Universidade Federal de Santa Maria

Ci. e nat., Santa Maria, v. 42

Commemorative Edition: Statistic, e61, 2020

DOI: http://dx.doi.org/10.5902/2179460X40534

Received: 11/10/2019 Accepted: 12/03/2020

 

 


Bacharelado

 

Estudo comparativo da mortalidade infantil no estado do Rio Grande do Sul e suas mesorregiões

Comparative study of infant mortality in the state of Rio Grande do Sul and its mesoregions

 

Jéssica Rodrigues da Silva I

Ana Lúcia Souza Silva Mateus II

Augusto Maciel da Silva III

 

I Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. E-mail: jrs8426@yahoo.com.br.

II Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. E-mail: analucia.stat@gmail.com.

III Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. E-mail: augustolavras@gmail.com.

 

 

RESUMO

O número de óbitos infantis vem diminuindo ao longo dos anos no mundo.  O intuito deste artigo é identificar o cenário da mortalidade infantil, no Rio Grande do Sul, verificando se o mesmo se reflete em suas mesorregiões. Para isso, foram realizadas técnicas de estatística descritiva, de correlação com o teste de Spearman e de componentes principais. Os resultados obtidos na análise descritiva revelaram que em geral o Rio Grande do Sul e suas mesorregiões se comportam da mesma forma, as correlações se mostraram altas entre as variáveis, exceto com a variável, proporção de mulheres que realizaram menos de 7 consultas pré-natais. A análise de componentes principais também mostrou que as variáveis das mesorregiões e do estado são explicadas por duas componentes. Com isso, conclui-se que o cenário da mortalidade infantil se reflete em suas mesorregiões.

Palavras-chave: Óbitos Infantis; Sistema de Informação; Análise de Componentes Principais.

 

ABSTRACT

The number of child deaths has been decreasing over the years, in the world, in Brazil and in Rio Grande do Sul. The intuition of this article is to identify the scenario of infant mortality in Rio Grande do Sul, verifying if it is reflected in its mesoregions. For this, descriptive statistics, correlation with Spearmam test and principal components techniques were performed. The results obtained in the descriptive analysis revealed that in general Rio Grande do Sul and its mesoregions behave the same way, the correlations were high among the variables, except with the variable, proportion of women who attended less than 7 prenatal consultations. Principal component analysis also showed that the mesoregion and state variables are explained by two components. Thus, it is concluded that in fact the scenario of infant mortality is reflected in its mesoregions.

Keywords: Infant Deaths; Information Systems; Analysis of Principal Components.

 

1 INTRODUÇÃO

A taxa de mortalidade infantil (TMI) mede o risco de morte de crianças menores de um ano de idade sendo considerada como um dos mais importantes indicadores de qualidade de vida de uma população (VERMELHO et al., 2006), expressando, assim, os níveis de saúde e grau de desenvolvimento de uma sociedade (ANDRADE et al., 2006).

A mortalidade infantil vem diminuindo nos países desenvolvidos desde o século XX, em virtude das melhores condições de vida e saneamento das populações. A partir da década de 60, avanços tecnológicos na área da saúde e programas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), contribuíram para uma forte redução na mortalidade de crianças no primeiro ano de vida (OLIVEIRA e MENDES, 1990).

A Cúpula do Milênio das Nações Unidas em 2000 estabeleceram metas para melhorar a qualidade das pessoas, os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) que se resumem em oito objetivos internacionais de desenvolvimento para o ano de 2015. De acordo com o relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas o Brasil conseguiu reduzir significativamente a mortalidade infantil, atingindo o Objetivo do Milênio 4 (ODM 4), reduzindo de 61% em 1990 para 16% em 2015, uma redução de 73% (ONU, 2105).

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013), da mesma forma que no Brasil, no Rio grande do Sul também se observou uma redução na mortalidade infantil. Em 1990 a TMI foi de 26,2 óbitos por 1000 nascidos vivos, enquanto em 2011 foi de 11,1 óbitos por 1000 nascidos vivos. Reduzindo em 58% a TMI em 21 anos (1990 – 2011). Porém, as TMI’s no Rio Grande do Sul sempre se apresentaram menores que as brasileiras, se tornando mais próximas nos últimos anos.

