A metaficção no romance Budapeste e na sua adaptação fílmica

Autores

  • Janio Davila de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X27990

Resumo

O objetivo deste trabalho é fazer uma análise comparativa entre o romance Budapeste (2003), de Chico Buarque de Hollanda e sua adaptação fílmica (2009), dirigida por Walter Carvalho. O presente estudo propõe uma análise com enfoque no caráter metaficional das narrativas, elemento que na nossa visão é de grande importância na interpretação das estruturas das duas obras. Para a realização da análise, parte-se da proposta de Robert Stam (2006) de entender a adaptação fílmica como hipertexto. Logo, com base nessa categoria transtextual criada por Gerald Genette (2010), a adaptação fílmica deixa de ser associada à mera cópia e passa a gozar do status de obra original. Deste modo, buscaremos nas duas obras, Budapeste romance e Budapeste filme, entender a importância da metaficção e como ela foi tratada por Walter Carvalho ao ser transposta para a tela

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Biografia do Autor

Janio Davila de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Mestrando do Programa de pós-graduação em letras- estudos literários, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista Capes.

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Publicado

2017-07-13

Como Citar

Oliveira, J. D. de. (2017). A metaficção no romance Budapeste e na sua adaptação fílmica. Literatura E Autoritarismo, (20). https://doi.org/10.5902/1679849X27990