na análise implica em acesso ilimitado ao capital, ou a não remuneração do custo de oportunidade do capital investido, o que obviamente é uma fragilidade desta abordagem. Esses são fortes argumentos para não se utilizar esta abordagem e fazem todo sentido quando o ativo florestal está sendo planejado ou ainda é muito jovem. A trF é, de fato, apropriada quando o ativo está constituído, com talhões maduros, décadas após terem sido realizados os investimentos de estabelecimento. É justamente nesse contexto que a trF poderia ser considerada, não como verdade absoluta, mas como uma análise complementar aos métodos tradicionais atualmente empregados.

O uso ou não de taxas de juros, ou a seleção da taxa de mínima atratividade, a ser utilizada na análise são questões complexas e objeto de discussão desde os tempos de Faustmann. Há inúmeros trabalhos publicados defendendo que o manejo florestal não deve ser orientado por taxas de juros (BORGGREVE, 1878; SHEPARD, 1925; GOUDREY, 1960), principalmente em um contexto de manejo de florestas nativas, as quais possuem outros objetivos que não somente produzir madeira. É justamente no manejo de florestas nativas, em que o uso do solo não pode ser convertido, que a trF parece ainda mais apropriada. Infelizmente ainda não há experiências e informações suficientes para aplicar a trF nesse contexto no sul do Brasil.

Defensores da trF alegam que parte das receitas obtidas com o corte da floresta deve ser imediatamente reinvestida no estabelecimento de uma nova floresta e, assim, o ciclo produtivo se autossustenta. Sendo, portanto, desnecessário capitalizar o investimento para o final do seu ciclo. Há, contudo, um custo de oportunidade de investir o capital em um novo plantio florestal e não em qualquer outro investimento. Mais uma vez, essa poderia ser elencada como uma fragilidade da trF. Entretanto, sem esse investimento a sustentabilidade da produção é comprometida e, portanto, um pressuposto básico da trF é quebrado. Assim, poder-se-ia sustentar que o custo do capital não considerado é ignorado em favor da sustentabilidade da produção. Voltando para um paralelo europeu, no qual as florestas são colhidas por gerações que não as cultivaram – a idade mínima de corte regulamentada por lei é de, no mínimo, 60 anos na Áustria. A atual geração, por sua vez, cultiva florestas para gerações futuras (ANDRAE; SCHNEIDER; DURLO, 2018). Dessa maneira, inverte-se a percepção e o absurdo seria manejar florestas unicamente a partir de fluxos de caixa descontados.

Diferentemente do que se pode imaginar, esta não é uma discussão do século passado e traz conclusões interessantes e válidas para o contexto de florestas plantadas brasileiras. Embora seja de fato uma discussão de longa data, parece ser um daqueles casos nos quais não há um certo e outro errado, mas sim perspectivas diferentes, ambas válidas. Uma prova da atualidade desta discussão é o estudo de Helmedag (2018), que discutiu ideias até anteriores às trS e trF. Helmedag apresentou um estudo afirmando haver ‘conciliação’ entre a trS e o ‘princípio da máxima produção sustentável’, uma ideia que data de 1788, quando o imperador da Áustria a transformou-a em decreto e, desde então, tem sido empregada por florestais europeus com o sentimento de atender ao ‘real objetivo e função das florestas. Helmedag concluiu que é possível generalizar a abordagem da trS para maximizar o valor de um ativo florestal que, por sua vez, resultou na máxima produção sustentável.

No Brasil, análises financeiras de ativos florestais utilizaram taxas de juros entre 6-10% (ACERBI JR. et al., 1999; SCOLFORO et al., 2001; GOMES et al., 2002; SILVA; FONTES, 2005; FLORIANO et al., 2009; VITALE; MIRANDA, 2010; SOUZA et al., 2015; PEDROSO FILHO et al., 2018), valores questionados por Dobner Jr. e Quadros (2019), considerando que a rentabilidade real média – removendo a inflação – da Bovespa no período entre 1994-2017, todo o plano Real, foi de 4,35% a.a. Gregersen (1975) já alertava sobre a comparação equivocada entre taxas de juros reais e nominais, com conclusões questionáveis e frequentemente contra o manejo florestal. Não se trata de estimular o uso de taxas de juro baixas, mas coerentes com a realidade de cada investidor. A discussão proposta no presente artigo tem maior aplicação para pequenos e médios proprietários florestais, para os quais taxas reais alternativas são, de fato, mais baixas que para grandes investidores ou mesmo empresas verticalizadas.