Mesmo com essa tendência decrescente, a mortalidade infantil é uma das principais preocupações dos governos em programas de saúde pública, pois constitui um dos indicadores de avaliação de qualidade de vida. De modo consequente, alguns autores questionam o real valor da taxa de mortalidade como indicador de qualidade de vida (AHMAD, et al. 2000; CLAESON, et al. 2000).

Estudos sobre a mortalidade infantil têm sido descritos por diversas técnicas: regressão sequencial de Poisson (HERNANDEZ et al., 2011), teste qui-quadrado de associação (BRUM et al.,2014), curva ROC (Receiver Operator Characteristic) (LOOSE et al., 2014), estatística espacial (SHIMAKURA et al., 2001; SCALON et al., 2012) e regressão logística multivariada (GEIB et al., 2010; NASCIMENTO et al., 2012; SANTOS et al., 2012).

Segundo Escofier e Pages (1992), os métodos de análise de dados multivariados são muito eficazes em estudos com grande volume de informações e complexidade. As finalidades de aplicação da técnica são as mais diversas, como de reduzir a dimensionalidade dos dados ou de simplificação estrutural, de classificar e agrupar, de investigar a dependência entre variáveis, de predição e de elaborar hipóteses e testá-las (JOHNSON; WICHERN, 1992).

Desta forma, este artigo tem por objetivo, analisar o comportamento da mortalidade infantil no estado do Rio Grande do Sul utilizando técnicas de estatística descritiva, de correlação com o teste de Spearman e de componentes principais. O intuito é de identificar quais as variáveis são determinantes no número de óbitos infantis dentro do estado e verificar se este comportamento reflete nas suas mesorregiões.

 

2 MATERIAL E MÉTODOS

O local de estudo é o estado do Rio Grande do Sul e suas mesorregiões. Localizado ao sul do Brasil, o estado, apresenta uma extensão de 281.731,445 km², 497 municípios e 11.286.500 habitantes. Ele é divido geograficamente em sete mesorregiões, sendo: Centro Ocidental, Centro Oriental, Metropolitana, Nordeste, Noroeste, Sudeste e Sudoeste, cada uma com 31, 54, 98, 54, 217, 25 e 18 municípios, respectivamente.

Avaliou-se um total de 10 variáveis: o número de óbitos em crianças menores de um ano de idade (OI); baixo peso ao nascer (<2500g) – (BP); duração gestacional (<37 semanas) – (DG); mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) – (MIR); parto cesariano – (PC); parto vaginal – (PV); variáveis relacionadas ao sexo do bebê: feminino – (F) e masculino – (M); óbitos ocorridos na primeira semana de vida (0 a 7 dias) – (S1) e proporção de mulheres que realizaram menos de 7consultas pré-natais (C6), por setor censitário (município).

Para as análises foi considerado o somatório das ocorrências de cada variável nos anos de 2009 a 2013 por município, para o estado e suas mesorregiões. Sendo a variável C6 proveniente do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) e as remanescentes, do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Ambos os sistemas oriundos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram excluídos os registros cadastrados no sistema como ignorados.

Foi realizada inicialmente uma análise descritiva dos dados, visando ter maior conhecimento de suas variações. Em seguida, análise de correlação, com o intuito de identificar o grau de relação entre as variáveis e por fim a análise de componentes principais com intuito de identificar as inter-relações entre as variáveis de estudo.

Na análise de correlação utilizou-se abordagem não paramétrica de Spearman. Segundo FERREIRA (2005), o Coeficiente de Correlação de Spearman (rs) exige que as duas variáveis se apresentem em escala de mensuração pelo menos ordinal, de forma que os elementos (indivíduos ou objetos) em estudo formem duas séries ordenadas. Para verificar se há correlação entre as variáveis, é realizado o teste de correlação, em que, a hipótese nula é que não existe correlação significativa entre as variáveis contra a hipótese alternativa de que existe correlação significativa. A classificação do coeficiente de correlação foi realizada conforme Dancey e Reidy (2005) sendo rs = 0,0 até 0,30 (fraco); rs = 0,40 até 0,6 (moderado); rs = 0,70 até 1 (forte).

