Entre o ficcional e o documental: versões da desigualdade em Ônibus 174 (2002), de José Padilha, e Última parada 174 (2008), de Bruno Barreto

Autores

  • Ângela Srocynski da Costa Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
  • Rosângela Fachel de Medeiros Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X27986

Resumo

Este trabalho propõe uma análise comparatista da representação da desigualdade social em sua relação com a violência no documentário Ônibus 174 (2002), de José Padilha, e no filme A última parada 174 (2008), de Bruno Barreto. Ambas as obras abordam um evento real que aconteceu no ano de 2000, no Rio de Janeiro, o sequestro do ônibus 174 realizado pelo jovem contraventor de nome Sandro. O evento foi completamente transmitido ao vivo pelas redes de televisão e culminou com o desfecho trágico e traumático da morte de uma das reféns por um tiro da polícia. Longe das câmeras, dentro do carro da polícia, no trajeto para a delegacia, Sandro é assassinado. O número do ônibus, mostrado tantas vezes durante a transmissão, está no nome das duas obras e serve de refrente para ambas as narrativas, uma vez que identifica uma região e uma realidade social. A análise dos objetos se focará na forma como são apresentados os moradores de rua e de regiões periféricas, e a forma como essas representações ajudam a constituir o discurso sobre o crime, a criminalidade e a constituição desse jovem criminoso que acaba por ser assassinado.

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Biografia do Autor

Ângela Srocynski da Costa, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Graduanda em Letras, pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI/FW

Rosângela Fachel de Medeiros, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Orientadora, professora do curso de Letras na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões– URI/FW

Referências

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Publicado

2017-07-13

Como Citar

Costa, Ângela S. da, & Medeiros, R. F. de. (2017). Entre o ficcional e o documental: versões da desigualdade em Ônibus 174 (2002), de José Padilha, e Última parada 174 (2008), de Bruno Barreto. Literatura E Autoritarismo, (20). https://doi.org/10.5902/1679849X27986