De forma semelhante, Rezende, Barros e Oliveira (1983) relataram a preocupação com a correta consideração da inflação para análises de investimentos florestais com fluxos de caixa descontados, alertando não somente para a inflação média da economia, mas para índices específicos da atividade. Apesar da recomendação de Rezende, algumas análises financeiras no Brasil parecem ter sido equivocadamente realizadas com taxas de juros nominais (incluindo a inflação).

As análises e reflexões aqui apresentadas reforçam um antigo objetivo do manejo florestal: a regulação da floresta e, consequentemente, da produção. Uma estrutura etária regulada resulta o maior lucro líquido ano após ano e, se essa regulação for construída com base na trF, o valor do ativo florestal como um todo será também máximo (HELMEDAG, 2018), mesmo que métodos modernos de valoração com a utilização de taxas de juros sejam utilizados – por exemplo o valuation – afinal, trata-se do valor presente líquido da capacidade de geração de lucro ano após ano.

Nas duas abordagens, trS e trF, o custo de oportunidade da terra é desconsiderado. Mesmo a trS utilizando-se de uma taxa de juros alternativa, desconsidera, por definição, o custo do fator de produção ‘terra’, justamente por ser um método proposto para a obtenção do valor da ‘terra’ destinada ao uso florestal.

A abordagem do fator de produção ‘terra’ é também objeto de divergência entre pesquisadores e profissionais. Enquanto alguns recomendam compra no ano ‘0’ e venda no final do ciclo de produção, outros sugerem a utilização de um valor de arrendamento. Moreira (2018) demonstrou o impacto dessas diferentes abordagens para Pinus taeda no Sul do Brasil. Samuelson (1976) foi pioneiro neste contexto, e conclui que a única solução correta é aquela que considera a ‘teoria da renda do Solo’, associada a um ‘aluguel’ da terra – arrendamento. Abordagens que consideram o VPL ou TIR de somente uma rotação são também fortemente criticadas pelo autor.

Não há dúvida sobre a importância do fator de produção (‘terra’), justamente em função dos montantes imobilizados. Contudo, tanto a opção de arrendar, como a de comprar e vender décadas depois pelo mesmo valor parecem não refletir a realidade dos distintos perfis de investidores em ativos florestais. Por variadas razões o investidor pode desejar manter o ativo florestal e, isto posto, pretende-se obter o máximo lucro líquido possível, ano após ano. Nesse caso particular, a ‘teoria da renda da Floresta’ parece ser ainda mais interessante. Ainda, se for de interesse do detentor do ativo, seria possível incluir no cálculo da trF um custo anual de arrendamento pelo uso da terra, da mesma forma como sugerido por Samuelson (1976) para o trS.

4 CONCLUSÃO

Foi objetivo do presente estudo apresentar a trF como complemento ao método de fluxo de caixa descontado, tradicionalmente utilizados no Brasil. A abordagem apresentada pela trF permite avaliar a gestão do ativo florestal de um outro ângulo, dando maior ênfase à capacidade sustentável do ativo em gerar riqueza. Conforme mencionado, não alternativo, mas complementar aos métodos tradicionais baseados em fluxos de caixa descontados.

A simplicidade da trF é seu maior aspecto positivo, desconsiderando externalidades do manejo. Externalidades, como taxas de juros, evolução dos custos, evolução dos preços dos sortimentos de tora, quando não consideradas a valor presente no fluxo de caixa, são de difícil antecipação, ainda mais para investimentos de longa duração, como é o manejo florestal. Conclusões obtidas por meio de fluxos de caixa permeados por premissas e generalizações, mesmo que válidas em geral ou para um histórico recente não podem ser aceitas como verdades absolutas e, por isso, necessita-se de análises complementares, por exemplo, a trF. Decisões baseadas em mais de uma perspectiva darão melhores subsídios para a tomada de decisão dos gestores de ativos florestais.

Conclui-se que a teoria da renda da Floresta - trF é uma abordagem interessante e complementar à teoria da renda do Solo – trS. De acordo com a trF, plantios de Pinus taeda regulados ou próximos à regulação, cujo objetivo é maximizar o retorno econômico sustentado, devem considerar ciclos de produção >30 anos. O manejo multiprodutos apresenta resultado econômico duas vezes superior ao pulpwood, independentemente da duração do ciclo de produção (16-30 anos). O emprego da trF de forma complementar às análises tradicionais, com indicadores financeiros e fluxos de caixa descontados, reforçam a viabilidade de estratégias de manejo multiprodutos com ciclos de produção mais longos que os comumente utilizados.

REFERÊNCIAS

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Contribuição de Autoria

1 – Mário Dobner Júnior

Contribuição: Conceituação, Análise Formal, Investigação, Metodologia, Validação, Visualização de dados, Escrita – primeira redação, Escrita – revisão e edição