A análise de componentes principais consiste essencialmente em reescrever as coordenadas das amostras em outro sistema de eixo mais conveniente para a análise dos dados. Em outras palavras, as n-variáveis originais geram, através de suas combinações lineares, n-componentes principais, cuja principal característica, além da ortogonalidade, é que são obtidos em ordem decrescente de máxima variância, ou seja, a componente principal 1 detém mais informação estatística que a componente principal 2, que por sua vez tem mais informação estatística que a componente principal 3 e assim por diante. Está análise também pode ser usada para julgar a importância das próprias variáveis originais escolhidas, ou seja, as variáveis originais com maior peso (loadings) na combinação linear dos primeiros componentes principais são as mais importantes do ponto de vista estatístico (MOITA NETO; MOITA, 1998)

Neste artigo a análise de componentes principais foi feita via matriz de correlação. Maiores detalhes sobre o procedimento matemático para obtenção de componentes principais pode ser encontrado em Ferreira (2011). 

As análises foram realizadas no software R (R Development Core Team, 2015). Para as análises de correlação, foram fixados dois valores críticos para o nível de significância (α), de 1% e 5%.

 

3 RESULTADOS

3.1 Análise descritiva

Com os resultados obtidos na análise descritiva, verificou-se que há uma grande discrepância dentro das variáveis analisadas, conforme pode ser observado pelos valores dos coeficientes de variação. Isso acontece tanto no estado como nas mesorregiões, estes resultados estão apresentados no Quadro 1.

 

Quadro 1 – Análises descritivas das variáveis em estudo no estado do Rio Grande do Sul e suas mesorregiões

 

Medidas

OI

BP

DG

MIR

PV

PC

C6

M

F

S1

Rio Grande do Sul

Média

15,3099

9,7586

9,5453

14,4648

6,497

8,4145

0,2155

8,3662

6,8873

7,6499

Mediana

3

2

2

3

1

2

0,2

2

1

2

Desvio Padrão

53,2771

35,9496

34,8081

51,7589

24,4461

28,5944

0,1065

29,5468

23,7718

25,0701

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Máximo

913

621

595

897

433

474

0,566

509

402

413

Coeficiente de Variação

347,9923

368,3912

364,6632

357,8266

376,2678

339,8232

49,4496

353,1683

345,1534

327,7181

Centro Ocidental

Média

11,6129

7,2581

6,9355

11,0323

4,7742

6,6129

0,2486

6,3226

5,1935

4,9032

Mediana

3

2

2

2

1

2

0,2299

1

2

1

Desvio Padrão

32,9329

23,245

22,1735

31,8282

14,4861

17,9864

0,0958

19,083

13,6977

13,1107

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0,0876

0

0

0

Máximo

184

130

124

178

81

100

0,5602

106

76

71

Coeficiente de Variação

283,5892

320,2648

319,7104

288,5009

303,4252

271,99

38,5283

301,8222

263,7452

267,3892

Centro Oriental

Média

8,8148

5,7222

5,6667

8,2778

3,4444

4,963

0,1936

4,8148

3,9815

3,8704

Mediana

3

1,5

2

2,5

1

2

0,201

2

1

1

Desvio Padrão

14,455

9,9724

9,6837

13,8406

6,2031

7,8907

0,0814

7,9148

6,8308

6,1584

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0,0222

0

0

0

Máximo

64

44

44

63

26

37

0,4557

30

35

24

Coeficiente de Variação

163,985

174,2758

170,8884

167,2022

180,0889

158,9912

42,0522

164,3846

171,5646

159,1174

Metropolitana

Média

33,6327

21,3367

20,8367

31,8878

15,2755

17,6531

0,2365

18,2959

15,1735

16,1122

Mediana

8

4

4

7,5

4

3,5

0,243

4

3

3

Desvio Padrão

100,8648

67,8055

65,2264

98,6065

47,9026

52,3663

0,0971

55,9943

44,8339

46,1477

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Máximo

913

621

595

897

433

474

0,5342

509

402

413

Coeficiente de Variação

299,9013

317,7876

313,0358

309,2299

313,5906

296,6414

41,0515

306,0482

295,4759

286,4135

Nordeste

Média

14,5185

9,6852

9,5185

13,6667

5,2222

8,8148

0,1767

7,8704

6,6296

7,3889

Mediana

2

1

1

2

1

1

0,1564

1

1

1

Desvio Padrão

50,4357

36,8714

35,6808

48,6877

19,116

30,7737

0,1059

26,8174

23,6765

24,9395

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0,0405

0

0

0

Máximo

364

267

258

352

138

221

0,5102

194

170

179

Coeficiente de Variação

347,389

380,6993

374,8571

356,2513

366,051

349,1136

59,9082

340,7384

357,1317

337,5269

Noroeste

Média

5,8571

3,7189

3,5806

5,553

2,2535

3,4931

0,1906

3,1889

2,6544

3,2857

Mediana

2

1

1

2

1

1

0,1713

1

1

1

Desvio Padrão

14,3638

9,3768

9,0786

13,914

5,9532

8,4525

0,1006

7,6149

6,9339

8,0813

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Máximo

152

98

99

149

64

86

0,566

79

73

83

Coeficiente de Variação

245,2348

252,1407

253,5458

250,568

264,179

241,9793

52,7745

238,7921

261,2253

245,9516

Sudoeste

Média

37,9444

25,1111

24,7778

36

18,9444

18,2222

0,359

21,5556

16,2778

21,2778

Mediana

20,5

10

11

20

9,5

9,5

0,3636

11,5

8,5

13,5

Desvio Padrão

46,7377

31,6002

31,4447

44,5131

23,7176

22,2143

0,1253

27,184

20,1197

24,5424

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0,1592

0

0

0

Máximo

183

123

120

174

92

87

0,5555

105

78

95

Coeficiente de Variação

81,186

79,4649

78,7979

80,8752

79,8749

82,0291

286,4329

79,2951

80,9048

86,698

Sudeste

Média

30,24

18,24

18,2

28,48

11,96

17,36

0,3045

16,48

13,68

14,92

Mediana

11

6

5

10

4

8

0,304

5

7

5

Desvio Padrão

61,7976

39,4771

40,4125

58,2681

23,5062

37,9516

0,068

35,7189

26,1131

31,6556

Mínimo

0

0

0

0

0

0

0,1636

0

0

0

Máximo

276

181

186

257

88

180

0,4724

161

115

146

Coeficiente de Variação

204,3571

216,4314

222,0465

204,5932

196,5399

218,6152

22,3397

216,7412

190,8851

212,1689

OI: óbitos infantis; BP: baixo peso ao nascer (<2500 g); DG: duração gestacional (<37 semanas); MIR: mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos); PV: parto vaginal; PC: parto cesariano; C6: proporção de mulheres que realizaram menos de 7 consultas pré-natais; M: variável relacionada ao sexo masculino; F: variável relacionada ao sexo feminino e S1: óbitos na primeira semana de vida. Observações válidas nas demais tabelas.

 

Pelo Quadro 1, observa-se que em média, todas as variáveis estão com altos índices de ocorrência na mesorregião Sudoeste, assim como, os menores índices de ocorrência de todas as variáveis estão na mesorregião Noroeste. Com exceção da variável C6, onde a menor média encontra-se na mesorregião Nordeste.

Todas as variáveis em todas as mesorregiões possuem seus valores mínimos de ocorrência iguais a zero, exceto a variável C6, que apresenta na mesorregião Sudeste (Encruzilhada do Sul) seu valor mínimo de 0,1636. Em média, os valores máximos de ocorrência encontram-se em todas as variáveis. A se destacar na mesorregião Metropolitana no município de Porto Alegre e na mesorregião Noroeste no município de Santo Antônio das Missões, onde a variável C6 foi de 0,566.


O Ministério da Saúde preconiza ao menos seis consultas de pré-natal (BRASIL, 2000). Em média, a proporção de mulheres que realizaram menos de 7 consultas pré-natais é baixa para o estado e suas mesorregiões. Nunes et al. (2017) realizaram um estudo transversal descritivo sobre a Pesquisa Nacional de Saúde em 2013 no Brasil, concluíram que a proporção de mulheres que afirmaram haver realizado pré-natal no Brasil foi de 97,4%. E que, por mais que a região Sul tenha apresentado uma ampla cobertura do acompanhamento do pré-natal, a mesma ainda é a segunda menor região com cobertura de 96,3% e o estado do Rio Grande do Sul com 88,20%.

Avaliando o coeficiente de variação (CV), temos que todas as variáveis têm menor dispersão na mesorregião Sudoeste, ao mesmo tempo em que, todas as variáveis têm maior dispersão na mesorregião Nordeste, ainda com exceção da variável C6, que apresenta maior dispersão na mesorregião Sudoeste.

Observou-se também que, tanto no estado do Rio Grande do Sul quanto em suas mesorregiões, o número de óbitos de bebês do sexo masculino é superior ao número de óbitos de bebês do sexo feminino. Devido ao fato dos bebês do sexo feminino apresentar um amadurecimento pulmonar mais precoce, estudos descrevem que a variável sexo masculino é fortemente determinante nas mortes infantis no primeiro ano de vida (MENEZES et al., 2005; ARAÚJO et al., 2000).

Quantos aos partos existem uma superioridade dos partos cesarianos sobre os vaginais, no estado e em todas as mesorregiões, exceto na mesorregião Sudoeste, onde o número de cesáreas é inferior.

 

3.2 Análise de Correlação

Na Tabela 1, observa-se que no estado do Rio Grande do Sul e na mesorregião Noroeste, encontraram-se correlações entre as variáveis estudadas e o número de óbitos em sua grande maioria forte, sendo todas significativas pelo Teste de Correlação de Spearman (α=0,01). 

O mesmo acontece com a mesorregião Centro Ocidental e Metropolitana, com exceção das correlações com a variável C6 que são de moderadas e significativas (α=0,05). Nas mesorregiões Centro Oriental, Nordeste, Sudeste e Sudoeste a maioria das correlações são fortes e significativas (α=0,01), com exceção da variável C6 que apresenta correlações fracas a muito fracas e não significativas.

Resultados semelhantes foram encontrados por Nascimento et al. (2012) que encontraram as variáveis: BP, C6, M, F sendo significativas e as variáveis PV, PC, DG, MIR diferentemente do presente estudo foram não significativas em relação ao número de óbitos infantis.

Os resultados encontrados para a variável C6 nas mesorregiões Centro Oriental, Sudoeste e Sudeste corroboram com os estudos realizado por Santos et al. (2012) e Brum et al. (2014), que usaram análise bivariada e teste qui-quadrado de associação respectivamente para verificar a associação entre óbitos infantis e a variável C6. Resultados adversos foram encontrados Geib et al. (2010) para a mesma variável.

Conforme Paim et al. (2011), desde 2007-2008, o número insuficiente de visitas pré-natal, já não eram um preditor da mortalidade infantil no Brasil. Melhorias no campo das políticas sociais e cuidados primários são possíveis explicações para esta conclusão.

 

Tabela 1– Coeficiente de Correlação e Significância do Teste de Correlação de Spearman do número de óbitos infantis no Rio Grande do Sul e mesorregiões e das demais variáveis

Variáveis

Rio Grande do Sul

Centro Ocidental

Centro Oriental

Metropolitana

Nordeste

Noroeste

Sudeste

Sudoeste

BP

0,9320**

0,8629**

0,9396**

0,9672**

0,9289**

0,8593**

0,9712**

0,9938**

DG

0,9276**

0,8676**

0,9591**

0,9671**

0,8755**

0,8511**

0,9683**

0,9860**

MIR

0,9909**

0,9777**

0,9877**

0,9937**

0,9915**

0,9561**

0,9983**

0,9995**

PV

0,8788**

0,8689**

0,9146**

0,9351**

0,8816**

0,7716**

0,8808**

0,9808**

PC

0,9173**

0,9241**

0,9522**

0,9337**

0,9103**

0,8502**

0,9029**

0,9710**

C6

0,3510**

0,4281*

0,2666ns

0,4445*

0,2487ns

0,1848**

0,0543ns

0,1086ns

M

0,9246**

0,7890**

0,9494**

0,9681**

0,9290**

0,8566**

0,9566**

0,9845**

F

0,8734**

0,9197**

0,9097**

0,9367**

0,8627**

0,7654**

0,9706**

0,9611**

S1

0,9125**

0,8394**

0,9306**

0,9388**

0,8834**

0,8757**

0,9587**

0,9886**

‘**’ significativo (α=0,01); * significativo (α=0,05) e ns’ não significativo.

 

3.3 Análise de Componentes Principais

Nas Tabelas 2 a 9 são apresentados os autovalores, a proporção de explicação individual e a proporção de explicação acumulada de cada componente principal.

A Análise de Componentes Principais revela que tanto o Rio Grande do Sul (Tabela 2) quanto suas mesorregiões (Tabelas 3 a 9) têm as variáveis explicadas por apenas duas componentes, pois as mesmas explicam conjuntamente, em todas as situações, mais de 99%. A primeira componente conta com a agregação das variáveis óbitos infantis, baixo peso ao nascer, duração gestacional, mulheres em idade reprodutiva, tipo de parto, sexo do bebê e óbitos ocorridos na primeira semana de vida, sendo mais explicativa que a segunda, tanto no estado quanto nas mesorregiões, explicando quase 90% da variação total das variáveis originais.

A segunda componente conta apenas com a variável proporção de mulheres que realizaram menos de 7 consultas pré-natais, explicando aproximadamente 10% da variabilidade.

Os gráficos Scree-plot (Figuras 1 a 8) apontam a importância de cada componente principal para o estado e suas mesorregiões. Para o caso da Figura 1, o primeiro autovalor representa o número de variáveis explicadas pela primeira componente, desta forma, o autovalor de 8,9799 (Tabela 2) explica a variância unitária de 9 variáveis. Já o segundo autovalor, é necessário para explicar a variável C6. Esse mesmo comportamento pode ser visto nas demais figuras e tabelas.

O Quadro 2 apresenta as correlações das duas componentes principais com as variáveis originais. Corroborando com o mencionado anteriormente, a primeira componente apresenta correlações elevadas com 9 variáveis (OI, BP, DG, MIR, PC, PV, F, M, S1). A variável C6 apresentou correlação baixa com a primeira componente e alta com a segunda, indicando a importância da segunda componente.

Nascimento et al.(2012) confirmam que o baixo peso ao nascer  e o sexo masculino do bebê são fatores importantes para o número de óbitos infantis. Geib et al. (2010), Loose et al.(2014) também encontraram em suas pesquisas a variável baixo peso ao nascer como relevante.  Estes resultados também foram encontrados neste artigo para o estado do Rio Grande do Sul e suas respectivas mesorregiões.

Santos et al. (2012) encontraram a variável proporção de mulheres que realizaram menos de 7 consultas pré-natais como importante no número de óbitos infantis corroborando com o presente artigo. E ao contrário, os autores depararam o parto cesariano como não importante.

 

Tabela 2 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Rio Grande do Sul

 

Figura 1 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Rio Grande do Sul

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0,3336

0,0193

-0,0326

BP

-0,3331

0,0317

0,0362

DG

-0,3331

0,0317

0,0794

MIR

-0,3335

0,0228

-0,0796

PV

-0,3308

0,0084

-0,7722

PC

-0,3319

0,0305

0,5592

C6

-0,0663

-0,9975

0,0147

M

-0,3328

0,021

-0,1112

F

-0,3324

0,017

0,0748

S1

-0,3323

0,0163

0,2404

Autovalor

8,9799

0,9652

0,029

% variância

89,7986

9,6523

0,2903

% da variância acumulada

89,7986

99,4509

99,7412

 

 

Tabela 3 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Centro Oriental

Figura 2– Scree-plot das variâncias dos componentes: Centro Oriental

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0,3361

0,0214

0,0609

BP

-0,3343

0,0335

-0,09

DG

-0,3344

0,0313

-0,0205

MIR

-0,3354

0,0195

0,1516

PV

-0,3317

0,0403

-0,044

PC

-0,3325

0,007

0,2187

C6

-0,0668

-0,9972

-0,0028

M

-0,3305

0,0243

-0,4766

F

-0,3282

0,0167

0,6784

S1

-0,3301

0,0059

-0,477

Autovalor

8,8275

0,9659

0,1014

% variância

88,2751

9,6593

1,0143

% da variância acumulada

88,2751

97,9345

98,9488

 

 

Tabela 4 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Centro Ocidental

 

Figura 3 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Centro Ocidental

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0,3335

-0,0279

-0,0079

BP

-0,3329

-0,0235

0,178

DG

-0,3329

-0,025

0,0863

MIR

-0,3334

-0,028

0,0012

PV

-0,3319

-0,015

0,4749

PC

-0,3323

-0,0341

-0,3588

C6

-0,0812

0,9965

-0,0078

M

-0,3320

-0,0237

-0,3703

F

-0,3309

-0,0332

0,4831

S1

-0,3303

-0,0331

-0,4857

Autovalor

8,9836

0,9473

0,0333

% variância

89,8362

9,4732

0,3334

% da variância acumulada

89,8362

99,3094

99,6428

 

 

 

 

Tabela 5 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Metropolitana

 

Figura 4 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Metropolitana

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0.3326

-0.0224

-0.0037

 

BP

-0.3323

-0.0400

0.1012

 

DG

-0.3324

-0.0361

0.1041

 

MIR

-0.3326

-0.0271

0.0735

 

PV

-0.3320

-0.0231

0.5015

 

PC

-0.3322

-0.0238

-0.4003

 

C6

-0.0812

0.9965

0.0078

 

M

-0.3321

-0.0272

0.4358

 

F

-0.3319

-0.0148

-0.5489

 

S1

-0.3319

-0.0289

-0.2655

 

Autovalor

9,0316

0,9471

0,0096

 

% variância

90,3165

9,4715

0,0964

 

% da variância acumulada

90,3165

99,7879

99,8844

 

 

 

 

Tabela 6 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Nordeste

 

Figura 5 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Nordeste

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0.3338

0.0005

-0.0421

BP

-0.3336

0.0093

0.0736

DG

-0.3335

0.0135

0.1650

MIR

-0.3338

0.0006

0.0200

PV

-0.3319

-0.0161

-0.7562

PC

-0.3332

0.0098

0.4143

C6

-0.0093

-0.9996

0.0253

M

-0.3334

0.0076

0.2419

F

-0.3332

-0.0068

-0.3389

S1

-0.3334

0.0096

0.2182

Autovalor

8,9720

1,0000

0,0190

% variância

89,7201

10,0002

0,1903

% da variância acumulada

89,7201

99,7203

99,9106

 

 

Tabela 7 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Noroeste

 

Figura 6 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Noroeste

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0.3356

0.0132

0.0182

BP

-0.3341

0.0332

0.1109

DG

-0.3334

0.0438

0.0499

MIR

-0.3355

0.0245

-0.0206

PV

-0.3276

-0.0149

-0.7716

PC

-0.3316

0.0476

0.5024

C6

-0.0697

-0.9961

0.0432

M

-0.3311

0.0135

-0.2380

F

-0.3306

0.0116

0.2739

S1

-0.3331

0.0358

0.0557

Autovalor

8,8554

0,9644

0,0738

% variância

88,5539

9,6438

0,7378

% da variância acumulada

88,5539

98,1977

98,9355

 

 

Tabela 8 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Sudeste

 

Figura 7 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Sudeste

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0.3353

0.0133

-0.0194

BP

-0.3348

0.0078

0.1679

DG

-0.3345

0.0123

0.2089

MIR

-0.3352

0.0101

-0.0703

PV

-0.3229

0.0160

-0.8322

PC

-0.3315

0.0186

0.4611

C6

-0.0363

-0.9992

-0.0026

M

-0.3349

0.0119

0.0364

F

-0.3345

0.0172

-0.0780

S1

-0.3344

0.0021

0.1012

Autovalor

8,8897

0,9898

0,1054

% variância

88,8965

9,8978

1,0540

% da variância acumulada

88,8965

98,7943

99,8484

 

 

Tabela 9 – Porcentagem de variação explicada pelos componentes: Sudoeste

Figura 8 – Scree-plot das variâncias dos componentes: Sudoeste

 

Componente1

Componente 2

Componente 3

OI

-0.3348

0.0081

0.0034

BP

-0.3340

0.0145

-0.1492

DG

-0.3336

0.0424

-0.0827

MIR

-0.3347

0.0216

0.0095

PV

-0.3334

-0.0360

-0.2639

PC

-0.3321

0.0634

0.3358

C6

-0.0445

-0.9956

0.0511

M

-0.3318

-0.0065

-0.5157

F

-0.3288

0.0305

0.7189

S1

-0.3338

-0.0045

-0.0539

Autovalor

8,9149

0,9909

0,0645

% variância

89,1943

9,9092

0,6454

% da variância acumulada

89,1943

99,0585

99,7040

 

 

Quadro 2 – Correlações da primeira componente (C1) e a segunda componente (C2) com as variáveis originais

Regiões

Variáveis

CP

OI

BP

DG

MIR

PV

PC

C6

M

F

S1

Rio Grande do Sul

C1

-0,9996

-0,9983

-0,9982

-0,9994

-0,9912

-0,9945

-0,1987

-0,9972

-0,996

-0,9957

C2

0,0189

0,0311

0,0312

0,0224

0,0083

0,0003

-0,9800

0,0207

0,0167

0,0160

Oriental

C1

-0,9985

-0,9934

-0,9935

-0,9966

-0,9856

-0,9878

-0,1984

-0,9821

-0,9752

-0,9806

C2

0,021

0,0329

0,0308

0,0192

0,0396

0,006

 -0,9801

0,0239

0,0164

0,0058

Ocidental

C1

-0,9994

-0,9979

-0,9979

-0,9992

-0,9948

-0,9961

-0,2433

-0,9950

-0,9919

-0,9899

C2

-0,0271

-0,0229

-0,0243

-0,0272

-0,0146

-0,0332

0,9699

-0,0231

-0,0323

-0,0323

Metropolitana

C1

-0,9997

-0,9987

-0,9989

-0,9995

-0,9978

-0,9983

-0,2440

-0,9981

-0,9975

-0,9976

C2

-0,0218

-0,0389

-0,0351

-0,0264

-0,0225

-0,0232

0,9698

-0,0265

-0,0144

-0,0282

Nordeste

C1

-0,9999

-0,9994

-0,9999

-0,9999

-0,9942

-0,9980

-0,0280

-0,9986

-0,9980

-0,9986

C2

0,0005

0,0093

0,0135

0,0006

-0,0161

0,0098

-0,9996

0,0076

-0,0068

0,0096

Noroeste

C1

-0,9988

-0,9943

-0,9922

-0,9983

-0,9749

-0,9869

-0,2075

-0,9852

-0,9837

-0,9912

C2

0,0129

0,0326

0,043

0,0241

-0,0147

0,0467

-0,9782

0,0133

0,0114

0,0351

Sudeste

C1

-0,9998

-0,9982

-0,9972

-0,9993

-0,9626

-0,9883

-0,1083

-0,9985

-0,9972

-0,9970

C2

0,0133

0,0077

0,0122

0,0101

0,0160

0,0185

-0,9941

0,0118

0,0171

0,0021

Sudoeste

C1

-0,9997

-0,9972

-0,9961

-0,9993

-0,9954

-0,9914

-0,1328

-0,9907

-0,9818

-0,9968

C2

-0,0081

0,0144

0,0422

0,0215

-0,0358

0,0631

-0,9910

-0,0065

0,0303

-0,0045

 

 

4 CONCLUSÃO

Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir de um modo geral, o cenário da mortalidade infantil no Rio Grande do Sul se reflete em suas mesorregiões. A correlação entre as variáveis a nível de estado se mostram fortes, com exceção das correlações com a variável C6. Este mesmo comportamento pode ser observado na maioria das mesorregiões estudadas, com exceção das mesorregiões Centro Oriental, Sudoeste e Sudeste onde ocorrem algumas correlações não significativas com a variável C6.

 Com a análise de componentes principais, tanto no estado como em suas mesorregiões a primeira componente explica aproximadamente 90% das variações totais, a segunda componente explica aproximadamente 10%. Assim, os variáveis óbitos infantis, baixo peso ao nascer, duração gestacional, mulheres em idade reprodutiva, tipo de parto, sexo do bebê, óbitos ocorridos na primeira semana de vida e proporção de mulheres que realizaram menos de 7consultas pré-natais podem ser consideradas variáveis importantes sobre a mortalidade infantil.

 

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